Marta não deixará PT para disputa em SP, diz Falcão

Do Blog do Magno

O presidente do PT, Rui Falcão, disse, hoje, não acreditar que a ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy, saia do partido para disputar a Prefeitura de São Paulo contra Fernando Haddad, em 2016, pelo PMDB ou por outra legenda.

“A Marta não vai fazer isso”, afirmou Falcão, após participar de um seminário promovido pela bancada do PT na Câmara. “Ela é uma companheira valorosa e, se quiser mesmo ser candidata, tem espaço e pode se submeter ao processo de escolha no partido”, emendou.

Na terça-feira,  quando a presidente Dilma Rousseff já estava no exterior, Marta entregou sua carta demissão do Ministério da Cultura com duras críticas ao governo e à condução da política econômica. O tom da carta provocou mal-estar no Palácio do Planalto e expôs a divisão no PT.

Senadora, Marta foi preterida pelo partido nas últimas disputas e, em 2016, fará de tudo para concorrer novamente à Prefeitura de São Paulo. Apesar do discurso conciliador, porém, a cúpula do PT não quer saber de prévia entre ela e Haddad – candidato ao segundo mandato -, sob o argumento de que esse processo desgasta o partido.

Disputa pelo comando da Alepe

As movimentações visando ao comando da Assembleia Legislativa (Alepe) no próximo biênio já foram iniciadas, que será definido em fevereiro de 2015. Atual presidente da Casa, o governador em exercício, Guilherme Uchoa (PDT), promoveu um jantar para os legisladores estaduais eleitos e atuais, no Palácio das Princesas, ontem.

Em entrevista ao programa Frente a Frente, naRádio Folha FM 96,7, o pedetista chegou a declarar que “se o cavalo passar selado, eu monto”. Contudo, o PSB, detentor da futura maior bancada, almeja o posto e cobrará que o princípio da proporcionalidade seja obedecido. Uma reunião com os deputados do partido foi realizada, recentemente, e o acerto é que os socialistas comecem a negociar o apoio de outras legendas.

Entre os nomes do PSB cotados para o posto estariam os dos deputados estaduais Waldemar Borges, Aluisio Lessa, Ângelo Ferreira e Raquel Lyra. Apesar das especulações, todos evitam falar de nomes para evitar embates internos e desgastar o projeto. Lessa relembra que o critério da proporcionalidade foi deixado de lado nas últimas eleições para favorecer Guilherme Uchoa, mas avalia que há um sentimento na Casa favorável à renovação.

“O sentimento da Casa é diferente hoje. O PSB elegeu a maior bancada com 15 estaduais e deve ser respeitado o princípio da proporcionalidade. Não queremos discutir o nome de A ou B. Será alguém apoiado por todos”, defendeu Lessa.

Além da presidência da Assembleia, o partido deverá pleitear o comando da primeira secretaria. Isso porque a legenda possui mais que o dobro do número de legisladores da segunda maior bancada – PTB, que terá deputados. Um dos cotados é o deputado estadual Aglailson Junior (PSB). “Há a lógica de que os dois maiores cargos sejam reservados para bancada do nosso tamanho, mas isso não quer dizer que não se negocie. Não podemos colocar nomes na frente”, ponderou Aluisio Lessa.

Guilherme Uchoa, por sua vez, está tentando conquistar o apoio dos novatos para permanecer no comando da Casa pelo quinto mandato consecutivo. Após as eleições deste ano, ele convidou os legisladores eleitos pela primeira vez para uma reunião na Assembleia. A última reeleição do pedetista só foi possível após a polêmica aprovação de proposta de emenda constitucional que alterou as regras da reeleição para a presidência do Legislativo.

Wolney vence Jarbas em Caruaru

Na disputa para deputado federal em Caruaru, Wolney Queiroz (PDT) obteve 16 mil votos a mais do que seu principal concorrente, Jarbas Vasconcelos (PMDB), que teve o apoio de Tony Gel (PMDB).

Segundo dados do TSE, Wolney conseguiu na cidade 46.143 votos (33,28%), contra 29.662 de Jarbas (21,31%).

No geral, Jarbas obteve 227.461, ficando na terceira colocação como o mais votado no Estado. Já o caruaruense, que vai para o seu quinto mandato, angariou 86.715 votos, na 22ª posição.

De cada dez deputados que disputam eleições, três são investigados

Do Congresso em Foco

Levantamento feito pelo Congresso em Foco revela que 140 dos 479 integrantes da Câmara que disputam as eleições respondem a inquérito ou ação penal na mais alta corte do país, onde tramitam as acusações criminais contra parlamentares e outras autoridades federais. Dez deputados são alvos de mais de cinco investigações.

Os campeões em suspeita são dois deputados do Democratas (DEM) que disputam o mandato de vice-governador em estados da região Norte: Paulo César Quartiero (DEM-RR) e Lira Maia (DEM-PA). Cada um deles acumula 12 pendências judiciais. Entre os deputados com problemas na Justiça, 115 concorrem à reeleição e cinco ao Senado.

Ou seja, se conseguirem manter seus mandatos federais continuarão com a prerrogativa de só serem investigados ou julgados no Supremo. Também há oito candidatos a deputado estadual, oito a vice-governador e dois postulantes a suplente de senador.

SUSPEITAS RECORRENTES
As acusações mais frequentes contra os deputados candidatos são por peculato (desvio de bem ou verba por funcionário público), que se repetem 52 vezes; crimes da Lei de Licitações e eleitorais, com 46 citações cada; crimes de responsabilidade, que aparecem em 32 casos, e corrupção, objeto de 24 suspeitas.

Mas há também investigações por homicídio, trabalho escravo, associação ao tráfico de drogas, sonegação de impostos, entre outros. O levantamento não inclui inquéritos por crimes de opinião, como calúnia e difamação, considerados de menor potencial.

Depois de Paulo César Quartiero e Lira Maia, completam o ranking dos deputados com mais explicações a dar ao Supremo: Jânio Natal (PRP-BA), com nove investigações, e João Magalhães (PMDB-MG), com oito – ambos candidatos a deputado estadual; e os concorrentes à reeleição Nilson Leitão (PSDB-MT), com oito; Professora Dorinha (DEM-TO) e Washington Reis (PMDB-RJ), com sete pendências cada; Marco Tebaldi (PSDB-SC), André Moura (PSC-SE) e Beto Mansur (PP-SP), com seis.

NO BANCO DOS RÉUS
Ao todo, são 231 inquéritos (investigações preliminares) e 78 ações penais (processos). No caso das ações, as apurações estão em estágio mais avançado: os ministros entenderam que há indícios de que os parlamentares cometeram os crimes atribuídos a eles conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República. Estão nessa situação 51 deputados que respondem a processos como réus no Supremo.

Dezoito deputados candidatos são alvos de mais de uma ação penal. Entre eles, figuras conhecidas nacionalmente como Anthony Garotinho (PR-RJ), que concorre ao governo do Rio de Janeiro, e Paulo Maluf (PP-SP), que tenta se livrar da Lei da Ficha Limpa para disputar a reeleição. Cada um deles tem contra si, além de inquéritos, dois processos penais.

Em número de ações penais, ninguém supera Quartiero. O deputado roraimense é réu em seis acusações. Outras duas denúncias foram aceitas recentemente pelo Supremo, mas ainda não foram reautuadas como processo. A lista de pendências judiciais contra o vice da candidata a governadora Suely Campos (PP) vai de crimes contra o meio ambiente a sequestro, homicídio qualificado, quadrilha e incêndio.

FICHA LIMPA
Aplicada pela primeira vez nas eleições gerais este ano, a Lei da Ficha Limpa não impede a candidatura de políticos com processos na Justiça. Mas apenas aqueles condenados por órgãos colegiados por determinados crimes, como os cometidos contra a administração pública ou a vida, ou que tiveram prestação de contas rejeitadas no exercício de outros cargos ou que foram cassados ou renunciaram ao mandato para escapar da cassação.

Mais de 250 candidatos foram barrados pela Justiça eleitoral por serem considerados “ficha suja”, como mostrou levantamento do Congresso em Foco. A maioria continua em campanha enquanto aguarda análise de recurso (veja a lista dos barrados

Na disputa pelo Governo, Câmara abrirá guia

Do Blog da Folha

A Frente Popular de Pernambuco, do candidato Paulo Câmara (PSB), será a primeira a aparecer na propaganda gratuita no rádio e na TV. Apesar de o guia eleitoral começar no dia 19 de agosto, o primeiro dia de exibição dos candidatos majoritários será no dia 20. O sorteio que definiu a ordem e os tempos de cada coligação foi realizado nesta quinta-feira, no Tribunal Regional Eleitoral.

Líder nas pesquisas, o candidato da coligação Pernambuco Vai Mais longe, Armando Monteiro Neto (PTB) , será o quinto a aparecer no primeiro dia de exibição. Além se abrir o guia, a Frente Popular terá mais do que o dobro de tempo da coligação do petebista. Contará com 10’26’’51, contra 4’57’’47 do principal adversário.

Na ordem de aparição, o segundo na lista de exibição será o PSTU, do candidato Jair Pedro (1’06’’67); seguido pela Mobilização pelo Poder Popular, que tem como candidato José Gomes (1’16’03); Partido Comunista Brasileiro, de Miguel Anacleto (1’06’’67); e fechando o primeiro bloco de exibição, após a coligação Pernambuco Vai Mais Longe, vem o Partido da Causa Operária, que tem como postulante José Carlos Pantaleão (1’06’’67).

Como possui o maior tempo, a aliança que respalda Paulo Câmara também conta com o maior número de inserções. Ela terá um total de 281 inserções, contra 133 da coligação de Armando e 34 da Mobilização pelo Poder Popular. As outras três coligações contarão com 30 inserções.

Já na disputa pelo Senado, João Paulo, da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, vai abrir a propaganda. Ele terá direito a 2’35’’40. Depois dele vem o candidato do PCB, Délio Mendes (40 segundos); Albanise Pires, da Mobilização por Poder Popular (44’’48); Fernando Bezerra Coelho, Frente Popular (5’19’’92); e Simone Fontana, do PSTU (40 segundos).

A propaganda gratuita de rádio e televisão começará no próximo dia 19 de agosto e vai até o dia 2 de outubro. Nas segundas, quartas e sextas serão apresentados os programas dos candidatos a governador, senador e deputado estadual. Terças, quintas e sábados serão dedicadas às propagandas de presidente e deputados federais.

Diariamente, serão dois blocos de 30 minutos. Na rádio, os programas serão transmitidos às 7h e 12h. Já na TV, os horários serão às 13h e 20h30.

Durante o sorteio desta quinta, ficou definido que quatro emissoras de televisão e outras quatro de rádio ficarão responsáveis pela geração das propagandas.

Acompanhe abaixo os tempos e inserções da disputa proporcional.

Artigo: Democracia em disputa no Brasil

Por Leonardo Bulhões

Desde cedo, nas minhas aulas de filosofia na escola, aprendi que é importante questionar as afirmações que o mundo me dá. Não só questionar por questionar, mas procurar entender o significado de certas argumentações e justificativas, muitas vezes exercícios complexos de retórica na tentativa de convencer as pessoas de coisas sem o menor sentido, criando falsas polêmicas.

Nos últimos dias, mesmo com o fervor da belíssima copa do mundo que o governo brasileiro proporciona pro nosso povo e pros estrangeiros ao trazer o evento da FIFA e garantir estrutura e segurança necessárias pra festa de tamanha grandeza, observamos atônitos discursos que buscam inverter os fatos, mudar a lógica e criar pânico em torno do decreto 8.243/2014 que institui a política nacional de participação social.

Tal decreto, entre outras coisas, normatiza, define parâmetros para criação de conselhos e orienta no sentido de fortalecer as políticas de participação social, que diga-se de passagem, já existem desde o século passado!

Tentaram classificar o decreto como “bolivariano”, “golpe no país”.  O que exatamente querem dizer com “decreto bolivariano”? Será que essas pessoas tem a real noção do que estão falando? Ou seguem cegamente um discurso ignorante e sem sentido? Eu realmente queria muito entender o significado negativo que dão ao citarem “bolivariano”, quando Simón Bolívar, na verdade, foi um general que caminhou pelos países latino americanos lutando contra a dominação espanhola e pela liberdade dos povos, inclusive garantindo a independência de vários países. Trazer um sentido negativo é querer impor uma ideia contra revolucionária, conservadora e perigosa, joga contra o desejo e a luta por mais democracia e liberdade.

E é justamente aí que está a grande disputa! Quem está em disputa neste jogo é a democracia do país, é uma visão de mundo e de sociedade. Quem joga contra a participação social e contra os conselhos e conferências, não quer confrontar ideias, não quer disputar a opinião na sociedade e com ela. Quer mesmo é ganhar sem entrar em campo.

É preciso que se diga: os espaços conquistados para que governo e sociedade dialoguem através dos conselhos, por exemplo, garantem mais transparência e evitam a ação de lobistas que buscam tirar proveito do que é público em benefício de interesses privados. Parece de grande irresponsabilidade afirmar que a indicação dos conselheiros e conselheiras da sociedade civil são manipuladas e atendem a interesses partidários. Ora, quem tem autoridade pra disputar os lugares da sociedade civil que dispute! Seja lá quem for. Qual o medo (ou problema) de disputar os espaços com gente que é filiada a partidos políticos? Qual o trauma? É, no mínimo contraditório, gente que é filiada a partido político (alguns de mandato inclusive) usar esse tipo de argumento pobre e despolitizado.

A saúde de nossa democracia passa pelo debate de ideias. É preciso que a política no Brasil seja pautada por projetos e não por acusações e calúnias. Já se foi o tempo em que diziam: “Cuidado com os comunistas, eles comem criancinhas!” Já era, esse discurso do terror é repudiado pela sociedade.

Quanto mais oportunidades e situações que permitam diálogos, melhor pro país. Vivemos o tempo das redes sociais, do acesso a informação, da divulgação de fatos em tempo real. Quanto mais espaço de discussão, em que o povo tenha a oportunidade de opinar, melhor será a nossa democracia.

A democracia não é uma palavra bonita que serve para discursos, carrega consigo um conceito e precisa ser disputada para que seja ampliada, que garanta participação.

E aí surgem os últimos questionamentos: De que lado você está? Do lado dos que querem participar ou daqueles que fogem do debate? Me parece claro o lado que a sociedade civil organizada escolheu. Está com os/as que acreditam e defendem o decreto e a Política Nacional de Participação Social. Querem mais conselhos, conferências, participação e transparência, pelo bem da democracia brasileira que amadurece a cada processo de inclusão.

Leonardo Bulhões – Pernambucano, cursou ciências sociais na ufpe, é servidor público municipal, analista político, editor do Blog “BlogandoAoLeo”.

 

Ministro avisa que Pernambuco é prioridade para o PT

Do PE247

Durante visita ao Recife, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho (PT-PR), afirmou que Pernambuco será um dos locais mais explorados pelo PT durante a campanha presidencial. Considerado como o reduto eleitoral do governador e pré-candidato ao Palácio da Alvorada, Eduardo Campos (PSB), Carvalho afirmou que Pernambuco é “o Estado de todos os Estados do país” e assinalou que o bom momento da economia pernambucana se deve ao grande volume de recursos injetados com recursos da União. Apesar disso, o ministro também relatou que, durante o período eleitoral, a presidente Dilma Rousseff (PT) proibiu a utilização de meios públicos oficiais para divulgação durante a campanha.

“A presidenta está ainda mais preocupada em governar agora, em reformar o ministério. Mas acho que [Pernambuco] é um Estado importantíssimo para nós”, afirmou Carvalho. “É o Estado de todos os Estados do país, é de longe onde o governo proporcionalmente fez mais investimentos nos últimos anos. Todo mundo sabe disso, inclusive o próprio governador reconhece”, continuou o ministro, remetendo aos investimentos realizados pelo governo federal principalmente no Complexo Portuário de Suape e na Refinaria de Abreu e Lima, realizados em conjunto com o governo estadual.

O dirigente acrescentou também que os petistas de Pernambuco farão a campanha “muito à vontade” devido ao apoio dado pelo governo federal, mas que nenhum meio governamental deve ser utilizado. “A gente tem muito cuidado de separar as coisas, não usar aparelho público. A presidente proibiu qualquer pessoa de utilizar, está numa recomendação explícita”, afirmou o petista durante o 3º Congresso da Pastoral da Juventude do Meio Popular, realizada nesta quinta-feira (16), no Parque de Exposições do Cordeiro.

Carvalho também minimizou a questão da disputa acirrada que deve se instaurar em Pernambuco, devido à estima que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente Dilma e Campos possuem no Estado. “É melhor quando se pode fazer uma escolha desse jeito, entre gente querida, e não entre os mal queridos. Mas nós não vamos deixar de fazer a campanha aqui com todo respeito, sabendo que nós temos o que mostrar aqui no Estado”, declarou.

“Então, como eu acredito nesse processo, nós vamos jogar com muita força, com todo respeito aos adversários, sem baixar o nível. Nós acreditamos que esse projeto tem força e vai ter o apoio do povo”, continuou Carvalho, garantindo que deve trabalhar pela campanha de Dilma nas horas vagas. “Em princípio, fico no governo. Agora, é claro que, nas horas vagas, vou me jogar com tudo [na campanha], porque eu considero fundamental a reeleição da presidente Dilma para a continuidade dos projetos”, garantiu.