Santa Cruz do Capibaribe terá esgoto 100% tratado

O município de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste do estado, distante 190 quilômetros da capital, será contemplado com os serviços de esgotamento sanitário. Nesta semana, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) lançou o edital de licitação que vai contratar a empresa ou consórcio para elaborar e executar o projeto do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) da sede do município. A obra vai atender 197 mil habitantes e faz parte do Programa de Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco (PSH-PE), financiado pelo Banco Mundial. Pelo contrato, a empresa que elaborar o projeto também ficará responsável por sua execução e apoio técnico durante um período após sua entrega.

O SES de Santa Cruz do Capibaribe prevê a dotação de saneamento para toda a área urbana do município. Inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe, a cidade hoje possui trechos de rede que recolhem os efluentes gerados pelos imóveis, mas sem dar os devidos tratamento e destinação a eles. O resultado é o lançamento de dejetos in natura no rio, contribuindo para sua poluição. “Queremos frear esse processo, devolvendo qualidade às águas do Capibaribe. Com o SES de Santa Cruz do Capibaribe, esperamos melhorar a oferta sustentável de água e os serviços de saneamento para seus habitantes”, assinalou o diretor Técnico de Engenharia, Rômulo Aurélio Souza.

A obra prevê a expansão da rede de esgoto que é operada pelo município, interceptando-o às margens do Rio Capibaribe para que receba tratamento antes de ser devolvido ao meio ambiente. Serão implantados 20 quilômetros de rede coletora para complementar a existente, um interceptor e emissários, incluindo ramais de calçada. Também serão construídas quatro Estações Elevatórias (EE) e uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) com capacidade para tratar até 346 litros de efluentes por segundo.

O contrato firmado através do PSH-PE com o Banco Mundial é da categoria Turnkey, na qual a empresa, ou consórcio, a ser contratada será responsável pela elaboração do projeto executivo completo do sistema e por sua implantação. Para o diretor Rômulo Aurélio, a vantagem desse modelo é poder obter mais agilidade e qualidade na obra. “Vamos ganhar tempo, pois só será preciso uma licitação para elaborar e tocar o projeto. Além disso, deve haver um ganho de qualidade, pois a vencedora da licitação deverá ser mais cautelosa e criteriosa com seu projeto, de modo a evitar prejuízos, uma vez que será ela a responsável pela execução e por um período de sua manutenção”, explicou. O prazo previsto para o contrato é de 36 meses.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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