A escalada da violência no País, com casos como a onda de ataques que vem ocorrendo no Ceará, tem preocupado os legisladores. Para o deputado estadual Romário Dias (PSD), uma forma de fortalecer as polícias e melhorar a segurança pública é unificar os salários dos militares e criar uma espécie de grupamento regional, contemplando Estados com demandas mais próximas.
“Acho que o Ministro da Justiça, Sérgio Moro, deveria criar um grupo de trabalho com representantes dos 27 Estados da Federação e com membros da sua equipe para procurar unificar no Brasil inteiro os salários das polícias. Afinal, o trabalho e os riscos de um policial daqui, do Amapá ou de Santa Catarina são os mesmos, não há diferença”, afirmou Romário.
Ainda de acordo com o deputado, os recursos para complementar os salários já pagos pelos governos estaduais e, assim, atingir o teto máximo que seria a base para a unificação, viriam da União. “É o Governo Federal que arrecada e fica com a maior fatia dos impostos que pagamos, então parte disso poderia ser destinado para os Estados e resolveria essa defasagem salarial das polícias”, detalhou.
De acordo com o presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco, Abérisson Carlos, existe a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 300 que propõe a unificação dos salários dos integrantes das chamadas forças de segurança pública, entre eles PMs, policiais civis e bombeiros. Porém, segundo ele, a tramitação da medida está parada no Congresso Nacional. O tema foi debatido durante o programa Ponto a Ponto especial, na última segunda-feira (14).
“O que nós podemos fazer, enquanto Assembleia Legislativa, é entrar em contato com as demais Assembleias dos Estados para que se mantenha um intercâmbio com os deputados federais e senadores para levar uma proposta universal de todos ao Presidente da República, Jair Bolsonaro”, disse Romário.
GRUPAMENTOS
Ainda como forma de fortalecer a polícia no combate ao crime, o deputado propõe a criação de grupamentos regionais das polícias. “Deveriam ser criados grupamentos por região. Por exemplo: Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte é uma região; Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo seria outra. Assim, se um Estado está com problema, o governador se comunica com os outros e é enviado reforço para lá até que a questão seja solucionada. E os policiais seriam treinados na sua região, onde as demandas e os problemas são parecidos. Isso evitaria, inclusive, a necessidade do envio da Força Nacional aos Estados”, concluiu Romário.