Jajá questiona suposta morosidade em relação as denúncias

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Primeiro vereador a discursar na tribuna, na sessão desta quinta-feira (30), da Câmara, Jajá criticou a suposta morosidade do poder público para apurar as denúncias realizadas pelos vereadores investigados na Operação Ponto Final.

“Acho engraçado que no País de Caruaru quando trazemos denúncias com provas, simplemente a Prefeitura não é investigada. E sim nós. Isso é uma vergonha. Não existe democracia aqui. Cadê o respaldo  da Justiça e da Promotoria sobre todas as denúncias? Sobre elas, o pano está bem quentinho!”, questionou Jajá.

 

Em nota, citados repudiam declarações de Jorge Quintino

A Prefeitura de Caruaru repudiou hoje, em nota, as acusações do ex-diretor de Feiras e Mercados, Jorge Quintino, reveladas através de gravações, contra o governo de José Queiroz (PDT), políticos e empresários da cidade.

No áudio, Quintino afirma que a empresa Cunha Lanfermann é responsável por um esquema de falcatruas dentro da prefeitura. Segundo ele, em muitos casos, operações são realizadas para burlar o processo licitatório e levar vantagens para os diretores.

“Todos os grandes empreendimentos da prefeitura estão sendo feitos por essa empresa: Cunha Lanfermann. Essa empresa tinha um gerente chamado Paulo Cassundé. Trabalhou nela há um ano. Ele era um dos gerentes”, revela o ex-diretor. “A Cunha Lanfermann está participando da transição do aterro sanitário e do Matadouro”, completou Jorge.

Confira a nota na íntegra:

“Em relação ao aúdio em que o Sr. Jorge Quintino faz acusações contra a Prefeitura de Caruaru, políticos e empresários da cidade, esclarecemos:

1. O deputado federal Wolney Queiroz não é sócio, nunca foi sócio, não conhece os sócios, nem nunca esteve na empresa Cunha Lanfermann;

2. O Sr. Darley Melo também não é sócio, nunca foi sócio e nem conhece a formação societária da empresa Cunha Lanfermann;

3. Não há nenhum empreendimento, grande ou pequeno, da Prefeitura sendo executado pela Cunha Lanfermann. A empresa foi contratada apenas para promover estudos de viabilidade e pesquisa sobre a transferência da feira da Sulanca de Caruaru e o serviço já foi concluído;

4. O secretário Paulo Cassundé jamais pertenceu aos quadros da Cunha Lanfermann, tampouco prestou serviços à mesma;

5. A Cunha Lanfermann não tem qualquer vinculação com a implantação do BRT, até porque o projeto sequer saiu do papel;

6. Em relação ao terreno da feira da Sulanca, a Prefeitura tinha como opção a área do Autódromo por já pertencer ao município. Como o local foi inviabilizado, a segunda opção foi a área desapropriada em frente ao Autódromo por sua localização estratégica;

7. Não houve qualquer transação comercial envolvendo o prefeito ou qualquer pessoa próxima a ele em relação à aquisição de áreas no entorno da nova feira, conforme pode se comprovar pelo cadastro imobiliário do município;

8. A empresa Cunha Lanfermann não tem nenhuma relação com as obras de reforma do Matadouro;

9. A empresa Cunha Lanfermann não tem nenhuma relação com o projeto de ampliação do Aterro Sanitário;

10. Em decorrência das declarações caluniosas, injuriosas, difamatórias e irresponsáveis, o senhor Jorge Quintino foi afastado da Prefeitura Municipal de Caruaru, por rescisão contratual ocorrida na última quarta-feira, dia 8;

11. Indignados e surpresos com as levianas, inconsequentes e falsas acusações dirigidas contra a nossa honra, informamos ao povo de Caruaru que, a partir de agora, iremos às últimas consequências, tomando todas as medidas cíveis e criminais cabíveis para restabelecer a verdade.

José Queiroz
Wolney Queiroz
Paulo Cassundé
Darley Mel

CPI do Pnate pede mais tempo para investigar denúncias

A CPI do Pnate (Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar), que investiga denúncias referentes à aplicação de recursos do programa durante o governo do ex-prefeito de Caruaru Tony Gel (PMDB), se reuniu na manhã de hoje na Câmara.

O ponto alto do encontro foi o pedido de ampliação do prazo dos trabalhos da CPI. “O assunto é complexo”, disse o relator e vereador Marcelo Gomes (PSB).

Presidente da comissão, José Aílton (PDT) solicitou à secretaria jurídica da Câmara um parecer técnico sobre a possibilidade de suspensão temporária dos trabalhos para que os integrantes tenham tempo suficiente para fazer as investigações.

Os vereadores Eduardo Cantarelli (SDD) e Lula Tôrres (PR), membros da CPI, não compareceram à reunião.

Para enterrar CPI, Queiroz conversa com vereadores ‘rebeldes’

O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), se reuniu, nesta segunda-feira (19), com vereadores da base considerados “rebeldes” – aqueles que não votaram alguns projetos de interesse do Executivo neste ano. Estiveram no Palácio Jaime Nejaim Cecílio Pedro e Ranílson Enfermeiro (ambos do PTB), Pastor Jadiel (PRTB), Sivaldo Oliveira (PP) e Val da Rendeiras (PRTB).

A conversa, articulada pelo secretário Marco Casé (Relações Institucionais), veio num momento em que a oposição tenta articular a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Investigação) para apurar denúncias de irregularidades apontadas pela CGU (Controladoria-Geral da União) no governo Queiroz.

Até o momento, os oposicionistas contam com seis das oito assinaturas necessárias para instalar a comissão. Como o prefeito convocou os “rebeldes”, é pouco provável que a CPI tenha sucesso.

Jajá pede que vereadores apoiem instalação de CPI

O vereador Jajá (PPS) criticou, durante a sessão da Câmara desta quinta-feira (15), a falta de adesão ao projeto do colega Evandro Silva (PMDB), que sugere a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Investigação) para averiguar as recentes denúncias da CGU (Controladoria-Geral da União) sobre irregularidades administrativas em Caruaru.

“O que não pode é um projeto tão simples como esse (abertura da CPI pelo Legislativo) estar sendo motivo de desconforto aqui na Câmara. Quem não deve não teme. Se realmente não há nenhuma irregularidade, então que os vereadores da base apoiem a iniciativa, para que tudo seja esclarecido para a população”, argumentou o pós-socialista.

Durante a sessão, ele e outros parlamentares chamaram atenção para um exemplo de gestão municipal no Estado que passa pela mesma situação: a de Petrolina, onde o prefeito Julio Lóssio (PMDB) deixou os vereadores da base livres para decidir se apoiariam ou não a instalação de uma CPI. Lá, a investigação deve apontar se houve ou não superfaturamento no São João 2013.

‘Não houve nenhuma punição’, afirma prefeitura sobre denúncias

A Prefeitura de Caruaru informou hoje, por meio de nota, que “não sofreu nenhum processo ou punição” e que está “tranquila” quanto aos esclarecimentos prestados à CGU (Controladoria-Geral da União).

Ontem, o Jornal do Commercio publicou um relatório do órgão que constatou diversas irregularidades na prefeitura entre os anos de 2009 e 2011. A CGU apontou superfaturamento na compra de itens da merenda escolar, desvio de finalidade no empenho de verbas públicas e licitação dirigida.

“É importante esclarecer que indícios de erros formais, mesmo apontados por órgãos oficiais, não constituem obrigatoriamente ilegalidades ou crimes contra o patrimônio público. Cabem explicações e justificativas ao povo e às entidades fiscalizadoras. E isso foi feito, no tempo certo, há dois anos”, disse a prefeitura.

Em relação à aplicação dos recursos, o governo disse possuir dados que comprovam ter sido “aquele que mais investiu em educação, saúde e políticas sociais na última década”. “Certamente por isso, no julgamento do povo em 2012, recebeu o voto de confiança de Caruaru para administrá-la por mais quatro anos”, complementou a nota.