Artigo: O mensageiro vai estar passando

Por Menelau Júnior

Esta semana, recebi uma ligação de uma instituição que se mantém através de doações. Acho importante colaborar, dentro das possibilidades de cada um, claro. A telefonista, de uma simpatia enorme, perguntou como eu ia, agradeceu contribuições anteriores e perguntou se eu “poderia estar contribuindo” este mês, para que ela “pudesse estar enviando” o recibo, já que o mensageiro “iria estar passando” até o fim da semana. E lá estava eu, sendo bombardeado por gerúndios desnecessários, mas que fazem parte do treinamento de telefonistas, atendentes, empresários.

Que se fique claro: usar o gerúndio (verbos com a terminação “-ndo”) não é crime. Nunca foi. O problema é usá-lo de forma abusiva, desnecessária. O gerúndio pode indicar uma ação em curso, que ocorre ao mesmo tempo que outra, antes ou depois dela. Quando alguém diz: “Ele sorriu com a companheira, abraçando-a carinhosamente”, as ações de sorrir e abraçar são concomitantes. Em: “Chegando em casa, então ele chorou”, o gerúndio expressa uma ação anterior a outra. São dois exemplos do gerúndio bem empregado.

O problema maior no emprego desta forma nominal é quando ela faz parte do conjunto “vou/vamos/vai + estar + fazendo alguma coisa”. No telefonema em questão, ouvi frases como “o senhor vai estar contribuindo”, “o mensageiro vai estar passando”, “nós vamos estar enviando”. Seria bem mais simples assim: “O senhor vai contribuir”, “O mensageiro vai passar” (ou “passará”), “Nós enviaremos” (ou “vamos enviar”).

A “gerundite” provavelmente veio de forma inglesa “I´ll be talking”, “I´ll be waiting”,  que, numa tradução literal, seria algo como “Eu vou estar conversando”, “Vou estar esperando”. Entretanto, ninguém pode esquecer que não é possível fazer “traduções” sem uma adequada adaptação ao idioma para o qual se traduz o texto ou a frase.

Pode parecer bobagem, mas esse tipo de construção, embora tenha caído no gosto de publicitários, empresários, telefonistas e atendentes, não acrescenta nada ao nosso sofrido idioma e, além disso, não encontra respaldo no próprio uso do gerúndio. Seria bom que nós evitássemos (e não que “pudéssemos estar evitando”).

Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todas as quintas-feiras. E-mail: menelaujr@uol.com.br

Fernando Bezerra Coelho participa de plenária com formadores de opinião

O pré-candidato ao Senado pela Frente Popular, Fernando Bezerra Coelho
(PSB), participou de uma plenária com cientistas, empresários, acadêmicos e
intelectuais pernambucanos. O encontro, realizado na segunda (27) à noite
no Recife, reuniu ainda os pré-candidatos a governador e vice, Paulo Câmara
(PSB) e Raul Henry (PMDB). O prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB),
coordenou a agenda, que reuniu mais de 300 pessoas, incluindo nomes como a
economista Tânia Bacelar, os professores Cláudio Marinho e José Luiz Rattón
e o ambientalista Sérgio Xavier.

“É extremamente positivo ouvir pessoas que tanto contribuem para a nossa
formação. Aqui temos gente apta para debater os mais variados assuntos,
sempre com um olhar voltado para o futuro. Precisamos resolver os problemas
de hoje, é verdade, mas Pernambuco precisa planejar o futuro, discutir
alternativas, planejar os próximos anos. Esta reunião foi um passo
importante nesta direção”, disse Fernando Bezerra.

Ao final da plenária ficou definido que seria formado um núcleo de produção
de conteúdo, gerenciado pelo secretário recifense de Desenvolvimento e
Planejamento Urbano,  Antônio Alexandre. Ele coordenou em 2012 o programa
de governo do então candidato Geraldo Júlio e hoje está à frente do
programa de Paulo Câmara.

Dilma: “Considero fundamental a eleição de Armando em Pernambuco”

Durante almoço com toda a bancada do PTB no Congresso Nacional, nesta quarta-feira (21), na sede do partido, em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff defendeu a eleição do senador Armando Monteiro (PTB-PE) a governador de Pernambuco. O almoço foi realizado para a formalização do apoio dos petebistas à reeleição da presidenta.

Após elogiar a atuação da bancada na Câmara e no Senado, Dilma Rousseff fez questão enaltecer a importância da candidatura de Armando. “Considero fundamental a eleição do Armando Monteiro em Pernambuco. Ele pode contar, e ele sabe disso, com todos nós, porque ele representa um processo muito importante e positivo para Pernambuco”, afirmou Dilma.

A presidente foi até a sede do PTB para receber a posição oficial do partido. Foi um encontro para reafirmar que é importante ter o partido na aliança. Dilma destacou a importância dos quadros do partido, de ter os parlamentares ao seu lado e especialmente a aliança em Pernambuco, onde os petebistas têm a única  candidatura  a governador no Brasil.

Artigo: O político contra o Estadista

Por Dimitre Bezerra 

Em recente entrevista divulgada no site da portuguesa RTP no último domingo, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “não houve mensalão” e que o julgamento da Ação Penal nº 470 (alcunhada de ação do mensalão) “teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica”.

Trata-se de uma postura descabida para um ex-Presidente da República. O político está a manchar a biografia do Estadista.

É inquestionável que durante o governo Lula o Brasil teve os avanços mais significativos da sua história, sobretudo na área social. Esse é o legado que deveria ser preservado na História.

Negar a existência do esquema para compra de apoio parlamentar no Congresso Nacional, devidamente esmiuçado na Ação Penal nº 470 por parte do Supremo Tribunal Federal é uma afronta aquela Corte Suprema, ao povo brasileiro, a democracia e a própria biografia do ex-Presidente.

Falar em decisão política é totalmente descabido.

O Excelso Pretório é um tribunal civil cuja composição tem seu rito estabelecido no art. 101 da Constituição Federal de 1988, sendo os Ministros indicados privativamente pela Presidência da República e aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal, dentre cidadãos brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

Indubitavelmente não se trata de um tribunal de exceção para um julgamento político. As regras processuais penais cabíveis foram devidamente observadas na condução da Ação Penal nº 470, sendo assegurada aos réus a observância dos Princípios Constitucionais da Ampla Defesa, do Contraditório e do due processo of law. Não há no que se falar em julgamento político.

Ainda é interessante lembrar que da atual composição do Supremo Tribunal Federal nada menos que 8 (oito) Ministros foram indicados pelas gestões do Partido dos Trabalhadores (Lula indicou Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Dias Toffoli, e ainda, Dilma indicou Rosa Weber, Teori Albino Zavascki, Luiz Fux e Roberto Barroso), além das indicações pretéritas dos ex-Presidentes José Sarney (Celso de Mello), Fernando Collor (Marco Aurélio de Mello) e Fernando Henrique Cardoso (Gilmar Mendes).

Talvez a postura pouco serena do Ministro Joaquim Barbosa (Presidente do STF) e relator da ação do mensalão, cujos arroubos por certo podem ter sido impulsionados pela exposição midiática do julgamento, poderia ser objeto de uma censura, nunca de um questionamento quando a lisura.

As declarações do ex-Presidente Lula fazem apequenar sua biografia escrita em cima do seu grande legado.

Dimitre Bezerra é advogado 

Artigo: Corretores de imóveis: respeitem as regras

Por Alexandre Barbosa Maciel

A profissão de corretor de imóveis é regulamentada por lei federal que estabelece que apenas os inscritos nos conselhos regionais de corretores de imóveis podem realizar com habitualidade as diversas formas de intermediações imobiliárias.

Essa é a primeira e mais importante regra que devemos respeitar, mas muitas outras existem para assegurar aos envolvidos numa transação imobiliária, vendedores e compradores, locadores e locatários ou permutantes, além dos próprios corretores de imóveis, é claro, de que nada errado aconteça.

Duas regras básicas que devem ser observadas obrigatoriamente são a contratação dos serviços por escrito e o respeito à tabela de honorários homologada pelo Creci do regional onde o corretor de imóveis está inscrito. Essas regras evitam desinteligências entre o contratante e o contratado e o aviltamento da atividade.

Outras regras de observação obrigatória são determinadas pelas resoluções emitidas pelo Cofeci. Estas normas de caráter administrativo que tem o mister de regulamentar a atividade, surgem a partir da observação da rotina profissional e são confeccionadas com base em discussões entre os conselheiros federais. São normas que visam valorizar a atividade e os profissionais da corretagem.

Uma das resoluções mais importantes para os corretores de imóveis é a 326/92 que institui o nosso código de ética profissional. Nela estão contidos os procedimentos e comportamentos que devem respeitados ou evitados por todos os corretores, em relação ao mercado, às instituições, aos clientes e aos colegas para o sucesso nos negócios e na carreira.

Porém alguns paradigmas são criados na cabeça do corretor, muitos desses ainda no processo de formação ou mesmo durante a carreira, que atrapalham o desempenho do profissional que adota esses conceitos. Quem aborda esse assunto muito bem é o palestrante capixaba Guilherme Machado com as suas palestras que instigam o corretor a sair da zona de conforto sem, no entanto desrespeitar os limites éticos e morais que envolvem a nossa profissão.

Ele provoca aos corretores que busquem romper com os paradigmas e preconceitos, como os de que a profissão é moleza, de que vai ficar milionário da noite para o dia, ou que o mercado está ruim, que os clientes sumiram e que há bolha imobiliária no Brasil.

Corretores que conhecem e respeitam as normas são reconhecidos pelo mercado como confiáveis e recebem muitas indicações da sua clientela, esteja como estiver o mercado.

Alexandre Barbosa Maciel – ABM Negócios Imobiliários 

Opinião: A morte do país de Caruaru

Durante o fato acontecido da derrubada do Relógio, fiquei pesquisando o que foi circulando nas diversas falas tais como: Dr. Emanuel Leite, os memoristas da cidade, os historiadores, os analistas políticos, os jornalistas, os que foram se colocando contra ou a favor, os órgãos responsáveis pelo poder público municipal, e por ai fui.

Confesso que fazer uma análise dos discursos nesse momento é tarefa quase impossível. São muitas arbitrariedades, falta de respeito com o cidadão de 73 anos, que foi empurrado, detido e humilhado. São muitas versões, defesas e ataques. Quero afirmar que respeito todas as falas e opiniões, porém não concordo com muitas versões e por isso trago a minha.

Mundialmente a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) é o órgão responsável pela definição e regras de proteção e patrimônio. No Brasil existe o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), atuando na proteção e preservação cultural. Duas entidades que poderiam ter sido consultadas nesse caso.

Vale aqui trazer uma definição da palavra Patrimônio “Patrimônio Histórico pode ser definido como um bem material, natural ou imóvel que possui significado e importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade, tudo que tem um vinculo afetivo, histórico é considerado patrimônio”.  Será que o nosso relógio não é contemplado nessa definição?

A “estória” que o poder público, tenta, passar para sociedade é que o relógio era feio, velho, que não correspondia aos padrões de renovação ou modernidade; que ele causava poluição visual; que o relógio era um equipamento publicitário, utilizando o espaço público no privado; que a requalificação do espaço precisa se adaptar ao novo conceito mundial.

Essas respostas estão sem critério e sem musculatura nenhuma a meu ver, até porque em nossa cidade, alguns, espaços públicos são utilizados para o privado, basta apenas citar os estacionamentos da feira de artesanato, da sulanca, do parque 18 de maio, da Rua 15 de novembro, o espaço da estação ferroviária, as campanhas em período natalino quando as empresas “adotam um poste” e colocam suas marcas, além da propaganda na ponte ‘Irmã Gerônima’, entre tantas outras, e aqui nada contra as marcas, as empresas e seus empresários, estamos refletindo Espaços Públicos!

O relógio da Rua da Matriz, ponto tradicional da cidade, existia desde 1969. O relógio não era apenas uma máquina e sim um monumento que marcava o tempo, um equipamento para além do simples ato de saber da hora. Significava ponto de referência, orientando e marcando o tempo e seus desafios. A concepção de melhor aproveitar aquele espaço e que com o relógio precisava de outros olhares, concordo plenamente. O próprio Dr. Emanuel Leite já estava convencido disso. Mas, a forma que foi “PENSADA” e “EXECUTADA” a demolição fere, agride, humilha e nos desafia o sentimento de indignação humana e política.

Em Caruaru o desrespeito com a memória e a política de demolir os bens públicos vem se apresentando como uma prática “normal”! Na década de 1960 foi demolido o Museu de Arte Popular para se fazer o prédio da Prefeitura, na mesma época a derrubada da Igreja de Nossa Senhora das Dores(Igreja da Matriz), construída em 1848, no mesmo tempo foi retirado o espaço de convivência do jardim Siqueira Campos. Para os mais saudosistas o 1° grupo escolar Joaquim Nabuco de 1895 que funcionava na Rua Sergio Loreto(Praça do Rosário) também foi demolido,  depois veio abaixo o Curtume Souza Irmãos na Rua Preta, A Casa dos Maquinistas, onde hoje funciona um posto de gasolina. Depois veio ao chão a casa que nasceu os Condés, na Rua da Matriz, dando espaço a uma farmácia; o antigo mercado de carne perdeu a sua referência; em 1993 o pavilhão Central da Caruá foi demolido; entre tantos outros espaços.

Recentemente assistimos o trator da tirania e da demolição passar em nossa frente com a retirada do Muro da Estação Ferroviária, depois em 2011 a derrubada da Vila do Forró, a derrubada da mansão onde funcionou a Prefeitura, a Faculdade de Direito de Caruaru e a Clínica Psiquiátrica de Dr. Veloso, dando espaço para um estacionamento privado para uma rede de supermercado. E agora na calada da noite a derrubada do Relógio na Rua da Matriz.

Assim, fico a me perguntar, cadê a participação popular nessas discussões? Cadê o poder legislativo que não propõe abrir o debate na elaboração das leis ou chamar para audiência pública sobre preservação e patrimônio? Cadê os representantes dos clubes sociais como: Rotary, Lions entre outras entidades que não são ouvidas e não se posicionam? Temos em Caruaru entidades e pessoas responsáveis que precisam ser ouvidas, tais como; Instituto Histórico, ACACCIL, Sindicatos e associações que merecem participar do processo de construção, preservação, e não se procura ninguém? Algo está fora de prumo não é!

Lembro-me que na construção do Shopping Difusora no começo dos anos 2000, existia a idéia de derrubar o prédio. Ai entre em campo a força tarefa dos artistas em manter viva a história da primeira rádio AM em Caruaru. Depois de muito debate e participação popular, foi determinado pelo proprietário da área Luciano da AVIL, que faria a construção do shopping, mas preservaria o espaço, uma realidade entre o novo e a tradição, convivendo lado a lado sem perder a estética, a beleza e a cultura.

Ainda temos alguns espaços e prédios para se preservar e que merece toda atenção tais como; o prédio do Hospital São Sebastião, o prédio da FAFICA, da ASCES, algumas casas históricas na Rua da Matriz e na Rua 15 de Novembro, o prédio do Convento dos Capuchinhos, algumas fachadas de casas com arquiteturas européias históricas que ainda permanecem de pé vigiando o tempo e seus desafios.  Se for antigo porque não tem mais valor ou porque é velho, será que é preciso derrubar esses prédios? Ou preservar e adaptar as novas formas de instalações e conceitos?

Outra contradição da atual gestão, no que se diz respeito à derrubada e a não preservação do nosso patrimônio, foi na reinauguração da Praça do Rosário. A prefeitura deixou uma ‘Bomba de gasolina’, simbolizando que naquele lugar funcionou um posto! Sim um posto de gasolina? E ai será que o nosso relógio na Rua da Matriz, não merecia ser retirado e ter sido levado para outro espaço de melhor convivência? Essa não seria uma das tantas alternativas e talvez mais viável?

Eita! Ainda há quem pense que o “País de Caruaru”, como bem disse o escritor Nelson Barbalho, está se transformando em vila, depois lugarejo e no final, rodeados de casas.

E só para trazer mais uma reflexão, na Europa se preserva o passado em todos os aspectos, é política real. Até os cemitérios por lá são motivos de visitação e espaços turísticos. Aqui não se respeita os vivos quem dirá os mortos.

 

Hérlon Cavalcanti é jornalista e escritor.

PIB e a segunda Revolução Verde

Por :Eduardo Daher

Ao se festejar a recuperação da economia em 2013,
é oportuno refletir sobre o papel decisivo da produção agropecuária
para crescimento do País.

No ano passado, a economia brasileira cresceu 2,3%. O anúncio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, nesta quinta-feira, 27, deram imediato combustível para declarações entusiasmadas das autoridades governamentais e, de outro lado, considerações mais cautelosas de líderes da oposição.

Como lembrou bem a nota oficial da Central Única dos Trabalhadores, o resultado superou o desempenho de países desenvolvidos em 2013, como Estados Unidos e do Reino Unido, que cresceram 1,9%; maior do que o crescimento do PIB da Alemanha, que ficou em 0,4%, maior do que o do Japão, que cresceu 1,6%, e bem melhor do que nos países da Zona do Euro, onde a economia encolheu 0,4%. Já na leitura do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, “o desempenho brasileiro é, no acumulado de três anos, o menor entre as principais economias emergentes”. De todo modo, o fato que qualquer das frentes políticas hão de concordar é a participação vital para a economia do País, do seu competitivo agronegócio.
Entre os setores da economia que contribuíram para a alta, o destaque foi, mais uma vez, a agropecuária, com a impressionante alta de 7% sobre o ano passado. O setor de Serviços teve alta de 2% e a Indústria 1,3%. O crescimento em volume do valor adicionado da agropecuária decorreu do comportamento de várias culturas importantes da lavoura que registraram aumento na estimativa anual de produção e ganhos de produtividade, com destaque para soja (24,3%), cana de açúcar (10%), milho (13%) e trigo (30,4%).

Em 2012, o país não resistiu mais aos efeitos deletérios da recessão, e amargou o magro PIB de 0,9%. Se a economia brasileira praticamente estagnou, 2012 foi mais um ano em que o agronegócio carregou nos ombros a balança comercial do País. Em 2013, alavancou a possível retomada do crescimento.

Na verdade, a contribuição do campo é expressiva mesmo quando se traça uma linha do tempo bem mais longa. Entre 1992 e 2011, por exemplo, o saldo comercial do agronegócio cresceu 574%; o superávit continuou expressivo mesmo entre 1995 e 2000, quando o conjunto dos demais setores foi deficitário. Portanto, ao se festejar a recuperação da economia em 2013, é necessário reafirmar, com políticas estratégicas e duradouras, o papel decisivo da produção agropecuária para crescimento do País.

Resta, aos líderes dentro do governo, e na sociedade civil como um todo, pensarem os rumos econômicos do país de modo a remover antigos entraves que ainda prejudicam a agropecuária de modo a estimular investimentos no setor – dos produtores, das instituições de pesquisa e empresas. De seu lado, esses elos do agronegócio que vêm protagonizando a segunda Revolução Verde continuarão a provar que o crescimento sustentado brasileiro passa, necessariamente, pelas modernas e competitivas lavouras do País afora.

EDUARDO DAHER é economista pela FEA-USP, pós-graduado em administração de empresas pela FGV-SP e diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal, Andef.

Jarbas lidera com folga disputa pelo Senado com 43%

Do Blog do Magno

Potencial candidato à reeleição, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) lidera com folga, hoje, a preferência do eleitorado pernambucano. Segundo pesquisa do Instituto Opinião de Campina Grande (PB), contratada com exclusividade por este blog, Jarbas teria 43,7% dos votos se as eleições fossem hoje.

Em segundo lugar viria o deputado João Paulo (PT), com 17,3%; em terceiro, o deputado Eduardo da Fonte (PP), que aparece com 11,2%; e, em último, o ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), com 5,6%.

Brancos e nulos somam 11,1% e indecisos também 11,1%.

O levantamento foi feito entre os dias 13 e 18 deste mês em 80 municípios nas diversas regiões do Estado. A margem de erro é de apenas 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Por regiões, Jarbas aparece com 41,6% na Região Metropolitana, 44,1% na Zona da Mata, 47,6% no Agreste, 47,3% no Sertão e 36,5% no Vale do São Francisco. Já João Paulo (PT), tem 24,8% no Grande Recife, 17,3% na Zona da Mata, 10,7% no Agreste, 11,5% no Sertão e 4,7% no São Francisco.

Eduardo da Fonte (PP), por sua vez, tem 11,1% na Região Metropolitana, 11,3% na Zona da Mata, 14,9% no Agreste, 9,3% no Sertão e 0,8% no São Francisco. Fernando Bezerra Coelho tem 2% na Região Metropolitana, 3,3% na Zona da Mata, 1,4% no Agreste, 11,1% no Sertão e 39,7% no São Francisco.

Jarbas tem mais votos entre os eleitores do sexo masculino – 44,8% contra 43% das mulheres. Estratificando a pesquisa, seus maiores índices de intenção de voto aparecem entre os eleitores acima de 60 anos (47%), entre os eleitores com grau de instrução da 5ª a 8ª séries (49,3%) e entre os eleitores com renda até um salário mínimo (47%).

Seus percentuais mais baixos se situam entre os eleitores jovens, na faixa etária de 16 a 24 anos (38,3%), entre os eleitores com grau de instrução superior (35,7%) e entre os eleitores com renda entre três a cinco salários mínimos (41%).

Já o deputado João Paulo tem 17,5% da preferência dos eleitores do sexo masculino e 17,1% dos eleitores do sexo feminino. Entre os eleitores de 35 a 44 anos ele tem 19,4% e entre os eleitores com grau de instrução superior 22%, enquanto 22,2% estão entre os eleitores com renda entre cinco a dez salários.

Os menores percentuais de se situam entre os eleitores jovens, na faixa etária de 16 a 24 anos (15,4%), entre os eleitores com grau de instrução da 5ª a 8ª séries (15,6%) e entre os eleitores com renda até um salário (15,3%).

Quanto ao eleitorado de Eduardo da Fonte, seus maiores percentuais se situam entre os homens – 12,1% contra 10,4% das mulheres, entre os eleitores na faixa etária de 25 a 34 anos (12,7%), entre os eleitores com grau de instrução com nível médio (12,1%) e entre os eleitores com renda entre um e três salários (12,9%).

Fernando Bezerra Coelho, por sua vez, tem 5,9% dos votos dos homens e 5,3% das mulheres. Entre os eleitores na faixa etária de 16 a 24 anos, 7,8%, entre os que têm grau de instrução até o nível médio (6,8%) e entre os que têm renda entre três a cinco salários (6,6%).

Armando lidera com 30% todos os cenários para governador

Do Blog do Magno

Faltando um ano para as eleições, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) lidera a preferência do eleitorado para governador de Pernambuco com folga em todos os cenários com uma média de 30 pontos percentuais, segundo pesquisa do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), contratada com exclusividade por este blog e realizada entre os dias 13 e 18 deste mês.

Foram aplicados dois mil questionários em 80 municípios cobrindo todas as regiões. A margem é de erro é de apenas 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Na espontânea, Armando lidera também com 2,5%. O mais citado, entretanto, é o governador Eduardo Campos com 10,6%.

Depois de Armando aparece Jarbas Vasconcelos com 1,3%, Daniel Coelho com 0,9%, Fernando Bezerra 0,5%, João Paulo 0,4%, Humberto Costa 0,3%, Eduardo da Fonte 0,2%, Geraldo Júlio 0,2%, João Lyra 0,2% e Ana Arraes 0,2%. Antônio Figueira, Paulo Rubem, Júlio Lóssio, Raul Henry, Danilo Cabral e Edilson Silva são citados por 0,1%.

No primeiro cenário, no qual foram estimulados três nomes, Armando aparece na frente com 30,7%, o segundo é Daniel Coelho (PSDB) com 17,9% e o terceiro Fernando Bezerra Coelho, que tem 9,9%. Brancos e nulos somam 17,9% e indecisos 23,6%.

No segundo cenário, o qual Fernando Bezerra é substituído pelo vice-governador João Lyra Neto (PDT), Armando sobe para 32,1%. Daniel também aumenta um ponto, passando para 18,6% e Lyra tem 8,3%, um ponto a menos em relação a Fernando Bezerra. Neste cenário, brancos e nulos representam 17,9% e indecisos 23,1%.

Já no terceiro cenário testado, no qual é incluído o nome do deputado federal João Paulo (PT), excluindo João Lyra, Armando (PTB) se mantém na frente, mas cai para 27,5%. João Paulo é o segundo com 16,8%, Daniel Coelho (PSDB) aparece em seguida com 14,9% e Fernando Bezerra é o último, com 8%. Brancos e nulos caem para 14,5% e indecisos se situam na faixa de 18,3%.

No quarto e último cenário levantado, no qual Fernando Bezerra (PSB) fica de fora, Armando (PTB) se mantém na frente com 28,6%, seguido de João Paulo (PT), com 16,5%. Daniel Coelho (PSDB) aparece com 16% e João Lyra tem apenas 6,1%. Neste cenário, brancos e nulos chegam a 15% e indecisos a 17,8%.

NÚMEROS POR REGIÃO

Com exceção da Região Metropolitana, onde aparece abaixo de Daniel Coelho (PSDB) e João Paulo (PT), Armando lidera em todas as regiões do Estado. No Grande Recife aparece com 21,4%, na Zona da Mata 37,7%, no Agreste 47,3%, no Alto Sertão 30,1% e no Sertão do Francisco 11,5%.

O tucano Daniel Coelho só se situa bem no Grande Recife, provavelmente pelo recall (disputou a eleição passada para prefeito). Aparece com 33,6%, na Zona da Mata tem 10% e nas demais regiões percentuais abaixo de 5%. Já Fernando Bezerra Coelho tem seu maior percentual na sua região de origem, o Sertão do São Francisco.

Ali, 58.4% dos eleitores consultados disseram que votariam nele. No Alto Sertão aparece com 17,7%, mas na Região Metropolitana tem apenas 2%, enquanto na Zona da Mata aparece com 3,7% e no Agreste 3,2%. O vice-governador João Lyra Neto (PDT) se situa melhor no Agreste, sua região de origem, onde aparece com 16,1%.

Mas nas demais regiões seus percentuais se reduzem bastante. Na Região Metropolitana aparece com apenas 4,3%, na Zona da Mata 6,7%, no Alto Sertão 9,7% e no Sertão do São Francisco 4,6%. O ex-prefeito João Paulo, por fim, tem seu maior trunfo a Região Metropolitana.

Ali, aparece com 24,7% das intenções de voto, mas quando entra para o Interior cai bastante. Na Zona da Mata aparece com 19,3%, no Agreste 11,5%, no Alto Sertão 4,8% e no Sertão do Francisco 1,8%.

ESTRATIFICAÇÃO

Por sexo, faixa etária, grau de instrução e renda, os maiores percentuais de Armando se situam entre os eleitores do sexo masculino (34,2% contra 27,7% das mulheres), entre os eleitores da 5ª a 8ª séries (34,7%), entre os eleitores acima de 60 anos (32%) e entre os eleitores com renda entre um e três salários (32,1%).

Seus percentuais mais baixos aparecem entre os eleitores com renda acima de 10 salários (26%), entre os eleitores na faixa de 35 a 44 anos (28,5%) e entre os eleitores com grau de instrução superior (26,3%).

Daniel Coelho, por sua vez, tem seus maiores percentuais de intenção de voto entre os homens (18% contra 17,8% das mulheres), entre os que têm renda familiar acima de 10 salários (28,4%) e entre os eleitores com grau de instrução superior (19,7%).

Seus menores índices se observam entre os que cursam até a 4ª série (12,1%), entre os que ganham até um salário mínimo (14,3%) e entre os que estão na faixa etária acima de 60 anos (14%).

Fernando Bezerra (PSB) alcança melhores percentuais entre os eleitores do sexo masculino (10,3% contra 9,5% das mulheres), entre os eleitores jovens (11,4%), entre os eleitores com grau de instrução até a 4ª série (10,9%) e entre os eleitores com renda familiar até um salário (11,3%).

Suas menores taxas se situam entre os eleitores com renda familiar acima de 10 salários (8,6%), entre os eleitores com grau de instrução superior (9%) e entre os eleitores na faixa etária acima de 60 anos (8,6%).

João Paulo, por fim, tem suas melhores taxas entre os eleitores com grau de instrução da 5ª a 8ª séries (19,3%), entre as mulheres (17,2% contra 16,3% dos homens), entre os eleitores com renda familiar entre um e três salários (18,2%) e entre os eleitores na faixa etária de 35 a 44 anos (19,2%).

Os percentuais mais baixos do petista aparecem entre os eleitores com renda familiar acima de 10 salários (11,1%), entre os eleitores com grau de instrução superior (13,5%) e entre os eleitores na faixa etária acima de 60 anos (15,4%).

João Lyra Neto lidera corrida para governador na Capital do Agreste

Deu no Blog do Magno

Levantamento produzido pelo Instituto Opinião (Campina Grande), com exclusividade para o Blog do Magno, apontou que o vice-governador João Lyra Neto (PDT) lidera as intenções de votos entre os eleitores de Caruaru para uma disputa pelo Governo de Pernambuco.

João Lyra é o candidato preferido de 38,8% dos caruaruenses entrevistados, seguido pelo senador Armando Monteiro Neto (PTB), com 16%, e do deputado federal João Paulo (PT), que registrou 6,5%.

A lista tem continuidade com o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) em quarto lugar, com 5,2%, seguido pelo ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), com 1,3%, e, por último, aparece o prefeito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB), com 1%. Brancos e nulos somam 8,7%; indecisos, 22,5%.

O vice-governador lidera entre o eleitorado masculino (41,3%), entre os que possuem de 16 a 24 anos (43,3%), com grau de instrução até a quarta série (43,5%) e com renda familiar de até um salário mínimo (43,3%).

Sua maior rejeição encontra-se entre as mulheres (37,1%), entre os que possuem idade acima dos 60 anos (30,8%), que possuem ensino superior completo (32,1%) e que recebem de três a cinco salários mínimos (35,6%).

Já Armando Monteiro aparece melhor entre o eleitorado do sexo masculino (19,1%), que possui idade entre 45 e 59 anos (23,6%), com ensino superior completo (21%) e mantém o índice entre os que recebem de um a três, de três a cinco e acima de cinco salários mínimos (16,7%).

Os índices caem entre as mulheres (13,5%), entre eleitores na faixa etária de 25 a 34 anos (11,2%), que estudaram até a quarta série (13,2%) e que recebem até um salário mínimo (12,5%).

O Instituto Opinião ouviu 600 eleitores caruaruenses entre os dias 3 e 4 de agosto. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.