Risco de queimaduras no São João ainda preocupa

Com o Nordeste vivenciando o ciclo junino, é grande o número de fogos e fogueiras, elementos tão presentes na cultura regional nessa época do ano. Mas com o colorido das chamas, aumenta o risco de acidentes. Durante o ciclo junino de 2015 – período que vai de 13 a 29 de junho – o SOS Queimaduras e Feridas do Hospital São Marcos, localizado no Recife, atendeu 30 pacientes vítimas de queimaduras desse tipo.

Esse é o segundo período do ano com maior número de casos de queimaduras; o primeiro corresponde às festas de fim de ano. Portanto, o cuidado deve ser redobrado. “O alerta é constante: fogos e desatenção não combinam. As crianças precisam ter a diversão supervisionada por um adulto e os adultos também devem estar atentos, para não sofrerem queimaduras”, afirma o cirurgião plástico Marcelo Borges, nome à frente do serviço que é referência no estado.

Para evitar acidentes, o cuidado inicia na compra dos fogos. É preciso observar a data de validade e a condição de armazenamento, bem como não utilizar materiais de fabricação caseira. Na hora de soltar os fogos, eles devem ser segurados com as mãos e disparados ao ar livre, longe de árvores e da rede elétrica. “Também é importante não tentar acender os fogos que falharem e não apontá-los na direção de outras pessoas”, reforça o médico. E o cuidado não se resume apenas à noite de festa. No dia seguinte, as cinzas que restaram da fogueira ainda podem causar queimaduras. Remova-as com cuidado e longe das crianças.

Confira o que fazer em caso de queimadura:

– Se houver chamas nas roupas ou cabelos, role a vítima no chão ou utilize um cobertor para apagar o fogo;
– Lave o ferimento em água corrente, mas não utilize sabão;
– Não coloque gelo, pois queima tanto quanto o calor;
– Também não utilize manteiga, pomadas ou outra substância sem orientação médica, pois pode agravar o ferimento;
– Se houver sangramento, ele pode ser estancado envolvendo-se o local com pano limpo e úmido;
– Evite tocar a área queimada;
– Procure atendimento médico. Apenas um profissional pode avaliar o quadro e determinar o tratamento correto.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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