Temer diz que chacina em Manaus foi acidente pavoroso

Do G1

O presidente Michel Temer afirmou, hoje, na abertura de uma reunião com ministros da área de segurança, que a chacina no presídio de Manaus foi um “acidente pavoroso”.

Logo no início da reunião, Temer manifestou solidariedade às famílias das vítimas. Um motim ocorrido no início da semana no complexo penitenciário de Anísio Jobim deixou 56 presos mortos e culminou na fuga de cerca de 200 detentos.

Esta foi a primeira vez que o presidente se manifestou sobre o episódio em Manaus, classificado pelo governo local como “o maior massacre” do sistema prisional do estado. Até então, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que estava à frente do assunto, havia se pronunciado pelo governo.

“Eu quero numa primeira fala, mais uma vez, solidarizar-me com as famílias que tiveram seus presos vitimados naquele acidente pavoroso que ocorreu no presídio de Manaus”, disse o presidente.

Em sua fala, Temer ressaltou que o presídio de Manaus é privatizado e, por isso, a responsabilidade do governo estadual no episódio não está muito “clara” e “objetiva”. Nesta quarta-feira (4), o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que o governo amazonense sabia do risco de uma rebelião no complexo prisional.

“Vocês sabem que lá em Manaus o presídio era terceirizado, era privatizado e, portanto, não houve, por assim dizer, uma responsabilidade muito objetiva, muito clara, muito definida dos agentes estatais”, disse o presidente.

Ele chamou ao Palácio do Planalto ministros para discutir a segurança pública no país. Foram ao encontro José Serra (Relações Exteriores), Alexandre de Moraes (Justiça), Raul Jungmann (Defesa), Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional) e Eliseu Padilha (Casa Civil).

Plano Nacional de Segurança

Temer adiantou que o Plano Nacional de Segurança, que está em debate e ainda será anunciado, terá como primeira determinação a exigência de que novos presídios tenham prédios separados para presos de diferentes níveis de periculosidade.

Segundo ele, a Constituição estabelece que o preso deve cumprir a pena em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo. “Sabemos que isso não tem sido cumprido”, disse.

“Haverá determinação do Ministério da Justiça para que nos presídios que vierem a ser construídos nos estados, (…) deverá ter prédios distintos. Um para abrigar aqueles que praticam os delitos de maior potencial ofensivo, outro para os de menor potencial ofensivo”, explicou.

Temer diz que presos devem cumprir pena em locais distintos segundo gravidade do crime

Novos presídios

Temer ainda anunciou a construção de cinco presídios federais para abrigar “lideranças de alta periculosidade”. Cada unidade deve contar com até 250 vagas. O investimento, segundo o presidente, ficará entre R$ 40 milhões e R$ 45 milhões por unidade.

Ele não deu prazo para a conclusão dos empreendimentos e se limitou a dizer que “isso leva algum tempo, mas haverá esforços para que se construa no menor tempo possível”.

O presidente disse também que serão liberados R$ 150 milhões para a instalação de bloqueadores de celular em pelo menos 30% dos presídios em cada estado. Segundo o Ministério da Justiça, a verba fará parte de mais R$ 1,8 bilhão em recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) a serem liberados até o final do primeiro semestre deste ano. De acordo com a pasta, cada estado irá indicar quais presídios devem ser priorizados para a implementação do sistema.

No fim do ano passado, Temer autorizou o repasse de R$ 1,2 bilhão aos estados para a construção de penitenciárias e modernização do sistema penitenciário.

Mulher morre em acidente

Acidente Moto

Uma mulher morreu e mais três pessoas ficaram feridas em um acidente registrado na madrugada de ontem (7), na BR-104, em Caruaru. De acordo com informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal, a vítima fatal, Edna da Silva Santos, de 33 anos, estava na garupa de uma motocicleta juntamente com as filhas de sete anos e outra de oito meses, quando o lençol que cobria o bebê enganchou na tração, prendeu a roda traseira e fez com que o veículo caísse.

Com a queda, ela morreu no local enquanto o seu marido, José Edson dos Santos, que estava pilotando a moto, bem como as crianças sofreram apenas ferimentos leves.

Depois de um ano, acidente em que morreu Eduardo Campos não foi esclarecido

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Da Agência Brasil

Há um ano, por volta das 10h, a aeronave Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, caía no meio de uma área residencial do bairro Boqueirão, em Santos, no litoral paulista. A bordo estavam o então candidato do PSB à Presidência da República nas eleições de outubro 2014, Eduardo Campos, de 49 anos, e mais seis pessoas: o assessor Pedro Almeida Valadares Neto, o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho (Percol), Alexandre Severo Gomes e Silva (fotógrafo), Marcelo de Oliveira Lyra (assessor da campanha) e os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha. Todos morreram. O acidente, até hoje não esclarecido, mudou os rumos do pleito presidencial e os cenários políticos pernambucano e brasileiro.

“Foi um fato extremamente traumático que mudou inteiramente as condições da disputa eleitoral tanto interna, em Pernambuco, quanto em nível nacional”, analisa o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Michel Zaidan Filho. Herdeiro político do avô, Miguel Arraes, Eduardo Campos, que era o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto à época, deixou a viúva, Renata Campos, e cinco filhos.

A morte abrupta do político provocou comoção em Pernambuco. Milhares de pessoas, de diversas regiões do estado, foram até Recife acompanhar as cerimônias fúnebres, que duraram quatro dias. Personalidades do mundo político, como a presidenta Dilma Rousseff, que concorria à reeleição, o candidato tucano Aécio Neves e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram do velório, no Palácio das Princesas, sede do governo pernambucano. No dia 17, o corpo de Eduardo Campos foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro, no mesmo túmulo do avô, que morreu no dia 13 de agosto de 2005.
Com a morte de Campos, considerado um político habilidoso por aliados e adversários, o PSB, depois de dias de indefinição, decidiu que a então vice da chapa, a ex-ministra Marina Silva, seguiria na disputa ao Palácio do Planalto. Em meio à comoção pela morte do companheiro de coligação, Marina Silva chegou a ultrapassar o tucano Aécio Neves.

“Foi um fato político muito relevante para a política brasileira. Não acredito que a Marina e o PSB sonharam que poderiam alçar uma posição tão vantajosa como a que tiveram com a morte de Eduardo, parecendo que ultrapassariam mesmo Aécio Neves. Houve um momento em que o tucano chegou a atacar Marina, pensando que ela iria ultrapassá-lo efetivamente”, lembrou Michel Zaidan.

Na esfera estadual, o cientista político observa que a tragédia “reforçou a oligarquia familiar”. A viúva Renata Campos ganhou grande importância no PSB e chegou a ser cogitada como substituta do marido na corrida presidencial, o que acabou não se confirmando. Ele comparou o impacto da morte de Campos às consequências políticas do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954.

“A morte de Eduardo foi explorada politicamente e reverteu inteiramente a situação. Como a morte de Getúlio [Vargas], mudou totalmente o encaminhamento da política brasileira até Jango, pelo menos”, comparou Michel Zaidan. O então candidato do PSB ao governo de Pernambuco Paulo Câmara, que tinha 3% das intenções de voto antes da morte de Campos, conseguiu virar a disputar e se elegeu no primeiro turno.

O doutor em ciência política pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e especialista em política, popularidade política e relações internacionais das Américas da Universidade de Brasília (UnB) Benício Viero Schmidt também disse que a morte inesperada de Eduardo Campos teve um impacto muito grande no cenário político do país.

“Vamos pensar no seguinte quadro: o Eduardo, fosse ou não presidente, seria um elemento importante porque ele tinha a confiança tanto do pessoal do PT quanto da oposição. Ele seria um ponto de referência inevitável nessa situação. Um cara que senta na mesa, conversa, busca soluções e conciliações”, acrescentou Schmidt.

Acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos está na fase final de investigação

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Do JC Online

A investigação do acidente aéreo na cidade de Santos, em São Paulo, que vitimou sete pessoas no ano passado, entre elas o ex-governador Eduardo Campos, está na fase final de investigação.

Em um ano, a equipe de investigação da Força Aérea Brasileira (FAB) realizou diversos estudos e testes de perfomance e sistemas da aeronave, além de verificar habilitações, treinamento de pilotos, meteorologia e manutenção.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) emitiu, em novembro de 2014, uma recomendação de segurança à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pedindo para que a autarquia pudesse se certificar do cumprimento da norma que previa familiarização e de diferenças nas aeronaves da série CE560-XL, fabricadas pela empresa Cessna Aircraft Company.

O Cenipa, como em todos os acidentes aeronáuticos, não fixou um prazo para a conclusão do relatório final. As investigações do órgão têm o objetivo de evitar que acidentes com as mesmas características aconteçam.

HIPÓTESES – Em janeiro deste ano, as primeiras informações sobre a investigação do acidente foram divulgadas. O Cenipa descartou, até o momento, hipóteses de colisão com aves, drones ou outras aeronaves. O avião também não estava voando invertido antes da queda e os motores estavam funcionando no momento do impacto com o solo. Além disso, os pilotos fizeram uma rota diferente do previsto para pousar na Base Aérea de Santos.

A equipe de investigadores é composta por 18 pessoas, que se dividem entre especialistas em Fator Operacional (pilotos, piloto de ensaio em voo, pilotos de inspeção em voo, meteorologista, profissional de tráfego aéreo, mecânico de aeronaves), especialistas em Fator Humano (médico e psicólogo, que apuram as características fisiológicas, ergonômicas, psicológicas, organizacionais e sociais da tripulação) e especialistas em Fator Material (engenheiro aeronáutico, engenheiro mecânico e engenheiro de materiais). A equipe também incluía assessores técnicos da Anac e representantes técnicos dos Estados Unidos, país onde o avião foi fabricado, e do Canadá, fabricante dos motores.

Família de Eduardo Campos só se pronunciará após a conclusão de todas as investigações do acidente

Do Diário de PE

Por meio do seu advogado, a família Eduardo Campos informou, em nota, que só se pronunciará a respeito das informações da Aeronáutica sobre o acidente que vitimou o ex-governador após a conclusão das investigações. Confira:

Com referência à reunião convocada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), realizada nesta data, presentes os familiares das vítimas do acidente aéreo do dia 13 de agosto de 2014, a família de Eduardo Campos, por seu advogado, esclarece:

– que apenas se pronunciará a respeito do assunto após a conclusão de todas as investigações atualmente em curso.

Aeronáutica: falha humana causou morte de Campos

Uma sequência erros do piloto Marcos Martins levou à queda do avião que matou, em agosto de 2014, o então presidenciável do PSB e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e outras seis pessoas em plena campanha eleitoral. Falhas como ausência de treinamento para conduzir a aeronave acidentada, um Cessna 560XL, e a opção por atalho para acelerar os procedimentos de aterrissagem estão entre as razões da tragédia, que aconteceu em Santos (SP) e mudou os rumos do pleito presidencial no ano passado, colocando a ex-ministra Marina Silva (PSB-Rede) no páreo.

É o que mostram investigações da Aeronáutica a serem divulgadas no início de fevereiro, mas adiantadas em manchete de capa do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira (16). Assinada pela jornalista Eliane Cantanhêde, a matéria revela que o “resultado decisivo” que levou à queda do avião foi a tentativa de abortar o pouso e arremetê-lo abruptamente, quando Martins teria deixado de operar os instrumentos devidos de acordo com recomendações do fabricante do Cessna.

Essa situação, provocada pela falta de perícia do piloto, levou-o a sofrer o que é tecnicamente chamado de “desorientação espacial”, quando o piloto perde a noção referencial entre aeronave e solo. Ou seja, o piloto passa a ignorar a posição do avião – se está inclinado para cima ou para baixo, se suas asas estão na vertical, se está emborcado, ou mesmo se o avião simplesmente mantém a normalidade do voo.

“Essa conclusão sobre a ‘desorientação espacial’ baseou-se em informações sobre os últimos segundos do voo, no momento em que o avião embicou num ângulo de 70 graus e em potência máxima, como se o piloto acelerasse pensando que estava em movimento de subida, quando na verdade estava voando para baixo, rumo ao solo”, diz trecho da reportagem, lembrando que, além de Campos, morreram quatro de seus assessores e os dois tripulantes – além de Martins, o copiloto Geraldo Magela Barbosa.

Sem simulação

Segundo a reportagem, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica, debruçou-se sobre as causas do acidente em cerca de cinco meses de trabalho. Nesse período, traçou todo o perfil psicológico, pessoal e profissional dos pilotos, listou a sequência de erros de Martins e chegou à conclusão de que o acidente foi exclusivamente provocado por falha humana – o piloto não passou por simulador de voo do Cessna, aeronave “sofisticada e nova”, diz o Estadão.

“Não foi encontrado nenhum indício de falha técnica ou de operação do sistema aeronáutico. As duas turbinas foram detalhadamente analisadas e estavam em perfeita condição de uso, mas a caixa preta de voz não foi útil para as conclusões. Ela simplesmente não estava ligada, não gravou as conversas durante o voo”, registra outro trecho do texto.

O jornal informa ainda que piloto e copiloto não tinham bom relacionamento, e que aquele provavelmente seria o último voo conjunto da dupla, mesmo se o acidente não lhes tivesse abreviado a vida. O Cenipa registrou um histórico de desentendimentos entre os dois, inclusive um pedido de Magela para não voar mais com o piloto. Além disso, “circunstâncias objetivas” se somaram ao despreparo do piloto e à falta de sinergia da tripulação na cabine de comando: o tempo chuvoso e a conhecida complexidade de pouso, mesmo para pilotos experientes, na pista da Base Aérea de Santos.

“Apesar de todos esses agravantes, e talvez por excesso de autoconfiança, Martins cometeu, segundo os investigadores da Aeronáutica, o erro que deflagrou todo o desfecho trágico: ele desdenhou a rota determinada pelos manuais para o pouso na Base de Santos, não fez a manobra exigida para aquela pista e tentou pousar direto, de primeira”, explica a reportagem.

FAB deve divulgar relatório sobre acidente que matou Eduardo

O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Juniti Saito, afirmou que até o fim deste mês será divulgado o relatório parcial sobre o acidente que vitimou o ex-governador do estado Eduardo Campos em 13 de agosto. A informação é do jornal O Globo. De acordo com Saito, a investigação foi difícil, porque a caixa-preta não registrou os últimos minutos do voo do Cessna 560XL, que levava o político, e os destroços não estavam em boas condições. O documento da Aeronáutica conterá algumas recomendações para a aviação geral.

Eduardo Campos e mais quatro assessores, além do piloto e do copiloto, embarcaram na aeronave no Rio de Janeiro com destino a Santos, no litoral de São Paulo, onde o ex-governador cumpriria uma agenda como candidato à Presidência da República. Por volta das 10h, o piloto pediu à torre de controle do Aeroporto do Guarujá, onde pousaria, autorização para arremeter. Durante a manobra, o avião caiu atingindo imóveis do bairro do Boqueirão.

Ex-vereador diz que Eduardo foi vítima de atentado

Clóvis Correia lembrou a alta movimentação de aeronaves durante o Mundial (Foto: Blog do Magno)

Do Blog do Magno

O ex-vereador Clóvis Correia chegou à reunião convocada por Renata Campos, há pouco, no Recife, afirmando não ter a menor dúvida de que o acidente que tirou a vida do ex-governador Eduardo Campos foi um atentado.

“O Brasil viveu, há pouco, a maior movimentação no espaço aéreo com a Copa do Mundo, aterrissando em vários Estados mais de mil aeronaves deste porte e não ocorreu um só acidente. Como isso pode ocorrer com Eduardo em um avião tão moderno e sem nenhuma indicação de falha técnica ou mecânica?”, perguntou indignado o ex-vereador.

Apuração de acidente aéreo deve ser concluída em até um ano

Do Diario de Pernambuco

Os peritos norte-americanos que acompanham as investigações sobre o acidente que matou o ex-governador Eduardo Campos na semana passada, em Santos (SP), preveem que o trabalho de apuração levará cerca de um ano para ser concluído. Ontem, três técnicos dos Estados Unidos, integrantes da Federação Americana de Aviação (FAA), e peritos do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos (Cenipa) da Aeronáutica passaram três horas buscando peças do avião no local do desastre. No final da manhã, o grupo foi para a Base Aérea do Guarujá, onde técnicos da Força Aérea Brasileira (FAB) estão remontando partes do avião para apurar as razões da queda.

“Vamos ficar aqui em Santos por uma semana, para colher todos os materiais possíveis. E só depois iniciar os trabalhos de investigação nos Estados Unidos. É muito cedo para falar em qualquer possibilidade ou suposição”, avaliou um dos peritos norte-americanos. Eles conversaram com a imprensa para explicar o trabalho que estão realizando, mas não quiseram fornecer os nomes completos ou gravar entrevistas.

Com o grupo estão representantes da empresa Cessna Aircraft Company, fabricante da aeronave que caiu, e da Pratt & Whitney, fabricante do motor. Na parte da tarde, eles voltaram ao local do acidente e fizeram novas buscas por peças do avião. Os peritos pediram à Polícia Militar que quatro imóveis de um prédio e a academia atingida pela aeronave permaneçam interditados por, pelo menos, mais uma semana.

Ontem, o chefe do Cenipa, brigadeiro Dilton Schuck, afirmou que ainda não é possível confirmar se o avião pegou fogo antes de cair. Várias pessoas que moram próximo ao local do acidente contaram em depoimentos que viram a aeronave em chamas ainda no ar, o que pode indicar falhas mecânicas no avião antes do acidente. “Não podemos confirmar que o avião pegou fogo ainda no ar, porque não há nenhuma evidência disso, só testemunhas leigas. As pessoas são muito sugestionáveis. A gente acha que viu algo que não é o que a gente efetivamente viu”, disse Schuck, que comanda as investigações.

Complexidade
Segundo o brigadeiro, a complexidade do acidente impede a definição de um prazo para a conclusão das investigações. Os diálogos entre os pilotos e a torre de comando, que ajudariam na apuração para identificar o que aconteceu nos momentos que antecederam a queda, já foram descartados da investigação, uma vez que os gravadores não registraram as conversas. “Há acidentes que, de cara, nós, que somos da área, já podemos traçar desde o início as causas plausíveis. Não é o caso. Esse acidente é muito mais complexo, reverstido num clima de mistério”, afirmou Schuck.

Ele mencionou “várias incógnitas” ligadas à queda do jato e explicou que todas as possibilidades continuam sendo investigadas. O desafio será levantar, por meio dos destroços recolhidos no local, até que ponto as condições meteorológicas atrapalharam a manobra após o avião arremeter.

O comando aéreo autorizou o pouso do jato Cessna na Base Aérea de Santos ressaltando que o procedimento fosse feito por meio de instrumentos e não visualmente. A possibilidade de que os pilotos tenham sofrido “desorientação espacial”, o que pode ocorrer quando o avião faz uma curva dentro de nuvens, também está sendo levada em conta, mas Schuck ponderou que os pilotos eram muito experientes.

Veja a lista de mortos no acidente de avião que matou Eduardo Campos

Do G1

Um acidente de avião em Santos, na manhã desta quarta-feira (13), matou sete pessoas. Entre elas estava o candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos.

Veja abaixo a lista das vítimas do acidente:

Alexandre Severo Gomes da Silva era foógrafo (Foto: Sabrina Meira/Arquivo pessoal )Alexandre Severo Gomes da Silva era fotógrafo
(Foto: Sabrina Meira/Arquivo pessoal ) Alexandre Severo Gomes da Silva, fotógrafo

Nasceu no Recife, em 1978. Começou a fotografar em 2002. Formou-se na Universidade Católica de Pernambuco em 2011 e concluiu o curso de pós-graduação em fotografia na FAAP em 2014. Foi fotógrafo no Jornal do Commercio entre 2005 e 2011. Morava em São Paulo.


Carlos Percol, assessor de imprensa de Eduardo Campos que morreu na queda de avião. (Foto: Reprodução / TV Globo)Carlos Percol, assessor de imprensa de Campos,
morreu na queda de avião
(Foto: Reprodução / TV Globo) Carlos Augusto Ramos Leal Filho, assessor

Conhecido como Percol, o jornalista de 36 anos era assessor de imprensa. Durante o governo de Eduardo Campos em Pernambuco, foi gerente de Relações com a Imprensa, assessorando diretamente Campos como governador. Em 2012, coordenou a comunicação da campanha de Geraldo Julio, que se elegeu prefeito de Recife, e foi nomeado secretário de imprensa da gestão. Era casado há 4 meses com Cecília Ramos, que também trabalhava na campanha de Campos.


Eduardo Campos em entrevista ao G1, que foi transmitida ao vivo na segunda-feira (11) (Foto: Caio Kenji/G1)Eduardo Campos em entrevista ao G1, que foi
transmitida ao vivo na segunda-feira (11)
(Foto: Caio Kenji/G1) Eduardo Henrique Acioly Campos, candidado à presidência

Nascido em Recife, era presidenciável pelo PSB. Ele foi deputado federal e governou Pernambuco por dois mandatos.

Geraldo da Cunha, piloto


Marcos Martins, piloto


Marcelo de Oliveira Lyra era cinegrafista (Foto: Reprodução/Instagram)Marcelo de Oliveira Lyra era cinegrafista
(Foto: Reprodução/Instagram) Marcelo de Oliveira Lyra, cinegrafista.

Pedrinho morreu em acidente áreo (Foto: Reprodução/TV Sergipe)Ex-deputado morreu em acidente áreo
(Foto: Reprodução/TV Sergipe) Pedro Almeida Valadares Neto, assessor de campanha e ex-deputado federal. Conhecido como Pedrinho Valadares, nasceu em Simão Simas (SE) em 1965. Foi advogado e deputado federal entre 1991 e 1995 pelo PFL; entre 1997 e 1999 pelo PP; e entre 1999 e 2003 pelo PSB. Mais tarde, assumiu mandato em 2008 e em 2010 como suplente pelo DEM.