Armando terá olhar especial para o Nordeste, diz Humberto

A confirmação oficial do nome do senador Armando Monteiro (PTB-PE), nesta segunda-feira (1), para ser o titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) foi comemorada pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Armando, que já foi presidente da Confederação Nacional da Indústria e disputou o governo de Pernambuco nas eleições deste ano – com o apoio de Humberto –, ganhou um mandato no Senado por oito anos na mesma coligação do petista, no pleito de 2010.

De acordo com Humberto, o colega assume o cargo com um currículo que traz larga qualificação e experiência no setor e profundo conhecimento dos problemas da indústria e comércio, particularmente do comércio exterior. “É alguém que pode ser um canal de diálogo importante entre o governo e o empresariado, particularmente aqueles setores vinculados à área de produção e de serviços”, avalia.

Para o petista, a nomeação de Armando também é importante para o Nordeste e para Pernambuco. Ele acredita que o novo ministro terá um olhar especial destinado à região, que, para se desenvolver e crescer, tem a industrialização como meta. “Creio que ele terá um olhar diferenciado para essas regiões menos desenvolvidas, para que a industrialização ali chegue”, disse.

“Além disso, a escolha dele também é politicamente relevante para nós de Pernambuco, pois simboliza o fato de que a presidenta Dilma terá um olhar especial para o nosso estado”, afirmou.

O parlamentar ressaltou ainda que a indicação de Armando ao MDIC retrata o que a presidenta tem dito desde que foi eleita, que vai buscar o diálogo, um governo para todos. “O objetivo é fazer com que o país cresça e se desenvolva, que continuemos com um olhar especial para o setor produtivo. Então, é a confirmação de tudo que ela tem dito”, diz.

COMUT debate tarifa para estudantes

unnamed (20)Foi realizada na tarde dessa segunda-feira (01) mais uma reunião do COMUT. O encontro ocorreu na sede da Associação dos Moradores das Rendeiras, sendo a primeira reunião itinerante do Conselho. Antes do início do debate sobre as questões referentes a mobilidade, o presidente do COMUT, Ricardo Henrique, exibiu um vídeo para tratar de temas relacionados ao transporte e trânsito.
Na sequência foi iniciado o debate com as pautas do dia. O Conselheiro Emerson Santos trouxe um ofício solicitando que a Lei que estabelece a meia passagem para os estudantes seja cumprida. Na opinião dele, os alunos de Caruaru não devem ter limites para usar o serviço de ônibus. “Temos hoje uma quantidade limitada de 75 passagens por mês e isso precisa ser revisto. A Lei deve ser cumprida e trago essa discussão aqui para esse Conselho”, disse.
Ainda na reunião, os Conselheiros colocaram em pauta as propostas aprovadas na Conferência e que ainda não saíram do papel. O Conselheiro Erivaldo fez uma cobrança para o COMUT. Ele criticou a ausência dos membros dos poderes Executivo e Legislativo. “Proponho uma reunião com o prefeito José Queiroz e com o presidente da Câmara de Caruaru, Leonardo Chaves, para que essa situação seja revista”, disse. O Conselho aprovou a solicitação e uma reunião será provocada para debater o assunto.
REGIMENTO – Foi marcada ainda uma reunião extraordinária para o dia 16 de dezembro a partir de 15h. Esse encontro terá como foco a finalização do Regimento Interno. A reunião mensal do COMUT será no dia 8 de janeiro na sede do Sindicato dos Taxistas de Caruaru.

Jarbas despede-se do Senado e blog traz discurso na íntegra

O senador Jarbas Vasconcelos, despediu-se do Senado nesta segunda-feira e falou para um plenário com poucos parlamentares. Ex-deputado federal, ele irá retornar à Câmara dos Deputados. No seu currículo o peemedebista tem ainda passagem pelo Governo de Pernambuco (duas vezes) e prefeito da Cidade do Recife. Confira o depoimento do Senador pernambucano.

Senhor Presidente,

Senhoras Senadoras e Senhores Senadores,

Há quase oito anos, cheguei a esta Casa com a esperança de que o nosso País conseguiria trazer para a política os avanços obtidos em outras áreas da sociedade brasileira. Infelizmente, isso não ocorreu. A política perdeu com a degradação dos governos do PT, que deixou de lado a ética que professava quando estava na oposição para lutar pela permanência no poder usando todas as armas que estiverem ao seu alcance.

Os escândalos de corrupção se multiplicaram, passando a fazer parte da paisagem cotidiana; a fragmentação partidária atingiu números alarmantes e, em que pese as punições do Supremo Tribunal Federal aos artífices do mensalão, o crime parece que realmente compensa.

Não me considero um pessimista, mas não posso enxergar o momento atual com olhos do “Doutor Panglossão”, personagem que já citei em outros discursos aqui nessa tribuna. Perdoem-me aqueles que acreditam que estamos vivendo num “País das Maravilhas” da propaganda governamental. O cenário atual está mais para um filme de terror, daquele no qual o monstro mata todos os mocinhos. E o filme ganha uma, duas, três sequências.

O cenário é de crise econômica sem precedentes. Por uma margem apertada, devo afirmar que a maioria dos eleitores votou olhando para trás, para antes do mandato da atual Presidente da República. Este Governo que aí está, da Presidente Dilma Rousseff, não tem condições de implantar as mudanças que o Brasil precisa.

Não adianta inventar o slogan “Governo novo, ideias novas”, quando a prática adotada durante toda a campanha eleitoral deste ano demonstra que os métodos continuam os mesmos.

O que fizeram com a maior estatal do Brasil, a Petrobras? Um dos maiores escândalos do Mundo. Desvios que chegaram à cifras bilionárias. É um crime de lesa-pátria. Vai demorar anos para a empresa retomar a tranquilidade necessária para enfrentar os desafios que não são apenas dela, mas que envolvem o nosso próprio futuro como Nação.

Mesmo na oposição, nunca me comportei pela máxima do “quanto pior, melhor”. Tenho responsabilidades para com Pernambuco e para com o Brasil. Mas me nego a concordar com essa flexibilidade ética que o PT busca implantar no Brasil, de que o mesmo erro pode ser repetido pela enésima vez, sem consequência alguma.
Senhor Presidente,

A menos de dois meses do término do meu mandato como Senador da República, quero aqui transcrever um trecho da minha fala de estreia, representando Pernambuco, pronunciado no dia 1º de Março de 2007, no qual abordei, entre outras questões, o tema das reformas institucionais. É um trecho longo, mas que mostra o quanto não avançamos, nesse período, em assuntos tão fundamentais para o aprofundamento da nossa ainda jovem democracia.

Abre aspas:

“O primeiro item desse passivo institucional é a Reforma Política, que consideramos a mãe de todas as reformas”.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, sempre que tratávamos do tema, sabíamos que o eleitor mais simples, morador do Sertão de Pernambuco e da periferia do Grande Recife, talvez não compreendesse a prioridade para o assunto.

Por que diante de tantas questões mais prementes, em especial num País de carências diversas como o nosso, colocamos a Reforma Política acima das demais?

Talvez diante do desgaste enfrentado pelo Poder Legislativo, o eleitor compreendesse melhor a Reforma Política, sabendo que com ela pretendemos cortar na própria carne.

Esta é uma maneira de enxergar a questão. Mas não é a única.

Proclamamos a República, presidentes foram depostos, reconstruímos a Democracia mais de uma vez, porém, a relação entre os Poderes permanece semelhante aos últimos anos do Império: o Legislativo quase que completamente submisso ao Poder Executivo.

Diante desta realidade, precisamos implantar mudanças que fortaleçam os partidos, ampliem a interação com a sociedade, tornando a atividade política mais transparente. Um conjunto de medidas que leve a uma Reforma do Comportamento Político.

Entre as medidas que consideramos prioritárias, estão:

– A adoção da fidelidade partidária

– O financiamento público das campanhas eleitorais;

– O fim das coligações proporcionais;

– A implantação do voto distrital misto com listas fechadas;

– A manutenção do segundo turno apenas para as eleições presidenciais.

– O fim das emendas individuais ao Orçamento Geral da União.

Devo ainda citar a Proposta de Emenda Constitucional apresentada pelo nobre Senador Marco Maciel, que tivemos a honra de relatar na Comissão de Constituição e Justiça, restabelecendo a Cláusula de Desempenho, mais conhecida como Cláusula de Barreira. Trata-se de mais um passo importante para fortalecer os partidos, dificultando a proliferação das chamadas “legendas de aluguel”.

Após tanto tempo, permanecem válidas as premissas que abordei naquele início de março, há quase oito anos. Com imensos agravantes, vale ressaltar, diante da inércia do Congresso Nacional em aprovar uma Reforma Política de verdade e não de “faz-de-conta”.

De 2006 para cá, o Brasil viu saltar de 21 para 28 o número de partidos com representação na Câmara dos Deputados. Imaginar que, nas eleições de 1998, a Câmara contava com 18 partidos! E já se achava demais. Não tenho como crer que essa extrema fragmentação partidária represente um avanço. É um retrocesso.
Senhoras Senadoras e Senhores Senadores,

A Presidente reeleita, a Senhora Dilma Rousseff, repete 2010 e promete a Reforma Política como sua prioridade número um. Ouvi isso também do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e em 2006. Compromissos que não se tornaram realidade. Permaneceram no terreno das promessas não cumpridas, como tantas outras.

Porém, a palavra mágica agora é “plebiscito”, indicando claramente que o PT pretende implantar o modelo “bolivariano”, já em funcionamento em países como Venezuela, Equador e Bolívia.

Esse modelo, Senhor Presidente, começa justamente tentando esvaziar o poder da democracia representativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e, paralelamente, busca coibir a liberdade da Imprensa. As comemorações pela vitória apertada da Presidente da República foram marcadas por ataques aos meios de comunicação, um setor que ainda resiste, felizmente, ao “modo petista” de governar.

Não vou fazer como o PT que evita reconhecer as conquistas dos governantes que o precederam na Presidência da República. É fato que o Governo Lula trouxe avanços na distribuição de renda, mas isso só foi possível porque ele encontrou a casa arrumada, com a moeda estabilizada, o sistema financeiro organizado e a Lei de Responsabilidade Fiscal pondo regras claras para a gestão dos recursos públicos. Mas também é fato que o Brasil de dezembro de 2014 é pior do que o Brasil de dezembro de 2010.

Fazer essa constatação não é ir contra o resultado das urnas. Mais de 51 milhões de brasileiros pensaram dessa forma ao votar na candidatura do Senador Aécio Neves. Na Democracia é assim que deve funcionar: quem ganha vai trabalhar para cumprir o que prometeu, e quem perde vai para a oposição cobrar as promessas feitas e mostrar que era possível fazer diferente.

É isso que pretendo fazer na Câmara dos Deputados a partir do dia 1º de fevereiro de 2015, Casa para qual fui eleito com os votos de mais de 227 mil conterrâneos.
Senhoras Senadoras e Senhores Senadores,

Chego ao término deste mandato de Senador com a sensação do dever cumprido. Tenho a firme convicção de que me dediquei com afinco e determinação ao exercício dessa representação parlamentar.

Em nenhum momento, me descuidei dos assuntos relativos ao meu Estado e à minha Região, que, apesar dos avanços dos últimos anos, ainda permanecem com indicadores econômicos e sociais muito aquém das médias nacionais.

Se a gente for para a ponta do lápis, descobrirá que, a partir de tudo que o Governo afirma, o Nordeste continua recebendo menos recursos do que deveria. Só essa inversão fará a nossa Região elevar seus níveis de desenvolvimento.

O Nordeste já ofereceu muito ao Brasil, ao longo de sua História. Durante séculos, foi a exploração das riquezas do Nordeste que financiou não apenas a Coroa Portuguesa, mas também a expansão das fronteiras deste País de dimensões continentais.

Está mais do que na hora de os nordestinos e as nordestinas receberem a sua contrapartida. Não se trata de favor algum. É apenas a Justiça sendo exercida.

Não é com preconceito, com agressões gratuitas de alguns segmentos retrógados que vamos superar nossas carências crônicas. Como nordestino, como Ex-Prefeito do Recife e Ex-Governador de Pernambuco, me sinto legitimado em acreditar que a miséria “que parou de ser reduzida” só terá o seu fim com a oferta de uma Educação Pública de qualidade.

Precisamos também de uma infraestrutura moderna, com Saneamento, Abastecimento Água, estradas, rodovias e portos. Necessitamos de tudo isso, pautados na lógica de uma política de desenvolvimento regional que mude a realidade das pessoas mais humildes, com Educação, Saúde e emprego qualificados.

Tenho a certeza de que ainda verei o fim do terrorismo em torno do Programa Bolsa Família, utilizado de forma criminosa pelo PT em três eleições presidenciais seguidas, em 2006, 2010 e agora em 2014. Assistimos a um processo de intimidação das pessoas mais humildes, que dependem da ajuda governamental e que não têm acesso adequado à informação honesta e legítima. Mas essa prática perversa terá um ponto final em breve.
Senhoras Senadoras e Senhores Senadores,

Todas as propostas que apresentei nestes quase oito anos tiveram o objetivo de aperfeiçoar os instrumentos disponíveis na nossa ainda jovem democracia.

É o caso, por exemplo, da Proposta de Emenda à Constituição – 18/2013, que torna automática a perda do mandato de parlamentar nas hipóteses de improbidade administrativa ou de condenação por crime contra a Administração Pública, por meio do Supremo Tribunal Federal. A PEC 18 foi aprovada por esta Casa com apenas um voto contrário. Infelizmente, a Câmara dos Deputados não deu a devida atenção ao assunto e, até hoje, não foi encaminhada para votação no Plenário.

Tenho também a consciência dos obstáculos que enfrentei, do elevado preço que paguei pelo fato de ser dissidente do meu partido, de não comungar das ideias defendidas pelo PT.

Porém, não guardo mágoa. Não abriria mão de minhas convicções para estar em sintonia com a prática do “é dando que se recebe”, de uma prática que resultou na série de escândalos de corrupção, nos últimos doze anos, do Mensalão a esse mais recente, que destrói a Petrobras.
Senhor Presidente,

Aqui, no Senado Federal, fiz algumas novas amizades e fortaleci outras já existentes.

Esta Casa, apesar das dificuldades, conta com alguns dos melhores quadros públicos do Brasil, Senadoras e Senadores. São quadros políticos que contribuíram e ainda vão contribuir muito para construir um País mais justo socialmente; um País onde as pessoas que mais precisam tenham acesso a serviços públicos de qualidade, tão bons ou até melhores do que aqueles oferecidos pelo setor privado. Este é o Brasil com o qual eu sonho desde que entrei na vida pública.

É na defesa dessas mesmas bandeiras que estarei na Câmara dos Deputados na tribuna que já tive a honra de ocupar, entre 1975 e 1978 e entre 1983 e 1985. Aqueles foram dois momentos distintos. Ambos de uma imensa riqueza de debates, de embates, na luta para encerrar o período autoritário e restabelecer a democracia.

Volto à Câmara dos Deputados, trinta anos depois, em circunstâncias diferentes, mas tão desafiadoras quanto nas décadas de 1970 e 1980. Nossa luta agora é para impedir que o Brasil perca as conquistas dos últimos 30 anos.

Estarei na defesa da estabilidade econômica, pressuposto fundamental para combater a miséria e tirar da pobreza os milhões de brasileiros e brasileiras que ainda estão de fora do processo produtivo.

O Poder Legislativo precisa estar consciente do seu papel. Não é razoável aceitar que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal fiquem sempre com a pauta negativa quando explode alguma crise. Isso só é possível quando Deputados e Senadores, mesmo aqueles que integram a base governista, assumem uma postura de independência institucional; quando colocam os interesses do Brasil acima da vontade do mandatário de plantão.

Meus compromissos são os mesmos que apresentei no meu primeiro discurso, aqui nesta tribuna, em 1º de março de 2007: precisamos implantar mudanças que fortaleçam os partidos, ampliem a interação com a sociedade, tornando a atividade política mais transparente. Um conjunto de medidas que leve a uma reforma do comportamento político.

Como Deputado Federal representando o Povo de Pernambuco, não me calarei diante das tentativas de esvaziar a força da democracia representativa; não ficarei omisso quando tentarem calar a Imprensa; não fugirei do embate para impedir o controle hegemônico das instituições democráticas.

Era o que tinha a dizer

Tratamento como prevenção da Aids apresenta primeiros resultados

O Brasil chega este ano com 29% a mais de pessoas em tratamento com antirretrovirais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na comparação com 2013. De Janeiro a Outubro do ano passado, 47.506 pessoas entraram em uso de medicação antirretroviral, sendo que neste mesmo período de 2014 foram 61.221 pacientes.

No total acumulado, quase 400 mil pessoas já estão em terapia com estes medicamentos, neste ano. Os dados são do Boletim Epidemiológico de HIV e Aids 2014, divulgados pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta segunda-feira, em Brasília, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a aids (1º de dezembro).

O crescimento no número de pessoas em terapia com antirretrovirais é um dos impactos do Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids, lançado em 1º de dezembro do ano passado. O protocolo garantiu acesso aos antirretrovirais a todas as pessoas com testes positivos de HIV, mesmo aquelas que não apresentem comprometimento do sistema imunológico.

Outro resultado positivo do protocolo, lançado há um ano, é o aumento expressivo de pessoas que iniciam o tratamento com CD4 acima de 500, ou seja, pessoas soropositivas com imunidade normal. Os dados do novo boletim indicam que 37% dos pacientes que entraram em tratamento em 2014 tinham CD4 acima de 500. Isso demostra que protocolo está funcionando: os médicos estão prescrevendo de acordo com a diretriz do Ministério da Saúde e os pacientes estão tomando corretamente os medicamentos prescritos.

Ao comentar os dados do novo boletim, o ministro Arthur Chioro, ressaltou que estes resultados mostram um importante avanço na política brasileira de enfrentamento ao HIV e aids. “Com relação ao tratamento, sem dúvida estamos obtendo um resultado promissor. No entanto, ainda temos como desafio incluir uma parcela significativa de pessoas na terapia com antirretrovirais. Isso ajuda a romper a cadeia de transmissão, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas vivendo com HIV/aids”, observou o ministro.

O ministro também chamou a atenção para a importância do boletim, que é divulgado todos os anos no dia 1º de dezembro. “É um instrumento fundamental de planejamento para a definição das políticas nesta área”, afirmou. Segundo Chioro, o Ministério da Saúde está atento ao crescimento da doença entre a população jovem e, por isso, direcionou a campanha à juventude. Em 2004, a taxa de detecção, que era de 9,6 por 100 mil habitantes, passou para 12,7 por 100 mil habitantes em 2013.

AVANÇOS – O Brasil tem adotado, nos últimos meses, uma série de medidas para controle da transmissão, entre elas a ampliação da testagem de HIV em populações chaves (gays e homens que fazem sexo com homens, transexuais e travestis, pessoas que usam drogas e profissionais do sexo), além da facilitação do acesso de medicamentos, com a incorporação de novas formulações mais fáceis de serem usadas pelas pessoas vivendo com HIV/aids. Em 2014 o Ministério incorporou o 3 em 1 no Rio Grande do Sul e no Amazonas e já estendeu a compra para todo país. Além disso, incorporou o 2 em 1 e o Ritonavir termoestável, que dispensa a conservação em geladeira, dentre outras novidades. Todas essas medidas irão proporcionar que um grande número de pessoas possam se beneficiar do início precoce da terapia.

Com a adoção destas medidas, o Ministério da Saúde pretende cumprir a meta estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e pela Organização Mundial da Saúde, conhecida como 90-90-90, até 2020. A meta é testar 90% da população brasileira e, das pessoas que apresentarem resultado positivo, tratar 90%. Como resultado, conseguir que 90% das pessoas tratadas apresentem carga viral indetectável.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, também destacou a vantagem da oferta do tratamento a todas as pessoas soropositivas. “Além do benefício para a própria pessoa – que apresenta uma melhora na qualidade de vida, retardando problemas associados à infecção do HIV – esta medida é importante para a redução da epidemia. Estudos indicam que, pelo menos, 90% das pessoas em tratamento, apresentam – a partir de seis meses – carga viral indetectável”, observou o secretário, lembrando que essas pessoas não transmitem o HIV nesta situação.

CAMPANHA – Pela primeira vez o Ministério da Saúde apresenta em uma campanha a estratégia de prevenir, testar e tratar. A campanha, lançada neste dia 1º de dezembro, tem como público alvo os jovens. Haverá também material segmentado para a população jovem gay e travestis. A estratégia deste ano prevê a continuidade da campanha, com adaptações, para festas populares, como carnaval e outros eventos, durante todo o próximo ano.

A nova campanha apresenta jovens experimentando a vida com a palavra “testar”. O teste reforça o slogan final usando a gíria “# partiu teste”, linguagem típica desta faixa etária prioritária. O mensagem geral da campanha é informar o jovem para se prevenir contra o vírus da aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der positivo, começar logo o tratamento, reforçando o conceito “camisinha + teste + medicamento” de prevenção combinada.

NOVOS NÚMEROS – De acordo com o novo boletim epidemiológico, cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV e aids hoje no país. Deste total, 80% (589 mil) foram diagnosticadas. Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos de aids novos ao ano.

O coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,1 caso de mortes por 100 mil habitantes em 2004, para 5,7 casos em 2013. Do total de óbitos por aids ocorridos no país até o ano passado, 198.534 (71,3%) ocorreram entre homens e 79.655 (28,6%) entre mulheres.

Em julho deste ano, a revista britânica The Lancet, uma das mais importantes publicações científicas da área médica, divulgou um estudo mostrando que o tratamento para aids no Brasil é mais eficiente que a média global. Segundo o estudo, as mortes em decorrência do vírus HIV no país caíram a uma taxa anual de 2,3% entre 2000 e 2013, maior do que os 1,5% registrados globalmente.

FUNDO POSITHIVO – No Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Ministério da Saúde também anunciou o lançamento do Fundo Nacional de Sustentabilidade às Organizações da Sociedade Civil (Fundo Posithivo) que trabalham no campo das DST/AIDS e Hepatites Virais. O fundo tem como meta arrecadar recursos da iniciativa privada para financiar projetos sociais de Organizações da Sociedade Civil (OSCs).

O fundo irá mobilizar recursos adicionais para as OSC, proporcionando a sustentabilidade e o aprimoramento das respostas sociais e políticas a estas enfermidades no Brasil. A Fundação de Amparo à Pesquisa e à Extensão Universitária (FAPEU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ficará responsável pelo seu gerenciamento nos 3 primeiros anos. O fomento à criação do Fundo tem como objetivo contribuir para uma fonte adicional de recursos à luta contra a AIDS no país, que tem na Sociedade Civil Organizada um aliado estratégico.

Atualmente, trabalham com o tema DST, Aids e hepatites Virais no país cerca de 350 organizações da sociedade civil (OSCs). Além da mobilização de recursos financeiros, o fundo pretende contribuir com a prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, ao HIV/aids, às hepatites virais e à promoção da saúde, especialmente entre jovens.

PERÍCIA – Durante o evento, também será apresentado o Manual de Diretrizes para concessão de benefícios por incapacidade laborativa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O documento é fruto do esforço conjunto dos ministérios da Saúde e da Previdência e irá subsidiar os peritos do INSS na avaliação de incapacidade laborativa de pessoas vivendo com HIV/AIDS.

O documento contém as inovações do tratamento com antirretrovirais, considerando, além do bem-estar físico, outros aspectos relevantes para a análise médico-pericial, como as condições psíquicas e sociais, decorrentes de doença. O manual também dá atenção especial à questão do estigma e da discriminação, ressaltando os aspectos sociais, psíquicos e comportamentais da pessoa que vive com aids.

Outra novidade no documento é a ampliação do conceito de indivíduo sintomático que pode envolver, não só a síndrome e doenças associadas à aids, como também as complicações crônico-degenerativas, sequelas, efeitos adversos dos medicamentos para outras doenças e também aos antirretrovirais.

João Lyra comenta em depoimento a escolha de Armando para Ministro

O governador de Pernambuco, João Lyra Neto, falou nesta segunda-feira (1), sobre a escolha da presidente Dilma Rousseff em nomear Armando Monteiro para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Segue o depoimento:
“A escolha da presidente Dilma Rousseff pelo nome do senador Armando Monteiro Neto para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio é importante para Pernambuco. Armando é um quadro que conhece as áreas do desenvolvimento econômico e indústria, pois construiu sua trajetória atrelada a esses segmentos. Como ex-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e como parlamentar ligado ao setor produtivo, antes na Câmara dos Deputados e agora no Senado Federal. Desejo a Armando uma gestão de muitas realizações no Ministério”.

Agora ministro, Armando apresenta eixos do desenvolvimento

Aumentar a produtividade das empresas e reduzir os custos sistêmicos da economia são o principal objetivo do novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, senador Armando Monteiro (PTB-PE), anunciado oficialmente nesta segunda-feira (1ºunnamed (21)) pelo Palácio do Planalto. “O desafio central do Ministério é coordenar e fazer avançar a agenda da competitividade”, declarou Monteiro em rápido pronunciamento no Planalto, após a oficialização da indicação. A posse ainda não está marcada.

É preciso, defendeu ele, construir um ambiente econômico e institucional alinhado com as melhores referências internacionais. “Esse aperfeiçoamento institucional é fundamental para que possamos ser capazes de nos expor e competir numa economia mundial cada vez mais integrada”, completou. Para isso, será necessário, segundo Monteiro, superar vários entraves que persistem emperrando o aumento da competitividade.

Alinhou, entre tais gargalos, “elevados custos sistêmicos, com um sistema tributário complexo, que onera os investimentos e as exportações, deficiências na capacitação do capital humano e na qualidade da infraestrutura e um excesso de regulamentações e procedimentos burocráticos que desestimulam o desenvolvimento das atividades produtivas”.

Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ex-deputado federal por três mandatos, senador eleito em 2010, Armando Monteiro destacou que, como ministro do Desenvolvimento, irá atuar mantendo “um diálogo aberto e franco” com o Congresso Nacional e o empresariado.

Eixos – Em substituição a Mauro Borges, Monteiro foi anunciado como ministro do Desenvolvimento pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República e apresentado à imprensa logo após audiência da presidente  Dilma Rousseff com a bancada federal do PTB, no Palácio do Planalto.

Armando Resumiu em cinco eixos o que classificou como “agenda positiva de indução ao processo de desenvolvimento econômico sustentável”:

1) Reformas regulatórias que permitam a desoneração das exportações e dos investimentos. Com relação ao sistema tributário, é preciso reduzir a cumulatividade dos impostos indiretos, com a devolução ágil dos saldos credores e a simplificação do recolhimento dos tributos. Esse processo de simplificação deve se estender em relação aos processos aduaneiros, de modo a trazer ganhos de eficiência para as empresas no comércio exterior;

2) Promoção de uma política comercial mais ativa, que produza ampliação dos acordos comerciais com parceiros estratégicos e que permita a inserção internacional das empresas brasileiras nas cadeias globais de valor. Essa estratégia é essencial para que as empresas obtenham ganhos de produtividade e de escala; absorvam novas tecnologias e adquiram maior vigor diante das oscilações da economia e do mercado interno;

3) Incentivo ao investimento e renovação do parque fabril, de modo a reduzir a idade média das máquinas e equipamentos em operação no país. É preciso desburocratizar e facilitar a implementação dos investimentos no Brasil, especialmente em áreas estratégicas, como a de infraestrutura.

4) Criação de arranjo institucional que favoreça e estimule a inovação. Para isso, é preciso aprimorar o marco legal, ampliar o escopo e foco do financiamento, remover os obstáculos que afetam a capacidade de autofinanciamento privado e incrementar a relação entre as lideranças cientificas e as empresas.

5) Definição de um sistema de governança para gerir a agenda da competitividade, com objetivos e metas claramente definidos e avaliações periódicas, mantendo um diálogo com o setor produtivo e todas áreas do governo que estarão envolvidas com essa agenda.

Meio ambiente tem novo superintendente

A partir de hoje, a superintendência de meio ambiente passa a
contar com um novo gestor, o engenheiro ambiental Guilherme Mendonça. Na
manhã de hoje, 01, ele esteve no gabinete do prefeito José Queiroz,
juntamente o presidente da URB, Aldo Arruda, e o secretário de Gestão
Integrada, Rui Lira.

Durante esta semana, Guilherme conhecerá os projetos da Prefeitura
de Caruaru para poder colocar em prática sua expeunnamed (19)riência.

Campanha de Vacinação contra Paralisia Infantil segue em Gravatá

Mesmo tendo atingido a meta de vacinar mais de 95% da população com idade entre 6 meses e menores de 5 anos, contra Paralisia Infantil, a Secretaria de Saúde de Gravatá segue a orientação do Ministério da Saúde e prorroga a data da campanha para até o dia 12 de dezembro. A medida foi tomada diante dos números apresentados por inúmeros municípios brasileiros que ainda não bateram as metas estabelecidas.

Dois dias D foram realizados e a Prefeitura colocou a disposição da comunidade postos volantes (hospital, praças e sindicato), e todos os PSFs da cidade e zona rural funcionaram no sábado.

De acordo com os registros feitos pela Secretaria de Saúde de Gravatá, em crianças entre 6 meses e menores de 1 ano foram aplicadas 582 doses da vacina. Crianças de 1 ano, 1102 doses. Com dois anos, 1083 doses. Com 3 anos, 1071 vacinas. Crianças de 4 anos, 1.119 aplicações, (números apurados até 27 de novembro).

1ª Jornada da Associação Brasileira de Alzheimer no Agreste tem início nesta terça

Acontece nesta terça e quarta-feira (2 e 3) a 1 ª Jornada da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) no Agreste. O tema do evento será “Aprendendo a viver e cuidar da pessoa com Alzheimer”, onde, em Caruaru, mais de 300 pessoas tem a doença que não há cura, mas que pode ser retardada com tratamento.

O evento será realizado no auditório do Teatro do Shopping Difusora, localizado na Avenida Agamenon Magalhães.

As inscrições começaram dia 20 de novembro e podem ser feitas até o dia do evento. O valor antecipado é de R$80,00, e no dia R$100,00. Para facilitar sua inscrição, você pode acessar o site www.icones.com.br/abrazpe/jornadaou na Policlínica do Idoso, que fica na Avenida Lourival José da Silva, 483, Petrópolis, de segunda a sexta, das 7h às 16h.

Dilma Rousseff anuncia Armando Monteiro para o Ministério do Desenvolvimento

O senador Armando de Queiroz Monteiro Neto será o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O nome do parlamentar do PTB de Pernambuco foi anunciado, há pouco, no Palácio do Planalto. Ele assumirá o lugar ocupado hoje por Mauro Borges.

Por meio de nota, a presidenta Dilma Rousseff agradeceu a dedicação e lealdade de Mauro Borges e acrescentou que ele permanece no ministério até que sejam concluídas a transição e a formação da nova equipe.

O novo ministro nasceu, em 1952, no Recife e descende de uma tradicional família de políticos pernambucanos. Seu pai, Armando Monteiro Filho, foi ministro da Agricultura de João Goulart. O avô, Agamenon Magalhães, foi governador de Pernambuco. Antes de entrar na política, exerceu atividades como administrador de empresas, industrial e advogado.

Armando Monteiro iniciou a vida política em 1990, como filiado ao PSDB. Em 1997, deixou a legenda tucana e filiou-se ao PMDB, partido pelo qual conquistou, em 1998, o primeiro mandato de deputado federal. Em 2003, deixou o PMDB e vinculou-se ao PTB, reelegendo-se deputado federal em 2002 e em 2006. Em 2010, foi eleito senador pelo estado de Pernambuco, na chapa liderada pelo então candidato a governador Eduardo Campos. Neste ano, disputou o governo do estado, mas foi derrotado em  primeiro turno pelo candidato do PSB, Paulo Câmara. Ele também foi deputado estadual por três legislaturas.

Entre 2002 e 2010, o senador presidiu a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mesmo período acumulou a presidência do Sesi e do Senai. Antes, chegou a dirigir o Conselho de Administração do Sebrae. Monteiro também foi presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco e do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos de Pernambuco.

Como deputado e senador, Armando Monteiro atuou em defesa de temas como a geração de empregos, desenvolvimento econômico, inovação tecnológica e fortalecimento das micro e pequenas empresas. No Senado, ele integra as comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Assuntos Econômicos (CAE) e Educação, Cultura e Esporte (CE).

Agência Brasil