Médico alerta sobre sobre a tuberculose

O Brasil manteve a posição de 16º lugar no número de casos de tuberculose em todo o mundo. Somente no ano passado foram 67.966 doentes. Os dados foram apresentados pela Parceria Brasileira Contra Tuberculose na câmara dos deputados em Brasília no Dia Mundial de Combate a Tuberculose, celebrado em 24 de março. A doença é infectocontagiosa e ataca principalmente os pulmões, mas pode atacar outros órgãos.

O médico pneumologista do hospital Santa Efigênia, Eraldo Simões, alerta para os principais sintomas. “Como o órgão mais afetado é o pulmão, a pessoa vai ter sintomatologia respiratória, ou seja, tosse prolongada com catarro verde, amarelo e em alguns casos com sangue, além de febre, suor noturno e dor no tórax”, explica.

Cansaço excessivo, rouquidão, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado e fraqueza também são possíveis sintomas. Pessoas mais próximas ao doente devem ter cuidado durante o contato para evitar o contágio, principalmente em lugares fechados com aglomerações.

Ainda de acordo com o médico, a enfermidade pode acometer pessoas de qualquer idade e trará problemas mais acentuados em idosos. Segundo ele, a prevenção deve ser feita nas crianças com a vacina BCG e no cuidado com os pacientes infectados. “O tratamento da tuberculose é prolongado, por isso, o paciente deve ter paciência e não abandonar o tratamento, pois a doença pode voltar se ele não estiver totalmente curado”, alerta.

Apesar de ser uma doença relativamente preocupante, Dr. Eraldo Simões tranquiliza os doentes. “A tuberculose é uma doença curável, por isso o paciente deve ter calma, procurar o médico pneumologista para se tratar corretamente e não abandonar o tratamento”, orienta.

Países propõe acesso universal aos medicamentos contra tuberculose

Facilitar o acesso aos medicamentos de combate à tuberculose aos países do BRICS e em países de baixa renda. Este é principal resultado da 4ª Reunião de Ministros da Saúde do BRICS, que reuniu os representantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em Brasília, nos dias 2 a 5 de dezembro. O enfrentamento à má nutrição, as trocas de experiências em relação às ações de prevenção a aids e ebola também foram incluídos entres os compromissos firmados em um comunicado apresentado pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta sexta-feira (5).

“O documento reflete a preocupação dos cinco países com a saúde global. A possibilidade de garantirmos o fornecimento gratuito de medicamentos de primeira linha contra a tuberculose é um marco, e demonstra nosso compromisso, o fomento ao desenvolvimento tecnológico, e respaldo às iniciativas multilaterais de saúde”, afirmou Arthur Chioro.

O documento prevê a construção de uma proposta para o acesso universal aos medicamentos de primeira linha para pacientes com tuberculose dos países do BRICS e de baixa renda. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 22 países sejam responsáveis por mais de 80% dos casos de tuberculose no mundo e que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul representam 50% dos casos notificados. A expectativa é que seja atingida a meta de 90% dos grupos vulneráveis, e que 90% dos pacientes sejam diagnosticados. Como resultado, 90% das pessoas se tratem com sucesso.

O acesso aos medicamentos pode contribuir, significativamente, para o alcance das metas globais pós-2015 e para a redução na incidência dos casos de tuberculose multirresistente. Com o acesso universal aos medicamentos, o controle e a futura eliminação da tuberculose como um problema de saúde pública, ficam cada vez mais próximos de serem alcançados. O plano para universalização dos medicamentos de tuberculose será finalizado em março de 2015, quando especialistas do BRICS se encontrarão para definir as estratégias e metas que deverão ser adotadas pelos países.

Na área de HIV e aids, o debate foi em torno da adesão às metas voltadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas com a doença. Os países pretendem cumprir a meta estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e pela Organização Mundial da Saúde, conhecida como 90-90-90, até 2020. A meta é testar 90% da população e, das pessoas que apresentarem resultado positivo, tratar 90%. Como resultado, conseguir que 90% das pessoas tratadas apresentem carga viral indetectável.

Os representantes expressaram preocupação sobre a epidemia do ebola e aprovaram a criação de um grupo de trabalho para desenvolver um plano conjunto de enfrentamento da doença. Na última quarta-feira (3), o governo brasileiro já havia anunciado a doação de R$ 25 milhões a agências das Nações Unidas, sendo US$ 5 milhões exclusivamente para a OMS realizar o combate ao vírus do Ebola e apoio à população na Guiné-Conacri, na Libéria e em Serra Leoa, países da África Ocidental mais afetados pela doença.

Outro item debatido no encontro foi em relação ao número elevado de mortes prematuras associadas a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em países em desenvolvimento. Os ministros reforçaram a importância da adoção de estratégias para reduzir fatores de risco (consumo de tabaco, dieta inadequada, inatividade física e do uso nocivo do álcool), para fortalecer seus serviços de saúde e para promover a investigação e desenvolvimento e acesso a medicamentos.

Reconhecendo que as taxas de excesso de peso, obesidade e doenças crônicas decorrentes da desnutrição têm aumentado significativamente nos países do BRICS, os ministros manifestaram o seu interesse em estratégias e políticas de compartilhamento. O tema nutrição será destaque em reunião paralela a ser realizada na próxima Assembleia Mundial de Saúde, em Genebra.

No Brasil, a última pesquisa Vigitel divulgada pelo Ministério da Saúde mostra que mais da metade da população brasileira (50,8%) está acima do peso ideal e que, destes, 17,5% são obesos. Os ministros lembraram, ainda, dos compromissos da Década de Ação para Segurança Viária 2011-2020 e o ministro Arthur Chioro aproveitou para convidar os demais representantes para a II Conferência Mundial sobre Segurança no Trânsito, em novembro de 2015.

TUBERCULOSE – O Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente o tratamento contra a tuberculose. Todos os medicamentos necessários para o tratamento da doença são ofertados na rede pública de saúde. Esses medicamentos integram o tratamento padronizado da doença, utilizado em quase a totalidade dos casos. Todo o acompanhamento, que tem duração de no mínimo seis meses, é feito pela Atenção Básica do SUS.

Anualmente, são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. Em 2013, a taxa de incidência de tuberculose no Brasil foi de 35 casos por 100 mil habitantes, contra 44,4/100 mil em 2003 – uma redução de 21,17%. O número de casos novos teve redução 10,5%, passando de 78.606, em 2003, para 70.372 casos novos registrados em 2013. A tendência de queda também é observada em relação aos óbitos. A taxa de mortalidade de 2012 foi de 2,3 óbitos por 100 mil habitantes, 23% menor que a taxa de 3 óbitos por 100 mil habitantes registrada em 2012.

BRICS – As ações cooperativas entre os representantes do BRICS impactam fortemente no mapa da saúde global, tendo em vista que juntos englobam 43% da população mundial. Os países enfrentam uma série de desafios de saúde pública similares, incluindo o acesso aos serviços de saúde e medicamentos, aumento dos custos de saúde especialmente referente a doenças infecciosas e também as taxas crescentes de doenças não transmissíveis.

Nos encontros anteriores – China (2011), Índia (2013) e África do Sul (2013) –, os governos apresentaram a necessidade de equacionar as diversas assimetrias na área de saúde. Uma das propostas foi a possibilidade de se estabelecer uma Rede de Cooperação Tecnológica, como forma de promover a transferência de tecnologias e o acesso a medicamentos. Em 2013, foi adotado o Marco do BRICS para a Colaboração em Projetos Estratégicos em Saúde.

Em Gravatá, prefeitura promove ações em combate a Tuberculose

A prefeitura de Gravatá através da Secretaria de Saúde e Departamento de
Vigilância Epidêmica iniciou na manhã desta segunda-feira uma importante ação
em combate a Tuberculose. O trabalho teve início no Abrigo dos Velhinhos, e
tem como objetivo a busca da cura da doença, onde profissionais dos PSFs
se mobilizam dando suporte aos idosos com exames da Baciloscopia (exame do
escarro).

A coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Tárcila,
informou que os exames são feitos mensalmente nos PSFs de Gravatá, enviados
para um laboratório em Caruaru, que em torno de uma semana saem os
resultados. Além dessa prevenção que acontece todos os meses, são doados
medicamentos gratuitos para esses pacientes com acompanhamento de médicos e
enfermeiros.

Outro fato importante dessa ação é que a Secretaria de Saúde em parceria
com o departamento de epidemias; além de manter a preocupação com os idosos
da Casa Beneficente Vicente Soares da Silva e Maria Alice, também fará
mobilização da ação com moradores de ruas, prostíbulos e presos da cadeia
pública do município.

Secretaria de Saúde do Ipojuca dará início aos novos casos de tuberculose no município

Com o slogan “A tuberculose ainda existe e tem cura”, a Secretaria de Saúde do Ipojuca dará início à campanha de busca ativa para novos casos da doença no município. A ação acontecerá na próxima segunda-feira (10) no Engenho Caetés e seguirá até o dia 14 em outras localidades.

O mutirão da busca no Engenho Caetés contará com uma palestra sobre a doença, exibição de vídeos e distribuição de material educativo, além da avaliação clínica e orientação médica.

Tudo isso acontecerá na Unidade de Saúde da Família do engenho. No dia 11 será a vez da Policlínica Severina Teles ofertar as mesmas ações. Já a USF III, em Rurópolis Ipojuca, será a próxima no atendimento, no dia 12, às 9h. No dia 13, a tarde, quem abrirá as portas para a busca ativa será a USF I, em Rurópolis Camela.