Tempo bom para se operar no azul

Pedro Augusto

O Maior e Melhor São João do Mundo realiza a sua grade de programação 2019 deste sábado 1º até o próximo dia 30, não só oferecendo muita cultura e entretenimento aos forrozeiros de plantão, mas também impulsionando bastante diversos segmentos financeiros de Caruaru. Que o diga o comércio. Na semana que antecedeu o início dos festejos, o setor mais pujante da economia local passou a sentir com maior intensidade a lucratividade propiciada pelo evento mais importante da cidade. Do segmento de calçados até o de enfeites, otimismo é o que não tem faltado por parte dos lojistas em termos de faturamento, mesmo com os resquícios ainda presentes da crise financeira nacional.

Com desempenho satisfatório no último Dia das Mães, que tradicionalmente serve como uma espécie de termômetro para o período junino, a Sapataria Muniz está projetando crescimento nas vendas ante o São João do ano passado. Foi o que ressaltou o gerente de uma das unidades da rede, Demilton Holanda. “Em 2018, a realização da Copa do Mundo de Futebol acabou afetando o movimento de todo o comércio. Agora, a tendência é de que vendamos mais em relação ao último ano. Apesar das dificuldades que o varejo local teve de enfrentar nos primeiros meses de 2019, o Dia das Mães acabou sendo bastante positivo em termos de comercializações e a expectativa é de resultado satisfatório neste São João”, afirmou.

Nas unidades da Coisa di Festas, por exemplo, os volumes de vendas contabilizados já vêm correspondendo aos de um período junino. “As vendas, tanto no atacado como no varejo, se intensificaram nesta semana, haja vista que o São João já aportou no calendário de 2019 e muitos consumidores e empresas não costumam deixar passar esta época em branco. Ou seja, adquirem bastante artigos juninos como enfeites, fantasias, doces, dentre outros produtos, e, neste ano, não está sendo diferente. A expectativa é de superarmos as vendas de 2018 em pelo menos 20%. Os estoques estão preparados e os itens já estão tendo boas saídas”, avaliou o gerente de uma das unidades, Marcos Barbosa.

Também impulsionado de forma significativa no intervalo junino, o setor de vestuários espera deixar para trás o desempenho inexpressivo, que acabou sendo obtido nos primeiros cinco meses deste ano. Na Emanuelle, a estimativa é de, ao menos, igualar com o faturamento do São João 2018. “Os movimentos foram fracos do último mês de janeiro até maio e a esperança, agora, é de conseguirmos comercializar o mesmo quantitativo de vestuários do ano passado. Inclusive, já realizamos a contratação de três trabalhadores temporários para darmos conta da alta demanda. Da infantil até a masculina, todas as linhas deverão ser bastante procuradas”, comentou o gerente Juraci Ferreira.

Sem compromissos de trabalho, a advogada Sandra Silva foi uma das consumidoras a circular pelas lojas da Rua 15 de Novembro, no Centro, durante a manhã da última terça-feira (28). Ela se disse satisfeita com os preços praticados. “Se pesquisar bem, tem como se encontrar o que deseja com preços baratinhos. Já garanti a minha roupa da fogueira de São João”, disse, aos risos, Sandra.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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