Inflação para famílias com renda mais baixa fecha 2016 em 6,22%

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, fechou 2016 com uma taxa de 6,22%. A taxa é inferior aos 11,52% de 2015, segundo dados divulgados hoje (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IPC-C1 ficou, no entanto, acima dos 6,18% registrados pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda.

Entre os grupos de despesas analisados pelo IPC-C1, as maiores taxas de inflação de 2016 vieram de despesas diversas (11,21%), saúde e cuidados pessoais (9,73%) e educação, leitura e recreação (8,88%).

Os alimentos tiveram inflação de 7,1% e os transportes, de 7,8%. As menores taxas foram observadas em habitação (2,9%), comunicação (3,1%) e vestuário (3,59%).

Indústria acumula queda de mais de 7% de janeiro a novembro

A Produção Industrial Brasileira chegou a novembro último com queda acumulada de 7,1% nos onze meses de 2016. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil (PIM-PF), divulgada hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com os dados do penúltimo mês do ano.

No entanto, em novembro do ano passado a produção industrial nacional cresceu 0,2% em relação a outubro, mês em que a indústria também fechou em queda 1,2%.

No confronto com igual mês do ano anterior (2015), série sem ajuste sazonal, o total da indústria apontou queda de 1,1% em novembro de 2016, neste caso a 33ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde o resultado de março de 2014: -0,4%.

O indicador acumulado nos últimos 12 meses também reduziu o ritmo de queda ao fechar com recuo de 7,5%, contra os menos 8,4% relativos a outubro.

Os dados do IBGE indicam que a indústria, no indicador acumulado para os onze meses imediatamente anterior, vem reduzindo o ritmo de queda desde julho do ano passado, quando a taxa fechou com queda acumulada de 9,5%, resultado 0,2 ponto percentual inferior aos -9,7% de junho. A queda acumulada em doze meses voltou a cair 0,2 ponto em agosto (-9,3%) e em setembro (-8,7%).

Processo de padronização da feira livre de Agrestina é iniciado

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Foi realizada esta semana a primeira reunião entre os representantes da Prefeitura de Agrestina e os feirantes que comercializam todas as sextas-feiras na cidade. Ficou definido que os bancos de ferro terão padrão de 2×1 metros e cor padrão azul. Já o horário para montagem dos bancos será a partir das 16h, a fim de organizar o trânsito na área urbana. Os feirantes terão até o mês de junho para substituir os bancos de madeira pelos de ferro.

Compesa inicia mutirão em Petrolina

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A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) iniciou, ontem (4), um mutirão para limpeza e adequação dos sistemas de esgotamento sanitário dos bairros de São Gonçalo e Dom Avelar, em Petrolina, no Sertão do São Francisco. As ações foram anunciadas, ontem (3), pelo diretor Regional do Interior da companhia, Marconi de Azevedo, e pelo prefeito do município, Miguel Coelho, após visitarem as localidades para verificar a ocorrência de extravasamentos de esgoto nas ruas. As instituições traçaram um plano de ação que será executado durante 100 dias e prevê intervenções de desobstrução da rede coletora, recuperação dos poços de visitas (por onde se faz a manutenção do sistema), interligação de redes condominiais e implantação de ligações domiciliares.

Os sistemas de esgotamento sanitário nos dois bairros ainda não tinham sido operados efetivamente pela Compesa devido à precariedade dos equipamentos construídos. “Esses bairros possuem sistemas incompletos e apenas algumas ruas dispõem de redes em condições de operação. Muitos poços de visitas estão entupidos e as redes coletoras, que são essenciais para recolher o esgoto e encaminhar para a estação de tratamento, se encontram danificadas ou obstruídas”, explica o gerente de Unidade de Negócio da Compesa, João Raphael de Queiroz, acrescentando que, além da limpeza, serão realizadas substituições de rede em alguns trechos.

Está previsto no plano de ação – que terá os custos dos serviços compartilhados pela Compesa e Prefeitura de Petrolina – disponibilizar equipes e caminhões de manutenção para atuarem exclusivamente nas desobstruções nos bairros São Gonçalo e Dom Avelar. “Estamos trabalhando de forma intensa para colocar o sistema para funcionar. Nossa ideia é focar nos pontos mais críticos para fazer a limpeza necessária e retirar o esgoto das ruas. O trabalho é complexo, vamos precisar esvaziar algumas redes, colocar bombas para funcionar e identificar outros poços de visita que estão enterrados”, detalha o gerente.

Jatobá – A parceria entre a Compesa e a Prefeitura de Petrolina também prevê complementar o sistema de esgotamento sanitário no bairro de Jatobá, com o envolvimento dos condomínios Sumervile, Park Jatobá e Sol Nascente 1, 2 e 3. Para atender essas localidades, será necessária a construção de uma Estação Elevatória de Esgoto e o assentamento de 1.600 metros de tubulações. Ainda estão sendo levantados os custos com a obra, que deve ser iniciada dentro do período de execução do plano de ação de 100 dias.

Nos últimos dez anos, foram investidos mais de R$ 65 milhões em um novo sistema de esgotamento sanitário que contemplou toda cidade de Petrolina com novas redes de esgoto, nove unidades de bombeamento (estações elevatórias) e duas Estações de Tratamento de Esgoto modernas, que, juntas, possuem a capacidade de tratar 350 litros de esgoto por segundo, com elevada eficiência de tratamento.

Integração Nacional ampliou em mais de 245% os investimentos na Adutora do Agreste

Desde o início do governo Temer, o Ministério da Integração Nacional ampliou em 245% a média mensal de repasses financeiros para a Adutora do Agreste, em Pernambuco. Só entre os meses de junho e dezembro do ano passado, os investimentos federais em uma das maiores obras hídricas em execução no Brasil somaram R$ 113,2 milhões. No período de janeiro a maio, R$ 23,4 milhões foram destinados ao governo estadual, executor das obras. O último repasse da União, no valor de R$ 42 milhões, foi depositado na conta do Estado na última semana de dezembro, cumprindo a decisão de antecipar R$ 230 milhões para obras de combate aos efeitos da seca em estados do Nordeste.

A ampliação de recursos e o novo ritmo das obras vão possibilitar, segundo o Estado de Pernambuco, a chegada da água do rio São Francisco no município de Toritama em maio deste ano e, em setembro, Capibaribe. Quatro mil empregos diretos e indiretos serão criados em canteiros de obras em Caruaru, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Itaíba, Águas Belas e São Caetano, em 15 frentes de trabalho ao longo das BRs 232 e 104. A expectativa é de que mais um trecho de 40 quilômetros da adutora comece a ser implantado também em maio, entre Belo Jardim, São Bento do Uma e Lajedo.

O início da Adutora está situado a 256 quilômetros da capital do Estado, na cidade de Arcoverde (PE). A primeira fase está organizada em cinco lotes que somam 571 quilômetros de extensão incluindo adutoras, reservatórios, estação de tratamento de água, entre outras estruturas de engenharia.

Garantia de água

A Adutora do Agreste é um dos empreendimentos estruturantes para garantir o fornecimento de água à população pernambucana que sente os impactos da irregularidade de chuvas no estado. Ao todo, o projeto completo da adutora terá cerca de 1.300 quilômetros de extensão, atenderá 68 municípios e beneficiará mais de dois milhões de habitantes em áreas urbanas e rurais. A obra também será conectada ao Ramal do Agreste do Projeto de Integração do Rio São Francisco – atualmente em fase de licitação pelo Governo Federal.

Azul confirma estreia de operações em Buenos Aires para 6 de março

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras está cada vez mais próxima de Buenos Aires. A companhia recebeu aprovação das autoridades aeroportuárias brasileira e argentina para iniciar voos à capital portenha (por meio do aeroporto de Ezeiza) em 6 de março, comuma ligação diária que partirá de Belo Horizonte. Desta forma, os Clientes de todas as regiões do Brasil poderão chegar a Buenos Aires, uma vez que a Azul tem, na capital mineira, um importante hub, com mais de 40 destinos servidos sem escalas. Tarifas já estão disponíveis por meio de todos os canais de venda da Azul a partir de dez parcelas R$ 71,40* ou 30.000 pontos do TudoAzul** para ida e volta.

Os voos serão cumpridos com os jatos Embraer 195, que têm capacidade para até 118 Clientes e contam com mais de 40 canais de TV SKY ao vivo (disponível em território brasileiro) em telas individuais. Também a bordo, os Clientes contam com snacks e bebida à vontade e sem custo adicional. O serviço da Azul já foi reconhecido diversas vezes por sua qualidade e exclusividade.

“Com o olhar especial da Azul para as demandas de seus Clientes vamos mais uma vez levar os viajantes para onde eles querem ir. Buenos Aires é um dos destinos mais procurados entre os brasileiros, e, com nossa ampla malha aérea em Belo Horizonte, vamos capilarizar esta operação de uma forma jamais vista, fortalecendo nossa malha internacional e oferecendo a melhor experiência para quem utiliza nossos serviços”, afirma Antonoaldo Neves, presidente da Azul.

Buenos Aires será a sétima base internacional da Azul – as demais são Fort Lauderdale/Miami, Orlando, Lisboa, Montevidéu e Caiena. Já foram solicitados voos para Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), com previsão de início também em 7 de março.

O destino – Buenos Aires é a capital e maior cidade da Argentina, além de ser a segunda maior área metropolitana da América do Sul, depois da Grande São Paulo. Ela está localizada na costa ocidental do Rio da Prata, na costa sudeste do continente. A Grande Buenos Aires também inclui vários distritos da província de Buenos Aires, que constitui a terceira maior aglomeração urbana da América Latina, com uma população de cerca de 13 milhões de pessoas. Buenos Aires é um dos mais importantes destinos turísticos do mundo, é conhecida por sua arquitetura de estilo europeu e por sua rica vida cultural, com a maior concentração de teatros do mundo.

Jefferson diz que mortos em chacina “já vão tarde”

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Assim como o governador do Amazonas, José Melo (Pros), para quem “não tinha nenhum santo” entre os 56 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, o ex-deputado federal Roberto Jefferson também foi polêmico ao comentar o maior massacre presidiário no Brasil desde o Carandiru, em 1992.

Em duas postagens publicadas em sua conta no Twitter ontem, Jefferson disse que os mortos na chacina “já vão tarde” e que não lamentaria as “baixas” nas facções criminosas.

“Não vou chorar as baixas das facções de criminosos no Amazonas. Ali não tem ninguém que mereça que sua perda seja lamentada”, atacou o ex-deputado, que é presidente do PTB.

Após ser criticado por usuários da rede social, o parlamentar, um dos personagens centrais do escândalo do Mensalão, apagou os dois tuítes, mas voltou a se manifestar sobre o assunto nesta quarta-feira.

“Entre as ‘vítimas’ do massacre em Manaus tinham (sic) estupradores de crianças e jovens. E as famílias ainda querem indenização do Estado? A reação histérica que vejo em sites mantidos pelo petismo com a morte de bandidos, assassinos, estupradores mostra de quem essa gente gosta”, escreveu o petebista.

Criticado, Temer convoca reunião sobre massacre

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Criticado por ainda não ter se pronunciado sobre o massacre ocorrido no último domingo, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, com 56 presos mortos, a maioria decapitados, o presidente Michel Temer convocou reunião do núcleo institucional do governo para esta quinta-feira para tratar do episódio e da crise do sistema prisional do país.

Nos últimos dias, tem crescido a pressão para que o presidente fale pela primeira vez sobre o assunto, que teve repercussão internacional – até o papa Francisco se pronunciou sobre o episódio.

A reunião terá representantes da Casa Civil, dos ministérios da Justiça, Defesa, Relações Exteriores, Planejamento e Transparência, além de integrantes da Advocacia-Geral da União (AGU), do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Polícia Federal.

Tribunais de Contas precisam ser moralizados

Editorial O Globo

Enquanto a Lava-Jato tramita sem que parlamentares e políticos consigam detê-la por meio da manipulação de projetos de lei no Congresso — como fizeram congêneres italianos contra a Operação Mãos Limpas —, a avalanche de denúncias se aproxima de um ponto crítico com a homologação das 77 delações da cúpula da Norberto Odebrecht. Curitiba até passou a dividir espaço no noticiário com Nova York e Genebra, onde tramitam os acordos de leniência fechados pela empreiteira com autoridades americanas e suíças.

Espera-se que se tornem mesmo irreversíveis — na esteira do detalhamento do maior escândalo político-financeiro da história do país, e seus desdobramentos penais — ajustes no arcabouço jurídico e em instituições, para que a lei passe mesmo a valer para todos e se fortaleçam mecanismos de pesos e contrapesos, com a finalidade de dissuadir ou punir a corrupção no nascedouro.

Nesta passada a limpo de normas legais e instituições, será preciso avaliar os tribunais de contas, peça-chave no acompanhamento dos orçamentos públicos, função essencial em qualquer democracia.

Mas a ação prática dessas instituições tem sido patética — para usar um termo elegante —, com exceção do Tribunal de Contas da União, no caso do impeachment da presidente Dilma, em que o papel da área técnica da instituição (MP de Contas) foi decisivo.

Em contrapartida, os TCs dos três estados mais problemáticos da Federação — Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul — aprovaram olimpicamente as respectivas prestações de contas referentes a 2015, quando já existiam desequilíbrios.

Tudo porque esses tribunais, órgãos auxiliares do Legislativo, foram capturados pelo toma lá, dá cá do fisiologismo, doença da política nacional que se alastrou bastante com o lulopetismo.

A maioria dos sete conselheiros dos TCs é de indicados por políticos — sob atenção direta, é certo, de governadores, de prefeitos e do presidente. A ONG Transparência Brasil constatou, numa pesquisa feita em 2014, que 80% dos conselheiros de tribunais tinham exercido cargos políticos.

Um caso típico de relação indevida entre conselheiro de tribunal de contas e o Executivo é o de Jonas Lopes, indicado em 2000 ao TC do Rio de Janeiro pelo governador Anthony Garotinho, a quem era muito ligado.

Presidente do TCE, Jonas, na primeira quinzena do mês passado, foi conduzido pela Polícia Federal para depor sobre denúncias de que haveria pedido propinas a empreiteiros.

Além de influências políticas incabíveis, há outras histórias sobre evidências de que a corrupção também se infiltrou neste universo. Por exemplo, o relato de que o empreiteiro da Lava-Jato Roberto Pessoa (UTC) teria usado como intermediário o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do tribunal, Aroldo Cedraz, para fazer repasses ao ministro Raimundo Carreiro. Há muito entulho a remover no universo dos TCs.

Chacina: AM rebate ministro; há conivência federal

Folha de S.Paulo

O governo do Amazonas rebateu na tarde desta quarta-feira (4) críticas feitas pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, feitas sobre a crise carcerária em Manaus. Segundo o governo amazonense, o governo federal compartilha de informações e participa de discussões sobre segurança pública no Estado.

Pela manhã, Moraes declarou em Brasília que o governo do Amazonas tinha informações sobre planos de fugas e que essas informações não foram compartilhadas com a União. Segundo ele, o governo federal poderia ter auxiliado com o envio de tropas da Força Nacional, por exemplo.

Mas, de acordo com o governo amazonense, desde outubro de 2016 o Estado mantém um Comitê de Gerenciamento de Crise do Sistema de Segurança Pública, com representantes estaduais e federais. Entre as entidades presentes no comitê, segundo o governo do Amazonas, estão a Polícia Federal, as Forças Armadas, a Polícia Rodoviária Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), todas essas entidades federais.

“Ameaças de fugas e rebeliões são detectadas constantemente pelos órgãos de inteligência e do Sistema de Segurança Pública e sempre foram tomadas as providências necessárias. Em função delas que montamos um comitê em outubro”, declarou o secretário Estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes.

Para o secretário, planos e estratégias desenvolvidos pelo comitê foram responsáveis por uma “resposta rápida” ao motim que matou 56 detentos. “Graças ao comitê salvamos todos os reféns”, disse Fontes.

Nesta quarta-feira, o governo estadual ainda manteve em 184 o número de presos foragidos durante a rebelião, seguida de confronto entre facções criminosas rivais. Mais cedo, o ministro da Justiça de Temer havia afirmado que esse número ultrapassava os 200 presos.

Para o governo do Amazonas, o massacre ocorrido no Estado não tinha a pretensão de ser apenas uma fuga, mas sim a “execução” de rivais, o que dificultaria a ação do Estado. Ainda assim, o Estado diz que apurará “supostas falhas” no sistema carcerário.