Humberto diz que definição por aliança foi o melhor para a campanha de Dilma

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, avaliou de forma positiva o resultado do encontro estadual do partido, que definiu ontem, na prática, o apoio à candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ao Governo de Pernambuco. De acordo com o petista, a decisão já era esperada e se deu com equilíbrio e debate.

“Nós tivemos uma maioria expressiva que se definiu pelo apoio à candidatura de Armando Monteiro. Creio que isso foi o melhor não somente porque nós vamos ter um palanque único e forte para a candidatura da presidente Dilma, como também porque teremos competitividade no Estado”, avaliou o líder.

O senador assegurou que os dois partidos devem agora se reunir para tratar da questão programática da aliança. Humberto disse ainda que a tendência é que o PT fique com a indicação do nome que irá disputar o Senado na chapa junto com o PTB. “Acredito que o ex-prefeito João Paulo reúne todas as condições e é o mais indicado para a vaga”, afirmou.

Campos tenta tirar PP da base de Dilma Rousseff

Do PE247

Para reforçar sua candidatura e aumentar o tempo de exposição na TV, o presidenciável Eduardo Campos (PSB) tenta conquistar o apoio do PP e tirá-lo da base aliada da presidente Dilma Rousseff. No último mês, ele se encontrou três vezes com o senador Ciro Nogueira (PI).

À frente do Ministério das Cidades, o deputado Eduardo da Fonte tem um encontro marcado em março com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre seu espaço na coligação nacional. Dependendo da resposta, o partido pode cruzar a fronteira.

O PP já trabalha com o PSB em acordos estaduais. No sábado, em Porto Alegre, Campos reforçou o apoio à candidatura da senadora Ana Amélia (PP-RS) ao governo gaúcho. No Piauí, praça política de Nogueira, a aliança pré-costurada com o PT pode cair a qualquer momento.

O dilema de Eduardo: Alckmin ou Marina?

Do Brasil247

O presidenciável do PSB, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, está diante de mais um impasse desde a adesão da ex-senadora Marina Silva ao seu partido. No maior colégio eleitoral do país, São Paulo, o PSB caminhava, sem sobressaltos, para uma aliança com o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas o acordo foi barrado por Marina, que pressiona por uma candidatura própria do partido – a mais cotada é a deputada federal Luiza Erundina. Em troca, Marina aceita ser a candidata a vice de Campos, sendo anunciada até fevereiro. Mas, Alckmin pressiona por seu lado: ofereceu nesta quinta-feira (9) uma das vagas da chapa majoritária em São Paulo (a de vice-governador ou a de senador). Que caminho Eduardo Campos seguirá?

Esta não é a primeira vez que Marina derruba acordos de Campos. Assim que se filiou ao PSB, a ex-senadora se colocou como empecilho à bem encaminhada aliança do pernambucano com os ruralistas, através do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM). Campos cedeu. Agora, em troca da esperada turbinada que Marina pode lhe dar com votos, o presidenciável do PSB vai abrir mão de um espaço importante no palanque de Alckmin?

A aliança em São Paulo com os tucanos só produz efeitos positivos para o governador de Pernambuco, uma vez que, atualmente, o PSB não possui grande estrutura no maior colégio eleitoral do país. Mesmo com a candidatura de Erundina, o partido não teria muito tempo de TV e rádio e nem conseguiria montar palanques competitivos em cidades paulistas. Ceder ao apelo de Marina é muito mais útil à principal candidatura de oposição em São Paulo, que é a do petista Alexandre Padilha, pois fragiliza o projeto de reeleição do tucano.

Mas Marina é arredia. Enxerga no apoio a Alckmin uma contradição. Para ele, há incompatibilização na defesa das mudanças na política ao apoiar um grupo que comanda o Palácio dos Bandeirantes há 20 anos. Não é sem lógica a visão da ex-senadora. Se Campos peitar Marina, pode perder seu principal ônus eleitoral até o momento. Pesquisas de consumo interno dos socialistas mostram um crescimento importante para o governador pernambucano quando o eleitor é informado que Marina é sua vice. Ele ultrapassa, assim, o candidato tucano, o senador Aécio Neves.

Neste momento – e nos próximos dias –, o presidenciável do PSB fará suas contas e verá em que situação perderá mais. Na que sair menos fragilizado, ele embarcará. Atualmente, a posição mais provável é que ele ceda ao pedido da ex-senadora. Com uma visão mais nacional, ele tende a abrir mão da aliança com Alckmin, mesmo tendo a ampla maioria dos dirigentes do PSB em São Paulo favoráveis ao acordo mais seguro com os tucanos.

Embora tenha alcançado generosos espaços na mídia desde a aproximação de Marina Silva, Campos tem enfrentado muitos percalços no caminho até a concretização de seu projeto eleitoral neste ano. Se no decorrer da campanha, a partir de agosto, o apoio da ex-senadora não empolgar o eleitor, terá valido a pena ter cedido tanto? A aposta do candidato do PSB em Marina pode estar sendo muito alta.

PPS busca apoio de PSB em três estados

Do Poder Online

Depois de oficializada a aliança nacional entre PPS e PSB, o Partido Popular Socialista busca, agora, repetir a dobradinha em três estados: Maranhão, Amazonas e Distrito Federal.

A negociação mais difícil será no Distrito Federal. O PPS quer lançar a deputada distrital Eliana Pedrosa, já o PSB deve lançar o senador Rodrigo Rollemberg para a disputa do Palácio do Buriti.

Com a possibilidade do principal candidato da oposição no Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), apoiar a presidente Dilma Rousseff para reeleição, a deputada Eliziane Gama (PPS-MA) ganhou a simpatia do presidenciável e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Já no Amazonas, o PPS pretende lançar a candidatura do vice-prefeito de Manaus, Hissa Abrahão. No Estado, o PSB tem dois nomes: a deputada federal Rebecca Garcia (PP) e o ex-prefeito de Manaus Serafim Corrêa (PSB).

Eliana, Eliziane e Hissa estiveram em Recife nesta semana para conversar com Campos.

Raquel comemora apoio do PPS ao PSB

asasa

A deputada e o vice João Lyra Neto acompanham a chegada de Roberto Freire (Foto: Divulgação)

A deputada estadual Raquel Lyra (PSB) acompanhou na noite de ontem, junto ao governador Eduardo Campos e ao vice João Lyra (ambos do PSB), a chegada do presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), que desembarcou no Recife para formalizar a parceria eleitoral da legenda com o Partido Socialista Brasileiro. As lideranças se encontraram no Recife Praia Hotel, no bairro de Boa Viagem, zona sul da capital.

“A parceria com o PPS é para ser comemorada, pois vem fortalecer o projeto nacional que o governador Eduardo Campos está liderando em busca de construir, junto com o PSB e a Rede, essa nova caminhada. Reafirmo que o governador já cumpre o seu papel na eleição presidencial, fortalecendo o debate sobre o Brasil”, ressaltou Raquel Lyra.

Logo em seguida, a deputada compareceu à confraternização do partido no Oitão Bar, zona norte do Recife.

‘Pernambuco quer fazer mais nos próximos anos’, diz Armando

Anfitrião da festa de final de ano do PTB de Pernambuco, que reuniu mais de duas mil pessoas na noite desta segunda-feira (9), no Cabanga, no Recife, o senador Armando Monteiro fez um discurso emocionado sobre as conquistas do partido em 2013 e os desafios para 2014.

Ao lado da bancada federal e estadual do PTB e de representantes de diversas legendas aliadas, o líder trabalhista fez uma saudação especial ao deputado federal Pedro Eugênio (PT) e à deputada estadual Teresa Leitão, que assume nesta terça-feira (10) a presidência estadual do PT em Pernambuco. Armando apontou como primordial a reunificação do Partido dos Trabalhadores no Estado, principalmente na perspectiva da reeleição da presidente Dilma Rousseff. “O PT é importante para essa construção que se fará em Pernambuco”, reforçou.

Ele ainda lembrou os importantes investimentos realizados em Pernambuco pelos governos Lula e Dilma e disse que, para ter um desenvolvimento equilibrado, o Estado tem a obrigação de manter uma parceria com o governo federal.

Por fim, Armando disse que o PTB quer discutir, ao lado dos outros partidos e da sociedade, um projeto para Pernambuco. “Porque se é verdade que Pernambuco avançou nos últimos anos, é verdade também que os pernambucanos ficaram mais exigentes em relação ao seu futuro”, afirmou.

PSDB e PSB próximos de uma aliança

Do PE247

O que parecia impossível agora está bem próximo de acontecer. Rivais há muito tempo, PSDB e PSB podem vir a se aliar visando às eleições para o Governo de Pernambuco em 2014. O tucanato pernambucano, uma das poucas legendas a integrar a minguada bancada de oposição ao governador Eduardo Campos, pode acabar ingressando na base do governo e, de quebra, acabar levando a vice na chapa socialista que irá disputar o Palácio do Campo das Princesas. As tratativas, segundo o Jornal do Commercio, estariam sendo levadas adiante entre o próprio Campos e o presidente estadual do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra.

O problema, entretanto, está na indicação de um nome para compor a chapa. O deputado estadual Daniel Coelho, um dos mais ferozes críticos quanto à administração socialista, chegou a ser cogitado para assumir a tarefa, uma vez que o seu perfil urbano serviria de contraponto ao possível cabeça de chapa pelo PSB, o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. O parlamentar, contudo, teria refutado a possibilidade de assumir a tarefa.

Ao mesmo tempo, Guerra tem conversado com outros tucanos que fazem a voz da oposição mais ativa dentro da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Os deputados estaduais Betinho Gomes e Terezinha Nunes já teriam sido orientados a não baterem forte demais contra o PSB e a não descartarem a possibilidade de uma aliança entre as legendas.

De acordo com o Jornal do Commercio, o secretário-geral do PSDB, Betinho Gomes, teria dito, na terça-feira (19), que “não está descartada uma aliança com o PSB (no pleito estadual) porque o diálogo pode existir”. Essa aproximação, segundo ele, “vai depender de quem será o candidato”, muito embora não tenha revelado qual seria o nome socialista que poderia angariar a simpatia do PSDB pernambucano.

Eduardo Campos vai mostrar a Marina Silva que é o ‘homem da casa’

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), voltou ao Brasil disposto a colocar os pingos nos iis sobre quem manda na coligação PSB-Rede. Internamente, segundo publicou Denise Rothenburg no “Correio Braziliense”, a avaliação é a de que ele não pode dispensar o agronegócio e setores mais à direita. Há um consenso entre os socialistas de que Eduardo precisa assumir o controle do processo da aliança e logo.

Os socialistas sabem que, embora a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva seja importante na largada, ela tem um teto. E, se Eduardo deixar de agregar outros setores, o PSB poderá fazer bonito na campanha, como Marina fez em 2010, mas sem chegar a um segundo turno.

Afinal, Aécio Neves, do PSDB, não está parado. Sai bem de Minas Gerais e tem uma lábia política capaz de atrair todos aqueles que Marina Silva dispensa. E, se tem uma coisa que político não pode recusar nessa fase é apoio e voto.

Há quem diga que, ou Eduardo se firma agora, ou então ficará enrascado na rede.

Aécio: ‘Eduardo não pode mais recuar. Isso é bom’

Do Brasil 247

Num domingo em que as principais lideranças do país ainda tentavam digerir o impacto da aliança entre o governador pernambucano Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva, o presidenciável tucano, senador Aécio Neves (PSDB-MG), fez uma leitura positiva do episódio a um dos seus mais próximos interlocutores.

Segundo ele, Eduardo Campos chegou a um ponto de não retorno. Ou seja: não terá mais como recuar de suas pretensões presidenciais. Aécio temia que o pernambucano, pressionado pelo PT, que atraiu para a base governista um dos nomes mais simbólicos do PSB (Cid Gomes, do Ceará), e pelo ex-presidente Lula, acabasse desistindo da disputa, no meio do caminho. “Eduardo não pode mais recuar e isso é bom”, disse Aécio.

Com Marina, que chega para “adensar” sua candidatura presidencial, o PSB só tem uma alternativa: disputar o Palácio do Planalto, em oposição ao governo Dilma e ao PT. Depois das falas de ontem e do lançamento da “coligação democrática”, não fará o menor sentido sair do páreo.

O problema, para o PSDB, é que o próprio Aécio poderia ficar de fora de um eventual segundo turno. O adensamento prometido por Marina, somado à militância da Rede, poderia fazer com que Campos, que hoje aparece atrás de Aécio nas pesquisas, o superasse. O tucano, no entanto, aposta que não e ainda se vê como o nome mais provável num eventual segundo turno contra a presidente Dilma.

Neste domingo, em entrevista ao Estado de S. Paulo, ele afirmou que “não antecipará o jogo” do PSDB e também não descartou uma eventual candidatura de José Serra, que decidiu permanecer no partido. “Serra sempre será um nome a ser avaliado pelo PSDB para qualquer cargo, inclusive para a candidatura presidencial, não temos porque antecipar esse jogo”, disse ele.

“Se eventualmente não for o candidato, ele tem, pelo capital político, pelo capital eleitoral e pela formação pessoal, condição de nos ajudar a coordenar essa agenda. Pode ser uma figura exponencial na construção do novo discurso do PSDB. A agenda em curso hoje no Brasil foi a proposta por nós há 20 anos. Não tem agenda nova.”

O que miram o PT e o PSB?

Do PE 247

A entrega dos cargos que ocupava no governo federal por parte do PSB não representa uma ruptura definitiva da histórica aliança que une a legenda socialista ao Partido dos Trabalhadores (PT), muito embora represente o primeiro passo concreto da candidatura presidencial do governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos. Tanto é que, mesmo após a devolução dos cargos, precipitada pela pressão do PT e de aliados como o PMDB, o PSB não deverá fincar bandeira no campo da oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas o apoio no Congresso será avaliado de forma pontual, caso a caso.

Além disso, um rompimento definitivo poderia acabar manchando o partido de uma aura de revanchismo, o que depois de tanto tempo como integrante da base governista terminaria por minar o terreno onde Eduardo Campos tenta pavimentar sua candidatura. Além disso, existem as repercussões estaduais, onde o PT integra os seis governos do PSB e o apoio entre as legendas é considerado estratégico para ambos os partidos. Tanto que o secretário-geral do PT, Paulo Teixeira, já anunciou desejar o PSB marchando ao lado do Partido dos Trabalhadores em 2014.

Permanecendo na base aliada, mas sem ocupar cargos, o PSB poderá fortalecer suas críticas ao governo, sobretudo no que diz respeito à política econômica, mas ao mesmo tempo se mostrar como um partido merecedor de confiança quando se trata da manutenção de conquistas sociais alcançadas nos últimos anos. Desta forma, mantém uma porta aberta para uma possível aliança caso a disputa presidencial de 2014 venha a ser definida em um segundo turno e os socialistas fiquem de fora da corrida rumo ao Planalto nesta etapa.

Com 25 deputados federais e quatro senadores, além de seis governos estaduais e o fato de ter sido o partido que mais cresceu nas últimas eleições municipais, o PSB sabe que o PT teria muito a perder com um rompimento definitivo. Uma nota divulgada pelo deputado federal e secretário-geral do PT, Paulo Teixeira, deixa claro esta situação.

“”Somos aliados desde 1989, quando construímos uma frente de esquerda que foi responsável por uma das campanhas mais bonitas e vitoriosas politicamente da história do país. Juntos nesta trajetória, com Lula e Dilma, mudamos muito o Brasil (…) É claro que ainda faltam outros avanços, mas eles só se aprofundarão com a unidade da esquerda. Precisamos discutir a possibilidade de caminharmos juntos nas eleições de 2014 e em um projeto estratégico para o futuro”, diz o texto da nota.

“Não vamos de forma nenhuma entregar os cargos e entrar em oposição à presidenta Dilma, vamos continuar dando apoio naquilo que entendemos que é correto. Tudo aquilo que for correto para o Brasil terá o apoio do PSB. Se houver uma coisa relevante que o governo entenda que é preciso a ajuda do PSB, não haverá nenhum problema dialogarmos”, declarou Campos após a formalização da devolução dos cargos, deixando claro que a rusga partidária não é um rompimento definitivo.

Nos estados, porém, a situação, um tanto anacrônica, será avaliada pontualmente. De acordo com declarações do governador Eduardo Campos, cada diretório decidirá como proceder para manter ou não as alianças com o PT em seus respectivos estados, apesar do líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque, ter dito que esperava “coerência” do PT, uma vez que ao retomar os cargos ocupados pelos socialistas também entregasse com os cargos que ocupa nas administrações estaduais controladas pelo PSB. Apesar disso, Albuquerque informou que a legenda não exercerá pressão nos estados visando a saída dos petistas.

O fato é que a pressão exercida pelo PT e pela presidente Dilma resultou em uma antecipação dos planos nacionais do PSB. A legenda esperava sair do governo somente no final do ano, quando o cenário eleitoral e as alianças nacionais e estaduais estivessem mais definidas. Agora, uma nova costura política terá que ser feita. Se de um lado o PSB teme que a máquina federal seja acionada para prejudicar os planos da legenda, o PT teme que o PSB acabe indo de vez para a oposição, se aproximando ainda mais do senador mineiro e presidenciável Aécio Neves (PSDB). Os próximos passos darão o tom de como será esta relação aos agora nem tão aliados PT e PSB.