Demanda por vinis em alta em Caruaru

Por Pedro Augusto

Na contramão da crise pela qual as lojas de CDs e DVDs estão atravessando – em Caruaru, conforme já foi destacado, elas simplesmente acabaram – hoje, os consumidores brasileiros têm procurado cada vez mais pelos discos de vinis. Apesar de a demanda atual ainda não se encontrar nem perto das de épocas anteriores, ela já vem chamando a atenção conforme ratificou o comerciante Cícero Lopes, o “Ciron”.

“Há pelo menos 23 anos que comercializo vinil e posso afirmar que a procura pelo produto sempre foi contínua. Porém, de uns tempos para cá, tenho observado uma demanda ainda maior principalmente por álbuns de rock e MPB. Para se ter ideia, se tivesse um caminhão lotado de vinis de rock, acredito que venderia toda a mercadoria, porque a procura tem sido muito grande. Na minha loja disponho de discos que custam de R$ 1 até R$ 3 mil”.

A alta demanda pela sonoridade dos vinis também pode ser comprovada em outros estabelecimentos de Caruaru. Na Nagem, por exemplo, hoje, a procura por vitrolas encontra-se 20% maior em relação ao mesmo período do ano passado. “Elas têm despertado bastante interesse por parte dos consumidores, porque além de oferecerem o toca disco, ainda vêm dispondo de outras ferramentas importantes. Grande parte da demanda tem sido proveniente daquelas pessoas que já possuíam os seus discos, mas que agora estão querendo retornar aos serviços da velha e boa vitrola”, destacou o vendedor Francisco Emanuel.

Caruaru perde última loja especializada em CDs e DVDs

Pedro Augusto

Se já estava bastante difícil sobreviver no mercado em meio à concorrência desleal da pirataria, com a intensificação da crise financeira no Brasil, se tornou praticamente inviável comercializar CDs e DVDs originais em Caruaru. Prova disso é que, a partir deste domingo (17), a Capital do Agreste passará a não contar mais com uma loja especializada nestas mídias sonoras. Após mais de duas décadas oferecendo um extenso volume de lançamentos e catálogos das indústrias fonográficas do país e do exterior, a CD e Companhia, que por sinal era única que ainda não havia entregado os pontos, agora, voltará as suas atenções para a venda de outros produtos, a exemplo, dos de informática.

O motivo, conforme o leitor já pode imaginar, teve como principal impulsionador a presença cada vez maior das duas vilãs acima. “Realmente chegamos num ponto em que ficou 100% inviável a venda de CDs e DVDs originais. Somada à pirataria, que já vem assolando o nosso mercado há mais de 10 anos, com esse agravamento da crise, que vem ocasionando diversos problemas socioeconômicos no país, não tivemos alternativa a não ser partir para outra atividade do comércio”, explicou uma das proprietárias da CD e Companhia, Fernanda Lopes. Em ritmo de queima de estoque já há mais de um mês, a loja estará comercializando as mídias sonoras, com preços a partir dos R$ 2,90, até o fim da manhã deste sábado (16).

Dono de uma coleção de CDs de dar inveja a qualquer amante da música, o aposentado Waldir Cordeiro, que também se definiu como cliente fiel da CD e Companhia, lamentou bastante a nova realidade do estabelecimento. “Fiquei muito triste com esta notícia, porque saía de Lajedo, no Agreste do Estado, especialmente para adquirir os produtos daqui. É claro que alguns magazines vão continuar vendendo os CDs originais, porém não vai ser mais a mesma coisa, porque eles costumam dar um enfoque maior para os artistas que hoje se encontram com um destaque maior na mídia. Exemplos disso são essas duplas sertanejas e esses grupos de pagode que me doem nos ouvidos”.

A lamentação de Waldir Cordeiro não foi a única registrada pelo VANGUARDA. Quando consultado a opinar sobre o fechamento da última loja especializada em mídias sonoras de Caruaru, o colecionador Ricardo Silva chamou a atenção para um detalhe importante em relação a cena musical local. “Agora, onde é que os grupos, as bandas e os cantores de Caruaru irão comercializar os seus lançamentos, já que não haverá mais um espaço específico para a exposição de seus trabalhos? Que eu saiba, as redes de varejo só vendem CDs e DVDs dos artistas de fora e os estabelecimentos que oferecem alguma coisa dos cantores daqui, só contam com os trabalhos antigos. Desta forma, ficará ainda mais difícil consumir a cena musical local. Uma pena!”, comentou.

De acordo com o comerciante Elias de Oliveira, que há mais de 15 anos deixou de investir na venda de lançamentos e catálogos fonográficos, o enfraquecimento deste tipo de mercado pode ser facilmente percebido hoje nos quatro canto do país. “A pirataria, o próprio acesso facilitado da internet e a crise estão sendo preponderantes para com a diminuição significativa na demanda por CDs e DVDs originais. Atualmente, não só Caruaru, mas também várias outras cidades do Brasil, não vêm contando com lojas especializadas destes tipos de produtos. Acredito que a CD e Companhia até que resistiu e muito ao deixar de vender estas mídias sonoras somente neste ano”.

Agora, para garantir aquele novo álbum ou até mesmo aquela coletânea do artista predileto, além de aumentar a pesquisa nas redes de varejo – uma das disponíveis é as Lojas Americanas -, o consumidor terá de recorrer ainda mais às lojas virtuais. Porém é preciso ficar atento na hora da compra. Foi o que ressaltou o diretor do Procon-Caruaru, Adenildo Batista. “É recomendável que o cliente sempre procure os serviços daquelas empresas que possuam tradição no mercado, a exemplo das Americanas e da Livraria Cultura. Entretanto, caso só encontre o produto numa de abrangência menor, é importante verificar se esta última possui contato telefônico e endereço físico”.

Baixa procura por vistorias dificulta regularização dos transportes em Caruaru

Desde fevereiro a Destra deu início ao calendário de vistorias 2016. A primeira categoria a ser convocada foi a de transporte escolar, no dia 01, e, até então, há uma baixa procura pelo serviço de vistoria.

Em relação as outras categorias, conforme registro, apenas 6% dos mototaxistas procuraram a Autarquia para efetuar a vistoria; já os taxistas, apenas 17%; de transporte complementar, 7%; e dos 102 cadastrados, apenas 38 condutores de transporte escolar efetuaram a vistoria.

Para facilitar a conclusão do processo de regularidade, o prazo para a vistoria segue até o dia 31 de maio e os condutores deverão comparecer à sede da Destra, na rua José Mariano de Lima, 69, Universitário, das 8h às 13h, e apresentar Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo – CRLV (original e cópia simples), Carteira Nacional de Habilitação – CNH (original e cópia simples), antecedentes criminais (estadual e federal), alvará 2015 e comprovante de residência.

Mais informações pelos telefones (81) 3701-1173/1174 ou pela Ouvidoria da Destra, no aplicativo WhatsApp (81) 98207-5514.

Pernambucano pode disputar Paralimpíadas Rio 2016

O judoca Jonatan Chaves, 22 anos, aluno do curso de Jornalismo da Unifavip, se classificou para a disputa do Gran Prix de Birmingham da Inglaterra. A competição ocorre no dia 5 de junho, e o atleta disputa a categoria peso leve, até 73 kg. A vitória do caruaruense, na Inglaterra, pode garantir uma vaga nas Paralimpíadas Rio 2016. Jonatan é faixa marrom e o único representante de Pernambuco, ficou em quarto colocado no Gran Prix Internacional de Judô para Cegos, que aconteceu no Rio de Janeiro neste mês de março. Representantes de 16 países participaram da disputa.

O estudante é atleta da Associação Caruaruense de Cegos (Acace) desde 2013. “Minha expectativa quanto à competição é muito boa, estou treinando muito forte, me dedicando para ganhar”, avalia Jonatan. Para custear as despesas da ida ao O Gran Prix de Birmingham da Inglaterra, marcado para junho deste ano, o judoca vai precisar de apoio financeiro que inclui alimentação, passagem aérea e hospedagem.

Mais Médicos será ampliado e novos municípios poderão aderir 

Municípios com interesse em participar do Programa Mais Médicos terão nova chance de aderir à ação. Os editais publicados, nesta sexta-feira (15), para reposição de vagas desde a última seleção da iniciativa, realizada em janeiro, também abre nova oportunidade para as prefeituras.

 Agora, as cidades que não participam do Programa poderão aderir e solicitar vagas. Serão ofertadas ainda 1,4 mil vagas a médicos brasileiros com registro no país, e, em caso de não preenchimento total, para brasileiros formados do exterior.  
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, afirma que a possibilidade de novas adesões vai beneficiar as cidades que, por algum motivo, acabaram não ingressando no Programa anteriormente.

 “Nós estamos dando esta nova oportunidade para municípios aderirem e conseguirem, assim, expandir com qualidade o atendimento à população na Atenção Básica. Além disso, municípios cujos médicos saíram do Programa por algum motivo poderão repor novamente este quantitativo”, explicou. “Alguns municípios têm ampliado a capacidade de atrair e fixar médicos, isso permite que possamos atender melhor a quem tem mais necessidade”, completou o secretário.

AMB entra com ação para barrar uso da pílula do câncer 

A Associação Médica Brasileira (AMB) protocolou nesta sexta-feira (15) ação direta de inconstitucionalidade (ADI) e mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão imediata da lei 13.269/2016 que autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”, sancionada pela presidente Dilma Rousseff e publicado no DOU ontem (14/04).

A justificativa das ações é “o amplo desconhecimento acerca da eficácia e dos efeitos colaterais da substância, incompatível com o direito à saúde, previsto nos artigos 6º e 196 da Constituição Federal”, segundo Carlos Michaelis Júnior, coordenador jurídico da AMB.

Os textos solicitam a suspensão imediata dos efeitos da lei, garantindo o conhecimento científico em prol da sociedade e de forma a não gerar falsas expectativas de sucesso no tratamento do câncer, ou comprometer de maneira irresponsável pacientes com reais chances de cura por tratamentos já reconhecidos.

Segundo o presidente da AMB, Florentino Cardoso, a presidente da República ignorou completamente todas as orientações e alertas científicos da AMB, Anvisa, CFM, sociedades médicas, e o rigor científico que a questão requer.  “Não há justificativa racional para assinatura dessa lei pela presidente. Ela está expondo pacientes a um risco desconhecido e aproveitando-se do desespero de alguns para, de maneira demagógica, apresentar falsa solução à desassistência reinante no setor saúde, que só piora ao longo dos anos. Pacientes com câncer estão morrendo por falta de diagnóstico e tratamento, por completa falência do SUS”, conclui Florentino.