Vetar nome de Romeu Tuma é revanchismo covarde, afirma Campos Machado

O presidente estadual e secretário-geral nacional do PTB, deputado Campos Machado, reagiu à movimentação da Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público paulista, que solicitou ao prefeito João Doria o veto ao projeto do vereador Eduardo Tuma – aprovado em segunda votação na Câmara Municipal de São Paulo, que acresce o nome do Senador Romeu Tuma à Ponte das Bandeiras.

Para Campos Machado, a ação é fora de propósito, extemporânea, um revanchismo covarde, atacando a memória de um homem morto.

O líder do PTB está enviando diversos ofícios repudiando o fato, o qual, ressaltou, “deixou-me estarrecido, tal a sua leviandade, idiotice, estupidez e agressão a um dos principais personagens da Polícia Civil de São Paulo, um dos melhores policiais do mundo, reconhecido internacionalmente, e, lamentavelmente falecido, que é o Delegado , ex-Diretor-Geral da Polícia Federal e Senador da República, Dr. Romeu Tuma.

Campos Machado avança na defesa da memória de Romeu Tuma, que foi acolhido nas hostes petebistas e, candidato ao terceiro mandato, no ano de 2010, mesmo sendo internado no início da campanha, teve quatro milhões de votos dos paulistas: “nunca vi agressão maior a um homem que teve a sua vida pautada pela integridade, pela correção, pela paixão à polícia, e profundoamor à sua família, que foi o Senador Romeu Tuma, de quem tive a honra e o privilégio de conviver nos seus últimos anos de vida.”

“Mas o pior está na insensatez e na incapacidade de exercer à altura um ofício em favor da sociedade, que é a Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público do Estado, que, pasme, instaurou procedimento preparatório de inquérito, sobre o projeto de lei que conferiu o nome do Senador Romeu Tuma a próprio público”, conclui Campos Machado.

CONFIRA O DEPOIMENTO DE CAMPOS MACHADO:

Como disse Fernando Pessoa: “a vida é curta, mas não pode ser pequena”. Um promotor púbico, de direitos humanos, por revanchismo estúpido e barato, após a aprovação de um projeto na Câmara Municipal, que acrescentava o nome do senador Romeu Tuma à Ponte das Bandeiras, atreveu-se a solicitar ao prefeito João Doria que vetasse o projeto.

Sua Excelência, digno promotor público, foi patético, não sabia o que estava fazendo. Deslustrou uma instituição tão séria como o Ministério Público. Será que ele sabe quem foi Romeu Tuma? Delegado de polícia, chefe da Polícia Federal, senador da República, um dos homens mais sérios que encontrei na vida.

Para meu orgulho, filiou-se ao PTB para ser candidato à reeleição em 2010. Morreu depois de cinco meses de enfermidade. Logo após a convenção nesta Casa, entrou em coma profundo.

Só teve dois momentos de lucidez. O primeiro para dizer para sua esposa que ele tinha que trabalhar pelo seu Estado, que tinha que se levantar. O segundo momento foi quando ele disse a seu filho, Romeu Tuma Filho: “meu filho, eu tenho uma reunião marcada com o Campos Machado, em Marília. Não posso faltar”.

Mesmo em coma, esse homem teve quatro milhões de votos para o Senado. Agora ele é insultado. Teve sua memória insultada por um promotor público. Essa ofensa é uma ofensa a toda a Polícia Civil de São Paulo, à Polícia Federal. É uma ofensa a esta Casa, que teve como deputado estadual o seu filho, Romeu Tuma Júnior.

Romeu Tuma era um homem de família. Por sua esposa, Dona Zilda, ele cultivava um amor muito grande. Quando viajava comigo, todas as manhãs, dos hotéis das cidades, a primeira ligação que fazia era para sua esposa. Sempre terminava dizendo “Eu te amo, meu amor”. Esse homem deixou quatro filhos: Romeu Tuma Júnior, ex-deputado desta Casa; Robson Tuma, ex-deputado federal; Dr. Rogério, médico; e Dr. Ronaldo, dentista. Deixou também nove netos.

Agora, esse promotor público, cujo nome ninguém sabe, da sessão de Direitos Humanos, quer anular, quer interferir em assuntos do Poder Legislativo. Ele quer o quê? Que o prefeito vete o projeto que acrescentou o nome do senador Romeu Tuma a uma ponte? O que esse promotor pensa que é? Zeus? O dono do Olimpo? Não. Ele mostra desde logo que não respeita a democracia.

A Câmara Municipal não votou forçada, em fevereiro. A Câmara Municipal aprovou o projeto. Como é que ele pede ao prefeito que vete o projeto? Em nome do quê? Quer destruir a memória de um senador?

Eu me lembro, como se fosse hoje, que, no dia de seu velório… O seu velório foi aqui, nesta Casa! Aqui chegou um senador que eu conhecia de nome, o Dr. Pedro Simon. Ele chamou meu assessor e disse: “Eu queria conhecer o Campos Machado”. Fui conversar com o senador e ele me disse: “Campos, quero lhe fazer um cumprimento especial por ter abrigado em seu partido um homem como Romeu Tuma e lhe dado lealdade. Romeu Tuma é meu amigo, é um homem de bem, de caráter, decente e honrado”.

Nesta Casa, quero invocar a bancada do PMDB, que teve como deputado o filho do senador, e pedir que não me deixem sozinho. Nós vamos apresentar uma moção de repúdio à ação deste promotor público e quero, desta tribuna, dirigir-me à Polícia Civil de São Paulo, ao delegado-geral, Dr. Youssef: a polícia não pode aceitar passivamente uma ofensa a um homem que não tem como se defender. Agressão a um morto, a um homem que não tem nenhuma condição de apresentar sua defesa, a não ser que peçamos aos orixás para que façam com que o senador Romeu Tuma desça a esta Terra e faça a sua defesa. Mas vou me empenhar profundamente para que esse vexame, essa idiotice, essa estupidez, essa agressão, essa leviandade não seja levada a efeito.

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