Santander reduz juros de linhas de crédito à pessoa física

O Santander cortou as taxas de juros das suas principais modalidades de crédito à pessoa física, em linha com a redução da taxa básica de juros (Selic) de 1 ponto percentual (p.p.) anunciada há pouco pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa mínima do crédito pessoal caiu de 1,79% ao mês para 1,69% ao mês. Já a taxa mínima de financiamento de veículos passou para 1,12% ao mês. As taxas de crédito pessoal já estão em vigor nas agências e demais canais de relacionamento do Santander. As novas taxas para financiamento de veículos começam a valer amanhã.

“Esse movimento reafirma nosso compromisso de manter as taxas de juros em patamares competitivos e, ao mesmo tempo, acompanhar a redução da taxa básica de juros”, afirma Eduardo Jurcevic, superintendente executivo de Produtos de Crédito à Pessoa Física do Santander.

Para a economista sênior do Santander Tatiana Pinheiro, o comunicado revelou a estratégia de encerramento paulatino do ciclo atual nas próximas decisões de política monetária. “A estratégia revelada pelo Copom está em linha com a nossa expectativa de desaceleração do ritmo de corte da Selic nas reuniões de outubro e dezembro, assim como a nossa avaliação que a política monetária já se encontra em terreno expansionista.”

Na visão da economista, o comunicado de hoje reforça o cenário de encerramento do ciclo de afrouxamento monetário no final do ano, apesar de a autoridade monetária ter mantido a sinalização de que as decisões permanecerão dependentes da evolução das condições macroeconomias. “É razoável pensar que estamos no final do ciclo de afrouxamento monetário, depois de um ciclo de corte de 6 p.p. e com a taxa de juro real abaixo da taxa neutra (ou estrutural)”, adiciona a economista.

A projeção do Santander para a Selic é de 7,5% no fim de 2017 e 2018, o que significa manutenção da política monetária expansionista neste período (taxa de juro real abaixo da neutra). Na opinião da economista, a taxa de juros poderia ficar abaixo desse patamar, mas isso seria sob o custo do fechamento mais rápido do hiato do produto e de antecipação do processo de normalização da política monetária (ajuste da taxa real para a taxa neutra).

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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