Sessão na Câmara debate Rio Ipojuca

Wagner Gil

Na tarde da última terça-feira (09), os vereadores de Caruaru debateram sobre o Rio Ipojuca, já que a data marcou a aprovação da Lei Municipal de nº 5.530, que determina o dia 9 de maio como o dia Municipal do Rio Ipojuca. O convite para ida do professor Alexandre Nunes falar sobre a história e momentos atuais do rio foi do vereador Fagner Fernandes. “Sabemos a importância que o meio ambiente tem na vida das pessoas. O Rio precisa de ajuda urgentemente”, comentou.

Com pouco mais de 300 quilômetros de extensão, o Rio Ipojuca nasce em Pesqueira e termina em Primavera, sendo considerado o terceiro mais poluído do país. Durante sua apresentação, o professor Alexandre Nunes destacou que após Belo Jardim, praticamente o Rio Ipojuca deixa de existir, principalmente pela represa que foi criada devido à construção da barragem Pedro Moura, hoje um dos principais mananciais que abastecem a cidade das baterias Moura. O professor mostrou o descaso com fotos aéreas. “Depois da barragem, o rio praticamente deixa de existir. As fotos que apresentamos aqui é uma prova incontestável”, alertou.

Ele também apresentou outros problemas que afetam, dentre eles, o esgoto que é jogado pela população. “O que acontece hoje com o rio é uma questão de meio ambiente, mas de saúde pública. Temos muitas construções irregulares nas margens. Tem Lei Federal e não é cumprida”, disse o vereador Heleno Oscar (PEN). “O que o professor Alexandre apresentou aqui mostra que Caruaru é uma das cidades que mais poluem o Ipojuca. As outras são Bezerros, Gravatá e São Caetano”, completou Cecílio Pedro.

Uma denúncia surgiu durante a apresentação e diz respeito à Estação de Tratamento das Rendeiras, inaugurada no ano passado pelo governador Paulo Câmara. Segundo as fotos apresentadas durante a explanação na Câmara, logo após a estação de tratamento, acumula-se bastante baronesas. “Isso pode ser um indicativo que a Estação de Tratamento pode não estar funcionando”, disse Alexandre Nunes. Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria da Compesa e ela informou que a ETA está funcionando normalmente.

Outro fator abordado foi o fato de muitas hortaliças estarem recebendo água do Rio em dezenas de plantações que foram localizadas ao longo do seu curso. “Isso é uma questão de saúde grave. Muitas vezes, alguém pode passar mal depois de comer uma verdura e às vezes não sabe de onde vem. Pode ser isso, ou seja, utilização da água do Ipojuca em lavouras”, destacou Nunes.

SEM FOGOS – Na sessão Ordinária da última terça-feira, o vereador Cecílio Pedro apresentou um importante requerimento que trata do cuidado animal. O edil quer proibir a utilização de fogos de artifícios em eventos que tenham animal.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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