Cerveró recebeu suborno de US$ 300 mil, indicam procuradores suíços

Procuradores da Suíça que auxiliam nas investigações da operação Lava Jato enviaram comunicado às autoridades brasileiras relatando que o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró recebeu suborno de US$ 300 mil de uma “potencial fornecedora da Petrobras” em maio de 2009. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o documento, Cerveró recebeu recursos da ordem de US$ 675 no período, mas apenas US$ 300 mil foram tratados como pagamento de propina. “A transferência para a conta de Cerveró foi feita por Alexandre Amaral de Moura, dono da Comtex Indústria e Comércio, que fabrica câmeras e equipamentos de vigilância, segundo os suíços”, informa a Folha.

Cerveró está preso desde janeiro sob a acusação de ter recebido propina em contratos da estatal. Ele também é acusado do crime de lavagem de dinheiro. No período investigado pelos procuradores suíços, Cerveró estava à frente da BR Distribuidora. Ele foi demitido da BR apenas após as investigações da Operação Lava Jato.

Do Congresso em Foco

Vereador de oposição insinua que colegas recebem suborno

O vereador Neto (PMN), que faz parte do bloco de oposição, disse ao blog nesta sexta-feira (6) que na próxima sessão ordinária da Câmara votará em todos os projetos do governo, incluindo o que pede autorização para contrair empréstimo de R$ 250 milhões junto ao BNDES para implantação de corredores exclusivos de ônibus em Caruaru.

Segundo ele, alguns vereadores da base aproveitam o trabalho da oposição de questionar e debater os projetos para “fazer negociata”. “Tem vereador que está sendo cortejado graças à oposição. Eles dizem que vão votar contra o projerto do Executivo e depois são chamados para negociar cargos e até mala preta, dinheiro mesmo. Soube que um parente de um vereador da base esteve na Cohab III, na tarde de ontem, com uma maleta. O que será que tinha ali?”, perguntou.

Durante a posse de Jorge Gomes (PSB) como prefeito em exercício, ocorrida na semana passada, o presidente da Câmara, Leonardo Chaves (PSD), reforçou esse discurso, ao dizer que tinha “empresário interferindo” nas votações do Legislativo. “Nunca tinha visto uma situação dessas na Casa. Tem empresário interferindo de forma direta no nosso trabalho”, contou o parlamentar.