Aécio Neves vem a Pernambuco no sábado

O governador eleitor de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se reuniu nesta quinta com os presidentes estaduais do PSB, Sileno Guedes, e do PSDB, deputado federal Bruno Araújo, para definir a agenda da visita do candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), ao Estado, neste sábado .

Pela programação acertada, Aécio começará sua vinda a Pernambuco às 9h, com uma visita a bairros da Zona Norte do Recife. Às 11h, o tucano participará, no Clube Internacional do Recife, de um encontro com lideranças da Frente Popular. De lá, às 13h, Aécio Neves fará uma visita a Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos.

Às 16h, o presidenciável do PSDB participa de caminhada, seguida de comício, em Sirinhaém, município da Zona da Mata Sul, onde Marina Silva teve o maior percentual de votos no Brasil: 74,19%.

O governador eleito Paulo Câmara destacou a importância política e histórica da Mata Sul. “A Zona da Mata de Pernambuco tem uma tradição de lutas sociais, que vem das décadas de 1950 e 1960, com as Ligas Camponesas e o Acordo do Campo, promovidos por Doutor Miguel Arraes em 1963”, lembrou Câmara.

AGENDA DE AÉCIO NEVES EM PERNAMBUCO

9h – Visita a bairros da Zona Norte do Recife
11h – Encontro com lideranças políticas da Frente Popular de Pernambuco, no Clube Internacional do Recife
13h – Visita a Renata Campos
16h – Caminhada seguida de comício em Serinhaém.

Dilma e Lula vão intensificar campanha em Pernambuco

Segundo maior colégio eleitoral do Nordeste e fundamental para a vitória de Dilma Rousseff no 2º turno das eleições, Pernambuco virou um dos principais centros de atenção do PT nessa disputa. O líder do partido no Senado e coordenador estadual da reeleição de Dilma, Humberto Costa, passou esta quarta-feira (8) em reunião em Brasília para acertar a retomada da campanha presidencial no Estado.foto

Humberto reuniu-se com a executiva nacional do partido, num encontro onde foram repassados os resultados nacionais das eleições e discutidas novas estratégias para os 26 Estados e o Distrito Federal. Em Pernambuco, o senador relatou as vitórias expressivas de Dilma no Sertão e no Agreste, à exceção de alguns municípios como Caruaru, e ressaltou que as ações serão intensificadas na Zona da Mata e Recife e Região Metropolitana, onde a presidenta teve menos votos que a candidata derrotada Marina Silva (PSB).

No início da noite, o líder do PT esteve na sede do comitê eleitoral para um encontro com o comando da campanha. “A coordenação nacional está absolutamente convencida do peso simbólico e político de Pernambuco. Há uma total disposição para que Dilma e Lula, nesses pouco mais de 15 dias que nos separam do 2º turno, intensifiquem a campanha no Estado, visitando Pernambuco mais de uma vez”, afirmou Humberto.

Terra natal do ex-presidente Lula, Pernambuco deu a Dilma 44,22% dos votos válidos no último dia 5, enquanto Marina Silva, candidata do Governo do Estado, teve 48,05%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, que disputará com Dilma o 2º turno, ficou com apenas 5,92%. “Temos certeza de que, agora, com um outro cenário, os pernambucanos estarão massivamente com Lula e Dilma por tudo o que os dois fizeram pelo nosso Estado. Nossa meta é conquistar entre 60% e 70% dos votos em Pernambuco”, calcula Humberto.

A tendência é apoiar Aécio, diz presidente do PSB-PE

Do Estadão Conteúdo

A decisão de Marina Silva em apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da disputa presidencial deverá contar com o apoio do PSB de Pernambuco, reduto eleitoral do ex-governador Eduardo Campos.

As conversas entre os integrantes do diretório estadual se aceleraram nesta segunda-feira (6) por meio de telefonemas e encontros realizados após a sinalização de que Marina, terceira colocada no primeiro turno presidencial, também irá apoiar os tucanos nesta reta final.

“A tendência forte é de apoiar Aécio Neves”, afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. Segundo ele o partido foi procurado pela presidente Dilma Rousseff (PT) e por Aécio Neves, que ligaram para o governador eleito no Estado, Paulo Câmara (PSB).

Apesar do corpo a corpo feito pela presidente Dilma, pesa na avaliação dos integrantes do partido no Estado uma decisão anterior de se posicionar como oposição ao atual governo e aos ataques realizados pelo PT contra Marina durante o primeiro turno da disputa presidencial.

“A tendência é por conta de todo o processo eleitoral, como o PSB se colocou nesse processo em relação ao governo Dilma. E também a leitura que o PSB fez da desconstrução que a presidente Dilma fez de tudo que se conseguiu avançar no País hoje. É complicado a gente ir com ela”, ressaltou o dirigente.

“Não é que o Aécio seja o nosso candidats dos sonhos. Tanto é que apresentamos uma alternativa para acabar com essa polarização. Mas vale dizer que esse deverá ser o encaminhamento de Pernambuco. Temos que aguardar o encaminhamento do PSB enquanto nacional”, acrescentou.

A executiva nacional do partido se reúne amanhã, em Brasília, para anunciar o apoio formal a um dos candidatos que disputam o segundo turno da corrida pelo Palácio do Planalto.

Um apoio em Pernambuco do PSB será estratégico para Aécio no Estado em que o grupo de Eduardo Campos conquistou os principais cargos nesta eleição numa disputa direta com PT. Entre eles o governo de Pernambuco, com Câmara, uma vaga ao Senado, com Fernando Bezerra (PSB), e oito cadeiras na Câmara dos Deputados. No Estado natal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT não conseguiu assegurar nenhuma vaga para o Congresso Nacional.

Além disso, um apoio do grupo de Eduardo Campos aos tucanos poderá diminuir a enorme distância de votos que separou Aécio e Dilma em Pernambuco. No primeiro turno, o tucano conseguiu apenas 5,9% dos votos no Estado. Marina Silva foi a vitoriosa com 48% contra 44,2% da presidente Dilma Rousseff (PT). “Se essa for a decisão final, vamos sair nas ruas para fazer campanha do Aécio”, assegurou Sileno Guedes.

Alunos conhecem Suape através do projeto Horizonte Profissional

No decorrer desta semana, 06 a 10 de outubro, cerca de 530 alunos de escolas públicas do Agreste (São Joaquim do Monte e Brejão) e do Sertão (Serra Talhada, Serrita, Sertânia, Solidão, São Jose do Egito, Afogados da Ingazeira e Tabira) conhecerão o Complexo Industrial Portuário de Suape através do projeto Horizonte Profissional. O projeto contempla alunos de ensino médio de escolas de referência e técnicas da rede estadual, e tem a finalidade de apresentar aos jovens as oportunidades de trabalho de Suape.

Durante a visita, que acontece sempre no período da tarde, os grupos recebem informações sobre profissionalização e mercado de trabalho, e ainda participam de palestra institucional. Em seguida, percorrem o Centro Administrativo e o Centro de Treinamento do complexo, onde conhecem de perto as oportunidades diretas e indiretas de trabalho relacionadas às atividades portuárias.

O PROJETO – Criado pela Setur-PE/ Empetur, em março de 2011, o Horizonte Profissional é uma grande oportunidade para os jovens que vão iniciar uma carreira, assim como uma boa maneira de pensar no aproveitamento da mão de obra local e qualificada. A ação é realizada em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Suape. Durante as três primeiras edições, mais de 16 mil estudantes dos municípios de Pernambuco estiveram no Complexo. A perspectiva do Projeto Horizonte Profissional para 2014 é de atender 12.200 estudantes e 530 professores.

Paulo Câmara tem maior vitória do país

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O socialista obteve 68,09% dos votos e 1, 6 milhão à frente do segundo colocado. ” Credito esta vitória à consciência do povo pernambucano de que a forma de governar que Eduardo Campos e a Frente Popular implantaram no Estado é a correta. O modelo que olha para os que mais precisam, escuta a população, é transparente e entrega resultados.”, disse o governador eleito Paulo Câmara (PSB).

Ele conquistou a maior vitória entre todos os estados brasileiros, impondo sobre seu adversário uma vantagem de mais de 1,6 milhão de votos. O socialista concedeu entrevista coletiva na noite deste domingo, no Recife Monte Hotel, em Boa Viagem, para falar do resultado que confirmou sua missão de, a partir de janeiro de 2015, levar adiante as transformações iniciadas em Pernambuco pelo ex-governador Eduardo Campos.

Paulo estava acompanhado de seus companheiros de chapa majoritária: o vice, Raul Henry (PMDB), e Fernando Bezerra Coelho (PSB), que também foi eleito neste domingo para o Senado. Ao lado do candidato vitorioso também estavam o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), os filhos e a viúva de Eduardo, Renata Campos, o presidente do PSB Estadual, Sileno Guedes, e outras lideranças da Frente Popular.

“Quero dizer ao povo de Pernambuco que conte comigo, com Fernando, Raul e toda Frente Popular. Vamos continuar essa caminhada iniciada em 2007 e vamos levá-la a muitos outros avanços. Pernambuco terá um governador que é um servidor público de vocação e que trabalhará para melhorar a qualidade de vida de todos”, garantiu Paulo, prometendo “pegar no serviço”, como ensinava Eduardo.

Paulo lembrou a tristeza de não ter mais o ex-governador Eduardo Campos entre nós, mas voltou a afirmar que honrará o legado do líder. “Convivi com Eduardo por mais de 20 anos e participei de seu Governo do primeiro ao último dia. Ele fará muita falta, mas aprendi muito com ele e vou fazer o que me pediu, quando me convidou para assumir esta missão: cuidar do povo pernambucano”, disse o governador eleito.

Fernando Bezerra, por sua vez, apontou a dimensão da vitória do companheiro. “Eu sempre disse que quanto mais votos Paulo tivesse, mais líder ele seria. A vitória que ele teve confirmou isso. Ele é o meu líder. E o de todos nós”, afirmou o futuro senador, que por sua vez impôs uma vantagem de mais de 1 milhão de votos sobre o principal adversário, com 64,36% dos votos válidos.

Saiba quem são os federais eleitos

Confira a relação dos deputados federais eleitos no Estado. Wolney Queiroz (PDT) conseguiu se reeleger com mais de 86 mil votos.

Eduardo da Fonte (PP) – 283.549 votos

Pastor Eurico (PSB) – 233.736

Jarbas (PMDB) – 227.461

Felipe Carreras (PSB) – 187.347

Anderson Ferreira (PR) – 150.557

Daniel Coelho (PSDB) – 138.812

Bruno Araújo (PSDB) – 131.764

João Fernando Coutinho (PSB) – 120.052

Sebastião Oliveira (PR) – 115.345

Danilo Cabral (PSB) – 113.583

Fernando Filho (PSB) – 112.491

Sílvio Costa (PSC) – 103.446

Tadeu Alencar (PSB) – 102.252

Gonzaga Patriota (PSB) – 101.248

André de Paula (PSD) – 100.869

Adalberto Cavalcanti (PTB) – 99.849

Marinaldo Rosendo (PSB) – 97.359

Betinho (PSDB) – 97.189

Zeca Cavalcanti (PTB) – 96.989

Ricardo Teobaldo (PTB) – 92.256

Mendonça Filho (DEM) – 88.248

Wolney Queiroz (PDT) – 86.715

Jorge Côrte Real (PTB) – 85.434

Luciana Santos (PCdoB) – 85.052

Kaio Maniçoba (PHS) – 28.214

Deputados estaduais eleitos

Veja abaixo a lista dos 49 deputados estaduais eleitos em Pernambuco. Laura Gomes (PSB) e Demóstenes Veras (Pros) não entraram por pouco.

Pastor Cleiton Collins (PP) – 216.873 votos

Presbítero Adalto Santos (PSB) – 158.862

Raquel Lyra (PSB) – 80.878

André Ferreira (PMDB) – 74.448

Simone Santana (PSB) – 73.178

Guilherme Uchôa (PDT) – 69.776

Sílvio Costa Filho (PTB) – 67.787

Joaquim Lira (PSD) – 67.584

Rodrigo Novaes (PSD) – 64.274

Alberto Feitosa (PR) – 62.326

Odacy Amorim (PT) – 61.723

Nilton Mota (PSB) – 60.780

Lucas Ramos (PSB) – 58.479

Waldemar Borges (PSB) – 57.537

Miguel Coelho (PSB) – 55.165

Manoel Santos (PT) – 55.112

Francismar (PSB) – 53.015

Eriberto Medeiros (PTC) – 52.381

Lula Cabral (PSB) – 50.885

Henrique Queiroz (PR) – 50.881

Bispo Ossesio Silva (PRB) – 49.990

Vinícius Labanca (PSB) – 49.445

Clodoaldo Magalhães (PSB) – 48.729

Claudiano Filho (PSDB) – 48.353

Aluisio Lessa (PSB) – 48.162

Priscila Krause (DEM) – 47.826

Júlio Cavalcanti (PTB) – 47.683

Aglailson Junior (PSB) – 44.777

Diogo Moraes (PSB) – 44.560

Álvaro Porto (PTB) – 44.203

Rogério Leão (PR) – 43.787

José Humberto Cavalcanti (PTB) – 43.600

Ângelo Ferreira (PSB) – 42.640

Tony Gel (PMDB) – 42.152

Romário (PTB) – 42.111

Socorro Pimentel (PSL) – 42.101

Pedro Serafim Neto (PDT) – 41.404

Ricardo Costa (PMDB) – 41.140

Teresa Leitão (PT) – 38.468

Roberta Arraes (PSB) – 38.030

Augusto César (PTB) – 37.168

Edilson Silva (PSOL) – 30.435

Eduino (PHS) – 30.114

Zé Maurício (PP) – 27.815

João Eudes (PRP) – 27.658

Dr. Valdi (PP) – 25.549

Beto Accioly (SD) – 24.784

Professor Lupércio (SD) – 24.739

Everaldo Cabral (PP) – 20.062

Soldado Joel da Harpa (Pros) – 19.794

Paulo Câmara derrota Armando, Lula e Dilma em Pernambuco

Do Blog de Jamildo

O candidato do PSB, Paulo Câmara, foi eleito neste domingo (5) o novo governador de Pernambuco, derrotando o candidato do PTB e PT Armando Monteiro Neto. Com a ajuda do governador Eduardo Campos, Paulo Câmara bateu ainda o ex-presidente Lula e a presidente Dilma, que estiveram no guia eleitoral pedindo votos contra o socialista. Com 82,50% das urnas apuradas, já é possível constatar a vitória do socialista.

Na primeira fase da campanha, as intenções de votos de Paulo Câmara situavam-se em patamares baixos, cerca de 10%, na média, de acordo com diversos institutos de pesquisa. O candidato Paulo Câmara, após a morte do ex-governador Eduardo Campos, vivenciou um rápido e contínuo crescimento, a ponto de ultrapassar seu principal oponente no início de setembro e, desde então, manter-se sempre à frente.

DOIS RAIOS EM UM MESMO LOCAL
A vitória era dada como favas contadas pelos socialistas, desde 2010, quando o ex-governador Eduardo Campos obteve a reeleição para o governo do Estado, sobre o então rival Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Antes mesmo de emplacar um aliado na capital pernambucana, em 2012, o governador Eduardo Campos já estava empenhado pessoalmente em provar que dois raios podem cair em um mesmo lugar. A reaproximação com senador Jarbas Vasconcelos foi um dos passos mais importantes. A vaga de vice na coligação, entregue ao deputado federal Raul Henry, foi acordada nesta época.

Já de olho nas eleições nacionais deste ano, o ex-governador fechou um acordo com o PMDB para a disputa da Prefeitura da Cidade do Recife, não apenas com o objetivo de isolar mais ainda o PT no Recife, mas também com o objetivo de contar com a ajuda de Jarbas no plano nacional, atraindo o PMDB não alinhado ao governo Dilma.

Com base em pesquisas internas, Eduardo Campos apostava que o pernambucano queria avançar nas conquistas acumuladas nos últimos anos. De fato, havia uma percepção popular de que Eduardo Campos transformou o Estado. Só faltava ungir o escolhido. Aliados históricos e cristãos novos no PSB se apresentaram para a missão. O atual governador, João Lyra, chegou a mudar de partido, do PDT para o PSB, para pleitear a indicação.

O ex-secretário da Fazenda de Eduardo Campos, com passagem pela Administração e Turismo, como uma espécie de curinga da gestão, foi escolhido por ser jovem e não ter nada em seu currículo que o desabonasse. Eduardo dizia que os movimentos de julho de 2013 eram a confirmação de que a população almejava renovação, não apenas da gestão, mas também dos quadros políticos. Em comum com Geraldo Júlio, Paulo Câmara era um técnico sem experiência política tradicional.Os adversários de Eduardo Campos acusavam-no de tentar maquiar o novo coronelismo, criou um eufemismo para a estratégia e a chamou de nova política.Para formar o próprio time e não correr o risco de ser traído, investiria em técnicos. O objetivo seria eleger os afilhados e permanecer no comando.

Na cabeça do ex-governador, a repetição da estratégia para conquista do Recife pelo aliado socialista era possível em função do esgotamento do ciclo do PT, especialmente depois das brigas internas do PT na capital. Para se diferenciar, os socialistas adotaram desde sempre o discurso de que não perderiam tempo com as rinhas políticas e fariam uma gestão de resultados, agradando a classe média com a entrega de obras e mais cuidados com a cidade.

O mantra da aposentadoria forçada das velhas raposas políticas era a tradução desta estratégia eleitoral. No plano prático, os marqueteiros dispunham de pesquisas mostrando que as pessoas queriam votar em alguém indicado por Eduardo Campos, qualquer que fosse o nome. A escolha de Paulo Câmara ‘envelheceria’, comparativamente, ainda mais o opositor Armando Monteiro Neto.

Nesta altura do campeonato, Armando Monteiro Neto despontava nas pesquisas com mais de 40% das intenções de voto. Eduardo Campos dizia que, estabelecido os palanques, quem estava com quem na disputa política, a situação seria outra.

O exemplo da tese socialista era a eleição municipal no Recife. Eleito em 2010 no palanque de Eduardo Campos, o então candidato a prefeito do PT no Recife em 2012, Humberto Costa, saiu nas frentes nas pesquisas e tinha mais de 40% das intenções de voto. Boa parte desta montanha de votos era recall. O então governador afirmava que pelo menos metade do latifúndio era dele, uma vez que nos últimos anos o petista havia disputado eleições em seu palanque. Quando as urnas foram contadas, Humberto Costa acabou a eleição com 17% dos votos.

“Todos sabiam que quando Pernambuco começasse a descobrir as diferenças iria estourar a bolha que levou o adversário a começar na frente. Foi um sonho que durou três dias. O adversário na verdade só esteve à frente das pesquisas no começo do jogo, quando estava jogando sozinho e Pernambuco ainda não conhecia Paulo Câmara e, portanto, ainda não tinha percebido o que cada candidatura significava. A campanha tratou de colocar os pingos nos is”, avalia Waldemar Borges, líder do governo do PSB na Assembleia Legislativa.

“Todos que não têm a cabeça presa à velha política previam essa lógica. Paulo Câmara representa um projeto exitoso em execução no Estado, tem a mais ampla e sólida base de apoio social e política, é melhor preparado e bem sucedido e experiente em gestão pública e não poderia perder para um adversário que não reúne nenhum desses requisitos?”

No final de agosto, o publicitário Marcelo Teixeira, da empresa Markplan, comentando o resultado do Ibope para o governo do Estado, divulgado pela Globo e Estadão, já cantava a pedra em entrevista exclusiva ao Blog de Jamildo. O levantamento mostrava uma evolução do socialista Paulo Câmara e uma queda do petebista.

“O problema é que Armando Monteiro está no lugar errado. Ele não tem perfil para ser candidato pelo PT”, avalia. Nos bastidores de uma entrevista na CBN, Armando Monteiro chegou a comentar comigo que não era o PT.

“Qualquer marqueteiro ou cientista político, por mais parcial que seja, saberia que esta overdose de exposição do funeral do ex-governador Eduardo Campos, inclusive transmitida ao vivo pelas TVs e rádios de nosso Estado, iria antecipar o crescimento do Candido do PSB”, justificou, na época o deputado federal Silvio Costa, aliado de Armando Monteiro Neto.

O marqueteiro Marcelo Teixeira antecipou outros motivos para antecipar a derrota. “Como um acidente de avião, a queda de um candidato nunca tem um fator isolado. É uma série de fatores. Paulo Câmara tem mais estrutura de campanha, com mais candidatos proporcionais, tem uma comunicação melhor, além de ser o nome do ex-candidato a presidente da República Eduardo Campos. Depois da morte de Campos, agora Paulo Câmara é o candidato de Marina e Aécio. De todos os governadores vivos, entre outros motivos”, diz.

AJUDA DE GERALDO JÚLIO
A bem avaliada gestão do prefeito Geraldo Júlio no Recife também ajudou Paulo Câmara. Não por outro motivo, além de coordenador da campanha, Geraldo Júlio foi escalado para desconstruir Armando Monteiro Neto, sempre com os ataques mais duros. A ele coube também o papel de colar em armando Monteiro a pecha de anti-Eduardo, visando elevar a sua rejeição. “Vamos desmascará-lo”, dizia, logo no início da campanha, quando o petebista sugeriu um pacto para que os cavaletes de propaganda não fossem usados no Recife, para ajudar a mobilidade. Os socialistas disseram que tratava-se de uma farsa, para esconder o palanque, para não ter que mostrar o palanque.

Paulo Câmara se fez acompanhar do prefeito Geraldo Julio (PSB) porque o Recife e a Região Metropolitana do Recife representam mais de 40% dos votos do Estado. “Foi um erro estratégico de João Paulo ter, em 2012, optado por não defender a reeleição de João da Costa. Com isto, o PSB se fortaleceu no Recife”, relembrou o cientista Adriano Oliveira, coordenador das pesquisas da Nassau, em artigo nesta semana.

AJUDA DE MARINA
Logo após a morte de Eduardo Campos, o candidato socialista também foi ajudado pelo forte crescimento da candidata Marina Silva nas pesquisas. Em vários momentos o voto foi apresentado de forma casada. A primeira caminhada de Marina foi realizada em Casa Amarela, reduto dos socialistas, além do lançamento da candidatura no Clube Internacional. Quando Dilma recuperou-se e voltou a crescer, o adversário Armando Monteiro Neto, do PTB, buscou associar sua imagem a petista, mas já era tarde.

FBC E PETROLINA
O companheiro de chapa Fernando Bezerra Coelho (PSB), o candidato da Frente Popular ao Senado, foi escolhido a dedo por sua origem no São Francisco e atuação no Sertão, com passagem pelo Ministério da Integração de Dilma. Fernando Bezerra Coelho ressaltou que a votação refletiu a confiança no avanço das transformações vivenciadas pelo Estado nos últimos anos. “A receptividade por todos os bairros em que passamos foi excelente. As pessoas identificam Paulo como o candidato capaz de dar continuidade às obras de Eduardo Campos”, disse Fernando.

O PT chegou a levar Lula até a cidade de Petrolina, com a ajuda do prefeito Julio Lossio (PMDB), para uma carreata e um comício com o objetivo de deter o crescimento dos socialistas no Sertão, além de manter as chances do candidato ao Senado João Paulo (PT).

ATAQUES
O discurso de que Paulo Câmara era despreparado não colava porque, além de conhecer o Estado, como funcionário público, como secretário da Fazenda teve oportunidade de ter experiência com as contas nacionais no Confaz, Conselho Nacional de Política Fazendária.

Fernando Bezerra desbanca o popular João Paulo e é eleito senador

Do Blog de Jamildo

Com mais de 84% das urnas apuradas em Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho (PSB) conseguiu desbancar João Paulo (PT) na acirrada disputa ao Senado deste ano, com direito a virada socialista nas pesquisas de intenção de voto e alto número de indecisos a poucos dias das eleições. Com a vitória de FBC, como o senador eleito é chamado, a Frente Popular de Pernambuco conseguiu eleger a chapa majoritária no Estado, com Paulo Câmara (PSB) como governador e deixou uma incógnita sobre o futuro do Partido dos Trabalhadores.

O senador que vai ocupar a cadeira que foi de Jarbas Vasconcelos (PMDB) nos últimos oito anos pertence à terceira geração de uma oligarquia que dominou Petrolina, a maior cidade do Sertão, por quase meio século. Foi eleito deputado estadual pelo PSD, antigo Arena, em 1982, mas, após a redemocratização, se aproximou de Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, e rompeu com a corrente política da família. Desde então, foi prefeito  de Petrolina duas vezes, secretário na gestão de Eduardo em Pernambuco, ministro no governo Dilma Rousseff (PT) e até presidente do Santa Cruz Futebol Clube.

Antes de ser escolhido como candidato ao Senado, Fernando Bezerra Coelho teve seu nome cotado para a disputa ao Governo do Estado, assim como outros socialistas ligados ao ex-governador, como Tadeu Alencar e Danilo Cabral. Atendendo a um pedido do próprio Eduardo, superou seus interesses pessoais em prol do partido, como disse em fevereiro, no lançamento da pré-candidatura. Eduardo Campos teve o nome amplamente explorado por FBC desde o início da pré-campanha e foi o principal cabo eleitoral também após a sua morte, em 13 de agosto, vítima de acidente aéreo em São Paulo. Do início de agosto até poucos dias antes deste domingo, Fernando Bezerra melhorou seu desempenho em mais de vinte pontos em levantamentos realizados pelo Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau, que havia apontado queda dele na comparação entre julho e agosto. O índice de indecisos a ser conquistados tanto pelo socialista quanto pelo seu adversário João Paulo sempre esteve perto dos 20%. Embora tenha passado FBC durante boa parte da campanha, só caindo após a morte de Eduardo, analistas dizem que o próprio petista articulou, sem querer, a sua derrota desde que, nas eleições municipais de 2012, rompeu política e pessoalmente com João da Costa (PT), indicado por ele para o suceder à frente da Prefeitura do Recife. Isso deixou o partido dividido e tirou a legenda do governo em Pernambuco.

A confusão começou, de acordo com informações de bastidores, porque João Paulo queria ter ingerência no governo do seu ex-secretário, o que ele nega. E continuou em 2011, quando era desenhado o cenário do pleito no ano seguinte. Mesmo mal avaliado na PCR, João da Costa não abria mão do seu direito de disputar a reeleição, o que não era o desejo do PT e dos aliados, como Eduardo Campos, por ele não ter sido considerado um candidato forte para enfrentar a oposição. Depois da briga, o partido ficou dividido entre os que apoiavam a candidatura do prefeito e o grupo do senador Humberto Costa, que acabou disputando a eleição tendo João Paulo como vice. Quem venceu foi o então desconhecido Geraldo Julio.

Segundo conversas de bastidores, caso João Paulo tivesse vencido para o Senado, fazendo companhia aos aliados Humberto Costa e Armando Monteiro, o PT voltaria a ganhar forças e ele sairia candidato a prefeito do Recife, posto que já ocupou duas vezes. Porém, não conseguiu e ficará pelo menos dois anos sem cargo público, já que conclui este ano o seu mandato como deputado federal. Parafraseando Carlos Drummond de Andrade, “E agora, João?”.

Paulo Câmara também lidera com folga no levantamento do Ibope

Do G1 PE

Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (4) aponta os seguintes percentuais de intenção de votos válidos na corrida para o governo de Pernambuco:

Paulo Câmara (PSB): 57%
Armando Monteiro (PTB): 41%
Zé Gomes (PSOL): 1%
Pantaleão (PCO): 0%
Miguel Anacleto (PCB): 0%
Jair Pedro (PSTU): 0%

Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

Segundo o Ibope, Paulo Câmara deve ser eleito neste domingo (5).

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo.

VOTOS TOTAIS
Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa são:

Paulo Câmara (PSB): 45%
Armando Monteiro (PTB): 32%
Zé Gomes (PSOL): 1%
Pantaleão (PCO): 0%
Miguel Anacleto (PCB): 0%
Jair Pedro (PSTU): 0%
Brancos e nulos: 9%
Indecisos: 13%

No levantamento anterior do instituto, divulgado em 1º de outubro, Paulo Câmara tinha 42% e Armando Monteiro, 34%. Em 23 de setembro, Paulo Câmara aparecia com 39% e Armando Monteiro, com 35%. Esta pesquisa é a sexta do Ibope após o registro das candidaturas.

SEGUNDO TURNO
O Ibope fez simulação de segundo turno. Veja os resultados, considerando os votos totais:

Paulo Câmara (PSB): 45%
Armando Monteiro (PTB): 33%

O Ibope fez a pesquisa entre os dias 1 e 4 de outubro e ouviu 2.002 eleitores. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.

A pesquisa está registrada no registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob protocolo nº PE-00040/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral sob protocolo nº BR-01009/2014.

SENADO
Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (4) também aponta os seguintes percentuais de intenção de votos válidos de Pernambuco na corrida para o Senado:

João Paulo (PT) – 52% das intenções de voto
Fernando Bezerra Coelho (PSB) – 45%
Simone Fontana (PSTU) – 2%
Albanise Pires (PSOL) – 1%
Oxis (PCB) – 0%

Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.

VOTOS TOTAIS
Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa estimulada são:

João Paulo (PT) – 35% das intenções de voto
Fernando Bezerra Coelho (PSB) – 30%
Albanise Pires (PSOL) – 1%
Simone Fontana (PSTU) – 1%
Oxis (PCB) – 0%
Brancos e nulos – 12%
Indecisos – 20%

No levantamento anterior do instituto, divulgado em 1º de outubro, João Paulo tinha 36% e Bezerra Coelho, 30%. Já no dia 23 de setembro, João Paulo aparecia com 34% e Fernando Bezerra Coelho, com 28%. Encomendada pela TV Globo, a pesquisa é a sexta do Ibope após o registro das candidaturas.

Realizada entre os dias 1 e 4 de outubro, a pesquisa contou com 2.002 entrevistas.

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levada em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.

A pesquisa está registrada nregistrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob protocolo nº PE-00040/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo nº BR-01009/2014.