UTI Neonatal do Hospital Unimed Caruaru adere técnica do polvo

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A chegada de um bebê é cercada de muitas dúvidas, alegrias e preparo. Todos ficam ansiosos para ver o rostinho do novo membro da família. O que muitos não esperam é a sua chegada prematuramente. Ao nascerem antes do esperado os recém-nascidos precisam de uma série de cuidados especiais ficando, em muitos casos, internados até adquirirem peso e a saúde necessária para começar a vida longe do hospital.
Cercado por muitos fios, médicos e cuidados, a criança necessita também do carinho dos pais, do leite materno e de toda a atenção. Muitas técnicas são utilizadas, como a técnica do canguru.

Para aumentar o acolhimento dos bebês, o Hospital Unimed Caruaru também adotou um brinquedo simples, mas que vem fazendo a diferença. São bonecos em forma de polvo feitos de crochê, com tentáculos em espiral que repousam ao lado dos recém-nascidos. “Apesar de ser recente aqui no Hospital Unimed Caruaru, a iniciativa já tem trazido resultados positivos para os bebês. Associando o seu uso e um adequado posicionamento, foi observado que os recém-nascidos ficam mais tranquilos, fazendo com que os sinais vitais sejam mantidos dentro da normalidade. Dessa forma eles tem menos gasto energético, propiciando no ganho de peso e favorecendo a sua recuperação. A prática não substitui técnicas já consagradas, mas vem para agregar e somar em prol do bem estar dos bebes”, explica a Fisioterapeuta Intensivista, Sheila Rossana.

O Projeto Octo, como é conhecido,começou na Dinamarca em 2013, quando um grupo de voluntários passou a costurar polvos de crochê para doar para bebês prematuros em unidades de tratamento intensivo neonatais. De acordo com profissionais do Hospital Universitário Aarhus, na Dinamarca, foi observado que o brinquedo melhora os sistemas respiratórioe cardíaco dos bebês, além de um aumento dos níveis de oxigênio no sangue. “Vale ressaltar que não há trabalhos científicos que abordem benefícios ou malefícios no uso do polvo de crochê na recuperação dos recém-nascidos. São relatos observados por profissionais que convivem diariamente com os bebês. Isto é um incentivo para nós profissionais nos empenharmos a novas coletas de dados, iniciando uma pesquisa para sua comprovação”, completa Sheila.

Os polvos foram doados por Luiza Sales, mãe da pequena Isabella, que está na UTI há dois meses. “Tenho uma concunhada que é psicóloga e estava fazendo um estudo sobre técnicas de recuperação para bebês prematuros. Ela encontrou um material sobre o polvo e enviou para mim. Minha mãe sabe fazer materiais de crochê, então pedi para que ela produzisse os bonecos. Na primeira semana que colocamos o polvo junto de Isabella, já notamos que ela ficou mais calma”, conta Luiza.

Atualmente a técnica é utilizada com três crianças recém-nascidas que se encontram
internas na UTI Neonatal do Hospital Unimed Caruaru.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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