Qualidade do sono interfere diretamente na saúde

Quando se fala em hábitos saudáveis, poucas pessoas relacionam à qualidade do sono. No entanto, ele é tão importante quanto uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas. O tempo ideal deve ser o suficiente para o descanso e reparo do organismo. A recomendação varia de acordo com a faixa etária, sendo 14h para crianças e entre 7h e 8h para os adultos.

“Mas não é só dormir por bastante tempo. É fundamental que o sono seja tranquilo e que no dia seguinte a pessoa consiga desempenhar bem as atividades, sem sonolência, irritabilidade ou outros incômodos”, lembra a otorrinolaringologista Savana Goretti Cavalcanti, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE). De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 50% da população brasileira se queixa de sono ruim. No entanto, poucas pessoas – cerca de um terço – procuram ajuda médica.

Dentre os principais distúrbios do sono, estão o ronco e a apneia. Caracterizada como potencialmente grave, a pessoa para de respirar por alguns segundos durante a apneia do sono. Já o ronco é causado pela obstrução parcial das vias aéreas superiores, provocando o característico som por causa da dificuldade da passagem do ar. “Dentre as causas mais comuns desses distúrbios estão obesidade, ingestão de álcool e o aumento das amígdalas”, explica.

Sintomas como falta de ar durante o sono, ronco alto e sonolência excessiva durante o dia são alguns sinais de que é preciso procurar ajuda médica. De acordo com a otorrinolaringologista, o tratamento adequado para cada paciente é definido após uma avaliação completa do nariz, boca, garganta, palato e pescoço. É necessária, ainda, a realização de alguns exames, a exemplo da polissonografia, que avalia a qualidade e estágios do sono. “O ideal é a avaliação da polissonografia e das queixas do paciente, para depois definir entre aparelho intra oral ou CPAP, ficando a cirurgia para casos mais específicos”, finaliza.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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