Ministério da Saúde disponibiliza no SUS vacina contra coqueluche para gestantes

Grávidas e recém-nascidos ganharam um novo reforço para proteção contra coqueluche. A partir deste mês de novembro, as gestantes têm à disposição a vacina acelular contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa) no Calendário Nacional de Vacinação pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, o Ministério da Saúde busca reduzir a incidência e mortalidade causada pela doença entre os recém-nascidos. A vacina dTpa está disponível nos 35 mil postos da rede pública.

A recomendação do Ministério da Saúde é para aplicação da dose entre as 27ª e a 36ª semanas de gestação – período que gera maior proteção para a criança, com efetividade estimada em 91%. Entretanto, a dose também pode ser administrada até, no máximo, 20 dias antes da data provável do parto. Esta é a quarta vacina para gestantes no calendário nacional. O SUS também oferece a influenza, a dupla adulto (difteria e tétano – dT) e a vacina contra hepatite B.

O público-alvo é composto por 2,9 milhões de gestantes e 324 mil trabalhadores de saúde. Para a implantação desta vacina no calendário, em 2014, o Ministério da Saúde adquiriu quatro milhões de doses, com investimento de R$ 87,2 milhões. Cada dose tem o custo de R$ 21,81. Já foram distribuídas para todas as unidades da federação 1,2 milhões de doses, para a incorporação da vacina no SUS. Além disso, o Programa Nacional de Imunizações vai fazer o envio mensal de 300 mil doses.

O esquema de vacinação completo da dupla adulto é de três doses (devendo ser reforçada a cada intervalo de dez anos) podendo ser tomada a partir dos 10 anos de idade. Se a mulher não tomou nenhuma dose dessa vacina antes de engravidar, é necessário tomar duas doses da dupla adulto, com intervalo de no mínimo 30 dias e complementar com a dTpa. Caso a mulher tenha tomado uma dose da dT antes da gestação, ela deverá reforçar o esquema com mais uma dose da dT e outra da dTpa. Já para as mulheres que se preveniram com duas ou mais doses da dT, recomenda-se a a dTpa administrada com apenas uma dose. Mulheres grávidas devem tomar uma dose da dTpa em cada gestação, independente de terem tomado anteriormente.

Com a incorporação da dTpa,  a rede pública passa a ofertar 17 vacinas de rotina no calendário nacional. O Ministério da Saúde ofertou neste ano três vacinas. Em março deste ano, a vacina contra HPV; em julho a Hepatite A e a, partir deste mês, a imunização contra coqueluche para grávidas.

A vacina dTpa gera proteção da mãe para o filho. Além de se proteger, a mãe passa anticorpos para seu filho ainda no período de gestação, garantindo ao bebê imunidade nos primeiros meses de vida até que ele complete o esquema vacinal contra coqueluche, definido pelo calendário básico. A dTpa é a única vacina contra coqueluche que pode ser administrada de maneira segura em adultos. Profissionais de saúde que atuam nas maternidades e UTIs neonatais também receberão a vacina e terão que fazer o reforço a cada 10 anos.

COQUELUCHE – A coqueluche é uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Suas principais complicações secundárias são a pneumonia, otite média, ativação de tuberculose latente, enfisema pneumotórax, entre outras. O número de casos da doença reduziu de 40 mil notificações nos anos 80, em média, para cerca de 1.500 casos na década de 2000. No entanto, a partir de 2011, houve aumento nos casos da doença em todo o mundo, sobretudo em crianças menores de seis meses, por não terem ainda recebido o esquema completo da vacinação contra a doença.

A proteção das crianças para coqueluche é feita com três doses da vacina Pentavalente (DTP, hepatite B e HiB), aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida. Aos 15 meses e aos quatro anos a criança recebe o reforço com a vacina DTP. Entre 2011 e 2013, o Ministério da Saúde registrou 4.921 casos em menores de três meses, 35% de todos os casos do país neste período, que foram 14.128. Essa faixa-etária é ainda mais afetada em relação aos óbitos. No período, foram 204 óbitos, o que representa 81% do total nacional, que foi de 252 mortes.

A vacinação de gestantes é aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), recomendada  pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e já está sendo adotada como uma das estratégias para o controle da coqueluche em vários países, como Estados Unidos, Alemanha, França, Holanda, Reino Unido, Austrália, entre outros. Os efeitos adversos são raros e podem incluir reações locais como dor, febre, enrijecimento e vermelhidão no local da administração da vacina. Qualquer evento adverso deve ser notificado imediatamente às autoridades de saúde.

A vacinação com a dTpa soma-se a outras medidas já adotadas pelo Ministério da Saúde para reduzir a incidência e mortalidade por coqueluche, entre elas, a revisão do protocolo de tratamento e quimioprofilaxia, com recomendação de uso de antibióticos com mais eficácia, a adoção do tratamento com antibióticos para todas as gestantes no último mês de gestação ou puérperas, que tiveram contato com caso suspeito ou confirmado e apresentarem tosse por cinco dias ou mais, e dos recém-nascidos.

Ministério da Saúde anuncia inclusão de vacina para grávidas no SUS

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, anunciam nesta segunda-feira (17), às 14h30, a estratégia para a introdução da vacina contra coqueluche, difteria e tétano (DTPa) no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Na ocasião, serão apresentadas informações sobre o esquema vacinal e os dados das doenças.

O anúncio será feito na Sobreloja, sala 123 – Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Ministério da Saúde, Ed. Sede, Brasília/DF.

Aids: Saúde inicia distribuição de novas formulações para antirretrovirais

O Ministério da Saúde (MS) iniciará na próxima semana a distribuição de duas novas formulações de medicamentos para os pacientes de aids pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Serão beneficiados cerca de 135 mil pessoas em tratamento com as novas formulações.

Uma das inovações é ritonavir 100 mg na apresentação termoestável, que poderá ser mantido em temperatura de até 30°C. Isso representa um grande avanço já que o remédio distribuído pelo SUS, até então, necessitava de armazenamento em câmara fria, com temperatura entre 2°C e 8°C.

A apresentação termoestável proporcionará maior comodidade aos pacientes em uso do medicamento e, consequentemente, melhor adesão ao tratamento, facilitando ainda a logística de armazenamento, distribuição e dispensação.

O Ministério da Saúde distribui esse medicamento desde 1997, mas pela primeira vez está sendo disponibilizado em apresentação termoestável. “Antes da apresentação termoestável, existia uma certa dificuldade para o seu armazenamento, distribuição e uso no cotidiano dos pacientes. A novidade beneficiará cerca de 60 mil pacientes”, ressaltou o diretor do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.

DOIS EM UM – O Ministério da Saúde também começará a distribuir, já em dezembro deste ano, o tenofovir 300 mg, composto com a lamivudina 300mg em um único comprimido – o chamado “2 em 1”. Essa nova formulação é produzida nacionalmente e distribuída pela Farmanguinhos/Fiocruz. Atualmente, cerca de 75 mil pacientes estão em uso das monodrogas, utilizando 1 comprimido de tenofovir e 2 comprimidos de lamivudina 150 mg ao dia.

“Com o uso da tecnologia, é possível obter medicamentos que facilitem, cada vez mais, a adesão do tratamento, buscando sempre a supressão da carga viral. Assim, conseguiremos enfrentar a epidemia de HIV/AIDS com mais essa arma, trocando a ingestão de três comprimidos por apenas um”, afirmou Fábio Mesquita. Assim como o “3 em 1”, que começou a ser distribuído recentemente, essa apresentação também irá melhorar a adesão ao tratamento, por facilitar a administração dos medicamentos. A fórmula 2 em 1 será disponibilizado somente para os pacientes que não têm indicação clínica de uso conjunto com efavirenz 600 mg.

PANORAMA – Desde 1996, o Brasil distribui, gratuitamente, o coquetel antiaids para todos que necessitam do tratamento. Atualmente, o Ministério da Saúde oferece 22 medicamentos com 39 fórmulas e, entre 2005 e 2013, o país mais que dobrou (2,14 vezes) o total de brasileiros em tratamento, passando de 165 mil, em 2005, para cerca de 350 mil em 2013.

Estima-se que 720 mil pessoas vivem com HIV e aids no Brasil, sendo que 150 mil não sabem de sua condição sorológica. A prevalência da infecção de 0,4% na população sexualmente ativa (15 a 49 anos) é considerada estável desde 2004. A taxa de detecção de aids no país está estabilizada em 20 casos a cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 39 mil casos novos da doença ao ano.

Armando: honrado em ministério, mas não teve convite

Do Blog do Magno

O senador Armando Monteiro (PTB), que perdeu a eleição do governo do estado para o socialista Paulo Câmara, afirmou ontem que não recebeu qualquer convite para assumir um ministério no segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), reeleita no domingo passado. Depois do resultado das eleições nacionais, parte da bancada federal de Pernambuco levantou a hipótese de que o petebista poderia assumir o Ministério de Minas e Energia.

A pasta é comandada pelo ministro Edison Lobão. “É evidente que todos se sentem honrados com um convite desses e eu me sentiria assim, mas não posso trabalhar em cima de uma coisa que não existe. Eu trabalho com a realidade e ela não aponta nessa direção. Nunca recebi nenhuma sondagem e meu foco está voltado para o trabalho no senado”, afirmou o trabalhista.

O senador petebista disse acreditar que a informação tenha surgido a partir da vontade de alguns integrantes da bancada federal que apoiaram sua candidatura ao Executivo.”Não têm procedência. Isso é uma especulação que talvez tenha sido levantada pela vontade de alguns companheiros da bancada federal, mas não existe nada nesse caminho”, comentou Armando que, durante a eleição, apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Armando Monteiro Neto pode virar ministro de Dilma

Do Blog de Jamildo

Informação extraoficial que corre na bancada federal de Pernambuco, depois do resultado das eleições nacionais em segundo turno, dá conta que o senador Armando Monteiro Neto pode virar ministro das Minas e Energia do segundo governo da petista.

O cargo não seria apenas uma clara compensação pela derrota na disputa do governo do Estado, em que perdeu para o socialista Paulo Câmara. Bem articulado no plano nacional com lideranças empresariais, Armando Monteiro Neto poderia ajudar Dilma a reconstruir as pontes com o setor produtivo nacional.

Com sua eventual saída, a cadeira no Senado seria ocupada pelo suplente Douglas Cintra, empresário de Caruaru.

Não seria a primeira vez em que um candidato derrotado em Pernambuco viraria ministro. Depois de perder a disputa para Miguel Arraes em 1994, o então candidato Gustavo Krause virou ministro da Fazenda de Itamar Franco, por sugestão de FHC.

Ministério da Saúde propõe novo tratamento para hepatite C

O Ministério da Saúde propõe a incorporação de novos medicamentos para o tratamento de pacientes com hepatite C. A decisão é resultado do consenso de especialistas, que avaliaram os medicamentos sofosbuvir, daclatasvir e simeprevir. As evidências científicas apontam que os novos medicamentos apresentam um percentual maior de cura, tempo reduzido de tratamento (12 semanas) e a vantagem do uso oral.

A aprovação definitiva para o uso no SUS, no entanto, dependerá da avaliação pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) e da finalização do processo de registro pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O país será um dos primeiros a adotar essa nova tecnologia na rede de saúde pública

Por solicitação do Ministério da Saúde, a Anvisa está priorizando a análise do registro de dois deles, o Sofosbuvir e o Daclatasvir. O terceiro, o simperevir, já está em processo de análise pela agência. O Ministério da Saúde solicita prioridade quando o medicamento apresenta interesse estratégico para o SUS, por se tratar de tecnologia inovadora que proporciona benefícios aos pacientes. Paralelamente a esse processo, os medicamentos também estão sendo analisados pela Conitec.

Para que seja incorporado, os medicamentos devem obedecer às regras da Comissão, que garantem a proteção do cidadão quanto ao uso e eficácia do medicamento, por meio da comprovação da evidência clínica consolidada e o custo-efetividade dos produtos. Depois de registrados na Anvisa e concluída a aprovação pela Conitec, a  estimativa é que os novos medicamentos beneficiem cerca de 60 mil pacientes do SUS, nos próximos dois anos.

A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV). A transmissão se dá, dentre outras formas, por meio de  transfusão de sangue, compartilhamento de material para uso de drogas, objetos de higiene pessoal como lâminas de barbear e depilar, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam na confecção de tatuagem e colocação de piercings. Estima-se que até 3% da população mundial pode ter tido infecção por esse vírus, o que corresponde a 185 milhões de pessoas. No Brasil, a prevalência do vírus na população é em torno de 1,4% a 1,7%, principalmente entre os maiores de 45 anos. Vale ressaltar que as medidas de proteção, que hoje são adotadas para transfusões de sangue e uso de injeções, não existiam nas décadas anteriores aos anos 1990.

TRATAMENTOS – Em 2013, o Ministério da Saúde incorporou novos medicamentos considerados de ponta para o tratamento da hepatite C. Os primeiros antivirais de ação direta disponíveis no SUS são o boceprevir (BOC) e o telaprevir (TVR), que pertencem à classe dos inibidores da protease (IP). Esses medicamentos são distribuídos exclusivamente para determinados pacientes em caso mais graves. Atualmente 15,8 mil pessoas estão em tratamento para a hepatite C no SUS.

O Brasil é um dos únicos países em desenvolvimento no mundo que oferece diagnóstico, testagem e tratamento universal para as hepatites virais, em sistemas públicos e gratuitos de saúde. A definição do tipo de tratamento a ser seguido pelo paciente é feita pelo médico de acordo com o estágio da doença e as características de cada paciente.

Desde 2011, o Ministério da Saúde também distribui testes rápidos usados em mobilizações e campanhas, além dos testes tradicionais. Em 2013, foram distribuídos cerca de 1,1 milhão de testes rápidos para hepatite C em todo o país. Apenas nos nove primeiros meses deste ano, já foram distribuídos mais de 1,4 milhão de testes rápidos de hepatite C para todo o país.

Ministério libera R$ 840 mil para combater desnutrição infantil no PI

O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 840 mil para combater a desnutrição infantil no estado do Piauí. Os beneficiados são 17 municípios de pequeno porte, onde ainda mais de 10% das crianças menores de cinco anos estão abaixo do peso ideal para a idade. Esta é a terceira parcela enviada às cidades piauienses que aderiram à Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil (ANDI), totalizando R$ 2,5 milhões em três anos. No Brasil, 216 cidades vão receber o montante de R$ 12 milhões neste ano.

A verba repassada ser utilizada nas ações relacionadas à organização da atenção nutricional, na qualificação profissional, na realização de oficinas com a comunidade sobre alimentação e nutrição, aleitamento materno e outros cuidados e também na contratação de profissionais para apoiar o cuidado integral à saúde da criança.

Os avanços brasileiros na redução da desnutrição infantil nas últimas décadas foram muito expressivos, representando uma queda de quase três vezes no déficit de peso e de duas vezes no déficit de altura para idade em crianças menores de cinco anos, somente no período de 1996 a 2006. Dados da última Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), realizada em 2006, indicam que apenas 1,8% das crianças ainda apresentavam déficit de peso, bem menor que o índice registrado em 1996, 4,2%. No Nordeste, os progressos são ainda mais expressivos, saindo de 6,3% para 2,2% em dez anos.

Para receber os recursos, os gestores locais se comprometem a enfrentar os determinantes sociais que causam a desnutrição, ampliando o acompanhamento das condicionalidades de saúde das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família e a abrangência do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), e a melhorar a identificação e o acompanhamento de crianças com desnutrição ou atraso no desenvolvimento infantil, com busca ativa, visitas domiciliares e melhor acolhimento no Sistema Único de Saúde. “Há evidências científicas que comprovam que quando as crianças do programa Bolsa Família são acompanhadas, há melhoria na sua condição nutricional”, destaca a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.

Recente pesquisa realizada pelos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome indica que a desnutrição crônica caiu 51,4% entre as crianças do programa Bolsa Família em cinco anos. De acordo com a pesquisa “Evolução temporal do estado nutricional das crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família”, em 2008, 17,5% das crianças entre zero e cinco anos analisadas estavam abaixo da estatura indicada para a idade. Após quatro anos sob os cuidados dos profissionais do Sistema Único de Saúde, o índice desse mesmo grupo de crianças caiu para 8,5%, queda de nove pontos percentuais. Na região Nordeste, a redução foi de 51,56%, saindo do percentual de 19,2% para 9,3% no mesmo período.

Ao contrário da desnutrição aguda, determinada pelo baixo peso, a desnutrição crônica reflete longos períodos expostos a situações de fome e miséria, inclusive, no ventre da mãe, comprometendo o crescimento da criança. A altura média dos perfis analisados, no Brasil, aumentou devido a melhoria nutricional e do acesso à saúde, garantido pelo Bolsa Família. Em 2008, os meninos de cinco anos de idade mediam 107,8 cm, e, em 2012, chegaram a 108,6 cm. Já as meninas passaram de 107,2 cm para 107,9 cm. Neste estudo, foram analisadas 362 mil crianças beneficiadas pelo programa por cinco anos consecutivos, entre 2008 e 2012.

O Ministério da Saúde investiu R$ 30 milhões para ampliar o programa de suplementos nutricionais, que inclui a distribuição de sulfato ferroso para crianças de seis a 24 meses em todas as UBS do país e da vitamina A para crianças menores de cinco anos. Cerca de 2,3 milhões de crianças já foram beneficiadas com a Vitamina A, em 2014, no Brasil.

A Politica Nacional de Aleitamento Materno também tem conseguido ampliar as taxas de aleitamento de forma significativa e contribuído efetivamente para que o país atingisse as metas internacionais. Nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, o tempo médio de aleitamento materno aumentou em um mês e meio entre 1999 a 2008. Até o ano passado, 5.700 profissionais de saúde das equipes de atenção básica foram qualificados a orientar as mães como proceder na alimentação do primeiro ano de vida.

A diminuição da pobreza obtida pelo programa brasileiro de transferência de renda – o Bolsa Família – é um forte fator para a redução dos óbitos infantis. Para continuar recebendo o benefício, as famílias precisam manter atualizado o cartão de vacinação das crianças até sete anos, fazer o acompanhamento médico de gestantes, bebês e mães em fase de amamentação, além do acompanhamento do desenvolvimento das crianças da família.

A revista científica britânica The Lancet, em maio de 2013, constatou que o Bolsa Família, atrelado à expansão da estratégia Saúde da Família, contribuiu para a redução em 19,4% da mortalidade de crianças até cinco anos. Os números mostram que a redução foi ainda maior quando se considerou a mortalidade por causas específicas, como desnutrição (65%) e diarreia (53%).

ANDI – A agenda foi instituída em 2012 com o objetivo de apoiar a estruturação e qualificação de ações para o enfrentamento da desnutrição infantil na Rede de Atenção à Saúde nos municípios com menos de 150 mil habitantes que apresentam prevalência de déficit de peso para idade em crianças menores de cinco anos maior ou igual a 10%, segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). A desnutrição na infância pode prejudicar o desenvolvimento, causar doenças infecciosas e respiratórias, comprometer o aproveitamento e a capacidade produtiva na idade adulta e até levar à morte.

Ministério libera R$ 12 milhões para combater desnutrição infantil

O Ministério da Saúde autorizou, nesta sexta-feira (17), o repasse de R$ 12 milhões para combater a desnutrição infantil. Os beneficiados são 216 municípios de pequeno porte, a maioria no Norte e Nordeste e com menos de 20 mil habitantes, onde ainda mais de 10% das crianças menores de cinco anos estão abaixo do peso ideal para a idade. Esta é a terceira parcela enviada às cidades que aderiram à Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil (ANDI), totalizando R$ 33 milhões.

Os avanços brasileiros na redução da desnutrição infantil nas últimas décadas foram muito expressivos, representando uma queda de quase três vezes no déficit de peso para idade e de duas vezes no déficit de altura para idade em crianças menores de cinco anos somente no período de 1996 a 2006. Dados da última Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), realizada em 2006, indicam que apenas 1,8% das crianças ainda apresentavam déficit de peso, bem menor que o índice registrado em 1996, 4,2%. No Nordeste, os progressos são ainda mais expressivos, saindo de 6,3% para 2,2% em dez anos.

“Apesar das conquistas realizadas nos últimos anos, ainda há municípios brasileiros, sobretudo no interior do Norte e Nordeste, em que parte da população infantil convive com carências nutricionais. A ANDI é uma proposta do Ministério da Saúde para estruturar ações de alimentação e nutrição aos municípios que enfrentam este desafio”, destaca o secretário de Atenção à Saúde, Fausto Pereira dos Santos.

Para receber os recursos, os gestores locais se comprometem a enfrentar os determinantes sociais que causam a desnutrição, ampliando o acompanhamento das condicionalidades de saúde das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família e a abrangência do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), e a melhorar a identificação e o acompanhamento de crianças com desnutrição ou atraso no desenvolvimento infantil, com busca ativa, visitas domiciliares e melhor acolhimento no Sistema Único de Saúde. Dos 238 elegíveis, 216 cumpriram a meta. “Há evidências científicas que comprovam que quando as crianças do programa Bolsa Família são acompanhadas, há melhoria na sua condição nutricional”, destaca a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.

Recente pesquisa realizada pelos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome indica que a desnutrição crônica caiu 51,4% entre as crianças do programa Bolsa Família em cinco anos. De acordo com a pesquisa “Evolução temporal do estado nutricional das crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família”, em 2008, 17,5% das crianças entre zero e cinco anos analisadas estavam abaixo da estatura indicada para a idade. Após quatro anos sob os cuidados dos profissionais do Sistema Único de Saúde, o índice desse mesmo grupo de crianças caiu para 8,5%, queda de nove pontos percentuais.

Ao contrário da desnutrição aguda, determinada pelo baixo peso, a desnutrição crônica reflete longos períodos expostos a situações de fome e miséria, inclusive, no ventre da mãe, comprometendo o crescimento da criança. A altura média dos perfis analisados aumentou devido a melhoria nutricional e do acesso à saúde, garantido pelo Bolsa Família. Em 2008, os meninos de cinco anos de idade mediam 107,8 cm, e, em 2012, chegaram a 108,6 cm. Já as meninas passaram de 107,2 cm para 107,9 cm. Neste estudo, foram analisadas 362 mil crianças beneficiadas pelo programa por cinco anos consecutivos, entre 2008 e 2012.

A verba repassada aos municípios pode ser utilizada nas ações relacionadas à organização da atenção nutricional, na qualificação profissional, na realização de oficinas com a comunidade sobre alimentação e nutrição, aleitamento materno e outros cuidados e também na contratação de profissionais para apoiar o cuidado integral à saúde da criança. A desnutrição na infância  pode prejudicar o desenvolvimento, causar doenças infecciosas e respiratórias, comprometer o aproveitamento e a capacidade produtiva na idade adulta e até levar à morte.

O Ministério da Saúde investiu R$ 30 milhões para ampliar o programa de suplementos nutricionais, que inclui a distribuição de sulfato ferroso para crianças de seis a 24 meses em todas as UBS do país e da vitamina A para crianças menores de cinco anos. Cerca de 2,3 milhões de crianças já foram beneficiadas com a Vitamina A, em 2014, no Brasil.

A Politica Nacional de Aleitamento Materno também tem conseguido ampliar as taxas de aleitamento de forma significativa e contribuído efetivamente para que o país atingisse as metas internacionais. Nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, o tempo médio de aleitamento materno aumentou em um mês e meio entre 1999 a 2008. Até o ano passado, 5.700 profissionais de saúde das equipes de atenção básica foram qualificados a orientar as mães como proceder na alimentação do primeiro ano de vida.

A diminuição da pobreza obtida pelo programa brasileiro de transferência de renda – o Bolsa Família – é um forte fator para a redução dos óbitos infantis. Para continuar recebendo o benefício, as famílias precisam manter atualizado o cartão de vacinação das crianças até sete anos, fazer o acompanhamento médico de gestantes, bebês e mães em fase de amamentação, além do acompanhamento do desenvolvimento das crianças da família.

A revista científica britânica The Lancet, em maio de 2013, constatou que o Bolsa Família, atrelado à expansão da estratégia Saúde da Família, contribuiu para a redução em 19,4% da mortalidade de crianças até cinco anos. Os números mostram que a redução foi ainda maior quando se considerou a mortalidade por causas específicas, como desnutrição (65%) e diarreia (53%).

ANDI – A agenda foi instituída em 2012 com o objetivo de apoiar a estruturação e qualificação de ações para o enfrentamento da desnutrição infantil na Rede de Atenção à Saúde nos municípios com menos de 150 mil habitantes que apresentam prevalência de déficit de peso para idade em crianças menores de cinco anos maior ou igual a 10%, segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN).

Hospital da Criança tem parecer favorável do Ministério

O parecer técnico do Ministério da Saúde, que aprova a implantação do Hospital da Criança de Caruaru, foi entregue ao Prefeito José Queiroz pela Secretária Municipal de Saúde, Aparecida Souza, em audiência nesta quarta-feira, 15 de outubro, no Gabinete do Chefe do Executivo. Agora, a Prefeitura pode avançar na direção do projeto da nova unidade especializada, utilizando a verba de R$ 6 milhões, obtida através de emenda parlamentar do deputado federal Wolney Queiroz.

O hospital, a ser localizado em terreno próximo ao Paladium, na zona norte da cidade, abrigará diversos serviços de atenção à saúde infantil e deverá contar com 108 leitos de internação clínica. O texto do MS aponta para a superação do “vazio assistencial na área de pediatria” e para a solução dos problemas criados pela “evasão de crianças para outros territórios”.

Para atender suas finalidades, o Hospital da Criança cuidará da atenção médica diária aos pacientes, prestará assistência nutricional, inclusive aos acompanhantes, e desenvolverá ações na área da psicologia para os internados e seus familiares, conforme preconiza a política de humanização do SUS.

A Caixa Econômica Federal será o agente financeiro do projeto. A ela caberá a análise técnico-econômica e a emissão de parecer sobre o custo das edificações e equipamentos, além da liberação de recursos na medida da execução de obras e instalação de equipamentos.

Para a Secretária Aparecida Souza, “embora não seja possível fixar datas para as diversas fases de execução, já demos o passo mais decisivo para tornar realidade o Hospital da Criança de Caruaru, que constitui uma antiga aspiração do prefeito José Queiroz e das famílias caruaruenses”, observou.

Ministério da Saúde informa sobre caso suspeito de ebola

O Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná informam que a Unidade de Pronto Atendimento Brasília, em Cascavel (PR), recebeu nesta quinta-feira (9), no período da tarde, um paciente classificado como suspeito de infecção por ebola. Trata-se de um homem, de 47 anos, vindo da Guiné (escala em Marrocos), país de origem, que chegou ao Brasil, no dia 19 de setembro.  Ele relatou que ontem (8) e nesta manhã (9) teve febre. Até o início da noite, estava subfebril e não apresentava hemorragia, vômitos ou quaisquer outros sintomas. Está em bom estado geral e, mantido em isolamento total.

Por estar no vigésimo primeiro dia, limite máximo para o período de incubação da doença, foi considerado caso suspeito, seguindo os protocolos internacionais para a enfermidade. Guiné é um dos três países que concentram o surto da doença na África. O ebola só é transmitido através do contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos doentes, ou pelo contato com superfícies e objetos contaminados. O vírus somente é transmitido quando surgem os sintomas.

Imediatamente após a identificação da suspeita, o paciente foi isolado na unidade e adotadas medidas previstas no protocolo nacional, como a comunicação à secretaria estadual de saúde e ao Ministério da Saúde. O caso está sendo acompanhado pelas equipes de vigilância em saúde do Ministério da Saúde e do Paraná. Assim que foi comunicado, o Ministério da Saúde enviou imediatamente equipe para Cascavel, por meio da FAB (Força Aérea Brasileira), onde coordenarão in loco as medidas de atendimento e a identificação de possíveis contatos para orientação e controle.

O paciente será transferido, conforme protocolo de segurança, para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro (RJ), referência nacional para casos de ebola. A transferência será feita por meio de aeronave da Polícia Rodoviária Federal.

Nesta sexta-feira (10),o ministro da saúde, Arthur Chioro, que coordena a ação nacional, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, concederão entrevista coletiva sobre o caso, às 10h, no Ministério da Saúde.