As vendas de material de construção no varejo cresceram 6% em 2017 na comparação com o ano anterior, segundo a pesquisa da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). O faturamento anual do setor ficou em R$ 114,5 bilhões. Segundo o presidente da associação, Cláudio Conz, este foi um ano de recuperação, mas com percalços. A expectativa da Anamaco é que o setor cresça 8,5% em 2018, influenciado pela redução da taxa de juros, da inflação e pelo aumento do emprego.
Em dezembro passado, as vendas de material de construção cresceram 1% em relação ao último mês de novembro. O mesmo percentual foi observado na comparação com dezembro de 2016. Na análise por categorias, as vendas de tintas tiveram crescimento de 8% em dezembro na comparação com novembro. As vendas de cimento cresceram 2% no período; as de revestimento cerâmico caíram 4% e as de telhas de fibrocimento tiveram queda de 3%.
“O ano de 2016 foi um dos piores da nossa série histórica. Por isso, o início de 2017 não foi exatamente como gostaríamos. Tivemos percalços durante os últimos 12 meses, mas conseguimos superar as dificuldades e encerrar o ano com um faturamento muito próximo do apresentado em 2015, que foi de R$ 115 bilhões”, explicou o presidente da Anamaco, Cláudio Conz. “Com os resultados dos últimos 12 meses, esperamos que 2018 seja um ano de retomada e estamos prevendo um crescimento de 8,5% sobre 2017”, complementou.
Para 2018, a pauta principal da Anamaco será a aprovação da reforma tributária. “Nós acreditamos que a medida beneficiará e muito o nosso setor, que depende de assessoria contábil, jurídica e fiscal de inúmeros especialistas para conseguir se manter atualizado em relação às suas obrigações tributárias. O novo modelo deve dar mais fôlego e competitividade às empresas brasileiras, reduzindo a renúncia fiscal e diminuindo os contenciosos administrativos, além de acabar com a guerra fiscal entre os Estados, que possuem alíquotas diferenciadas de ICMS”, destacou Conz.