Vacina inédita para esquistossomose inicia nova fase de estudos

O Brasil inicia neste ano a nova fase de estudos clínicos para a vacina de esquistossomose, chamada de Vacina Sm14. O anúncio foi feito esta sexta-feira (26), no Rio de Janeiro pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os testes acontecerão entre agosto e dezembro de 2016, período que corresponde à mais alta endemicidade da doença em território africano. A produção e desenvolvimento da vacina é uma parceria público-privada (PPP) entre a Fiocruz e a empresa Orygen Biotecnologia S.A. O projeto é um dos priorizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ao longo das três etapas de Fase II, está prevista a participação de 350 voluntários, entre adultos, inicialmente, e em criança. A Vacina Sm14 será administrada em três doses, com intervalos de um mês entre cada uma. A conclusão e os resultados dos estudos estão previstos para 2017. “É a primeira vez no mundo que uma vacina parasitária produzida com tecnologia brasileira de última geração chega à Fase II de estudos clínicos. Um importante passo para o enfretamento desse problema de saúde que atinge principalmente populações pobres de diferentes países”, comemorou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Desenvolvida e patenteada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a vacina utiliza a proteína Sm14, sintetizada a partir do Schistosoma mansoni, verme causador da esquistossomose na América Latina e na África. Será produzida a partir de um antígeno – substância que estimula a produção de anticorpos, evitando que o parasita causador da doença se instale no organismo ou que lhe cause danos. “Esse tipo de iniciativa fortalece o Brasil como uma base tecnológica capaz de assegurar o atendimento das demandas do sistema público de saúde”, afirmou o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Nessa fase do estudo, os testes serão realizados em adultos moradores da região endêmica no Senegal, na África, local atingido simultaneamente por duas espécies do parasito Schistosoma, causador da doença. Essa característica, que não existe em nenhuma região brasileira, é muito importante para que se possa verificar a segurança da Vacina Sm14.

ESQUISTOSSOMOSE – Os casos da doença acontecem em ambientes onde não há infraestrutura adequada de saneamento básico: fezes de pessoas infectadas com o verme Schistosoma, quando despejadas inapropriadamente em rios e outros cursos de água doce, podem infectar caramujos do gênero Biomphalaria. Por sua vez, os caramujos liberam larvas do verme na água, podendo infectar outras pessoas por meio do contato com a pele, reiniciando o ciclo da doença. A vacinação terá potencial de interromper o ciclo de transmissão, induzindo uma imunidade duradoura.

Vacina para Zika estará disponível para testes em novembro‏

O desenvolvimento da vacina contra o vírus Zika, resultado da parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas (PA), do Ministério da Saúde, e a Universidade Medical Branch do Texas, Estados Unidos, estará disponível para os testes pré-clínicos (em primatas e camundongos) em novembro.  A previsão foi anunciada pelo diretor do instituto, Pedro Vasconcelos, ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta sexta-feira (20) durante reunião no Ministério da Saúde.

O acordo internacional foi um passo importante para o desenvolvimento de uma vacina contra  o vírus. A universidade norte-americana é um dos principais centros mundiais de pesquisas de arbovírus, especializado no desenvolvimento de vacinas – assim como o Instituto Evandro Chagas, referência mundial de excelência em pesquisas científicas. O estudo conta com um investimento de aproximadamente R$ 10 milhões do ministério da Saúde.

O ministro Ricardo Barros disse que a pesquisa superou as expectativas iniciais. “Será um salto importante para saúde, em um tempo recorde. O prazo inicial, de 12 meses, está sendo antecipado para nove meses. Isso mostra a importância do Instituto Evandro Chagas como uma célula fundamental de desenvolvimento de tecnologia em saúde no Brasil”, avaliou o ministro.

A vacina deverá ser administrada em dose única e utilizará o vírus Zika atenuado. Inicialmente, o público-alvo da imunização serão mulheres em idade fértil. “As novas tecnologias são fundamentais para conseguirmos acelerar o processo de desenvolvimento da vacina. Se as fases correrem dentro do esperado, em dois anos poderemos ter a vacina pronta para produção”, observou Pedro Vasconcelos, do Evandro Chagas.

Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, o imunobiológico será fundamental para ajudar a diminuir a incidência dos casos de microcefalia em bebês. “A vacina ajudará a prevenir a transmissão do vírus Zika para as mulheres e suas consequências, como a microcefalia. Elas estarão protegidas e poderão engravidar com mais tranquilidade”, explica.

O imunobiológico não poderá ser aplicado em gestantes, mas o instituto também desenvolve outra tecnologia, a partir do DNA recombinante do vírus para ser utilizado em grávidas. Essa vacina deverá estar disponível para testes até fevereiro de 2017, segundo a previsão de Pedro Vasconcelos, do Evandro Chagas.

Encerrado o desenvolvimento da vacina pelo Instituto Evandro Chagas, a previsão é que em fevereiro de 2017 sejam iniciados os estudos clínicos (em humanos) para testar sua eficácia na população. Essa etapa será executada pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz).

Devido à situação de emergência gerada pela epidemia de Zika e suas consequências, como a microcefalia em bebês, o Ministério da Saúde, junto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já estuda formas de dar celeridade ao processo, que normalmente dura cinco anos. Durante a epidemia de ebola a Organização Mundial de Saúde (OMS) conseguiu negociar o andamento das fases de testes clínicos.

PARCERIAS – O investimento em novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal. Além do acordo de desenvolvimento de uma vacina contra o Vírus Zika entre o Instituto Evandro Chagas e a Universidade do Texas Medical Branch, existe uma parceria com o governo da Paraíba e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos para um estudo de caso controle de microcefalia relacionada ao vírus Zika no Brasil. O objetivo da pesquisa é estimar a proporção de recém-nascidos com microcefalia associada ao Zika, além do risco da infecção pelo vírus.

Também foi celebrado contrato entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para financiamento da terceira e última fase da pesquisa clínica para a vacina da dengue. No total, o Ministério da Saúde investirá R$ 100 milhões nos próximos dois anos para o desenvolvimento do estudo e outros R$ 8,5 milhões no desenvolvimento de soro contra o vírus Zika. Ao todo, a previsão é um investimento de R$ 300 milhões do governo federal para os estudos do Butantan.

MICROCEFALIA – O último Informe Epidemiológico de Microcefalia divulgado pelo Ministério da Saúde confirma 1.384 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o país. O boletim reúne as informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde até o dia 14 de maio.

No total, foram notificados 7.534 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 3.332 permanecem em investigação. Outros 2.818 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso.

Os 1.384 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 499 municípios, localizados em 26 unidades da federação. Não existe registro de confirmação apenas no estado do Acre. Desses casos, 207 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

Vacinação antirrábica continua em Garanhuns‏

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Mais de 16 mil animais foram vacinados contra raiva, em Garanhuns, no último sábado (02). A Campanha Nacional de Vacinação Antirrábica foi realizada na zona urbana, em mais de 30 pontos da cidade.  Além destes, ainda durante esta e na próxima semana, mais cinco pontos da zona urbana realizarão a mobilização. Os distritos de São Pedro, Miracica e Iratama; os sítios Estrela, Cruz e Paulista e a comunidade Castainho também já têm datas marcadas para imunização dos animais de estimação.

Amanhã (06), a mobilização acontecerá na comunidade Castainho. Na quinta-feira (07) é a vez do distrito de Iratama receber a campanha. No dia seguinte, na sexta-feira (08), a imunização será realizada no sítio Estrela. Na próxima semana, a campanha começa na terça-feira (12), quando será realizada no distrito de Miracica; na quarta-feira (13), no sítio Paulista e na quinta-feira (14), no distrito de São Pedro. Na semana seguinte, entre os dias 19 a 21, a vacinação antirrábica acontecerá no sítio Cruz.

Alguns setores da zona urbana de Garanhuns também realizarão a campanha ainda nesta semana e na próxima. Amanhã (06), acontecerá na avenida Santa Rosa; na quinta-feira (07), na comunidade Manoel Xéu; no dia seguinte, na sexta-feira (08), acontecerá na comunidade Várzea. Encerrando a programação dos setores urbanos, a mobilização acontecerá, na terça-feira (12), nas proximidades do Castelo de João Capão; e na quarta-feira (13), em um ponto de vacinação entre o Jardim Petrópolis e a comunidade Liberdade.

O diretor da Vigilância em Saúde, Marcos André, explicou a relevância da campanha. “Toda essa mobilização tanto na zona urbana, quanto na zona rural, é de fundamental importância para imunizar nossos cães e gatos contra a raiva. Essa doença é extremamente perigosa e é uma das principais zoonoses que nós temos. Manter os nossos animais de estimação protegidos é a motivação dessa campanha”, finalizou o diretor.

Ministério da Saúde investe R$ 100 milhões para vacina da dengue‏

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, assina nesta segunda-feira (22), em São Paulo (SP), o contrato com o Instituto Butantan para financiamento da terceira e última fase da pesquisa clínica para a vacina da dengue. No total, o Ministério da Saúde investirá R$ 100 milhões nos próximos dois anos para o desenvolvimento do estudo. O Instituto inicia nesta segunda-feira, no Hospital das Clínicas, a vacinação de um grupo de voluntários para dengue.

Ao todo, a previsão é um investimento de R$ 300 milhões do governo federal para os estudos do Butantan. Além dos recursos do Ministério da Saúde, estão sendo analisados outros R$ 100 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio de um contrato da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), e R$ 100 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

“O investimento é um compromisso do governo federal com o desenvolvimento de novas tecnologias contra Aedes aegypti e as doenças transmitidas por esse mosquito. A pesquisa do Butantan é promissora contra a dengue e pode nos auxiliar na busca soluções contra o vírus Zika”, afirma o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

O Butantan, principal produtor de imunobiológicos do país, é vinculado ao Governo do Estado de São Paulo e já desenvolve estudos e pesquisas nas áreas de Biologia e Biomedicina em parceria com instituições estrangeiras. Uma delas é o National Institutes of Health (NIH) – agência de saúde do governo norte-americano –, com o qual o Instituto está em estágio avançado de desenvolvimento da vacina contra a dengue.

No total, 17 mil voluntários de 13 cidades nas cinco regiões do Brasil participarão dos estudos e serão vacinados durante um ano. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do vírus, mas o Butantan estima ter a vacina contra a dengue disponível em 2018.

A vacina do Butantan tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue com uma única dose e é produzida com os vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. Com os vírus vivos, a resposta imunológica tende a ser mais forte, mas como estão enfraquecidos, eles não têm potencial para provocar a doença.

Nesta última etapa da pesquisa, os estudos visam comprovar a eficácia da vacina. Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica nem o participante saberá se foi aplicada a vacina ou o placebo. O objetivo é descobrir, mais à frente, a partir de exames coletados dos voluntários, se quem tomou a vacina ficou protegido e quem tomou o placebo contraiu a doença.

Os resultados da segunda fase da vacina já superaram as expectativas em relação a eficácia e segurança,  se mostrando superior a outras vacinas já disponíveis ou em desenvolvimento. Para a imunização será necessária apenas uma dose da vacina que pode ser aplicada em pessoas de todas as idades, inclusive em crianças.

VACINA ZIKA – O Ministério da Saúde anunciou no dia 11 o primeiro acordo internacional para desenvolvimento de vacina contra o vírus Zika. A pesquisa será realizada conjuntamente pelo governo brasileiro e a Universidade do Texas Medical Branch dos Estados Unidos. Para isso, serão disponibilizados pelo governo brasileiro US$ 1,9 milhão nos próximos cinco anos.

De acordo com o cronograma de trabalho, a previsão é de desenvolvimento do produto em dois anos. A parceria no Brasil para desenvolvimento da vacina será com o Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. O IEC é o Laboratório de Referência Nacional para Arbovirus e Centro Colaborador da OPAS/OMS para Referência e Pesquisa em Arbovirus. Já a Universidade texana é Centro Colaborador da OMS para Pesquisa em Vacinas, Avaliação e Treinamento de Doenças Infecciosas Emergentes. A parceria poderá contar com o apoio da OPAS.

O acordo prevê a instituição de um Comitê de Coordenação que irá se reunir, pelo menos, duas vezes ao ano para analisar o progresso e os resultados alcançados no âmbito da cooperação. Está prevista também a participação de outros organismos de saúde internacional, como a Organização Mundial de Saúde.

O investimento em novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal, além da parceria com os governos estaduais e municipais.

O plano foi criado para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika e oferecer suporte às gestantes e aos bebês. Ele é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional. O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito, Atendimento às Pessoas e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa.

Seis tipos de vacinas passam por mudanças em seu calendário 2016

A população deve ficar atenta. Mudanças ocorreram no calendário de vacinação nacional e começam a valer a partir desse mês. As alterações afetam seis tipos de vacinas disponibilizadas pelo SUS: Hepatite B, Meningite, Pneumonia, Paralisia Infantil, HPV e Hepatite.

As principais mudanças se referem à faixa etária do público-alvo. A partir de hoje, as vacinas de hepatite B que antes eram disponibilizadas até os 49 anos, agora não tem limite de idade. As vacinas de meningite e pneumonia passam a ser administradas em crianças até 4 anos e 11 meses. Antes, só se beneficiava o público infantil até 1 ano e 11 meses. Já as vacinas de hepatite A aumentam-se o período de oferta de 12 para 15 meses de vida do bebê.

Ocorreram também alterações nas administrações das doses de paralisia infantil e HPV. Em relação à paralisia infantil, a terceira dose passa de oral para ser injetável. Sobre o HPV, antes administravam três doses e agora serão reduzidas para duas.

De acordo com Lilian Leite, coordenadora do programa de vacinação da prefeitura de Caruaru, a idade para o fornecimento de vacinas de hepatite B se tornou ilimitados pelo fato do aumento da expectativa de vida dos brasileiros. “Hoje temos um aumento da população de idosos e essas pessoas já têm uma vida sexual mais ativa pela melhoria da qualidade de vida e uma resistência ao uso de preservativos. Com se sabe, a hepatite B é uma doença sexualmente transmissível.”, informou.

Lilian Leite ainda destacou que desde dezembro a Secretaria de Saúde tomou conhecimento das mudanças dos calendários e todas as 63 Unidades Básicas de Saúde e os 5 Centros de Saúde já passaram por capacitações e estão cientes das alterações.

Vacina contra a dengue só particular

Do Diario de Pernambuco

A primeira vacina contra dengue liberada para a comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já um alento, embora hoje a maior preocupação seja com a transmissão do zika vírus e a chikugunya pelo mosquito Aedes aegypti. A vacina contra dengue, no entanto, que teve a liberação publicada no Diário Oficial da União, não implica o uso pelo Sistema Único de Saúde. E de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde não há previsão do medicamento chegar ao estado de Pernambuco.

A autorização de comercialização permite ao fabricante Sanofi Pasteur a vender a vacina Dengvaxia contra quatro tipos da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). No ínicio deste mês, o México e as Filipinas também aprovaram o uso do medicamento. O preço da vacina será avaliado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial que é responsável por estipular preços de remédios.
Para que seja utilizado na rede hospitalar pública, o imunizante deverá passar por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), que vai levar em conta questões como a relação entre o benefício e o impacto no orçamento público.

A Secretaria Estadual de Saúde está em processo de negociação com o Ministério da Saúde para que a vacina seja incorporada ao calendário de imunização. Em nota, a pasta informou que a avaliação de novas tecnologias que combatam o mosquito Aedes aegypti e as doenças transmitidas por ele estão sendo analisadas. De acordo com o ministério, o combate ao mosquito transmissor é eficiente contra a dengue, chikugunya e zika.

A vacina levou 20 anos para ser elaborada. Participaram dos testes mais de 40 mil pessoas pelo mundo — sendo que 29 mil tomaram o medicamento —, de 15 países, incluindo o Brasil. O estudo sobre a eficácia do remédio foi publicado no The New England Journal of Medicine, em julho deste ano. O Brasil é o terceiro país a aprovar o uso da vacina, após o México e as Filipinas.

Segundo a diretora médica da Sanofi, Sheila Homsani, a partir da primeira dose o produto protege quase 70% das pessoas. “A necessidade das outras doses vem porque a proteção vai caindo com o tempo, não se mantém sem as outras duas. A proteção só se mantém por muitos anos quando se tomam as três doses”, explicou Sheila.Hoje, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, apresentará o balanço das 44 ações realizadas por 19 secretarias e órgãos municipais pelo Plano Emergencial de Enfrentamento ao Aedes aegypti, que foi lançado no início do mês. As atividades contaram com a colaboração de cerca de 8 mil servidores municipais. As ações visaram a sensibilização e concientização ao combate direto ao mosquito Aedes Aegypti, assim como a eliminação de focos de proliferação e o apoio às gestantes que estejam grávidas de crianças com suspeita de microcefalia.

Grávidas não podem

Mulheres grávidas, mães que estão amamentando e fenilcetonúricos não podem tomar a vacina que somente oferece proteção contra os quatro sorotipos do vírus da dengue, e não para as outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como zika e chikungunya. A vacina é indicada para pessoas entre 9 e 45 anos. A promessa do fabricante é de proteção de 93% contra casos graves da doença, redução de 80% das internações e eficácia global de 66% contra todos os tipos do vírus.

O medicamento apresenta um índice de proteção de cerca de 66%. O grupo brasileiro teve uma resposta maior aos testes, mas a média foi influenciada por um grupo da Tailândia que não reagiu bem ao antídoto. Nas pesquisas, constatou-se que a vacina preveniu a hospitalização em 80% dos casos e diminuiu em 93% a ocorrência da dengue hemorrágica. Dados do Ministério da Saúde mostram que, até a primeira semana de dezembro, 839 pessoas morreram devido à dengue.

Após a aprovação da vacina, o diretor-presidente da Anvisa, Ivo Buscaresky, e Daniela Cerqueira, da gerência de produtos biológicos do órgão, disseram que a rede pública de saúde terá prioridade para o uso da vacina, que ainda não tem preços definidos – o prazo para determinação do valor é de 90 dias, e, após esse período, começarão as discussões sobre financiamento e comercialização. Além disso, a Anvisa esclareceu que a imunização só é efetiva se as três doses da vacina forem tomadas, em intervalos de seis meses.

Campanha nacional de vacinação contra a pólio começa neste sábado

Para proteger as crianças contra paralisia infantil, o Zé Gotinha entra em ação mais uma vez a partir deste sábado (15), dia D de mobilização. Em parceria com estados e municípios, o Ministério da Saúde realiza a 36ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Até o dia 31 deste mês, a meta é imunizar 12 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. Isso representa 95% do público-alvo, formado por 12,7 milhões de crianças.

A ida ao posto de saúde também será a oportunidade para colocar a vacinação das crianças  em dia. Por isso, paralelamente à campanha contra poliomielite, o Ministério da Saúde promove uma mobilização para atualizar o esquema vacinal dos menores de cinco anos. Os profissionais de saúde vão avaliar a caderneta infantil, alertando aos pais sobre as vacinas que estão vencendo ou em atraso.

As doses atrasadas serão aplicadas e agendadas, de acordo com a situação de cada criança. Aquelas que nunca foram vacinadas contra a poliomielite, não receberão as gotinhas na campanha. As crianças que estão iniciando o esquema vacinal devem ser imunizadas com vacina inativada poliomielite (VIP injetável), aplicada aos dois e quatro meses de vida. Já aos seis meses, a criança deve receber uma dose da vacina oral e outra de reforço aos 15 meses. (confiram tabela abaixo). Para isso, pais ou responsáveis devem  levar o cartão de vacinação aos postos de saúde.

A vacina é extremamente segura e protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Não existe tratamento para a poliomielite e a única forma de prevenção é a vacina. Ela é recomendada, até mesmo, para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. Já, para crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da Saúde recomenda aos pais que consultem um médico para avaliar se a imunização é indicada.

SUS oferta vacina contra HPV para meninas de 9 a 11 anos

Chegou a vez de as meninas de 9 a 11 anos tomarem a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer do colo do útero. A expectativa do Ministério da Saúde é a de vacinar 4,94 milhões de meninas em 2015. Junto com o grupo de adolescentes de 11 a 13 anos vacinadas no ano passado, essa pode ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer do câncer do colo do útero. A meta é vacinar, em parceria com as secretarias estaduais e municipais da saúde, 80% do público-alvo.

A novidade para este ano é a inclusão de 33,5 mil mulheres de 9 a 26 anos que vivem com HIV. Mais suscetível a complicações decorrentes do HPV, esse público tem probabilidade cinco vezes maior de desenvolver câncer no colo do útero do que a população em geral. A inclusão do grupo como prioritário para a prevenção segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) do Programa Nacional de Imunizações (PNI),  em conformidade com o Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais.

A vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo país. Para este ano, o Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios que façam parcerias com as escolas públicas e privadas, repetindo a estratégia adotada na primeira dose da vacina, quando 100% do público estimado, de 4,95 milhões de meninas de 11 a 13, foi vacinado. Já a segunda dose, que teve o foco a administração apenas nos postos de saúde, alcançou 2,9 milhões de meninas, atingindo 58,7% do público-alvo.

Campanha de vacinação contra sarampo e pólio termina nesta sexta em todo o país

A campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite encerra nesta sexta-feira (12). Até esta quinta-feira (11), 10,8 milhões de crianças foram vacinadas contra poliomielite e 8,7 milhões contra sarampo, o que representa 85% e 79,8% do público-alvo, respectivamente. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% das crianças para manter a erradicação da poliomielite e garantir a eliminação do sarampo no Brasil. Cerca de dois milhões de crianças, destes dois grupos, ainda não foram vacinadas.

O objetivo do Ministério da Saúde é promover a vacinação contra a poliomielite a 12,7 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos de idade incompletos. A medida tem como objetivo manter a erradicação da doença no Brasil, que não apresenta casos de poliomielite desde 1990. Para isso, o Ministério distribuiu 17,8 milhões de doses da VOP (Vacina Oral Poliomielite) durante a campanha. A meta é vacinar, pelo menos, 95% do público alvo, cerca de 12 milhões de crianças.

Já a vacinação contra o sarampo é voltada para crianças entre um e cinco anos de idade (incompletos). Devem ser vacinadas 10,9 milhões de crianças com a tríplice viral. O Ministério da Saúde distribuiu mais de 11,8 milhões de doses da vacina, que além de imunizar contra o sarampo, também garante a proteção contra a rubéola e a caxumba.

As vacinas estão disponíveis em 35 mil postos de vacinação espalhados pelo país. A campanha se encerra nesta sexta-feira (12).

ALERGIA- Para as crianças com alergia ao leite de vaca, a vacinação contra sarampo ocorrerá posteriormente. O Ministério da Saúde já orientou as secretarias estaduais e municipais de saúde que evitem vacinar essas crianças com o produto fornecido pelo laboratório Serum Institutte of India Ltd. A iniciativa é uma medida de precaução, devido à presença do componente lactoalbumina hidrolisada nas doses fornecidas pelo laboratório.

Para garantir a vacinação correta, os pais ou responsáveis que levarem as crianças aos postos de saúde, serão questionados sobre uma possível alergia ao leite de vaca. Caso a criança não tenha registro prévio de alergia, ela receberá a dose normalmente.
POLIOMIELITE – A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave e a única forma de prevenção é por meio da vacinação. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

Embora, atualmente, o Brasil esteja livre da paralisia infantil, é fundamental a continuidade das campanhas de vacinação, para evitar a reintrodução do vírus no país. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 10 países registraram casos de poliomielite em 2013 e 2014, sendo que três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

SARAMPO –  O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção também é por meio da vacina.

Os últimos registros de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados ou relacionados à importação, com concentração nos estados de Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença, de acordo com a OMS. Cabe ressaltar que, com o fluxo de turismo e comércio entre os países, o risco de importação do vírus é maior, por isso a importância da imunização.

SUS passa a oferecer vacina contra hepatite A para crianças

O calendário básico de imunização da criança está sendo ampliado com a introdução da vacina contra a hepatite A, que passa a ser ofertada nos postos de saúde do país. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três milhões de crianças – na faixa etária de um até dois anos incompletos – no período de 12 meses.  Com isso, o Brasil passa a oferecer, gratuitamente, 14 vacinas de rotina, garantindo todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A introdução da nova vacina é uma das ações do Ministério da Saúde que marcam o Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho.

O objetivo é prevenir e controlar a hepatite A e, dessa forma, imunizar, gradativamente, toda a população. O esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, prevê uma dose única da vacina. Será feito o monitoramento da situação epidemiológica da doença, no país, para definir a inclusão ou não de uma segunda dose no calendário da criança. A Hepatite A é uma doença infecciosa aguda que atinge o fígado.

Para o início da vacinação, estados e municípios já receberam 1,2 milhão de doses. Outros lotes da vacina serão encaminhados, ainda este ano e no decorrer de 2015, para atender 100% do público-alvo. A data para início da vacinação será definida por cada estado.  

As doses para o início da vacinação já foram enviadas para todas as secretarias estaduais de saúde, assim como os materiais instrucionais para a correta aplicação na população. A vacina contra a hepatite A é segura e praticamente isenta de reações, mas pode provocar vermelhidão e inchaço no local da aplicação.