O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), conseguiu formar uma aliança parlamentar com 12 partidos e, 24 horas antes da votação interna, garante, teoricamente, mais de 300 votos para tentar se reeleger ao cargo. Com a formalização do PMDB, que tem 66 deputados e forma a maior bancada na Casa, a aliança permitirá que o grupo ocupe todas as vagas de titulares da Mesa Diretora e mais dois cargos de suplentes se Maia for eleito.
A adesão formal do PMDB à candidatura de Maia não significa que todos os deputados do partido vão votar pela reeleição do presidente da Câmara. Há dissidências, como a de Roney Nemer (DF), por exemplo, que declarou voto no líder do PTB, Jovair Arantes (GO). As dissidências existem em todos os partidos que apoiam Maia, mas dificilmente vai impedir a reeleição de Maia.
Também há dissidências em legendas pequenas, como o PV, que dará apenas quatro dos seis votos da bancada a Maia. Os outros dois apoiam Jovair, entre eles Evair Vieira de Melo (MG). O último partido a aderir a Maia foi o PTN. Com 12 deputados, até esta terça-feira (31), a legenda, que mudará o nome para Podemos, estava apoiando Jovair.
Além de Jovair e Maia, também concorrem à presidência da Câmara o deputado André Figueiredo (PDF-CE), apoiado pelo PT e teoricamente pelo PCdoB; Julio Delgado (PSB-MG), dissidente dentro do partido; e Luiza Erundina (PSol-SP), que registrou candidatura nesta quarta-feira (1). O deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que chegou a suspender a campanha há cinco dias, voltou concorrer novamente.