Aécio muda estratégia de atuação política em relação ao governo

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Do Estadão Conteúdo

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), decidiu rever sua estratégia de atuação política no Congresso e adotará este ano uma linha mais propositiva em relação a 2015, quando se empenhou durante praticamente o ano inteiro no afastamento da presidente Dilma Rousseff. O tucano apresentará ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), uma agenda mínima de votações de interesse do partido na Casa.

Ainda assim, Aécio avaliza a ação de oposicionistas da Câmara de tentar desgastar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com cobranças por explicações e uma eventual convocação do petista para a CPI do Carf. E, por tabela, reacender o debate sobre a retirada de Dilma, conforme revelou a reportagem na segunda-feira, 15. A avaliação de aliados do tucano é de que o enfraquecimento de Lula o favorece num possível confronto direto numa disputa presidencial antecipada ou em 2018.

A mudança de atuação do tucano, o maior representante da oposição no Legislativo, decorre de uma série de avaliações feitas por aliados e assessores próximos. Desde o segundo semestre do ano passado, pesquisas mostraram uma queda das intenções de voto em Aécio em simulações de corrida presidencial e ainda um aumento de rejeição.

Levantamentos qualitativos internos identificaram Aécio como um senador que não propunha saídas para superar a crise. As sondagens também mostraram uma corrosão na imagem do PSDB pelo apoio às pautas-bomba. Uma delas foi o aval maciço da legenda à tentativa de derrubar, em setembro, o fator previdenciário, regra de aposentadoria instituída no governo Fernando Henrique, em 1999, para diminuir o déficit da Previdência Social.

Na inauguração da nova fase, o presidente do PSDB vai propor hoje a Renan, em reunião de líderes partidários, ao menos quatro propostas consideradas prioritárias pelo PSDB para a pauta do Senado: 1) o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que desobriga a Petrobras de ser a operadora única na exploração da camada do pré-sal; 2) um que cria regras de governança em estatais, relatado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); 3) um de autoria do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), relatado pelo próprio Aécio, que visa a diminuir a influência política na gestão dos fundos de pensão; e 4) uma proposta do senador que restringe a quantidade de cargos em comissão na administração pública, estabelecendo processo seletivo.

Outras iniciativas legislativas e propositivas lideradas por ele estão em discussão na cúpula partidária. Em março, o partido realizará um seminário em que deve apresentar propostas de aperfeiçoamento de programas sociais da gestão petista.

Incômodo

A nova estratégia de atuação do PSDB na Câmara não foi bem recebida por outros partidos da oposição na Casa. Demonstrando incômodo, líderes oposicionistas criticaram ontem a sinalização que tucanos vêm dando ao governo de apoio a reformas estruturantes, como a da Previdência Social.

“O governo do PT não merece qualquer condescendência, porque eles imaginam a economia de uma forma completamente distinta do que são os fundamentos da economia”, reagiu o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). O deputado conta que só soube da nova estratégia do PSDB por meio da imprensa. Irritado, ele decidiu procurar os líderes do PSDB, PPS e SD e propor uma reunião hoje para discutir o assunto.

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Aécio Neves também decidiu adotar uma postura mais ofensiva em casos de menções a ele na Operação Lava Jato. A estratégia é rebater de pronto eventuais suspeitas e, se necessário, acionar a Justiça contra o acusador – foi o que anunciou fazer no início do mês com o lobista Fernando Moura, que disse em depoimento que ele teria participado de esquema de propina em Furnas a partir de suposta indicação de Dimas Toledo para uma diretoria da estatal.

Aécio Neves diz que Dilma não conclui mandato

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Da Agência O Globo 

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), antevê o fim prematuro do governo Dilma Rousseff e diz que só não sabe se será via Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a cassação da chapa Dilma/Michel Temer, renúncia ou por força de um impeachment.

O senador acha que há clima para o impedimento, mas diz que Dilma não se beneficiou pessoalmente da corrupção. As declarações foram dadas no programa “Preto no Branco”, do jornalista Jorge Moreno, no Canal Brasil.

“Quando vejo hoje como esse grupo (do PT) se apoderou do Estado para ganhar uma eleição, como corrompeu o Estado, como usou uma empresa pública, digo que fizemos uma campanha quase heroica. E vou repetir uma frase, dura, que não perdi a eleição para um partido, mas para uma organização criminosa, que se estabeleceu no seio do Estado, arrecadando quantias vultosas, ilícitas e descumprindo a legislação em todos os momentos”, afirmou Aécio Neves, que disse na sequência.

“Quando se fala em pedaladas se fala que a presidente contrariou a lei e permitiu que bancos públicos financiassem programas sociais. É um crime o que foi feito… Eu não acuso a presidente da República de corrupção pessoal. Nunca fiz isso. Não acho que ela seja beneficiária pecuniária do que aconteceu, mas foi beneficiária política. E, quando burla a Lei de Responsabilidade Fiscal, faz isso conscientemente, porque os alertas foram inúmeros durante a campanha”, disse o senador tucano.

Aécio Neves citou números que mostram o mau desempenho do governo Dilma. Ele afirmou que o seu partido tem pesquisas internas que demonstram que 64% dos mais de 54 milhões de pessoas que votaram em Dilma no segundo turno, não votariam se as eleições fossem hoje.

O senador afirmou também que, durante a campanha eleitoral, quando alertou para o ambiente que o país viveria em 2015, com inflação e desemprego, era chamado de pessimista e que não apostava no crescimento do país.

“Além da crise moral, vivemos uma crise econômica e social sem precedentes e que é gravíssima, com desemprego e inflação. Há uma crise de confiança, que vem pela forma como a presidente agiu na campanha, faltando com a verdade, mentindo. Não enxergo mais na presidente condições de nos tirar desse atoleiro no qual seu governo e esse ciclo do PT nos mergulhou”.

Aécio entende que há, sim, clima para o impeachment e negou que esse assunto tenha esfriado.

“Estava esfriado mais na classe política, no Congresso Nacional. Houve essa arrumação, usando os piores métodos possíveis, com distribuição de cargos públicos como se fosse distribuição de banana em feiras livres. No terceiro e quarto escalão. Tudo em troca de voto para Dilma. O projeto é manter-se no cargo por mais algum tempo, mas está derretendo”.

DENÚNCIA GRAVE CONTRA CUNHA

O senador demonstrou frustração quando contou que a presidente Dilma, logo após confirmada sua reeleição, não tornou pública uma ligação que ele fez para ela vinte minutos depois. Esse exemplo foi usado pelo senador como a indisposição de Dilma para trabalhar com a oposição.

— Só se conversa com quem quer conversar. Vinte minutos depois de anunciado o resultado, liguei para a presidente e a cumprimentei. Ela não teve a gentileza, que a liturgia recomenda, de registrar isso. Disse a ela que estava de parabéns e que desejava força para cumprir o desafio de unir o país. Eu estava dando a senha. Se digo em missão de unir o país é que estava pronto para ser chamado para uma conversa em torno de uma agenda. Mas ela agiu como se tivesse vencido com 90% dos votos.

Aécio Neves voltou a afirmar que as denúncias contra Eduardo Cunha são extremamente graves, que suas respostas as acusações são “pífias” e que o PSDB irá votar pelo seu afastamento da presidência da Câmara e pela cassação de seu mandato no Conselho de Ética.

Aécio Neves cedeu avião de Minas a políticos e celebridades

Da Folha de S. Paulo

Registros do Gabinete Militar de Minas Gerais mostram que durante o governo do tucano Aécio Neves (2003-2010) aeronaves do Estado foram cedidas para deslocamentos de políticos, celebridades, empresários e outras pessoas de fora da administração pública a pedido do então governador mineiro.

Essas viagens não encontram amparo explícito na legislação que desde 2005 regula o uso das aeronaves oficiais do Estado, um decreto e uma resolução assinados pelo próprio Aécio.

O tucano afirma, por meio de sua assessoria, que a legislação estabelece apenas diretrizes, que os voos foram regulares e atenderam a interesses do Estado.

Por meio da Lei de Acesso à Informação, a Folha obteve do governo de Minas, comandado hoje pelo petista Fernando Pimentel, adversário político de Aécio, a relação dos 1.423 voos entre janeiro de 2003 e março de 2010 em que o nome do tucano figura como solicitante.

Desses, em 198 voos não houve a presença nem de Aécio nem de agentes públicos autorizados pela legislação a usar essas aeronaves, como secretários de Estado, vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa.

Dois desses voos solicitados por Aécio foram usados em 2004 – um ano antes da edição do decreto e da resolução – pelo apresentador da Rede Globo Luciano Huck, amigo do tucano, para se deslocar de Belo Horizonte ao interior de Minas. Um desses voos também teve a presença da dupla Sandy e Júnior, que na ocasião gravava em Minas um novo quadro para o “Caldeirão do Huck”, o “Quebrando a Rotina”.

O programa mostrava os três percorrendo a Estrada Real de Minas Gerais. “O trio visitou locais históricos como os municípios de Ouro Preto e Santa Bárbara. Eles conheceram também paisagens exuberantes, como o Parque Natural do Caraça, e proporcionaram ao público cenas inusitadas como Sandy lavando louça e Junior montando em um jumento”, diz o texto de descrição do quadro no site oficial do “Caldeirão”.

Outros integrantes e ex-integrantes da Globo usaram jatos e turboélices do Estado – os atores José Wilker (que morreu em 2014) e Milton Gonçalves, em 2008, além do ex-executivo da rede José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, em 2003.

Dias antes de deixar o governo, em março de 2010, Aécio também cedeu o helicóptero para que o então presidente do grupo Abril, Roberto Civita (morto em 2013) e sua mulher, Maria Antônia, visitassem o Instituto Inhotim, museu de arte contemporânea do empresário Bernardo Paz em Brumadinho (53 km de Belo Horizonte).

O ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira também aparece nos registros como tendo usado por três vezes o helicóptero, em deslocamentos dentro de Belo Horizonte, e em outras três vezes um dos jatos para viagens de BH a São Paulo e ao Rio, entre 2006 e 2009.

As viagens em que Aécio não figura como passageiro listam trechos para fora de Minas Gerais que têm ainda como passageiros vários políticos – com ou sem mandato – tucanos, de partidos aliados e até alguns adversários, outras autoridades federais dos Três Poderes e comitivas de jornalistas – a Folha esteve em um desses voos para acompanhar uma agenda de Aécio em Lavras.

A reportagem obteve também os dados dos voos dos governos Anastasia (2010-2014), afilhado político de Aécio, e Pimentel (2015).

No caso de Anastasia, há ao menos 60 voos sem a presença de autoridades estaduais. Há deslocamentos para o próprio Aécio, para políticos, magistrados estaduais, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e novamente para Ricardo Teixeira.

Sobre os voos de Pimentel, nos seus primeiros nove meses de gestão um voo foi cedido para uma autoridade fora da administração, segundo os registros enviados pelo governo mineiro: um deslocamento do presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e de sua mulher, Yara, de Belo Horizonte a São Paulo, em março deste ano.

Na comparação, foram em média 2,3 voos mensais durante o governo Aécio, 1,3 voo na gestão Anastasia e 0,1 de Pimentel.

Em setembro, a Folha mostrou que Aécio usou jatos oficiais do Estado para ir de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro em 124 ocasiões durante a sua gestão em Minas.

A legislação mineira que disciplina o uso das aeronaves oficiais se resume ao decreto 44.028 e à resolução 3, ambos de 2005. O decreto define que “a utilização das aeronaves oficiais será feita, exclusivamente, no âmbito da administração pública estadual (…) para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos.”

A resolução, que regulamenta o decreto, estabelece que as aeronaves “destinam-se ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas ou agentes públicos, quando integrantes de comitivas dos titulares dos cargos”.

OUTRO LADO

A assessoria de imprensa de Aécio Neves afirmou que “todos os voos foram regulares, dentro das normas legais e atenderam a interesses da administração do Estado.”

Apesar de a legislação definir que duas das aeronaves se destinam aos deslocamentos do governador, elas não se limitam “ao seu uso pessoal exclusivo, compreendendo, portanto, o atendimento de demandas e necessidades do chefe do Executivo”, diz a nota enviada pelo tucano.

A assessoria afirma que Aécio determinou que todos registros de voos trouxessem os nomes dos passageiros, assegurando transparência.

Sobre a cessão do helicóptero para a gravação do “Quebrando a Rotina”, a assessoria diz que o Estado ofereceu apoio de infraestrutura “para uma grande ação de divulgação turística, no caso, a divulgação de um roteiro turístico, a Estrada Real”.

Da mesma forma, segue a nota, o transporte de Civita “atendeu o objetivo de divulgar o Museu de Arte Contemporânea apresentando-o a um dos maiores empresários de comunicação do país”. A assessoria enviou uma reportagem sobre o museu publicada posteriormente na revista “Veja”.

Em relação à concessão de um jato para levar o empresário José Bonifácio Oliveira Sobrinho de BH ao Rio, a assessoria diz que o governo solicitou a colaboração do ex-executivo da Globo na definição de diretrizes para a TV Minas. Sobre o transporte dos atores Milton Gonçalves e José Wilker entre BH e o Rio, a razão seria a participação em ato contra a corrupção apoiado pelo governo de Minas.

Sobre as viagens do ex-presidente da CBF, a afirmação é a de que elas se deram “em atendimento a agendas com o governador à época da candidatura do Brasil para sediar os jogos da Copa de 2014”.

A Comunicação da Globo enviou dados sobre a logística bancada pela emissora para o “Quebrando a Rotina”, entre elas passagens aéreas e aluguel de helicópteros particulares. O uso da aeronave oficial oficial faria parte de um acordo de “facilidades de produção”.

Também via Comunicação da Globo, o ator Milton Gonçalves afirmou não se lembrar da viagem. “Não uso nada que não seja legal e que todos possam saber. Se isso de fato ocorreu, basta comprovarem e me dizerem quanto foi o voo que eu pago”, disse o ator.

A assessoria dos cantores Sandy e Júnior disse que como os dois foram convidados pelo programa, a logística coube ao “Caldeirão”.

Boni afirmou que a pedido do governo estadual fez uma análise da TV Minas. “Não cobrei pela visita e nem pela minha opinião, por considerar uma contribuição à TV pública. Fui do Rio a BH pagando minha passagem. Na volta aceitei uma carona com o governador, que já vinha para o Rio”, afirmou. O registro do governo mineiro, porém, indica que o empresário foi o único passageiro.

A assessoria do agora senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) afirmou que os deslocamentos foram de autoridades que participaram de eventos ou reuniões no Estado e que as viagens cumpriram o disposto na legislação.

A assessoria de Fernando Pimentel disse que Lewandowski cumpriu agenda oficial em Belo Horizonte, tendo recebido o Colar do Mérito Judiciário Militar.

O presidente do STF e a Abril não se pronunciaram. A Folha não conseguiu falar com Ricardo Teixeira.

Em mensagens, executivos da Andrade Gutierrez torcem por Aécio Neves

Da Folhapress

Mensagens de texto trocadas por executivos da Andrade Gutierrez, investigados na Operação Lava Jato, mostram a torcida dos empresários pela vitória de Aécio Neves (PSDB) nas eleições presidenciais do ano passado. A postura é contrária à de diretores da construtora OAS que torceram efusivamente pela reeleição de Dilma Rousseff (PT).

Os funcionários da Andrade dizem que Dilma “não tem firmeza”, chamam-na de “poste” e de “presidenta” e afirmam que seu “tendão de Aquiles” é a corrupção.

“Dá nojo em pensar que somos governados por este poste!”, reclama Anuar Caram, presidente da área de negócios públicos da Andrade Gutierrez. “A Dilma falando parece uma impressora matricial imprimindo.”

As mensagens foram trocadas durante a campanha eleitoral de 2014, em um grupo de WhatsApp. Entre os executivos, estão Flávio Barra e Elton Negrão de Azevedo Júnior ambos presos na Operação Lava Jato.

Pelo grupo, eles acompanharam o debate dos candidatos na TV Globo, às vésperas do segundo turno. “Taca-lê pau, Aécio”, diz Caram. “Fora, sapa com cara do Satanás”, responde Ricardo Sá, presidente da área de clientes privados da empreiteira.

No dia 26, data da votação do segundo turno, os executivos chegam a comemorar a vitória de Aécio. “Galera, fonte dentro do comitê do Aécio. Eleito!!!”, escreve Caram. O presidente da Andrade Gutierrez Construção, Clorivaldo Bisinoto, chega a enviar uma foto-montagem de Dilma e Lula atrás das grades, com a frase: “Minha cela, minha vida”.

Minutos depois, com a apuração consolidada e a vitória de Dilma, os diretores lamentam. “Vida vai ser dura…”, comenta Barra, atualmente preso na Lava Jato.

Outros executivos tentam animar os demais. “Vamos em frente que a vida continua! Apesar dos desafios externos, estamos juntos no nosso projeto de termos uma AG [Andrade Gutierrez] de um futuro próximo muito bacana!”, escreve Sá.

Meses depois, já em 2015, os empresários exaltam os protestos contra o governo. “Panelaço aqui em Ipanema neste momento, aos gritos de Fora Dilma”, comemora Caram. “Aqui na Barra também. Buzinaço e tudo mais! Até vuvuzelas!”, responde Bisinoto.

As mensagens integram o inquérito policial que investiga executivos da Andrade Gutierrez na Operação Lava Jato, e foram anexadas na última semana aos autos. A Andrade Gutierrez, por meio da assessoria de imprensa, informou que não iria comentar as mensagens.

Aécio usou aeronaves oficiais em 124 viagens para o Rio de Janeiro

Aécio Neves - Apresentação do promessômetro do governo Dilma Rousseff

Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) usou aeronaves oficiais em 124 viagens ao Rio de Janeiro nos sete anos que governou Minas Gerais, de 2003 a 2010. Relatório produzido pelo atual governo mineiro, do petista Fernando Pimentel, mostra média de 1,4 viagem por mês à capital do Rio e outras cidades do estado, como Búzios e Angra dos Reis. As informações são da Folha de S.Paulo.

O documento revela que a maioria das viagens foi entre quinta e domingo. Ainda mostra que, de 2008 a 2009, Aécio usou dos aviões para ir seis vezes para Florianópolis, cidade onde morava a então namorada e atual esposa do senador, Letícia Weber.

O relatório, produzido para atender requerimento de deputado estadual tucano, é assinado pelo atual secretário da Casa Civil de Minas, Marco Antonio de Rezende Teixeira. Segundo Marco, não foram encontradas justificativas para a realização das viagens.

A assessoria do parlamentar disse que é normal uso de aeronaves oficiais por governantes, mesmo em compromissos pessoais. Também diz que há inconsistências na listagem produzida pelo atual governo e que, em alguns casos, houve compromissos oficiais.

De acordo com reportagem, durante a gestão tucano, o uso das aeronaves era regulado por um decreto assinado pelo tucano. O dispositivo permite uso de aviões oficiais pelo governante “em deslocamento de qualquer natureza, por questões de segurança”.

“As viagens realizadas pelo governador ocorreram com registros oficiais e em conformidade com o estabelecido pelas normas”, diz nota da assessoria do tucano.

Aécio aposta em Raquel

Se o ex-governador João Lyra Neto não assegurar o controle da legenda do PSB em Caruaru, o caminho mais natural do seu grupo será o PSDB, informa o jornalista Magno Martins nesta segunda-feira (7) no seu blog.

Segundo o texto, Lyra não tem apenas o aval do diretório estadual, já manifestado pelo presidente Antônio Moraes, mas também da cúpula nacional. O senador Aécio Neves, presidente do partido, com quem Lyra tem uma excelente relação, está torcendo para que o ex-governador e sua filha, a deputada estadual Raquel Lyra, ingressem no partido, porque acredita no potencial de Raquel para conquistar a Prefeitura de Caruaru.

Para Aécio, procuradoria deve investigar campanha de Dilma

Da Folhapress

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), divulgou nota neste sábado (22) manifestando apoio à decisão do ministro Gilmar Mendes, um dos magistrados do Tribunal Superior Eleitoral, de pedir a investigação da campanha de Dilma Rousseff.

Mendes solicitou nesta sexta-feira (21) que a Procuradoria-Geral da República apure suposta prática de atos ilícitos para favorecer a então candidata do PT no ano passado.

“Seria extremamente grave se os fortes indícios de utilização de dinheiro proveniente de desvios da Petrobras na campanha de reeleição da atual presidente, corroborados por delação premiada, não fossem devidamente apurados!”, disse o tucano por meio de nota.

A oposição adotou a estratégia de tentar pressionar o Ministério Público a instaurar inquérito sobre o caso e aposta na investigação para corroborar a estratégia de patrocinar um processo de impeachment da presidente Dilma.

O PT, por sua vez, reage. Afirma que o TSE já aprovou as contas da campanha, na qual o próprio Mendes foi relator, e que o ministro tenta criar um fato a serviço do PSDB, pois é próximo a diversos integrantes da cúpula tucana.

“O Brasil confia que tanto a PGR quanto o TSE cumprirão seu papel constitucional, garantindo inclusive o amplo direito de defesa aos acusados, mas não se curvando a quaisquer tipos de pressão ou constrangimento.”

Em seu despacho, Gilmar Mendes sustenta que há vários indicativos de que “o PT foi indiretamente financiado pela sociedade de economia mista federal Petrobras [o que é proibido pela lei]. (…) Somado a isso, a conta de campanha da candidata também contabilizou expressiva entrada de valores depositados pelas empresas investigadas.”

Questionado sobre o pedido de Mendes, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social), que foi coordenador financeiro da campanha de Dilma no ano passado, disse que “todas as contribuições e despesas da campanha de 2014 foram apresentadas ao TSE, que, após rigorosa sindicância, aprovou as contas por unanimidade”.

Aécio discursa em trio elétrico em BH, mas nega que busque ‘protagonismo’

Da Folhapress

O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), participou neste domingo (16) dos protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Ele subiu em trios elétricos de grupos anti-PT e chegou a fazer um breve discurso. “Chega de tanta mentira, tanta corrupção e tanto desprezo ao povo brasileiro. E viva vocês”, disse Aécio quando estava no trio do MBL. “Meu partido é o Brasil”, afirmou.

Depois, a jornalistas, o tucano disse que não foi aos outros dois protestos – em março e em abril – porque o protagonismo das manifestações é dos brasileiros. Questionado por que foi agora, respondeu que “para demonstrar claramente que as manifestações não são dos partidos políticos, são da sociedade”.

“Estamos aqui como parte da sociedade indignada, sem querer qualquer protagonismo”, disse.

Ao chegar ao à praça da Liberdade, Aécio se juntou à comitiva do PSDB. Inicialmente não queria subir nos trios elétricos, mas foi convencido pelos organizadores e pelos tucanos. Ele esteve nos trios dos Patriotas e do MBL.

“Candidatura não é projeto pessoal. Eu tenho muita disposição de impedir que esse governo continue fazendo mal aos brasileiros”, disse.

Na sequência, ele voltou a colocar a população no foco de seu discurso. “As pessoas despertaram e qualquer que seja o governante vai ter que conviver com esse tipo de cobrança”, afirmou.

O tucano ficou cerca de meia hora no meio dos manifestantes e foi embora por volta das 12h.

Segundo Ibope, Aécio venceria Lula se eleição fosse hoje

Da Folhapress

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) venceria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um segundo turno caso as eleições presidenciais fossem realizadas hoje.

A conclusão é da última edição da pesquisa Ibope, divulgada neste sábado (11) pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e realizada na segunda quinzena do mês passado.

No cenário em que enfrentaria o tucano, o petista teria 33% das intenções de voto contra 48% do senador.

Se levados em consideração os votos válidos, sem computar os brancos e nulos, Aécio teria 59% e Lula pontuaria 41%.

Caso o candidato do PSDB fosse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a pesquisa mostra um empate técnico no segundo turno: o tucano teria 40% e o petista atingiria 39%.

O jornal não divulgou os resultados de uma disputa no primeiro turno.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para cima ou para baixo. O Ibope ouviu ao todo 2.002 eleitores em diferentes cidades do país.

Em junho, o Datafolha realizou simulação da eleição presidencial que mostrou também vantagem de Aécio sobre Lula caso o pleito nacional fosse realizado na época.

Em um primeiro turno, o senador mineiro alcançou 35% das intenções de voto, contra 25% do petista.

A margem de erro era também de dois pontos, para cima ou para baixo.

Reeleito para presidir o PSDB, Aécio defende retomada do crescimento econômico

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Reeleito ontem (5) para a presidência nacional do PSDB, em convenção nacional do partido, o senador Aécio Neves (MG) pediu a união dos partidos de oposição e defendeu a retomada do crescimento econômico como saída para a crise. O tucano recebeu 99,34% dos votos para cumprir mais um mandato de dois anos.

Aécio lembrou os princípios defendidos pelo partido: “Reafirmo a base do nosso ideário, como a defesa das liberdades, a vigência do Estado de Direito, a autonomia das instituições e a busca incessante pela retomada do crescimento econômico, com o equilíbrio das contas públicas e a inclusão social. A lei é para todos e deve ser aplicada, doa a quem doer. Os órgãos de fiscalização e controle devem ser fortalecidos, sobretudo agora, quando são atacados por quem deveria defendê-los”, disse em discurso.

“Nós temos a responsabilidade de defender o interesse público, propor medidas para estimular a criação de emprego. Defendemos também uma reforma política que diminua o número de partidos”, acrescentou o governador de  São Paulo, Geraldo Alckmin.

Segundo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o país vive uma sucessão de crises que “exige resposta pela união em torno das forças da oposição”. “Temos a responsabilidade de dizer qual o rumo que vamos tomar, mantendo a democracia e o crescimento econômico.”

A nova Comissão Executiva do PSDB terá como secretário-geral o deputado federal Silvio Torres (SP) e, como vice-presidentes, os senadores Aloysio Nunes Ferreira (SP), Tasso Jereissati (CE), Flexa Ribeiro (PA), os deputados federais Giuseppe Vecci (GO), Bruno Araújo (PE) e Mariana Carvalho de Moraes (RO), além do ex-governador de São Paulo Alberto Goldman.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República disse que o governo não deve se pronunciar.