Opinião: Seca e racionamento de água

Por Demóstenes Veras

A escassez crônica de água tem atingido moradores de várias cidades do Agreste e do Sertão de Pernambuco. Nas duas regiões, a situação atual está bem pior, em comparação ao mês de janeiro do ano passado. A informação é da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), que considera complicada a acumulação hídrica em vários municípios do Estado. Nove deles, segundo a agência, possuem reservatórios em estado de colapso – ou seja, secaram totalmente ou estão com baixos níveis de água.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) também informa que, no Agreste, outras três cidades vivem a mesma situação. Todas estão sendo abastecidas por carros-pipa.  Qual é a novidade deste quadro? Nenhuma. A seca é cíclica.  E a solução por parte da COMPESA? Racionamento! Em Caruaru, a partir de primeiro  de maio, teremos três dias com água e quatro sem água.

Em dezembro de 2013, tivemos a oportunidade de realizar na Câmara Municipal de Caruaru, uma audiência pública para denunciar e tratar desta questão. Mostramos na oportunidade, que a seca é um fator fundamental que afeta diretamente a economia do Estado, fragiliza as famílias no seu dia-a-dia e proporciona inclusive, fome e doenças. Tenho a clareza de que este problema não será combatido nem resolvido apenas com o  gerenciamento do Governo do Estado, mas com ele também. É necessário que as lideranças de Pernambuco pressionem o Governo Federal, porque a seca é uma questão de ausência de uma política nacional de combate e convivência com a mesma, como é o caso por exemplo, de falta de planejamento a atraso em obras importantes como a transposição do Rio São Francisco.

Na esfera municipal é importante que algumas frentes de luta sejam abertas e coordenadas pelo Poder Executivo Municipal. Os nossos irmão da Zona Rural precisam ser melhor atendidos com mais carros-pipa; que poços artesianos possam ser aberto, e que investimentos que não dependam da água possam ser planejados para propor fontes de emprego e renda enquanto a seca permanece.

Demóstenes Veras é Médico e Vereador em Caruaru.

Deputados vão a Petrolina debater efeitos da estiagem na agricultura

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Miguel Coelho (PSB) quer unir esforços para encontrar caminho de enfrentamento (Foto: Williams Aguiar)

Principal vetor econômico do Vale do São Francisco, a fruticultura irrigada será pauta de debate em Petrolina. Os deputados estaduais que formam a Comissão de Agricultura promoverão, na sexta-feira (10), uma reunião extraordinária na capital do São Francisco para discutir os efeitos da estiagem na produção da região. A atividade se integrará a uma audiência pública promovida pelo Senado sobre o mesmo tema.

Além de debater os desafios da agricultura irrigada do São Francisco, será discutida a situação da barragem de Sobradinho. O reservatório está em condição crítica, com somente 18% da capacidade de abastecimento, devido à falta de chuvas na região.

“Sobradinho é o maior reservatório do São Francisco e se não chover até setembro existe uma grande possibilidade de colapso, acarretando em prejuízo direto para a agricultura irrigada. Por isso, queremos unir esforços com os senadores para encontrar um caminho de enfrentamento à situação e cobrar soluções de todas as esferas envolvidas no tema”, explica o presidente da Comissão de Agricultura, Miguel Coelho (PSB).

A reunião ocorrerá a partir das 13h, no Sest/Senat de Petrolina, e será aberta à população. Além dos senadores e deputados, é esperada a presença do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, representantes da Codevasf, Chesf, prefeitos e vereadores de municípios da região.

Governador de Alagoas se engaja em movimento de enfrentamento à seca

Os deputados Miguel Coelho, Rodrigo Novaes, Claudiano Filho e Joaquim Lira viajaram para Maceió, nesta quarta-feira (01), para uma audiência com o governador de Alagoas Renan Filho. O encontro teve como pauta a discussão de um plano de ações para o desenvolvimento do semiárido nordestino e a construção de medidas integradas de convivência com a estiagem.
 
Durante a visita, os pernambucanos apresentaram a Renan Filho o movimento União pelo Nordeste – mobilização criada recentemente para integrar as bancadas de deputados estaduais em torno do enfrentamento à seca. O governador elogiou a iniciativa e garantiu a participação do estado no movimento. “Hoje, Alagoas tem 36 municípios em situação de emergência devido à seca. Como vivemos um ano muito difícil, é importante fortalecer os laços, principalmente, nos estados mais sofridos. Essa união sob a égide da seca será fundamental para a manutenção de investimentos, especialmente, para obras de infraestrutura hídrica”, ressaltou Renan Filho.
 
O grupo também foi recebido pelo presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Luiz Dantas, e por outros 16 deputados alagoanos. “O apoio do governador e da bancada alagoana enriquece a discussão e consolida nosso movimento. Vamos agora expandir este debate para os demais estados e amadurecer nossa pauta de reivindicações junto ao Governo Federal”, resumiu Miguel Coelho. “Acreditamos que este movimento com o reforço dos deputados e governadores pode ser capaz de ajudar na implantação de uma política permanente de desenvolvimento do semiárido”, completou Rodrigo Novaes.
 
Na semana passada, a bancada pernambucana esteve em Salvador e garantiu o apoio dos deputados estaduais da Bahia. Nos próximos dois meses, o movimento visitará os outros os estados nordestinos para definir uma agenda comum de desenvolvimento do semiárido e enfrentamento à seca. Após as visitas, será feito um fórum de debate com representações de todos os estados. 
No mês de julho, uma marcha reunindo lideranças políticas de toda a região será realizada em Brasília para reivindicar novos investimentos para Nordeste.

Miguel Coelho afirma que cobrará aceleração de repasses federais para combate à Seca

Após realizar uma audiência pública que debateu por mais de quatro horas os efeitos da Seca em Pernambuco, o deputado estadual Miguel Coelho (PSB) informou que enviará um relatório aos governos federal e estadual sobre os impactos da maior estiagem das últimas décadas. O parlamentar adiantou que entre os principais tópicos do documento estará um pedido para aceleração dos repasses federais para as obras hídricas.
Durante o debate, o principal foco de reclamações de diversos vereadores, prefeitos e representantes de associações rurais  foi a falta de recursos para o enfretamento à seca. As críticas também se centraram na demora para conclusão de obras estratégicas por falta de repasses da União para municípios ou Estado.
“Hoje, a queixa que mais ouvimos foi a falta de verba para combater efetivamente a seca. Diversas obras que poderiam solucionar a falta de abastecimento estão paralisadas porque os recursos ficam emperrados. É preciso que o Governo Federal se sensibilize à situação dramática que o Nordeste atravessa e garanta a execução de obras tão estratégicas como a Adutora do Agreste e Barragem de Serro Azul”, ressaltou Miguel Coelho.
Segundo o socialista, além do relatório de impacto da Seca, uma comissão de deputados iniciará uma série de visitas às doze mesorregiões pernambucanas. O objetivo será levar o debate para perto dos municípios mais afetados pela estiagem e coletar novas informações sobre os danos ao abastecimento e à produção agrícola dessas cidades.
A audiência contou com representantes do Governo do Estado, Dnocs, Codevasf, Embrapa e Banco do Nordeste. Também participaram dirigentes de sindicatos, federações e associações ligadas à produção rural.

Seca e crise hídrica serão temas de audiência pública nesta segunda

Representantes do Governo Federal e Estadual irão detalhar, nesta segunda-feira (16), os principais efeitos que a estiagem já causou em Pernambuco. O tema será debatido em audiência pública convocada pelo deputado estadual Miguel Coelho (PSB) e tem por objetivo traçar estratégias integradas para enfrentar a maior Seca das últimas décadas. A reunião ocorre às 9h, no plenário da Assembleia Legislativa.

Pernambuco, segundo o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), é o estado mais afetado pela estiagem no Nordeste. A falta de chuvas já colocou diversos reservatórios de água em colapso, principalmente, em cidades do Sertão e Agreste. Além disso, a estiagem já afetou a produção agrícola e aumentou o número de queimadas no estado.

“É de conhecimento público que mais de 110 municípios pernambucanos estão sofrendo com algum tipo de racionamento, que mais de 70 cidades já decretaram estado de emergência e que mais de 20 barragens estão operando com o volume morto. Por isso, é importante envolver todas as esferas públicas e definir uma linha de atuação integrada de enfrentamento à Seca”, explica Miguel Coelho.

A audiência reunirá representantes do Ministério da Integração Nacional, DNOCS, Secretaria de Agricultura, Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) entre outras instituições relacionadas ao tema. Prefeituras, câmaras municipais, sindicatos rurais e movimentos sociais também foram convidados.

Audiência pública debaterá efeitos da Seca em Pernambuco

Uma das maiores estiagens da história de Pernambuco será tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Miguel Coelho (PSB) teve aprovado, nesta terça-feira (24), um requerimento para a realização de um debate que vai apurar os danos causados pela falta de chuvas e discutir ações para minimizar os efeitos que já colocaram mais de 70 municípios pernambucanos em estado de emergência.

A audiência pública será realizada no dia 17 de março e contará com representantes do Governo do Estado, do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), sindicatos rurais, movimentos sociais entre outras entidades. “A seca deixou de ser um problema isolado do Sertão e está atingindo diversas regiões do nosso estado, que se agrava ainda mais com o prolongamento do quarto ano consecutivo de estiagem”, resumiu em discurso no plenário, Miguel Coelho.

Pernambuco, segundo o DNOCS, é o estado mais afetado pela Seca no Nordeste. A estiagem já colocou diversos reservatórios de água em colapso, principalmente, em cidades do Sertão e Agreste. “É de conhecimento público que mais de 110 municípios pernambucanos estão sofrendo com algum tipo de racionamento, que mais de 70 cidades já decretaram estado de emergência e que mais de 20 barragens estão operando com o volume morto”, alertou o socialista.

A audiência será coordenada pela Comissão de Agricultura, da qual Miguel Coelho é presidente. Também farão parte da coordenação do debate os membros das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico.

Seca entra na pauta emergencial de Câmara

Do JC-Online

O governador Paulo Câmara (PSB) vai se reunir amanhã com o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, para avaliar a crise hídrica no Estado. A reunião acontece cinco dias depois de a instituição anunciar a situação crítica da Barragem de Botafogo, em Igarassu, que está operando com apenas 16% da sua capacidade. Paulo admitiu que a situação na Região Metropolitana é preocupante e disse que o Estado está tentando articular com o governo federal ações para amenizar os efeitos da falta de água em Pernambuco. O gestor ainda frisou que é preciso agilizar as obras no Sertão e Agreste.

O governador contou que Roberto Tavares e técnicos da Compesa se reuniram com representantes do governo federal na última quinta-feira para pedir a aceleração de obras hídricas no Estado. Entre as principais ações conveniadas com o governo federal, estão as barragens de Serro Azul e Igarapeba (na Mata Sul) e Barra de Guabiraba (Agreste Central), além do Ramal do Agreste. Esta última obra, inclusive, recebeu recursos de R$ 4,5 milhões do governo federal no último dia 11.

“A gente tem sempre essa preocupação (com falta de água). Vou ter essa reunião com Roberto Tavares para discutir o abastecimento e as ações que a gente vai ter com a estiagem e o semiárido. Pedimos a aceleração de algumas obras, principalmente no Agreste e Sertão e estamos esperando o retorno (do governo federal)”, disse, após a celebração da acolhida do novo bispo auxiliar de Olinda e Recife, Dom Antônio Tourinho Neto. Paulo Câmara ainda mostrou preocupação com a possível paralisação das obras de Transposição do Rio São Francisco, de responsabilidade do governo federal.

Na última sexta-feira, a Compesa anunciou que a Barragem de Botafogo, que abastece bairros dos municípios de Olinda, Abreu e Lima, Igarassu e Paulista, poderá utilizar seu volume morto, se não chover nos próximos 30 dias. A última vez que o reservatório passou por uma crise tão séria foi em 1999, quando atingiu 8% da capacidade.

Paulo Câmara anunciou a ampliação do seu governo. Ele disse que autorizou a ocupação de uma secretaria-executiva ligada aos segmentos sociais. A pasta já tinha sido criada, mas ainda não está em funcionamento. O cargo executivo será ligado à Secretaria Desenvolvimento Social, sob o comando de Isaltino Nascimento. O anúncio foi feito na reunião do PSB, que discutiu a inserção do segmentos sociais no partido. Nela, ficou definido que Agendas 40 serão feitas a partir de maio para discutir demandas relacionadas ao tema.

Raquel vai levar para Alepe discussão sobre abastecimento de água

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Deputada sugeriu convocar o Governo do Estado para fazer balanço da situação hídrica (Foto: João Bita)

Em aparte no plenário da Assembleia Legislativa ao pronunciamento do deputado Rodrigo Novaes (PSD) sobre o problema da estiagem no Sertão pernambucano, a responsabilidade do governo federal e o papel da mídia nacional no caso, a deputada estadual Raquel Lyra (PSB) sugeriu uma audiência pública para discutir a questão com entidades, sociedade civil e órgãos públicos envolvidos no combate à seca.

A parlamentar também recomendou convocar o Governo do Estado para fazer um balanço da situação hídrica, dos mananciais e das obras e ações em andamento para melhorar o nível de abastecimento de água em Pernambuco. “Sabemos que a questão da falta de água também atinge municípios do Agreste e outras regiões”, comentou Raquel.

Requerimentos de Liberato visam minimizar consequências da seca

O vereador Ricardo Liberato (PSC) teve quatro importantes requerimentos aprovados durante a sessão desta terça-feira (10), na Câmara de Vereadores de Caruaru. Três deles têm relação com o abastecimento de água. No atual período de intensa estiagem enfrentada pela região, as proposituras são importantes para minimizar as consequências sofridas pela população.

O primeiro diz respeito à conclusão de complementação do açude de Japecanga, 4º distrito de Caruaru. O segundo e terceiro são sobre votos de aplausos ao prefeito José Queiroz e ao deputado federal Wolney Queiroz e também à gestora da Compesa de Caruaru, Nyadja Menezes, pelos esforços em garantir abastecimento regular para o município. Já o quarto solicita iluminação no Cemitério de Lajedo do Cedro, também no 4º distrito.

Com apoio de Armando, produtores atingidos pela seca recebem subvenção do governo federal

Uma boa notícia para os produtores de cana de açúcar e etanol da Zona da Mata de Pernambuco: a presidente Dilma Rousseff vai transformar em lei as Medidas Provisórias 633/13 e 635/13, que autorizam o pagamento de subvenção aos produtores de cana-de-açúcar e etanol do Nordeste afetados pela estiagem na safra 2012/2013.

A MP 635 foi enviada ao Congresso no fim do ano passado e aprovada pelo Senado no dia 28 de maio. A presidente Dilma garantiu que sancionaria a nova lei ainda nesta quarta-feira (18). O senador Armando Monteiro (PTB) foi um dos principais articuladores da aprovação da MP e de sua consequente transformação em lei, atuando junto à presidente, ao governo federal e no Senado.

Armando Monteiro confirmou que a MP 635 vai virar lei e destacou que ela tem um alcance social importante. “O subsídio não beneficia apenas o produtor, mas todos aqueles que dependem da produção de cana e etanol. Como se sabe, a produtividade agrícola no setor sucroalcooleiro é menor no Nordeste, mas, em compensação, a geração de emprego é maior do que em outros locais. Por isso, a lei tem um caráter social e vai compensar as dificuldades que o setor enfrentou nos últimos anos.”, explicou Armando. “É uma lei que garante e fortalece o emprego na região.”

A nova lei estabelece que a subvenção será de R$ 12 por tonelada, sendo que o limite para o benefício é de 10 mil toneladas por cada fornecedor independente. O benefício será pago aos produtores nordestinos a partir de 1° de agosto – os fornecedores do Rio de Janeiro também foram contemplados, com pagamento previsto para 1° de maio (como o prazo já passou, a subvenção será quitada retroativamente).

O pagamento será feito diretamente ao produtor ou por meio de associações e cooperativas, em função da quantidade de cana-de-açúcar efetivamente vendida às usinas e destilarias – a exceção se dá à produção efetiva das unidades  agroindustriais ou de seus sócios e acionistas. O benefício será pago até o ano que vem.

De acordo com o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Lima, a presidente já havia sinalizado positivamente a respeito da transformação da MP em lei quando esteve em Pernambuco no último dia 13 de junho.  “Ela nos perguntou como estava a situação e dissemos a ela que a MP já havia chegado à Casa Civil e aguardava a apreciação presidencial.  Mais de 25 mil produtores de cana do Nordeste aguardam esta ação”, disse Lima, que fez questão de ressaltar o trabalho de Armando nesse processo.

O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar), Renato Cunha, comemorou a notícia. “O governo teve a sensibilidade de criar essa política pública. A agricultura do Nordeste precisa desse tipo de incentivo para que se fortaleça e deixe de importar alimentos, em especial os grãos, do Sudeste. Este equilíbrio é fundamental”, destacou Cunha. “O papel do senador Armando Monteiro na defesa destas políticas públicas foi preponderante”, enfatizou.unnamed (12)