OCDE prevê queda de 4% na economia brasileira este ano

Da Agência Brasil

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê queda da economia brasileira de 4%, este ano. De acordo com as previsões divulgadas hoje (18) no boletim Perspectivas Econômicas da OCDE, em 2017 o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar estável. No ano passado, a projeção era de queda de 3,8% do PIB.

De acordo com a OCDE, o Brasil está passando por uma recessão profunda e só deve começar a emergir da retração em 2017. A China deve continuar a reequilibrar sua economia, desde a produção até os serviços, com previsão de crescimento de 6,5% em 2016 e 6,2% em 2017. A Índia vai continuar a crescer de forma robusta: 7,4% em 2016 e 7,3% 2017, diz a OCDE.

A projeção para o crescimento da economia mundial este ano foi revisada para 3%, menos 0,3 pontos percentuais do que a estimativa anterior.

A organização informa que a revisão é resultado, entre outros fatores, de um corte do investimento e de “um risco substancial” de instabilidade financeira. Para a OCDE, a economia mundial continua debilitada e exige reação urgente dos poderes públicos, com mudanças na combinação de políticas para enfrentar o fraco crescimento atual de forma mais eficaz.

A organização ressalta que confiar exclusivamente na política monetária tem se revelado insuficiente para impulsionar a demanda e produzir um crescimento satisfatório, enquanto a política fiscal é contracionista em várias economias importantes e a dinâmica das reformas estruturais está mais lenta.

Para 2017, a previsão de crescimento mundial é 3,3%.

Pesquisa mostra queda na procura por crédito de 2,6% em janeiro

Da Agência Brasil

A quantidade de pessoas que buscou crédito em janeiro de 2016 caiu 2,6%, em comparação com o mesmo mês de 2015, conforme dados, divulgados ontem (16) pela empresa  Serasa Experian, segundo a qual “juros e inflação altos, desemprego em ascensão e baixo grau de confiança estão afugentando os consumidores do crédito, a exemplo do que ocorreu ao longo de todo o ano passado”.

Segundo a Serasa, na comparação de janeiro com o mesmo mês de 2015, houve recuo na procura por crédito em todas as classes de renda. O maior deles foi a retração de 7,1% na faixa de quem ganha até R$ 500 por mês. Para os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000, a queda foi de 2,8%, e de 2,7% para aqueles que ganham mais de R$ 10.000 por mês.

Para os que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por mês e para os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 mensais, o recuo foi idêntico: de 1,8%. Já os que recebem entre R$ 2.000 e R$ 5.000, a queda foi 1,6%.

A diminuição da demanda também ocorreu em todas as regiões do país. No Nordeste, o recuo foi de 8,2%; no Centro-Oeste, 6,8%. No Norte, a retração foi de 3,9%; e no Sul e Sudeste, as quedas foram de 0,7% e 0,3%, respectivamente.Em relação ao último mês do ano passado, dezembro, a queda na demanda de crédito no país foi de 0,6%.

Serviços caem 3,6% em 2015, revela pesquisa do IBGE

As atividades do setor de serviços continuam em queda. Em todo o país, em dezembro, o volume de serviços recuou 5% na comparação com o mesmo período de 2014, um pouco menos do que em novembro (6,4%) e outubro (5,8%)

A informação foi divulgada hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Março foi o único mês de 2015 com desempenho positivo. No ano e no acumulado de 12 meses, as perdas atingem 3,6%.

Vendas por consórcios em 2015 cresceram 13,9%

 Da Agência Brasil

Os negócios feitos por meio de consórcios envolvendo aquisições de bens (imóveis e veículos) e de serviços aumentaram 13,9% no período de janeiro a dezembro do ano passado, com o fechamento de contratos no valor total de R$ 89,61 bilhões, superando o montante registrado em 2014 (R$ 78,68 bilhões). Os dados são da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

Os consórcios em geral fecharam 2015 com 7,17 milhões de participantes ativos, 1,4% superior a 2014. O número de contemplados cresceu 3,7%, com 1,41 milhão, e o volume de créditos teve alta de 8,3%, somando R$ 40,94 bilhões.

Só as vendas de novas cotas no setor de imóveis cresceram 41,7%, com 251,2 mil adesões e contratos no valor de R$ 28,9 bilhões, 43,4% maior do que no ano anterior. Ao longo de 2015, 71 mil consorciados tiveram acesso aos imóveis, 2,9% mais do que em 2014. A quantia de crédito disponibilizado cresceu 7,6%, atingindo R$ 7,05 bilhões.

Para o presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi, ao optar pelos consórcios, os clientes mostraram ser esta uma estratégia contra os efeitos da inflação, dos juros altos, do desemprego e da crise de confiança na política econômica.

“Parcela significativa dos consumidores, depois de rever e ajustar seus orçamentos mensais, continuou assumindo compromissos financeiros mais coerentes com o momento, sempre levando em conta disponibilidade e responsabilidade de consumo”, afirmou o executivo, por meio de nota.

Em todos os segmentos comercializados, as novas adesões subiram 2,1%, passando de 2,35 milhões de clientes, em 2014, para 2,40 milhões, no ano passado. Em relação aos veículos leves (automóveis, utilitários e camionetes ), as vendas tiveram alta de 11,1% .

Segundo a Abac, a participação no mercado interno atingiu 25,3%, o que significa que a cada quatro veículos vendidos, um foi por meio de consórcio. Apesar desse avanço, o valor médio dos negócios neste segmento caiu em 1%, passando de R$ 41,9 mil para R$ 41,5 mil. As contemplações foram 11,6% maiores do que em 2014.

No caso dos veículos pesados (caminhões, tratores e implementos), foi verificado um crescimento de 11,2%. Os contratos somaram R$ 8,64 bilhões, 1,3% acima do ano anterior. As contemplações, no entanto, caíram 7,5% e o total de crédito disponibilizado permaneceu estável em R$ 4,69 bilhões.

O pior desempenho na área automotiva foi registrado no setor de motocicleta se motonetas. As vendas de novas cotas diminuíram em 10,8%; o volume de crédito comercializado caiu em 19,5% e as contemplações ficaram 1,5% abaixo de 2014. Já na área de serviços, houve elevação de 13,9%.

Comércio varejista tem queda de 4,3% nas vendas em 2015

Da Agência Brasil

O comércio varejista brasileiro fechou 2015 com uma queda de 4,3% no volume de vendas. No entanto, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a receita nominal dos oito segmentos do varejo cresceu 3,2% no período.

Considerando-se também os setores de veículos e autopeças e de materiais de construção, os dez setores do chamado varejo ampliado tiveram recuo de 8,6% no volume de vendas e de 1,9% na receita nominal.

Entre novembro e dezembro, os oito setores do comércio varejista tiveram quedas de 2,7% no volume de vendas e de 1,9% na receita nominal. Já na comparação de dezembro de 2015 com o mesmo período de 2014, houve redução de 7,1% no volume de vendas e alta de 2,8% na receita nominal.

Rombo nos fundos de pensão deve ultrapassar R$ 46 bilhões

O rombo acumulado dos quatro principais fundos de pensão de estatais — Correios (Postalis), Petrobras (Petros), Caixa Econômica Federal (Funcef) e Banco do Brasil (Previ) — deve ter ultrapassado R$ 46 bilhões em 2015.

A conta considera números preliminares dos balanços anuais a serem divulgados nos próximos meses e dados dos conselhos fiscais das entidades. O rombo de R$ 46 bilhões é o déficit atuarial, ou seja, se o fundo fosse obrigado a pagar hoje todos os benefícios atuais e futuros, esse seria o tamanho da fatura.

Com dados parciais das contas do ano passado, Postalis, Petros, Funcef e Previ registraram saldo negativo de R$ 17 bilhões. O rombo sobe para R$ 46,6 bilhões com os números ainda em circulação restrita entre representantes dos trabalhadores nos conselhos fiscais. As assessorias de imprensa informaram que as entidades somente poderão se manifestar após a divulgação dos balanços, o que deve ocorrer a partir de abril.

Só para se ter uma ideia da ordem de grandeza, o déficit de todo o sistema até o terceiro trimestre de 2015 era de R$ 60,9 bilhões, segundo dados da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

Parte da fatura começa a ser repassada aos participantes (ativos e aposentados) em março: no Postalis e na Funcef, com saldos negativos desde 2012, os planos de equacionamento do déficit estão em fase adiantada. Petros e Previ devem fechar uma proposta para cobrir os respectivos rombos, ao longo deste ano, e implementar as medidas a partir de 2017. A adoção de um plano para tapar os buracos dos fundos de pensão é uma exigência legal, que prevê aportes adicionais dos trabalhadores e das estatais patrocinadoras.

Planalto investe em aprovação de agenda econômica contra crise

Do Estadão Conteúdo

Em meio ao cerco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Palácio do Planalto aposta na aprovação da agenda econômica no Congresso este ano para superar a crise por que passa o País e sepultar de vez qualquer tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O discurso, costurado por Dilma com ministros e aliados no Legislativo, é que a oposição não tem projeto para o País e continua a adotar a tática de desgaste político, agora centrando fogo em Lula para atingi-la.

A ordem no governo é acelerar a votação de medidas do ajuste fiscal e de estruturantes para a economia, como a volta da CPMF, a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e a reforma da Previdência, como forma de criar condições mais favoráveis ainda este ano para a retomada do crescimento e evitar o aumento do desemprego e da inflação.

No caso das investigações que envolvem Lula, Dilma acertou com o ex-presidente, em encontro entre os dois na semana passada, fazer uma defesa moderada do seu fiador político. No sábado, ela seguiu o roteiro disse que Lula “está sendo objeto de uma grande injustiça”.

Para mostrar que não está parada, Dilma terá uma série de reuniões a partir desta segunda-feira, 15. Pela manhã, se reúne no Planalto com ministros da coordenação política para discutir a agenda do Congresso, a situação de Lula e fazer um balanço das ações de combate ao Aedes aegypti. No início da noite, receberá os líderes de partidos da base do Senado e, amanhã de manhã, as lideranças aliadas na Câmara.

“Nossa preocupação central é votar as matérias que apontam para a retomada do crescimento da economia brasileira”, disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Para ele, a tentativa da oposição de convocar Lula demonstra que ela não tem projeto e nem sequer se preocupa com o futuro do País. “A campanha de perseguição ao ex-presidente só tem um único objetivo, tentar evitar a eleição dele em 2018.”

Para o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), a tentativa da oposição de convocar Lula para a CPI do Carf é “mais uma manobra diversionista”. “É mais um esforço do (Eduardo) Cunha, do PSDB e do DEM de desviar a atenção do que de fato é relevante para o País, que é a agenda de medidas econômicas”, afirmou. “Óbvio que é um diversionismo. Ano passado esse grupo do Cunha passou o ano inteiro espetacularizando CPI”, declarou.

Florence disse ainda que há apenas “tentativas de encontrarem pistas contra Lula”. “E todas estão sendo malsucedidas”, afirmou “A oposição tenta surfar em um noticiário ilegal e difamatório”, criticou.

Para o líder do PT, o esforço dos oposicionistas tenta desconstruir a imagem de Lula para evitar a vitória do ex-presidente nas próximas eleições. “É um ataque vil a um dos maiores líderes deste país, que já está posto como pré-candidato ”

A defesa de Dilma a Lula foi bem vista pelo líder do PT na Câmara. Segundo ele, a presidente, o governo e o PT têm a obrigação de defender o ex-presidente. “Defender Lula é defender a democracia”, disse Florence, que vai conversar amanhã com a bancada para traçar estratégias de defesa de Lula.

Uma das decisões pendentes é se os deputados do PT vão a São Paulo acompanhar o depoimento dele na quarta-feira no caso da suposta ocultação de patrimônio da compra do tríplex no Guarujá ao Ministério Público de São Paulo.

Humberto aposta na melhora da economia já em 2016

A melhora de indicadores que medem a confiança de diferentes setores da economia é um sinal de que o pior da crise já passou. A avaliação é do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT), com base em números do divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
 
Merece destaque a alta do índice de confiança na indústria, que avançou 2,8%, em relação a dezembro. Movimentos semelhantes foram registrados nos setores de serviço (2,8%), comércio (6,4%), consumo (2,5%) e emprego (5,4%). Dos seis índices calculados pela FGV sobre confiança na economia, apenas um teve uma pequena queda, a construção civil, que teve oscilou negativamente 0,7%.  
 
“Ainda é cedo para a gente falar que a crise passou, mas o que estes números mostram é que as medidas implementadas pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) para recuperar a economia foram acertadas. Estamos corrigindo os rumos para retomar o caminho do crescimento”, avaliou Humberto.
 
Segundo o senador, o clima político no Congresso Nacional também é melhor do que no ano passado. “A presidente tem ampliado o espaço para o diálogo, buscando conversar com todos os parlamentares, independentemente de filiação partidária e buscando garantir uma agenda positiva para o País, deixando para trás o discurso daqueles que torcem pelo quanto pior, melhor”, afirmou. 

Mercado espera leve melhora no segundo semestre de 2016

Segundo Rogério Santos, diretor da RealtON – primeiro outlet de imóveis novos do país, que há 3 anos ajuda as maiores incorporadoras do país a reaquecer a venda de estoques, a expectativa é de que o mercado inicie uma retomada ainda no segundo semestre de 2016: “por um lado, ainda teremos preços abaixo do praticado em outros anos, porém, com uma diferença: como o mercado está vendendo estoque, as melhores opções e promoções devem acabar e quem espera para comprar pode ficar sem as melhores opções”.

Para Rogério, as famosas pedaladas, que injetaram um recurso mentiroso nos últimos tempos, estão fazendo com que muitos mercados sejam atingidos violentamente. “A indústria imobiliária é uma das que mais sentiu este impacto, em alguns casos o número vem caindo mais de 40% a cada um dos anos em que começamos a sentir a crise”, explica ele. Com isso, percebe-se um movimento quase que imediato de todas as empresas para produzir recursos e, assim, ativar o caixa encolhido. Um destes caminhos é a desova de estoque e de ativos, como terrenos.

O consumidor brasileiro está mais criterioso, escolhendo mais para comprar. Mas é preciso ficar de olho em uma realidade gerada pela crise e pelo dólar alto: empresas americanas e europeias, que tem moeda mais forte, passam a olhar para o Brasil como oportunidade de comprar bem e barato no momento, com objetivo de ganhar quando o mercado se normalizar. “E é aí que as melhores opções podem acabar”, enfatiza Rogério.

Sobre a RealtON

A empresa nasceu com o objetivo de trabalhar com os estoques das maiores incorporadoras do país, reunir as melhores ofertas de imóveis novos em um mesmo lugar para beneficiar quem pretende adquirir a casa própria para morar ou investir e melhorar a prestação de serviço na comercialização de novos imóveis com atendimento personalizado. A expertise da RealtON em trabalhar com imóveis em estoque fez com que muitas incorporadoras procurassem a empresa desde o começo para realizar suas vendas e diminuir o risco de acumular produto. Sua equipe de especialistas negocia as unidades diretamente com incorporadoras renomadas com capital aberto listado na Bolsa de Valores e com balanços públicos.

Investimento em auditoria pode recuperar fluxo de caixa

“Uma empresa de pequeno porte costuma ter estrutura enxuta e controles mais simplificados”, explica a diretora de firmas de auditoria de pequeno e médio portes do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), Monica Foerster. “Deve-se ter cautela, uma vez que isso pode levar a descontroles na gestão do negócio. A partir do trabalho do auditor independente, é possível entender processos e controles internos e avaliá-los, além de validar operações”.

O trabalho de auditoria engloba, usualmente, análise sobre diferentes rotinas da empresa, como vendas, compras, controle de caixa, estoques, custo e financiamentos. Nos controles internos, podem ser identificadas falhas, retrabalhos e, até mesmo, rotinas passíveis de otimização ou melhoria. “Nas operações propriamente ditas, podem ser identificadas inconsistências nas informações, bem como falhas e atrasos em pagamentos e recebimentos”, exemplifica Foerster.

Segundo ela, até mesmo o risco de fraudes pode vir a ser identificado pelos auditores. Em empresas de pequeno e médio porte, o controle do capital e do numerário deve ser feito com maior cuidado, pois uma movimentação financeira equivocada pode ocasionar grandes perdas. “Esses são riscos que impactam diretamente na gestão da empresa, uma vez que informações contábeis e financeiras costumam ser utilizadas nos processos decisórios. A auditoria permite identificar cálculos incorretos (por exemplo, dos custos), apurações inconsistentes (como de impostos) e possíveis erros”, aponta.

A diretora de médias e pequenas firmas do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) está à disposição para comentários sobre o tema. Para entrevistá-la, entre em contato com Luísa Marchiori ou Geraldo Campos, pelo telefone (11) 3675 5444 ou e-mails luisa.marchiori@viveiros.com.br e geraldo@viveiros.com.br.