Gravatá promove 3ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres

Os direitos da mulher e seu papel na sociedade serão um dos assuntos discutidos durante a 3ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, realizada no próximo dia 16 de setembro pela Prefeitura através da Secretaria Executiva da Mulher. Esta é a primeira conferência realizada por esta secretaria, tendo em vista sua instalação no município em 2013. O evento acontece a partir das 8h na AABB.

A conferência terá como finalidade discutir e elaborar propostas de políticas que complementem e contemplem a construção da igualdade de gênero, fortalecendo a autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres.

A erradicação da pobreza extrema, das desigualdades entre homens e mulheres, e o exercício pleno da cidadania pelas mulheres do município também estarão em pauta.

Gravatá sedia 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres

No dia 16 de setembro a Prefeitura de Gravatá, através da secretaria de Assistência Social e Secretaria Executiva da Mulher realizará a III Conferência Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, sendo esta a primeira organizada pela Secretaria Executiva da Mulher.

O evento terá como finalidade discutir e elaborar propostas de políticas que contemplem a construção da igualdade de gênero, com o intuito de fortalecer a autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres. A erradicação da pobreza extrema, das desigualdades entre homens e mulheres e o exercício pleno da cidadania pelas mulheres do Município de Gravatá também estarão em pauta.

O local do encontro ainda será definido.

Caruaru inicia pré-conferências de Políticas para as Mulheres

Na tarde do próximo dia 15, a partir das 13h, o Conselho Municipal da Mulher e a Secretaria Especial da Mulher e de Direitos Humanos, juntamente com a Secretaria de Participação Social, realizará a primeira pré-conferência municipal de Políticas para as Mulheres, com o tema: “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”. Ao todo, serão nove pré-conferências, que ocorrerão entre os meses de agosto e setembro, sendo quatro na área urbana, quatro no campo e uma voltada para as servidoras.

Os encontros prévios, que antecedem a II Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, marcada para o dia 26 de setembro,  têm por intuito discutir e elencar políticas públicas de forma prioritária para  as mulheres, avaliar o cumprimento do primeiro e atual Plano Municipal de Políticas para as Mulheres e elaborar o segundo, além de fomentar as propostas que serão discutidas e levadas para as conferências estadual e nacional, de forma que uma ideia do nosso município ganhe força e venha a se tornar uma lei de caráter Federal.

Casa do Boi Tira Teima recebe ensaio fotográfico de mulheres negras

Neste domingo (5), um ensaio coletivo de mulheres negras vai acontecer na Casa do Boi Tira Teima, na área da antiga Estação Ferroviária. O evento foi idealizado por Gabriela Monteiro, em parceria com Roberto Gersino. Na ocasião, as mulheres negras que comparecerem contarão com a participação do grupo Cabelaço, de Olinda, que ajudará na amarração de turbantes, além de bater um papo sobre estética negra, cabelos crespos, imagem e autoestima das mulheres negras. O ensaio será realizado pela fotógrafa Marília Chalegre.

“Com a realização desse evento, a intenção é compartilhar conhecimentos, experiências, além de incentivar uma articulação entre as mulheres negras de Caruaru, já que é uma camada da sociedade sujeita ao preconceito”, destaca Gabriela, que é negra e militante de dois grupos em defesa das mulheres.

Na ocasião, também será apresentado o primeiro grupo feminino do Boi Tira Teima. “Todas as meninas, jovens, mulheres e senhoras negras da cidade são bem-vindas a participar desse ensaio que vai ter muito axé e alegria”, completa.

Especialistas criticam deputados que vetaram cota para mulher no Legislativo

Da Agência Brasil

A diretora-executiva do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo, fez duras críticas pelos deputados terem rejeitado a reserva de cadeiras para mulheres nos legislativos federal, estaduais e municipais. “É a mais completa tradução de que deputados operam em causa própria, é uma maioria masculina que não tem condições políticas e éticas para reestruturar o sistema politico brasileiro”. Formada em filosofia política, ela destaca que a proposta das cotas apresentada no plenário da Câmara durante a votação da reforma política, nesta semana, não produziria mudanças bruscas, mas poderia aumentar gradualmente a representatividade de gênero.

“Estava em debate algo minimalista, mas da maior importância”, avaliou a filósofa ao citar exemplos como o da Bahia, que tem 39 deputados federais dos quais apenas três são mulheres. “Teríamos na Bahia pelo menos mais uma mulher. Temos hoje cinco estados que não têm qualquer representação parlamentar feminina [Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba e Sergipe]. Com esse mecanismo que eu não chamo de cota teríamos alguma representação que é democrática e legítima”, acrescentou Jacira.

A proposta, que recebeu 293 votos favoráveis – eram necessários 308 – ficou de fora do texto da reforma política, reservava 10% das cadeiras para as mulheres na primeira legislatura, passando para 12% na segunda, até chegar a 15%, em 2027. Além do resultado da votação, Jacira Melo lamentou a postura de parlamentares diante da emenda que, segundo ela, revelou a cultura machista no Parlamento.

“Entre os defensores da regra, um deputado chegou a dizer que era a favor das cotas porque o plenário ficaria mais bonito. Outro disse ser a favor para dar um voto de confiança às mulheres”, criticou Jacira. Mais de 100 deputados votaram contra o mecanismo, entre eles, o deputado delegado Edson Moreira (PTN-MG) que afirmou que “não é justo é que uma minoria, pequena e de pouco trabalho, conquiste uma cadeira que não é fácil”.

Autora de tese sobre a representatividade feminina no Poder, Luciana Ramos, pesquisadora da Fundação Getulio Vargas (FGV), lembra que existem três tipos de cotas políticas no mundo – reserva de assentos mínimos, cotas partidárias voluntárias e cotas legislativas – que impõem a todos os partidos um percentual mínimo de candidatas. “No Brasil, temos as cotas legislativas, mas isso não é cumprido por uma série de razões, especialmente pelo fato de não ter sanção para o descumprimento dessa lei”, avaliou.

Luciana disse que não se surpreendeu com a rejeição da medida por um Congresso “conservador” como o atual. Alertou que a composição legislativa de hoje produz impactos diretos na formulação de leis e políticas. “As mulheres representam 51% da população brasileira, mas elas não fazem as leis que regem essa sociedade composta pela maioria de mulheres. É uma discrepância enorme ter menos de 10% de mulheres na Câmara, por exemplo”.

Para a pesquisadora, a diversidade de visões é fundamental em espaços de poder. “A inserção de mulheres faz toda diferença. Enquanto um homem decide onde vai passar uma linha de ônibus, ele pensa que tem que ir da casa ao trabalho. Na perspectiva da mulher, esse ônibus precisa passar na casa, na escola do filho, no mercado e no trabalho, por exemplo”.

Shopping Costa Dourada com programação voltada às mulheres

Seguem até esta quarta-feira (11) as ações promovidas pelo Shopping Costa Dourada para o Dia da Mulher, em parceria com a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho e a loja O Boticário. A programação começou no último domingo, com o Momento da Beleza, e contou com oficinas gratuitas de automaquiagem, massagem de mãos e cuidados com a pele, em frente à loja O Boticário do Costa Dourada.

O último dia ficou reservado para a programação da Saúde da Mulher, com realização de exames de saúde gratuitos para as mulheres. Os atendimentos estão sendo oferecidos nesta quarta, na Secretaria da Saúde e Secretaria da Mulher, da Prefeitura do Cabo, entre 15h e 20h.

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Marcelo Gomes ressalta conquistas de políticas públicas para as mulheres

Nesta terça-feira (10), o vereador Marcelo Gomes (PSB), voltou a falar sobre as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher e ressaltou conquistas importantes feitas nos últimos anos. O vereador voltou a parabenizar, desta vez na tribuna, a iniciativa de uma sessão especial na Câmara Municipal de Caruaru, apenas com a presença de mulheres no plenário.

Outro assunto destacado por Marcelo Gomes foi a criação do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM-Mulher), que destinará 5% dos investimentos para atender políticas públicas voltadas para as mulheres, este ano será o equivalente a R$ 12 milhões para as políticas públicas voltadas para a mulher.

“Parabenizar a iniciativa do governo do Estado de criar o FEM para a mulher. Significa que 5% da cota parte do FEM de cada município será destinado para as mulheres, desde que o município tenha coordenadoria ou secretária da mulher, para que o dinheiro seja usado só para este fim”, frisou Marcelo.

O socialista lembrou ainda o prêmio que o governador Paulo Câmara recebeu pelo programa Mãe Coruja, no México. “Este fim de semana o governo de Pernambuco recebeu um prêmio pelo Mãe Coruja, da Organização dos Estados Americanos (OEA). O programa foi criado ainda em 2007, pelo governo Eduardo Campos, que conseguiu diminuir a mortalidade infantil no Estado e tem ajudado milhares de mães que não tem as condições ideais para ter um filho nos primeiros anos da infância. Muito já foi feito pelas mulheres, mas ainda há muito o que fazer em diversas áreas da sociedade, temos que comemorar, mas temos que seguir buscando novas conquistas”, ressaltou.

Marcelo lembrou ainda sobre a lei do feminicídio, que torna crime hediondo o assassino de mulheres no âmbito familiar ou por preconceito. O vereador apresentou ainda a indicação nº 34/2015, que pede a implantação de um polo do projeto Governo Presente no Bairro Demóstenes Veras, que possa atender também o Panorama, Vila Kennedy e Lagoa de Pedra, para atender a população em situação de vulnerabilidade social, principalmente, crianças e adolescentes desta comunidades.

Marcelo Gomes prestigia reunião em homenagem às mulheres

O vereador Marcelo Gomes (PSB), prestigiou neste sábado (07), a sessão
especial da Câmara Municipal de Caruaru (PE) em homenagem ao Dia
Internacional das Mulheres, celebrado em 08 de março.

Presidida pela vereadora Rosimery da Apodec (DEM), a sessão teve a
participação de outras 22 mulheres, representando os vereadores. Da
plateia, Marcelo Gomes elogiou os debates levantados pelas convidadas e
enfatizou a necessidade de igualdade efetiva entre homens e mulheres.

“É importante celebrarmos o Dia Internacional da Mulher, lembrar o contexto
histórico e todas as lutas que as mulheres travam, diariamente, para
garantirem os seus direitos mais básicos. Mas precisamos fazer ainda mais e
levantar a bandeira de luta e igualdade todos os dias, em todos os setores
da sociedade”, frisou Marcelo.

Opinião: Para além das flores e chocolates

Por Daniel Finizola

Quando chega o 8 de Março é comum a gente ver mulheres recebendo flores e chocolates. O gesto pode até ser bonito, mas a leveza das flores e a doçura do chocolate não condiz com a luta que todos os dias e travada pela mulheres em todo Brasil e no mundo. O Patriarcado resiste e invade nossa sociedade com piadas e gestos machistas que inferioriza, coisificando a imagem e o papel social da mulher. Vários estudos já comprovaram estatisticamente que a mulher ganha cerca de 30% menos que o homem, desempenhando atividades e funções idênticas. Essa distinção vem da gêneses da revolução industrial, onde era preferível contratar mulheres e crianças, já que se pagava menos, justificado pela  fragilidade de direitos que ainda permeia o nosso cotidiano. É assim que, historicamente, vai se forjando a imagem da mulher.

Sua participação, na maioria das vezes, foi negligenciada por aqueles que fazem a historiografia, como demonstram boa parte dos livros de história do ensino médio. Esses mesmos que ajudam a orientar nossos/as adolescentes,  evidenciam a ausência narrativas da contribuição das mulheres na organização política e seu protagonismo, como por exemplo, a Comuna de Paris e a Revolução Francesa. Na contramão desse estereótipo, a mulher ao longo da história desenvolveu diversas estratégias, a exemplo da arte e literatura, para contar seu protagonismo nos grandes acontecimentos no mundo.

A organização do Movimento Feministas a nível global, mais especificamente a partir dos anos 70, redimensionar a luta das mulheres no mundo. Importante afirmar que o feminismo não luta pela superioridade das mulheres frente aos homens, mas pela igualdade de direitos e contra a violência física e simbólica que se estabelece contra a mulher, sistematicamente. Basta analisar peças publicitárias, filmes, músicas e a própria língua para identificar como o sexismo é um marcador das relações sociais, assim como o próprio Estado.

Quando Dilma assumiu a presidência, surgiu todo um debate quanto ao termo “Presidenta”. Apareceu quem achasse o termo um absurdo, algo descabido para língua. É preciso entender que a língua reproduz padrões que obedecem a lógica das estruturas de poder de uma sociedade e frente a isso, deve ser dinâmica e estabelecer a comunicação de acordo as demandas apresentadas pela sociedade. Quem não aceita a forma feminina dessas palavras, indiretamente,  reafirma o patriarcado, o sexismo existente na construção dessas expressões. Há trabalhadoras e trabalhadores, secretário e secretária, ministros e ministras, deputados e deputadas e presidentes e presidentas. Não é simplesmente uma estrutura linguística e/ou gramatical, é lugar de disputa. Não há problemas nisso! Às vezes fico me perguntando qual o medo que permeia a imaginação das pessoas frente a construção de um termo feminino de uma função que está sendo exercido por uma mulher. Isso tem a ver com a sociologia da língua e com as pequenas revoluções que a luta das mulheres têm provocado ao longo do tempo.

A internet vem se constituindo como um espaço que amplia o direito à comunicação das minorias. Uma mídias onde os movimentos sociais encontram um lugar para fazer a disputa de ideias, e nesse contexto é sempre bom ver as feministas fazendo um debate qualificada que vai muito além da discussão sexista da linguagens. Blogueiras Feministas – De olho na Web e no Mundo – é um dos blogs que recomento a leitura. Lá você encontra textos que discutem a autonomia da mulher, violência contra a mulher, representação política entre outros temas.

No âmbito local quero destacar a colunista Bárbara Vasconcelos. Sempre atenta as movimentações do universo feminista, estabelecendo questionamentos sobre a sociedade contemporânea e a reprodução do patriarcado. Vale muito a pena acompanhar as reflexões dessa menina que faz a diferenças.

É importante que possamos cada vez mais refletir e debater sobre o sexismo, o patriarcado e o machismo. Que a voz da mulher não seja apenas amplifica no dia 8 de marços, porque todo dia é dia da mulher, é dia de ampliar seu espaço, de protagonizar grandes transformações sociais no Brasil e no mundo.

Daniel Finizola é Educador, artista e vice-Presidente do PT – Caruaru.

Mulheres do Assentamento Normandia recebem o projeto ‘Plantado Liberdade’

Nesta terça-feira, 24, a partir das 9h, as mulheres que residem no Assentamento Normandia participarão da Expedição Pernambucana ‘Plantando Liberdade’, projeto multidisciplinar  que une ideias, saberes e vivências, tais como: arte, design, artesanato, sustentabilidade, educação popular, geração de renda e cooperativismo, que possibilita às participantes repensarem o posicionamento das mesmas na sociedade atual.

De autoria da designer e educadora Manu Gomes, o projeto acontece a partir de uma dinâmica lúdica, construída a partir das teorias libertadoras de Paulo Freire e Augusto Boal,  e tem por propósito quebrar paradigmas que aprisionam as mentes humanas aos padrões sociais. “A ideia é oferecer essa atividade para grupos e associações de mulheres, na intenção de fortalecer o empoderamento e liberdade de todas nós”, pontuou a educadora.

O projeto acontece da seguinte forma: as participantes utilizam antigas gaiolas que foram apreendidas do tráfico animal que, outrora, serviram de cativeiro para pássaros e, agora, passarão a ornamentar ambientes de forma colorida, orgânica e livre. Durante o processo, as gaiolas servirão não só de um apelo à liberdade animal, mas como metáfora do próprio anseio por liberdade.