Ministro da Integração visitará obras da Transposição

O Governo Federal vai trabalhar para construir uma engenharia financeira que permita acelerar as obras de construção da Adutora do Agreste, de forma a permitir que o Agreste Pernambucano receba as águas da Transposição do Rio São Francisco. Essa garantia foi dada hoje pelo novo ministro da Integração, Helder Barbalho, durante reunião com o governador Paulo Câmara. Barbalho acertou para os próximos dias 11 e 12 deste mês uma visita aos Eixos Norte e Leste da Transposição.

Antes da audiência com o ministro, Paulo recebeu uma ligação do presidente Michel Temer, que colocou a União à disposição para ajudar o Governo do Estado e as Prefeituras dos municípios prejudicados pelas chuvas da última segunda-feira. “Eu disse que estaria com o ministro Helder e o assunto faria parte da nossa conversa”, revelou o governador.

Paulo Câmara esteve no Ministério da Integração Nacional com o vice-governador Raul Henry, o secretário da Assessoria Especial, José Neto, e o presidente da Compesa, Roberto Tavares, responsável pelo andamento das obras da Adutora, por delegação do Governo Federal. A intenção é aumentar o repasse de recursos federais para a Adutora do Agreste.

“Essas obras hídricas são prioridade do nosso Governo, daí o esforço que estamos fazendo, tanto da nossa parte, destinando recursos, quanto nessa articulação com o Governo Federal. É preciso dar celeridade à Adutora e ao Ramal do Agreste”, explicou Paulo Câmara.

“O presidente Michel Temer fez questão que eu transmitisse que o abastecimento de água do Nordeste é prioridade número 1 do Governo Federal”, disse Hélder Barbalho, que tem a meta de concluir até dezembro deste ano os dois eixos da Transposição, daí a necessidade de acelerar não apenas a Adutora do Agreste, mas também o Ramal do Agreste, que levará a água até a adutora. No valor de R$ 1,3 bilhão, o Ramal teve sua licitação concluída e o contrato assinado, faltando apenas dar ordem de serviço. O Ramal do Agreste deve demandar três anos de obras.

Outro ponto da audiência do governador com o ministro foi o apoio da Defesa Civil Nacional aos municípios atingidos pelas fortes chuvas que caíram ontem (30.05) na Região Metropolitana do Recife. Barbalho disse que conversou com os prefeitos Geraldo Júlio (Recife) e Renildo Calheiros (Olinda) para identificar a ajuda financeira para ações que possam ajudar as duas cidades a evitar novos problemas no futuro, como obras de dragagem.

Transposição avança e gera novas moradias em Pernambuco

Famílias do município da Vila Salão, no município de Sertânia, Sertão de Pernambuco, começaram o mês de dezembro com casa nova. O Ministério da Integração Nacional entregou moradias no Eixo Leste da Transposição do rio São Francisco, beneficiando cerca de 200 pessoas. As casas das Vilas Produtivas Rurais (VPR) foram construídas para realojar famílias que viviam no entorno das obras da transposição.

O conjunto habitacional conta com casas de cerca de 100m² e grande rede de infraestrutura, como postos de saúde, escolas, praças, quadras poliesportivas, campo de futebol, centro comunitário, além de rede de água, esgoto e energia elétrica. Os moradores também receberão áreas apropriadas para a produção rural, com, no mínimo, cinco hectares por família.

“Mesmo com as dificuldades que andamos tendo, o Governo Dilma colocou a transposição entre as suas prioridades. É a maior obra de infraestrutura hídrica do país e vai beneficiar 12 milhões de brasileiros em 390 cidades dos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Já vamos com 81% finalizados e, até o ano que vem, tudo estará concluído”, afirmou.

Atualmente, 281 famílias já estão reassentadas em nove vilas produtivas. Com as novas entregas, o Projeto São Francisco beneficiará 380 famílias em 11 vilas em Pernambuco, no Ceará e na Paraíba. No total, o projeto implantará 18 VPRs nesses Estados, com o atendimento de 847 famílias. As demais unidades estão previstas para serem entregues entre o final deste ano e o início de 2016.

Dilma garante entrega de transposição do rio São Francisco

Da Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff garantiu nesta sexta-feira (4), que as obras da transposição do rio São Francisco não serão paralisadas nem suspensas. “A transposição levará ainda todo o ano que vem para ficar pronta”, disse, durante a realização do evento Dialoga Brasil, em João Pessoa, na Paraíba.

Ao longo de sua fala, Dilma fez um apelo pela preservação da democracia no Brasil. “É preciso respeitar as instituições, é preciso respeito ao voto popular. O voto popular é a base da democracia no país”, afirmou. Para Dilma, o Brasil é um país “tolerante pela própria natureza”.

A presidente também ressaltou os avanços sociais do país nos últimos anos e disse que todos os brasileiros precisam ter as mesmas oportunidades. “Nós trabalhamos muito para reverter a história da desigualdade no Brasil, que desde a escravidão pesa sobre uma parte dos brasileiros”, declarou.

Pela manhã, a presidente esteve em Campina Grande, também na Paraíba, para participar da cerimônia de entrega de 1.948 residências do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. À tarde, reuniu-se com empresários paraibanos, já em João Pessoa.

Paulo autoriza implantação de 52 sistemas de abastecimento de água na área da transposição do São Francisco

O governador Paulo Câmara assina, nesta sexta-feira (20), no município de Cabrobó, no Sertão pernambucano, um termo de compromisso que assegura a implantação de 52 sistemas de abastecimento de água ao longo dos canais do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF).

A iniciativa, que terá execução através das secretarias de Agricultura e Reforma Agrária e Desenvolvimento Econômico, será oficializada pelo chefe do Executivo estadual durante a passagem da presidenta Dilma Rousseff pelo município, para a entrega da Estação de Bombeamento EBI – 1, da Transposição do São Francisco.

A implantação dos sistemas de abastecimento de água, fruto de um convênio com o Ministério da Integração Nacional, contará com investimento de R$ 136,7 milhões, e vai beneficiar 40.452 pessoas de 150 comunidades rurais, assentamentos e comunidades quilombolas. Os municípios contemplados com a iniciativa serão Floresta, Cabrobó, Parnamirim, Verdejante, Betânia, Custódia, Salgueiro, Sertânia, Terra Nova e Mirandiba.

Ministro da Integração promete a deputados priorizar adutora do Agreste e transposição

Após encontro com o ministro Mangabeira Unger, a comissão de deputados estaduais que lidera o movimento União pelo Nordeste reuniu-se, em Brasília, com o titular da Integração Nacional, Gilberto Occhi. No encontro ocorrido, nesta terça-feira (09), os parlamentares discutiram a situação de algumas obras que estão em atraso e são consideradas prioridades para Pernambuco como a transposição do Rio São Francisco e a Adutora do Agreste.

Apesar do corte R$ 2,2 bilhões no orçamento da Integração Nacional, o ministro assegurou que haverá recursos neste ano para tocar os principais empreendimentos do Governo Federal no estado. “Questionamos sobre a paralisação da Adutora do Agreste e o ministro nos informou que a obra vai ganhar um novo fôlego. Ficou acordado que o Ministério fará um repasse mensal para o Governo do Estado de R$ 2 milhões para intensificar os serviços”, disse o deputado Miguel Coelho (PSB), que também está coordenando a comissão de fiscalização das obras do PAC.

Na reunião ainda foi discutido o prazo de entrega da transposição e outras de obras hídricas em Pernambuco e na Paraíba. “O ministro nos deu boas perspectivas em relação aos repasses mensais para tocar intervenções estratégicas para segurança hídrica no estado. A transposição não deve ser afetada pelos cortes e será entregue no segundo semestre do ano que vem”, acrescentou o deputado Rodrigo Novaes (PSD).

Também participaram do encontro os deputados Claudiano Filho (PSDB/PE) e Bruno Cunha Lima (PSDB/PB), além do presidente da Codevasf, Felipe Mendes. Na passagem por Brasília, a comissão também visitou os líderes das bancadas do PSB e do PP, Fernando Filho e Eduardo da Fonte.

Comissão do PAC vistoria obras do São Francisco

Os membros que integram a Comissão Especial do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) visitam, na manhã desta sexta-feira (29), as obras da transposição do Rio São Francisco. A vistoria ocorrerá nos canteiros situados nos municípios de Floresta, Petrolândia e Ibimirim. A inspeção contará com a presença de representantes do Ministério da Integração Nacional para explicar o andamento dos serviços que já estão com calendário atrasado há pelo menos quatro anos.

Segundo o presidente da Comissão do PAC, o deputado estadual Miguel Coelho (PSB), a preocupação com as obras foi redobrada após o anúncio dos cortes do orçamento do Governo Federal. “Foram cortados mais de R$ 25 bilhões só das obras do PAC, isso representa quase 40% do que seria gasto no programa este ano. Se já havia um contingenciamento preocupante, com esse anúncio estamos receosos de que as obras paralisem de vez e cause um prejuízo ainda maior para a população”, explica Miguel.

Prevista inicialmente para ser entregue em 2010, a transposição do Rio São Francisco deve levar água para 390 municípios de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A obra tinha orçamento inicial de R$ 4,8 bilhões, mas por conta dos atrasos e revisões contratuais deve superar R$ 8,2 bilhões ao fim da intervenção.

​A vistoria na transposição é a primeira de uma agenda de inspeções do colegiado. Os deputados também devem visitar o Complexo Portuário de Suape, a Refinaria Abreu e Lima, a Transnordestina, a Adutora do Agreste entre outras intervenções de grande porte do Programa de Aceleração do Crescimento.

 

Transposição do São Francisco tem 74,5% de obras concluídas, diz Humberto

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta quarta-feira (20), em discurso na tribuna do plenário, que 74,5% das obras de transposição do Rio São Francisco estão concluídas. O parlamentar participou, na manhã de hoje, de audiência pública com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, na comissão temporária, da qual é relator, criada para acompanhamento do projeto.

Humberto ressaltou que, por determinação da presidenta Dilma, as obras não devem parar sob qualquer hipótese. O mês de abril deste ano, por exemplo, foi o que apresentou maior acumulado de desembolso desde que o projeto foi iniciado em 2008: R$ 600 milhões.

“Atualmente, a obra emprega mais de nove mil trabalhadores e tem tudo para estar concluída até o fim do ano que vem, dado que o cronograma de execução está perfeitamente em dia. É uma prioridade do governo da presidenta Dilma”, declarou.

O Eixo Norte, com 402 km no total, já está com 76% das obras executadas. Já o Eixo Leste, com 220 km de comprimento, apresenta 72,4% de finalização. “A água já está correndo pelos canais e, de acordo com o planejamento traçado pelo Ministério da Integração, nós teremos condições de entregar, já nos próximos três meses, entre 35 e 45 quilômetros de abastecimento d´água efetivo para algumas áreas”, avisou.

No discurso, Humberto lembrou também que duas outras grandes obras estruturantes em Pernambuco, em estágio avançado, estarão ligadas ao sistema do São Francisco: a Adutora do Agreste, orçada em R$ 1,3 bilhão e que conta com 61% de execução, e a Adutora do Pajeú, com previsão de R$ 362 milhões e que tem 63% executados.

“É importante que registremos aqui que o projeto de Integração do Rio São Francisco se insere no imenso esforço por um desenvolvimento regional equilibrado da federação empreendido pelos governos do PT, governos que se esforçaram para que as regiões brasileiras tivessem oportunidade de crescer de acordo com as suas potencialidades”, disse.

O líder do PT citou outras políticas prioritárias do governo que estão mudando a realidade do Nordeste, como os programas Água para Todos, com 781 mil cisternas já instaladas, e de irrigação, que possibilitaram, no ano passado, apenas na região da bacia do São Francisco em Pernambuco, a produção de 2,6 milhões de toneladas de itens agrícolas.

“São essas as políticas concretas que têm atraído bilhões em investimentos, aumentado a produtividade e a renda dos trabalhadores, criado postos de trabalho, incluído os brasileiros no desenvolvimento e, fundamentalmente, mudado a face perversa da miséria e da pobreza a que a nossa população foi submetida por muitos séculos”, finalizou.

Compesa discute transposição do Capibaribe

Do Blog do Magno

Após se reunir com o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, na noite de ontem, o governador Paulo Câmara (PSB) definiu quais as obras que o Estado tratará como prioritárias para minimizar os efeitos da crise hídrica em Pernambuco.

Na Região Metropolitana do Recife, Paulo quer atenção total para o projeto de transposição do Rio Capibaribe. O objetivo do governo é levar água do Capibaribe para a Barragem de Botafogo, em Igarassu, que hoje está com menos de 16% de sua capacidade e prejudica o abastecimento d´água na área Norte da Região Metropolitana. “A gente tem uma segurança de ter a barragem (de Carpina) lá atrás, fazer a captação do Rio Capibaribe e uma adutora jogando na Barragem de Botafogo. É obra estimada em R$ 30 milhões e de rápida execução, em torno de dez meses ”, informou Tavares.

O presidente da Compesa viaja hoje para Brasília com dez técnicos do governo estadual e terá reuniões com integrantes do Ministério da Integração Nacional até amanhã. Ele diz que o governador está otimista para a obtenção dos recursos necessários à transposição do Rio Cabiparibe. “Temos um projeto pronto, que fizemos no ano passado. É uma obra na zona rural e por isso mais fácil de fazer. O governador nivelou as prioridades e mandou a gente ir em frente”, disse.

Além da transposição do Rio Capibaribe, o governo estadual elencou outras duas obras como prioritárias na Região Metropolitana. Trata-se das barragens do Engenho Pereira (em Moreno) e do Engenho Maranhão (em Ipojuca). “Chegamos a um momento de tomar decisões e priorizar”, falou o presidente da Compesa.

No interior do Estado, a maior preocupação do governador é com o Agreste. Caberá ao presidente da Compesa buscar verbas para a Adutora do Moxotó e para a Adutora da Barragem de Serro Azul. “Ela está em fase final de construção para se integrar com o sistema Prata-Camivô, que atende a Caruaru, Santa Cruz e Toritama”, explicou Tavares.

O governo estadual ainda busca  recursos para agilizar a Adutora do Agreste. De acordo com dados da Compesa, a obra custa R$ 1,3 bilhão dos quais R$ 450 milhões já foram executados. “Não é hora de desacelerar essa obra, principalmente em um quadro desses de seca e com prenúncio de que possa se repetir no próximo ano”, disse o presidente da companhia.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, responsável pela Compesa, se a União liberar recursos prometidos ao Estado haverá um aumento da capacidade de armazenamento d´água de 30% em cinco anos.

Ministro promete transposição para 2016

Do Estado de S. Paulo

Com seis anos de atraso, as obras da transposição do Rio São Francisco finalmente serão concluídas e entregues no primeiro semestre de 2016. A nova promessa é do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi.

Até junho do próximo ano, disse Occhi em entrevista ao Estado, 100% dos dois canais da transposição estarão concluídos, levando água para regiões do sertão e do agreste de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

“As obras estão caminhando regularmente. Estamos com 11 mil homens trabalhando e com 70% das obras concluídas. A expectativa é ter tudo pronto no primeiro semestre de 2016”, afirma Occhi.

Nem a crise das empreiteiras detonada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, garante o ministro, afetou até aqui as obras da transposição. “As obras estão caminhando regularmente. Fizemos pagamentos recentemente às construtoras. Todas as empresas que estão na transposição estão operando regularmente e não há nenhuma sinalização contrária a essa situação.”

Ex-ministro das Cidades até dezembro, Occhi disse que ainda não há previsão para expandir a transposição do São Francisco em dois novos eixos, como chegou a prever seu antecessor na Integração, Francisco Teixeira. Hoje, a transposição tem dois eixos: Norte, um canal de 402 km; e Leste, de 220 km. Previa-se para inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) duas novas extensões: o Eixo Sul, rumo à Bahia, e o Eixo Oeste, em direção ao Piauí. Na prática, são projetos sem data para sair do papel.

“Esses projetos ainda estão em uma etapa muito incipiente, de estudos iniciais. Nosso foco hoje é concluir as obras iniciadas. É preciso lembrar que, além da transposição, temos outras obras que estão em andamento na Região Nordeste”, defende Gilberto Occhi.

Lava Jato atinge obra da transposição feita pela Mendes Júnior

Os funcionários da construtora Mendes Júnior, nas obras de Transposição do Rio São Francisco, já começaram a sentir os efeitos da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga esquema de corrupção nos contratos da Petrobrás. Sem crédito na praça e sem receber da estatal, a construtora não fez o pagamento da segunda parcela do 13º salário, previsto para 20 de dezembro, para os cerca de 500 empregados que continuam na obra.

De férias coletivas desde o dia 18, os funcionários voltaram ao trabalho na segunda-feira (7) e continuam parados. “No escritório da empresa (em Salgueiro-PE), dizem que não há dinheiro nem para comprar combustível para colocar nos veículos e equipamentos da obra. Por isso, os funcionários ficam de braços cruzados sem saber o que fazer”, afirma o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav), Luciano Silva.

Além de entrar com uma ação na Justiça reivindicando o pagamento do 13º salário e por dano moral coletivo, o sindicato fará hoje uma mobilização na BR-232 para protestar contra a situação. “A empresa disse que fará o depósito hoje, quando vence também o salário dos funcionários. Mas ela está falando isso todos os dias”, diz Silva. Segundo ele, nos últimos meses, a Mendes Júnior demitiu quase 2.500 pessoas no canteiro de obras do lote 8, que deverá ser concluído apenas em 2016. “Tem muita coisa para fazer nesse trecho.” Procurada, a Mendes Júnior não respondeu ao pedido de entrevista.

Fontes do setor de construção, que preferem não se identificar, afirmam que a situação da empresa, como a de outras construtoras envolvidas no escândalo de corrupção, é bastante delicada, com risco até de ter de pedir recuperação judicial. Só na Mendes Júnior Engenharia, o valor de debêntures previsto no balanço de 2013 somava R$ 1,91 bilhão.

Na época, o grupo tinha 40 projetos em andamento, como a Transposição do São Francisco, Rodoanel Norte de São Paulo e o Porto de Santana (AP). Não é a primeira vez que a Mendes Júnior passa por maus bocados. No início da década de 90, com dívidas e sem poder disputar licitações por causa de uma pendência com a Chesf, a empresa quase quebrou. Só em 1998 a companhia começou a engrenar com novos contratos para a construção de rodovias, hidrelétricas e na área de petróleo e gás.

Na opinião de especialistas, o risco é que as obras de outras áreas tocadas pelas construtoras envolvidas na Lava Jato sejam atingidas. Com caixa debilitado, as empresas vão passar por momentos complicados, sem dinheiro até para fazer a rescisão dos funcionários, afirma um executivo do setor.

Rebaixamento
Outra empresa que corre o risco de entrar em recuperação judicial é a OAS, alerta a agência de classificação de risco Fitch Rating. Ontem, pela segunda vez em menos de uma semana, a agência rebaixou a nota de crédito da empresa. Desta vez, de C para RD, o que significa que a empresa está inadimplente, mas legalmente ainda não entrou em processo de recuperação judicial.

A revisão ocorreu porque a empresa não fez o pagamento de principal e juros relacionados à nona emissão de debêntures, de R$ 103 milhões, com vencimento em 5 de janeiro. Ela também não pagou US$ 16 milhões de juros de um título de US$ 400 milhões com vencimento em 2021. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.