Projeto Viva Vitaino é debatido na Câmara

Evento Viva Vitalino homenageia não somente o Mestre do barro de fama e reconhecimento internacional, mas também celebra os nomes de tantas personalidades que moldaram e moldam a cultura caruaruense. E já está em sua sexta edição, prevista para acontecer no final de julho, dia 28. Contudo, a falta de incentivo do Poder Público e a inexistência de recurso financeiro ameaçam a realização do mesmo.

“É muito difícil fazer cultura, é muito difícil se fazer arte”, desabafa idealizador e coordenador do Projeto, Antônio Prego, em seu discurso na tribuna da Casa Jornalista José Carlos Florêncio, durante a tarde desta quinta (12). Ele conta ainda que o projeto começou a ser estruturado há 40 anos, inspirado na premiada peça de Vital Santos: O Alto das Sete Luas de Barro, que retrata a história e legado de Vitalino.

Prego agradece o apoio dos parlamentares, que por iniciativa de seu presidente – o vereador Lula Tôrres, concederam o primeiro expediente da 10ª sessão ordinária do ano para que articuladores e incentivadores da cultura no Estado de Pernambuco demonstrassem e debatessem a importância do projeto.

“A sociedade só será transformada quando mergulharmos na nossa cultura e no nosso passado (…) A finalidade dessa discussão é demonstrar o dom que a arte possui de sensibilizar os corações. Temos uma grande dívida histórica com o Alto do Moura e Mestre Vitalino por tudo que representam e fizeram pela nossa cultura. Fortalecer o Viva Vitalino é fortalecer a cultura pernambucana”, afirma o presidente da Câmara.

Durante a exposição, um documentário contendo depoimentos emocionados da comunidade contemplou a grandeza da representatividade do Viva Vitalino para o Alto do Moura, símbolo do artesanato pernambucano, identidade deste município.

A Conselheira cultural do município, Valeria Saboia, inicia sua participação destacando que não existe arte grande ou pequena, tudo é cultura e é preciso reformular nossos conceitos e que não se concebe orçamento só para grandes eventos. “Alto do Moura é o berço é a terra santa que vem dando sustentabilidade a essa cidade e sua economia”. Ela ainda chama a atenção para o engajamento que é questão de educação, não apenas de responsabilidade do Poder Público, mas de toda a sociedade “ É um trabalho de conscientização até junto aos nossos empresários, que preferem levar seus filhos para shopping a participar de uma oficina de argila, onde está ali a própria mão divina. Então é um trabalho de base, de educação doméstica”, enfatiza.

Também participaram da reunião Rubens Júnior, secretário de governo do município e presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, que no momento garantiu apoio da prefeitura para o Viva Caruaru; Carmem Valeria Saboia, titular do Fórum Setorial de Agentes Culturais, artesão e Produtores Culturais do Conselho Municipal de Política Cultural de Caruaru e Breno Nascimento, assessor de artesanato da secretaria de Cultura de Caruaru.

Os vereadores Edijailson da Caruforró, Daniel Finizola e Fagner Fernandes fizeram o uso da palavra para reforçar a necessidade de se incentivar e produzir eventos como o Viva Caruaru que expressam em sua essência o orgulho do ser caruaruense, de pertencer a terra da cultura.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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