O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) encerrou dezembro com alta de 0,62%, o que representa um decréscimo em relação a novembro, quando a taxa subiu 0,98%. No acumulado desde janeiro, o índice atingiu 3,69%, ficando abaixo da variação registrada em igual período do ano passado (5,51%). O índice serve de base de cálculo para a renovação da maioria dos contratos de aluguel.
O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que o resultado foi influenciado, principalmente, pelos preços no setor atacadista com reflexos de queda das commodities (produtos primários com cotação no mercado internacional).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu com menor intensidade, passando de 1,26% para 0,63% e, no acumulado de 12 meses, subiu 2,13%.
Entre os destaques, a soja em grão aumentou 1,69%, ante 6,05%; os suínos registraram queda de 9,41%, ante 7,37% e os bovinos aumentaram 3,59%, ante 5,86%. No mesmo período, ocorreram altas do café em grão (de -3,02% para 2,17%), do arroz em casca (de 0,18% para 2,22%) e do cacau (de -7,38% para 1,59%).
Os preços no comércio varejista pressionaram o IGP-M. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu de 0,53% para 0,76% e a alta mais expressiva ocorreu no grupo alimentação (de 0,55% para 0,85%). Essa elevação foi provocada em parte pelas carnes bovinas (de 1,94% para 4,71%). Desde janeiro, o IPC registrou alta de 6,76%.
O terceiro componente – o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – apresentou decréscimo com taxa de 0,25%, ante 0,30%. No acumulado do ano, a taxa ficou em 6,74%, puxado pela mão de obra que, no período, aumentou 7,93% e pelos materiais, equipamentos e serviços, que tiveram alta de 5,44%.