Jornais tentam minimizar importância de ataque ao Instituto Lula

Por TEREZA CRUVINEL
Colunista do Brasil 247

É notável o empenho dos veículos de comunicação em minimizar a importância do ataque a bomba contra o Instituto Lula. A gravidade do fato não está na qualidade ou potência do artefato explosivo e sim na sua natureza, na expressão de ódio e intolerância para com a corrente política que o ex-presidente da República representa.

Mas os jornais preferiram, todos, destacar a expressão “bomba caseira”. Feita em casa ou numa fábrica, dá no mesmo. Foi lançada por razões políticas. A mão que a atirou não o fez para roubar, arrombar o prédio ou por qualquer outra motivação. A bomba foi atirada com o que Lula representa.

Entretanto, a Folha de S. Paulo assim noticiou o fato: “Para Instituto Lula, bomba caseira jogada em sua sede foi ‘ataque político’.” Os outros jornais também se apegaram ao “caseira”.

Em qualquer outro lugar, o ato seria classificado como terrorista, não importa o estrago causado ou a ausência de vítimas. Ele conteve todos os elementos definidores das ações terroristas: uso da violência, alvo seletivo e intenção clara.

De fato, como registrou Breno Altman, não bastasse a minimização da mídia, o governo teve uma reação tímida, quase protocolar. A presidente Dilma não poderia ter se manifestado apenas pelas redes sociais. O Planalto não divulgou sequer uma nota oficial externando repúdio e preocupação. Houve uma, mas do ministro Miguel Rossetto, não do Palácio ou da presidente.

Que mais será preciso acontecer para que as forças democráticas reajam à desenvoltura da extrema-direita que vem sendo cevada e legitimada pelo antipetismo e a antipolítica?

Democratização da Mídia em debate na Unifavip

Nesta segunda 27 de outubro, a democratização da mídia vai entrar em debate com os alunos da Unifavip/DeVry, através do II Colóquio de Participação Digital. O evento ocorrerá no auditório da universidade, às 19h, e terá participações do jornalista Ivan Moraes Filho, que faz parte do Centro Luiz Freire; dos jornalistas e blogueiros caruaruenses Igor Maciel e Wagner Gil; e do professor de comunicação, Tenaflae Lordêlo. A atividade é uma realização da Secretaria de Participação Social, da Prefeitura de Caruaru, através da Gerência de Participação Digital.

O gerente da Participação Digital, Daniel Finizola explicou a importância do evento.”Promover debates sobre a democratização da mídia é de extrema importância para fortalecer valores democráticos, assegurando a pluralidade de ideias e opiniões nos meios de comunicação”, afirmou. “Nossa finalidade é debater e encontrar caminhos que ajudem a entender melhor a mídia, seus avanços e sua importância no desenvolvimento social de uma cidade, de um Estado e do país de forma geral”, completou Finizola.

Os participantes também falaram do encontro. “Acho importante levarmos esse debate para os universitários. Como já passamos pela academia, teremos a oportunidade de levar experiência e falar da mídia de forma geral. Esses alunos que estudam comunicação aqui na cidade são também de outros municípios e esse debate acaba refletindo nas mídias e veículos da região”, comentou o jornalista Wagner Gil. “É fundamental discutir o direito à comunicação”, destacou Ivan Moraes.

Para Igor Maciel, que também é apresentador de TV, é preciso focar o debate no ambiente acadêmico. “É muito importante debater com os estudantes. O encontro será excelente para a mídia e seu desenvolvimento”, afirmou. Durante o colóquio, todos os participantes estarão à disposição para responder a questionamentos sobre como ampliar o acesso a novas formas de produzir e compartilhar informação.

Democratização da mídia em debate na Unifavip

No dia 27 de outubro, a democratização da mídia vai entrar em debate com os alunos da Unifavip/DeVry, através do II Colóquio de Participação Digital. O evento ocorrerá no auditório da universidade, às 19h, e terá participações do jornalista Ivan Moraes Filho, que faz parte do Centro Luiz Freire; dos jornalistas e blogueiros caruaruenses Igor Maciel e Wagner Gil; e do professor de comunicação, Tenaflae Lordêlo. A atividade é uma realização da Secretaria de Participação Social, da Prefeitura de Caruaru, através da Gerência de Participação Digital.

O gerente da Participação Digital, Daniel Finizola explicou a importância do evento.”Promover debates sobre a democratização da mídia é de extrema importância para fortalecer valores democráticos, assegurando a pluralidade de ideias e opiniões nos meios de comunicação”, afirmou. “Nossa finalidade é debater e encontrar caminhos que ajudem a entender melhor a mídia, seus avanços e sua importância no desenvolvimento social de uma cidade, de um Estado e do país de forma geral”, completou Finizola.

Os participantes também falaram do encontro. “Acho importante levarmos esse debate para os universitários. Como já passamos pela academia, teremos a oportunidade de levar experiência e falar da mídia de forma geral. Esses alunos que estudam comunicação aqui na cidade são também de outros municípios e esse debate acaba refletindo nas mídias e veículos da região”, comentou o jornalista Wagner Gil. “É fundamental discutir o direito à comunicação”, destacou Ivan Moraes.

Para Igor Maciel, que também é apresentador de TV, é preciso focar o debate no ambiente acadêmico. “É muito importante debater com os estudantes. O encontro será excelente para a mídia e seu desenvolvimento”, afirmou. Durante o colóquio, todos os participantes estarão à disposição para responder a questionamentos sobre como ampliar o acesso a novas formas de produzir e compartilhar informação.

Gabinete Digital promove oficina sobre democratização da mídia

Uma parceria entre o Gabinete Digital de Caruaru, o Centro Cultural Luiz Freire e a Faculdade Asces promoverá, no dia 5 de outubro, uma oficina sobre o direito humano à comunicação.

Durante o encontro, o jornalista Ivan Moraes Filho apresentará a Lei da Mídia Democrática, um projeto de iniciativa popular lançado em maio e que pretende levar ao Congresso 1,3 milhão de assinaturas de cidadãos em defesa de uma mídia mais plural, transparente e diversa.

Além do jornalista, participarão do curso como mediadores a secretária Louise Caroline (Participação Social), a professora Manuella Donato, entre outros.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo spsgabinetedigital@gmail.com, contendo nome e a instituição, associação ou conselho a que esteja vinculado. O evento acontecerá no auditório da Asces, a partir das 9h.

OPINIÃO: Mídia será alvo das manifestações

Por PEDRO CARDOSO DA COSTA*

Alguns segmentos sociais precisam entrar em consonância com a sociedade brasileira. Um desses é a mídia brasileira, em especial os canais de televisão aberta.

Na cobertura das manifestações era claro o viés para desmoralizá-las, quando tratava de forma generalizada como vândalos, baderneiros e depredadores, cujos adjetivos visavam enfraquecer os movimentos. Outro posicionamento que deixava isso muito claro era responsabilizarem os manifestantes pelo início dos incidentes contra a Polícia Militar.

Essa cobertura tendenciosa continua com as tais respostas das autoridades às reivindicações. As matérias são sempre narrativas, sem qualquer análise técnica para comprovar a viabilidade dos delírios das autoridades.

Quando o Supremo Tribunal Federal – STF – mandou prender o deputado Natan Donadon, ninguém se dignou a questionar o relator ou presidente da Corte por que a prisão só ocorreu três anos depois da condenação e logo após a insurgência nacional. Além disso, nenhuma pesquisa é feita para averiguar os muitos processos contra parlamentares que continuam mofando nos escaninhos dos tribunais brasileiros.

Mesmo conclamando por melhor qualidade na saúde e educação e maior segurança, a resposta federal girou em torno da reforma política. Todos aceitaram como se fosse algo sério e não disseram uma vírgula no que isso melhoraria nessas áreas. Também não se compreende por qual motivo não há uma menção à extinção do voto obrigatório. Não há questionamento sobre o fato das medidas só trazerem resultados para prazo longínquo, quando a necessidade é para ontem. Nada, absolutamente nada, está sendo feito para melhorar essas três maiores reivindicações imediatamente. O resultado mais próximo seria o trabalho compulsório por dois anos para os alunos de medicina que ingressarem a partir de 2015 nas faculdades. Ou seja, no mínimo teria início em seis anos. Até lá milhares já morreram sem atendimento nas filas.

A cereja desse bolo de embromação foi a aprovação de uma emenda constitucional para a retirada do segundo suplente de senador. Não há registro na história de que um segundo suplente tenha ocupado a vaga de senador, já que para isso teria que saírem o titular e o primeiro suplente. Mas essa enganação conseguiu até manchete de primeira página do jornal O Estado de S. Paulo sobre a retirada do segundo suplente, que, numa análise séria, traz zero de benefício à população.

Muitos apresentadores de televisão instigam a violência policial. José Luiz Datena, um verdadeiro camaleão nas suas posições, lidera com a frase matreira de que a “cobra vai fumar”, numa alusão explícita à truculência policial. Quando vier a revanche, eles não vão se lembrar do telhado de vidro. Assim como os políticos, a mídia, liderada pela Rede Globo, está atravessada na garganta da sociedade brasileira. Nas manifestações anteriores muitos jornalistas já foram hostilizados, e se a mídia não encontrar o rumo certo de fazer jornalismo, a “cobra vai fumar” nos próximos protestos.

* Pedro Cardoso da Costa é bacharel em direito