Secretaria de Saúde alerta sobre vacinação contra caxumba

Desde janeiro deste ano, a Secretaria de Saúde de Pernambuco vem resgistrando vários casos de caxumba no Estado. Em Caruaru, desde agosto até a presente data, foram contabilizados 106 casos, sendo 64 isolados e 42 distribuídos em quatro áreas registradas com surto da doença. Diante do atual cenário a caxumba (papeira) foi contemplada na lista de doenças de notificação compulsória.

Dentro das áreas com surto de caxumba, foram ministradas 3.069 doses da vacina, para complemento de cartã e bloqueio do contágio da doença, nas pessoas que entraram em contato íntimo e direto com as afetadas pelo vírus. Por este motivo, a Secretaria de Saúde Caruaru deseja esclarecer dúvidas a cerca da doença, e também esclarecer a população da importância em manter a vacinação em dia.

Segundo Juliane Santana, Coordenadora do Programa Nacional de Imunização: “É importante ressaltar que a imunidade só é conferida ao indivíduo após o complemento do esquema preconizado. Portanto, se a pessoa vacinada, entrou em contato com um indivíduo infectado antes de ter sido imunizada, ou 15 dias após ter sido imunizada, esta correrá o risco de contrair a caxumba devido ao contato prévio com a doença, ou o não desenvolvimento da imunidade no período adequado.”

Salienta-se que a melhor maneira de evitar a caxumba é através da vacinação aos 12 e 15 meses de vida, mas qualquer indivíduo até 49 anos que não tenha histórico vacinal ou cartão incompleto, deve ser imunizado. Caso uma pessoa seja afetada, ela não deve comparecer à escola ou ao trabalho por até nove dias após início da doença. É preciso, ainda, desinfectar os objetos contaminados como secreções do nariz, da boca e da garganta do enfermo. Recomenda-se a higienização constante das mãos, e cuidado quanto aos toques na face.
Procure a unidade mais próxima e vacine-se.

Sobre a doença: A caxumba é uma doença viral aguda caracterizada por febre e aumento das glândulas salivares, podendo ser acompanhada por mialgia, anorexia, dor de cabeça, mal-estar, dor à mastigação e dificuldade de deglutição. Entretanto, 1/3 das infecções podem não apresentar aumento, clinicamente aparente,dessas glândulas. O diagnóstico é clínico e não há tratamento específico, indicando-se apenas repouso, analgesia e observação para surgimento de complicações.

Transmissão: A transmissão para uma pessoa susceptível ocorre através do contato com as secreções respiratórias (gotículas de saliva, espirro, tosse) de um indivíduo infectado, mesmo quando assintomático e o período de transmissibilidade varia de 07 a 21 dias.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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