Sobre as criticas: o PT, o PSDB e o PMDB

O globo

As divergências e contradições no PT foram, nos últimos 12 anos, um dos principais temas da cobertura jornalística. Esta atenção foi redobrada com o escândalo do mensalão e amplificada com o petrolão.

O PMDB, pelo seu gigantismo e pelo papel que desempenhou na queda da ditadura militar também tem sido alvo de uma lupa permanente da mídia. Suas mazelas e sua participação nos governos do PSDB e do PT chamou a atenção para a sua ação política. Com o governo Temer, suas divergências passaram, novamente, a ser um relevante insumo de cobertura.

Agora, depois da estrondosa vitória das eleições municipais, o PSDB volta a ser um partido, cujas divergências internas merecem ser iluminadas. A corrida entre o presidente do partido, Aécio Neves, e o governador Geraldo Alckmin, pela candidatura à Presidência da República, tornam ainda mais necessário o acompanhamento dos tucanos.

A informação sobre essas diferenças, dentro de um mesmo time, costumam ter um peso maior, do que expor a obrigatória, e previsível, divergência entre os dois polos que disputam o poder. Estas, por si só, tem seu espaço garantido no dia a dia do noticiário. Mas quando o abridor de latas, ou a sacarolha, entra em campo, a reação dos partidos, ao longo desses anos, são diferentes. E, vamos ao que interessa!

O PMDB, em geral, mata no peito, aceita críticas, a exposição de seus pecados, do cotovelaço interno e segue o baile.

O PT, como se verifica, não lida bem com a crítica, com a abertura de suas entranhas, considera a mídia uma adversária política e tenta vender a visão do que é certo ou errado no noticiário e nas publicações. Mas os petistas, pelo menos agora, estão perdidos lambendo suas chagas.

Os tucanos, em sua maioria, também não gostam de críticas nem que tornem pública sua conflituosa intimidade e também buscam monitorar a mídia. O governo Fernando Henrique Cardoso se perdeu na poeira do tempo.

O PT está fora do campo. Mas a postura dos tucanos, desde que viraram protagonistas para as eleições de 2018, passará por um teste, por uma prova, quando será conhecida sua reação diante da exposição de suas divergências internas.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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