A equipe econômica do presidente provisório Michel Temer já começou a assumir que vai aumentar impostos, a exemplo da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e cortar benefícios sociais de 30 mil beneficiários do Bolsa Família. Depois de fazer uma série de anúncios que aumentarão o déficit de 2016 e compromete também o déficit de 2017, Temer deve anunciar medidas impopulares.
“Esse presidente sem voto e sua equipe realmente estão completamente perdidos na área da economia. Depois de receber um cheque em branco do Congresso Nacional quase dobrando o déficit de 2016, autorizou uma série de gastos que prejudicam o orçamento da União. Agora vem falar em aumentar impostos e cortar benefícios sociais dos que mais precisam”, afirmou o líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa.
Temer já confidenciou que,caso a presidenta Dilma Roussef receba o impeachment do Senado, anunciará um pacote de medidas impopulares após assumir de vez o cargo de presidente. Para conseguir isso o interino vem trabalhando nos bastidores para conseguir votos no Senado. Já autorizou R$ 669 milhões em emendas parlamentares e já surgiram rumores que ele vem prometendo a parlamentares recursos para obras inacabadas nos estados.
Na lista das medidas para conseguir caixa para o Tesouro Nacional estão privatizações de empresas federais, aumento de impostos, cortes de programas sociais; e para medidas em longo prazo, vai fazer uma reforma na previdência alterando para 70 anos a idade mínima da aposentadoria.
“É engraçada a matemática do presidente sem voto. Dinheiro para emendas parlamentares e terminar obras “escolhidas” por conveniência política tem, mas para não aumentar impostos e para dar continuidade a programas sociais importantes e também garantir os direitos dos trabalhadores ele não tem”, avaliou Humberto.