Cunha liga homem forte de Temer a rombo na Caixa

O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acusou o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, homem forte do governo Michel Temer, de estar por trás de irregularidades na operação para financiar obras do Porto Maravilha, no Rio.

Ao classificar Moreira como “o cérebro” da gestão Temer, Cunha disse que o novo plano de concessões “nasce sob suspeição” e deu sinais de que pode atingir o presidente. “Na hora em que as investigações avançarem, vai ficar muito difícil a permanência do Moreira no governo”, afirmou, na primeira entrevista exclusiva após perder o mandato.

Ex-presidente da Câmara, Cunha é suspeito de ter cobrado da empreiteira Carioca Engenharia R$ 52 milhões de propina em troca da liberação de verbas do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) para o Porto Maravilha, projeto de revitalização da região portuária. Ele chama a denúncia de “surreal” e aponta o dedo para Moreira.

Aécio elogia Temer por ser contra aumento dos ministros

Em visita na tarde desta terça-feira, no Palácio do Planalto, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), elogiou o presidente Michel Temer por ter se posicionado contrariamente à aprovação do projeto de reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa da rejeição da proposta foi uma das principais bandeiras da bancada do PSDB do Senado nas últimas semanas, que se opôs à maioria dos senadores do PMDB, partido de Temer e que inicialmente foram favoráveis à concessão do aumento.

Em entrevista ao jornal O Globo no domingo, Temer disse que a eventual aprovação do reajuste dos subsídios do STF iria gerar uma “cascata gravíssima” com repercussão financeira para a União, Estados e municípios, uma vez que essa elevação nos vencimentos serve como o teto do funcionalismo público – pela proposta, subiria dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.

Temer também adotou essa posição clara nesse debate após receber a sinalização da nova presidente do Supremo, Cármen Lúcia, de que era contrária à concessão neste momento do reajuste para os ministros da Suprema Corte. A manifestação do presidente fez com que a bancada do PMDB da Casa recuasse da ideia de levar adiante a tentativa de acelerar a votação do projeto, que já passara pela Câmara e está na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Na visita, que foi rápida, Aécio e Temer conversaram também sobre a PEC do teto dos gastos e a reforma da Previdência, duas das prioridades do ajuste fiscal do governo.

Michel Temer enfrenta crise na base aliada

O aumento do salário de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) colocará os aliados do presidente Michel Temer em campos opostos. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pretende aprovar o pedido de urgência da proposta, o que a colocaria na lista de projetos prioritários para apreciação do plenário, após a votação de duas medidas provisórias que trancam a pauta e perdem validade nesta quinta-feira (8).

No outro lado, os senadores do PSDB avisaram o governo que o momento de crise econômica pede cautela. Os tucanos ameaçam apoiar o PT na obstrução das votações caso a urgência seja aprovada. O partido é contra o reajuste durante a crise que afeta a população brasileira.

Michel Temer precisará de jogo de cintura para combater a primeira crise dos seus aliados.

Paraolimpíadas: Temer não escapa de protesto

Do Portal UOL

Assim como aconteceu na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, o presidente Michel Temer evitou exposição na festa inaugural da Paraolimpíada, nesta quarta-feira, no Maracanã, mas não escapou de ser alvo de protestos do público presente no evento.

Antes mesmo da cerimônia começar, um sonoro “Fora, Temer!” pôde ser ouvido nas arquibancadas do Maracanã. O presidente do Brasil não teve seu nome anunciado. Apenas o presidente do Comitê Paraolímpico Internacional, Phillip Craven, foi anunciado.

Essa situação já tinha acontecido na abertura das Olimpíadas, no dia 5 de agosto, quando o presidente do COI, Thomas Bach, teve o nome anunciado, quebrando o protocolo olímpico.

Nos guias distribuídos para a imprensa de todo o mundo sobre a cerimônia de abertura, Michel Temer é chamado de “presidente em exercício” do Brasil.

Existe a expectativa que Temer seja apresentado na parte final da cerimônia, mas isso não é certo.

O dia já havia sido marcado por manifestações contra o presidente no tradicional desfile de Dia da Independência, realizado em Brasília. Diversas capitais brasileiras também tiveram atos pedindo a saída de Michel Temer durante toda a quarta-feira.

SP tem protesto após desfile de 07 de Setembro

Da Folha de São Paulo

Manifestantes protestam contra o presidente Michel Temer na tarde desta quarta (7), após desfile de Sete de Setembro. Grupo caminha na avenida Brigadeiro Luis Antônio, em direção à avenida Paulista.

Mais cedo, Temer foi recebido aos gritos de “Fora, Temer” por parte da arquibancada que acompanhava o desfile de 7 de Setembro em Brasília.

Temer dispensou o carro aberto e chegou num veículo presidencial fechado, acompanhado da mulher, Marcela. O presidente não usou a tradicional faixa presidencial.

Ao subir à tribuna, o público de parte de uma arquibancada perto da tribuna das autoridades passou a gritar “Fora, Temer”.

O protesto foi ouvido da tribuna e de outras arquibancadas ao redor do desfile. Pouco depois, um outro grupo reagiu aos gritos de “a nossa bandeira jamais será vermelha”.

Seguranças da Presidência nas arquibancadas mais próximas às tribunas disseram que estaria proibida qualquer manifestação de cunho político. Um homem com um adesivo escrito “Fora Temer” colado na camiseta foi obrigado a retirar o adesivo, segundo as autoridades.

Grito dos Excluídos se une contra Temer no Recife

Do Portal G1 PE

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A 22ª edição do Grito dos Excluídos, neste 7 de setembro, se uniu ao ato “Fora temer – Recife contra o golpe”, promovido pelo grupo Organização Diretas Já, e reúne milhares de manifestantes nas ruas da área central da cidade. A concentração começou por volta das 9h, na Praça do Derby. Perto das 11h, a marcha teve início, tendo como destino final a Praça da Independência.

Vários manifestantes seguram cartazes e faixas contra o presidente Michel Temer. Um participante se fantasiou como o ex-presidente Lula e chamou atenção de quem passava. Também há na marcha gente envolvida com a bandeira do Brasil. Um enterro simbólico da democracia foi realizado por participantes que vestiam preto, simbolizando o luto.

Durante a passagem da marcha, várias vias da área central da cidade foram fechadas pela manifestação. O percurso inclui as avenidas Agamenon Magalhães, Governador Carlos de Lima Cavalcanti e Conde da Boa Vista. De acordo com a CUT, o protesto reúne 20 mil pessoas. A Polícia Militar não vai divulgar estimativa de público.

7 de setembro com gritos de “Fora Temer” em Brasília

Michel Temer foi surpreendido com gritos de “Fora Temer” e “golpista” na abertura do desfile militar de 7 de Setembro nesta manhã, em Brasília, em seu primeiro evento público após ser efetivado na presidência da República, há exatamente uma semana.

Os gritos partiram do público posicionado em uma das arquibancadas cobertas próxima ao peemedebista, onde os convidados são selecionados. A manifestação aconteceu quando Temer chegava à tribuna de honra, de onde assiste ao evento ao lado da esposa, Marcela Temer, e autoridades como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

O desfile foi oficialmente aberto por Temer às 9h15 desta quarta-feira. Temer não usa faixa presidencial neste quarta, como segue a tradição, e com medo de protestos, não se deslocou para a tribuna no Rolls-Royce conversível do Planalto, usado em ocasiões especiais, mas sim em um carro fechado.

O feriado da Independência, quando tradicionalmente acontece o Grito dos Excluídos, promete manifestações em todo o País contra o impeacment, o governo de Michel Temer, a retirada de direitos e em defesa da democracia.

“Temer errou ao subestimar manifestações”, diz governo

Da Folha de São Paulo

O presidente Michel Temer errou ao subestimar os protestos contra ele e seu governo durante entrevista na China, quando disse que as manifestações no Brasil eram coisa de um grupo de 40, 50, 100 pessoas. Na avaliação de sua equipe, Temer escorregou e transmitiu um sentimento de soberba, fugindo à sua característica de não menosprezar adversários mesmo em situações de conflito.

Ao dar as declarações durante sua passagem pela China, Temer até procurou dizer que seu governo não é contra manifestações nas ruas, mesmo as que têm sua administração como alvo. Criticou a ação de “baderneiros”, mas acabou escorregando ao dizer que os protestos estavam sendo feitos por uma minoria de 40, 50, 100 pessoas.

O escorregão do presidente é atribuído a avaliações apressadas feitas pelos aliados que integram sua comitiva no giro chinês, quando participou da reunião do G-20 (grupo das maiores economias do mundo).

Uma tentativa de conserto da falha já foi ensaiada ainda na China. Temer voltou ao Brasil sem dar novas entrevistas sobre o tema, mas seu ministro Henrique Meirelles (Fazenda) buscou contextualizar a fala do chefe. Meirelles reconheceu o “número bastante substancial de pessoas” nas ruas, mas disse que “já tivemos manifestações muito maiores”.

Segundo assessores de Temer, esta era sua intenção. Dizer que as manifestações que estavam ocorrendo logo após o impeachment não estavam reunindo grande grupo de pessoas nas ruas, diante de outros protestos realizados no país recentemente.

O resultado, segundo avaliação do Palácio do Planalto, é que a fala de Temer acabou servindo como estímulo para os manifestantes irem às ruas neste domingo (04), principalmente em São Paulo e no Rio.

Temer manda recado à base aliada

De Brasília

Em sua primeira reunião ministerial após ser confirmado presidente, Michel Temer mandou um recado para a base política no Congresso.

Ele pediu apoio incondicional às propostas do governo. Ficou claro que ser da base governista implica bônus na participação do governo e ônus no apoio às políticas impopulares.

Temer se dispôs a dialogar com os aliados para avançar com a sua agenda e a aceitar mudanças que não firam o espírito das propostas. Agradeceu o apoio na aprovação de medidas provisórias de interesse do governo e no avanço do acordo da dívida dos estados na Câmara dos Deputados.

A mensagem é claramente destinada a enquadrar a base na agenda governamental. Obviamente, não será fácil. Mas há muito não se vê um presidente pessoalmente envolvido na aprovação de sua agenda no Congresso.

Temer encerra agenda no G20 e retorna ao Brasil

Do G1

Depois de participar do encontro de cúpula do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), em Hangzhou, na China, o presidente Michel Temer embarcou de volta para o Brasil às 6h55 (horário de Brasília) desta segunda-feira (5). Ele deve chegar ao Brasil às 12h30 desta terça-feira (6). No último dia na China, Temer teve reuniões bilaterais com chefes de Estado de outros países participantes da cúpula do G20.

A primeira reunião de Temer no último dia do G20 foi com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe. Depois ele teve reuniões bilaterais com vice-primeiro-ministro da Arábia Saudita, príncipe Mohammad bin Salman Al Saud, com o chefe interino governo da Espanha, Mariano Rajoy, e com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi.

Segundo o Palácio do Planalto, na conversa com Abe Temer falou sobre o interesse brasileiro em atrair investimentos em infraestrutura, como portos aeroportos e ferrovias. O presidente também manifestou o interesse do Brasil em exportar carnes, frutas e demais produtos agrícolas ao Japão, além de aprofundar a cooperação nas áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação.

Na reunião com Rajoy, Temer e o espanhol falaram sobre a situação política de Brasil e Espanha e as relações econômicas entre os dois países. Também abordaram o acordo de paz do governo colombiano com as Farc e a atual situação política da Venezuela, com o referendo revogatório do mandato de Nicolás Maduro, presidente venezuelano, que a oposição tenta aprovar.Rajoy convidou Temer para visitar a Espanha e Temer também fez convite ao espanhol.