Cidades do interior são beneficiadas com obras de esgotamento sanitário‏

A  Companhia Pernambucana de Saneamento-Compesa  abriu processo de licitação  para a contração de empresa de consultoria  que irá desenvolver os projetos para a implantação de sistemas de esgotamento sanitário  em 11 municípios do Interior de Pernambuco, iniciativa que irá beneficiar 350 mil pessoas.

As ações integram o Projeto  de Sustentabilidade  da Bacia do Rio Capibaribe – PSH, que está incluído no Programa de Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco, uma parceria  do Governo de Pernambuco com o Banco Mundial – BIRD, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Compesa. Os   investimentos  previstos são de  U$$ 410 milhões de dólares e  serão aplicados em diversas  projetos e obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Estado.

Com objetivo de acelerar as licitações para execução das obras, a Compesa  estabeleceu que os projetos serão recebidos em três  etapas. O primeiro deverá ser entregue em março de 2018 e irá contemplar  as cidades de Brejo da Madre de Deus, Ribeirão, Serra Talhada e Toritama. Já o segundo bloco inclui os municípios de Feira Nova, Bom Conselho, Pesqueira e São Bento do Una  e deverá ser concluído em junho de 2018. A terceira fase de projetos envolve as cidades de Pombos, Bonito e Carpina com expectativa de serem finalizados em setembro de 2018.

Segundo o diretor de Novos Negócios da Compesa, Ricardo Barretto, O PSH é mais um esforço do governo estadual na busca  da universalização dos serviços de esgotamento sanitário em Pernambuco. “Estamos  trabalhando em várias frentes, na Região Metropolitana do Recife, com  o Programa Cidade Saneada (PPP do  Saneamento), e  no interior com projetos estruturadores, a exemplo do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca, o  PSA  Ipojuca e o PSH”, afirmou Barretto. A meta da Compesa, ainda de acordo com o diretor, é ampliar para 75%  o índice de cobertura de esgoto em Pernambuco  nos próximos  15 anos. Atualmente, a cobertura  é de 22%.

Dos 11 municípios incluídos no projeto, seis deles fazem parte da Bacia do Capibaribe. São eles: Bonito, Brejo da Madre de Deus, Carpina, Feira Nova, Pombos e Toritama. Os outros cinco municípios apesar de não integrarem à Bacia do Capibaribe foram selecionados dentro do projeto, pois estão entre as 50 maiores cidades do Estado que ainda não possuíam ações de esgotamento sanitário. São eles: Serra Talhada (Sertão do Pajeú), Pesqueira (Agreste Central), São Bento do Una (Agreste Central), Bom Conselho (Agreste Meridional) e Ribeirão (Mata Sul).

 As ações do  PSH irão  contribuir para a revitalização do Rio Capibaribe, melhorando a qualidade da água deste manancial tão importante para os pernambucanos, a partir da  construção de Sistemas de Esgotamento Sanitário-SES  nessas cidades. O tamanho desses sistemas e a quantidade de unidades operacionais necessárias serão definidas nos projetos que serão elaborados pela Empresa ou Consórcio que vencer a licitação. Cada projeto deverá  ser concebido de acordo com as especificidades de cada município. É o caso de Toritama onde serão feitas ações à parte para o tratamento dos efluentes que são produzidos pelas fábricas de jeans da cidade.

Todos os sistemas de esgotamento sanitário dessas cidades serão dimensionados  para  o atendimento das populações no horizonte de  25 anos, levando-se em consideração as projeções do crescimento demográfico dos municípios contemplados. A primeira  cidade  beneficiada com obras do PSH está sendo Surubim. As intervenções estão em execução com previsão para serem concluídas em setembro de 2017. O PSH irá beneficiar 3,5 milhões de pernambucanos.

Gravatá vai ganhar sistema de esgotamento sanitário

A cidade de  Gravatá, distante 85 quilômetros do Recife, ganhará um sistema de esgotamento sanitário. A ordem de serviço para a execução da primeira etapa do projeto  foi dada no último sábado (5) , pelo  governador Paulo Câmara, durante evento realizado no município.

Serão investidos cerca de R$ 27 milhões para dotar até 30% do município com cobertura e tratamento de esgotos, beneficiando 33,5 mil habitantes. “Gravatá tem um turismo importante, mas tem um nível de esgotamento sanitário quase inexistente. Estamos assegurando esse percentual agora, mas vamos trabalhar para que, nos próximos anos, o Governo do Estado  consiga  completar  100% a cobertura desses serviços no município”, argumentou Paulo Câmara.

A primeira etapa desse sistema será viabilizada pelo programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca (PSA). A Compesa  vai mapear toda a rede  já existente, cerca de 25 quilômetros de extensão, e  modernizá-la. Também será construída uma moderna  estação de tratamento de esgoto, que será erguida  próximo  ao bairro COHAB II e será cercada de um cinturão verde.

Além disso, para harmonização com a região, seguirá a arquitetura das construções residenciais dos condomínios gravataenses, com uma cobertura semelhante a um chalé. O prazo para execução e início da operação da primeira etapa do SES Gravatá é de 26 meses a partir do início das obras. Na opinião do interventor da cidade de Gravatá, coronel  Mário Cavalcanti, a obra  que a Compesa irá executar no município dialoga com a  saúde e meio ambiente. “Fazer saneamento é garantir menos doenças e mais qualidade de vida para as pessoas”, ressaltou

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, o projeto  de esgotamento sanitário de Gravatá vai abrir perspectivas de desenvolvimento  para o município e mais qualidade de vida para a população. “ Além de Gravatá, outras cidades também receberão obras de esgoto do PSA  e com isso  resgatar  a  vida do Rio Ipojuca”, afirmou Norões. Já para o diretor Regional do Interior, da Compesa, Marconi de Azevedo, que representou o presidente da Compesa, Roberto Tavares, ampliar os serviços de esgotamento sanitário em Pernambuco é uma prioridade do Governo de Pernambuco e da Compesa. “ Temos grande projetos, a exemplo do Programa Cidade Saneada, que irá beneficiar 14 cidades da Região Metropolitana do Recife e a cidade de Goiana; o PSA Ipojuca, que irá contemplar com projetos e obras de esgotamento sanitário as  cidades localizadas na bacia do rio Ipojuca (Venturosa, Arcoverde (nascente do rio), Poção, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó, São Caetano, Caruaru, Bezerros, Gravatá, Chã Grande, Primavera, Escada)”, complementou Marconi de Azevedo.