Socioeducandos dão o primeiro passo para a inclusão digital

O Centro de Internação Provisória (Cenip), em Caruaru, uma das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), vem se destacando por oportunizar aos adolescentes que passam pela unidade várias ações de ressocialização, com destaque para a inclusão digital. O curso de Informática Básica, por exemplo, só este ano já contou com dez turmas concluídas e tem a 11ª e a 12ª em andamento. Até agora, 103 jovens foram inscritos e 73 terminaram as aulas. A turma mais recente teve início nesta semana, no laboratório do centro. Quem conclui a formação é certificado pelo Centro de Integração Empresa Escola (Ciee), por meio de uma parceria entre a instituição e a Funase.

Os adolescente aprendem noções que, apesar de básicas, são essenciais para a inclusão no mercado de trabalho, como as diferenças entre hardware e software e a operação de programas de edição de texto, slides e planilhas. Com 20 horas/aula, o curso de curta duração é adequado para o público do Cenip Caruaru, onde os jovens só podem ficar por até 45 dias, como em toda unidade de internação provisória da Funase. “Vale destacar que, devido a situações de vulnerabilidade social anteriores, parte dos internos não tinha acesso ou tinha um contato muito restrito a computadores, o que torna a oportunidade que estão tendo ainda mais importante para o início de uma transformação em seus projetos de vida”, afirmou a coordenadora geral do Cenip Caruaru, Maria Clara Amorim.

As turmas de 2018 iniciaram em março, com acompanhamento das coordenações geral e técnica do Cenip Caruaru e do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase. Por conta da grande rotatividade na unidade, o curso é realizado em cinco dias de atividades. A 11ª turma conta com seis adolescentes, e a 12ª, com cinco. “O número só não chega a 100% de inserção porque há adolescentes que possuem baixa escolaridade e não têm condição de participar das aulas. Mas fico muito feliz com o início dessas turmas. Estamos conseguindo atingir o objetivo de contemplar praticamente todos os socioeducandos que entram na unidade”, finalizou Maria Clara Amorim.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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