Por 2018, José Serra deve trocar o PSDB pelo PMDB

Do Brasil 247

A jornalista Dora Kramer, uma das colunistas mais alinhadas ao serrismo, aposta que o senador José Serra (PSDB-SP) será candidato à presidência da República em 2018, mas não pelo PSDB. Dora prevê a ida de Serra para o PMDB.

É o que ela afirma na coluna “O futuro já começou”. “Pela primeira vez em muitos anos, cerca de 20, o PMDB parece falar sério quando suas lideranças – entre elas o vice-presidente Michel Temer – dizem que o partido terá candidatura própria à Presidência da República”, diz ela. “Tão sério que a cúpula pemedebista tem um nome em vista e já está com o roteiro do desembarque do governo federal pronto. O candidato considerado ideal nessas conversas é o senador tucano José Serra: seria a união de um nome de projeção nacional com o partido mais bem estruturado em todo o país.”

Dora ressalta que “Serra, a respeito, não confirma nem desmente”. Segundo ela, apenas “silencia”. A jornalista avalia ainda que os tucanos escolherão seu o candidato a presidente entre o governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves. “Muito bem, nessa altura da história é que entraria José Serra com sua assumida vontade de presidir o Brasil e a oportunidade se apresentando fora de seu partido atual.”

Humberto Costa preside audiência pública sobre caso Amy

Líder do PT no Senado, Humberto Costa vai presidir, na manhã desta segunda-feira (29), uma audiência pública interativa da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa da Casa sobre o caso da criança Amy Katrin. Filha da pernambucana Karla Janine Albuquerque, Amy vive hoje nos Estados Unidos sob a guarda do pai, acusado pela mãe da menina de pedofilia.

A audiência começa às 9h e contará com a participação da avó de Amy, a defensora pública aposentada Kátia Albuquerque, e de representantes do governo federal, Judiciário e Ministério Público Federal para discutir saídas para o caso. Em julho, está prevista uma nova etapa do processo movido pela mãe na Justiça americana para reaver a guarda da filha.

“É importante levarmos esse debate para o plano federal. Assim como Amy, outras crianças brasileiras, com dupla nacionalidade, passam por situação semelhante. O Brasil tem que se dotar de mecanismos jurídicos efetivos para impedir dramas familiares como esse”, esclareceu Humberto. “Creio que a audiência vai contribuir para o debate e, no caso Amy especificamente, mostrará às autoridades americanas o nível de mobilização em que estamos no país para tentar trazê-la de volta.”

Amy Katrin tem sete anos e, atualmente, reside com o pai, o americano Patrick Galvin, na Flórida. De acordo com denúncia da mãe, Galvin praticava abusos sexuais com a criança e, em razão disso, ela resolveu fugir com a filha para o Estado do Texas. Presa pelo ato, Karla perdeu a guarda de Amy e, há um ano e meio, trava uma batalha judicial para reverter a situação.

Último sábado do São João com mais um recorde de público

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A dupla Zezé di Camargo e Luciano cantou “Vida de Viajante”, do Rei do Baião Luiz Gonzaga (Foto: PMC)

A noite deste sábado (27) começou com um clima de despedida. O São João iniciou seu adeus à temporada 2015. E os responsáveis por isso no Pátio de Eventos, em Caruaru, foram Forró dos Plays, Capim com Mel, Zezé di Camargo e Luciano e Forró na Mídia.

A festa foi iniciada com Forró dos Plays. A banda, liderada pela cantora Gil Mendes, deu o tom de como seria a festa na Capital do Forró. A última matinê de 2015 trouxe um repertório recheado de sucessos cantados pela juventude que, desde cedo, chegava ao Pátio. Esbanjando simpatia e presença de palco, Gil interagiu com o público e fez questão de destacar sua participação no São João de Caruaru. “Pela terceira vez me apresento em Caruaru e é sempre muito bom. Aqui, de fato, acontece o melhor São João do mundo”.

Na sequência, foi a vez de Capim com Mel tocar aquele forró das antigas. “Eclipse total”, “Como esquecer”, “Sem seu amor” e “Lágrimas de adeus” estiveram entre as músicas escolhidas. Também fizeram parte do repertório músicas da moda – “Sextou” foi uma delas. Os cantores Charles Bonde e Leidinha Facão deram conta do recado e fizeram um pout-porri com letras de Zezé di Camargo e Luciano, a terceira atração.

A dupla sertaneja fez um verdadeiro espetáculo. Zezé e Luciano fizeram questão de atender fãs, imprensa e desceram do palco para cumprimentar as apaixonadas de plantão. O repertório foi para lá de especial e teve espaço para o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Eles cantaram “Vida de Viajante” e emocionaram ainda mais o público que era superior a 100 mil pessoas. Ainda estiveram no repertório “É o amor”, “No dia em que eu saí de casa”, “Para mudar minha vida” e “Dou a vida por um beijo”.

A banda caruaruense Forró na Mídia fechou com chave de ouro a antepenúltima noite de shows. Israel da Mídia liderou a banda que também tocou os atuais sucessos do forró estilizado. “Mais que amor”, “Um homem e uma mulher” e “Até o dia em que eu morrer” estiveram no repertório.

OUTROS POLOS

O Polo das Quadrilhas foi palco da final do Concurso de Quadrilhas Estilizadas. E as donas da festa foram Flor do Camará (1º lugar), Sanfona Branca (2º lugar) e Do Amor (3º lugar). O Alto do Moura contou com Genaldo Pereira e Paulo Pereira; Dorge Tabosa; Trio Expressinho do Forró; Léo Domingos; e Maurício Ramalho.

O Forró do Candeeiro teve Trio Tabajara, Trio Cara Nova e Marlene do Forró. Lá no Mestre Vitalino a festa ficou por conta de Daniel Olímpio e Aldaci de França; Espingarda do Cordel e João Bosco do Pajeú; Marlene do Forró; e Amor com Café. Já no Polo Azulão quem tomou conta do palco foram Daniel Finizola, Gabi da Pele Preta e Almério.

COMIDAS GIGANTES

Neste sábado (27) também foi dia de comidas gigantes. Foi realizado o Maior Bolo de Macaxeira do Mundo, no Divinópolis. O prefeito José Queiroz fez questão de participar da festa. Teve ainda o 12º Maior Xerém do Mundo na Vila do Rafael.

OPINIÃO: Mudanças na Previdência

Por MAURÍCIO ASSUERO*

O governo Fernando Henrique instituiu um redutor na aposentadoria evitando que as pessoas se aposentassem cedo e com valor integral. Tal instrumento foi considerado injusto por diversos segmentos da sociedade, inclusive pelo PT, mas ele tinha por objetivo não comprometer, ainda mais, a situação crítica da Previdência no Brasil. Em 2014 o déficit previdenciário foi da ordem de R$ 58 bilhões e uma estimativa inicial para 2015, já descartada, apontava para algo em torno dos R$ 66 bilhões antes mesmo de mudar as regras para cálculo de aposentadoria.

Acabar com o fator previdenciário era o sonho dos sindicatos e é perfeitamente entendido que após uma contribuição de 35 anos para a previdência o trabalhador queira manter seu sua renda ou seu poder aquisitivo. O problema é que a contribuição paga pelo trabalhador forma uma poupança que deveria ser suficiente para arcar com as despesas decorrentes da sua aposentadoria.

Mas isso não ocorre porque os benefícios acabam sendo pagos com a contribuição dos trabalhadores atuais, ou seja, a população economicamente ativa de hoje, que contribui para a previdência, é de fato a fonte de financiamento dos benefícios dos aposentados e esta população vai precisar das contribuições da populaça ativa vindoura (um modelo de gerações superpostas). Se o modelo de previdência que temos não prever a capitalização dos recursos ficará muito difícil equilibrar as contas (acho que estou sendo sonhador: é impossível cobrir o rombo da previdência no curto e no longo prazo com o sistema que temos.

A única maneira é aniquilar os aposentados e seus dependentes!)
A previdência privada tem esse caráter de manter a renda do trabalhador após sua aposentadoria. Tem alguns atrativas para que busca tranquilidade. Há planos de benefícios definidos (cujo maior inimigo é a inflação) e planos de contribuição definida (cujo maior inimigo é a taxa de juros). Por outro lado, as regras da previdência privada são rigorosas, dado que as empresas precisam cumprir a meta atuarial, isto é, verificar na data de hoje se os recursos disponíveis são suficientes para pagar as obrigações futuras.

As empresas aplicam seus recursos no mercado é possuem parâmetros de remuneração mínima e apesar da permissão para aplicar em renda variável há uma obrigatoriedade maior de aplicar em renda fixa (o objetivo é salvaguardar os fundos de perdas financeiras expressivas). No contexto atual, a previdência privada passa a ser uma boa alternativa.

Em termos do que se fez no Congresso pode-se dizer que tudo isso é uma decorrência da fragilidade do governo. Nós temos dois atores envolvidos no processo: um é o trabalhador que merece ter uma boa qualidade de vida e o outro é a previdência que deveria ter recursos para, no mínimo, ofertar esta qualidade de vida. A incompetência, os desmandos, a corrupção e outras mazelas transformaram a previdência social neste poço sem fundo. O pior é constatar que as medidas, mesmo com a alternativa proposta pelo governo, não resolve o problema: só aumenta a dor e a incerteza.

*Maurício Assuero é economista e professor da UFPE

Tradição da fogueira gigante é mantida há mais de 40 anos

Em Caruaru, onde acontece o Maior e Melhor São João do Mundo, um monte de coisa é superlativa. Nesta terra, além de um São João gigante, são realizadas quase 30 festas de comidas fartas. É cuscuz gigante, pé de moleque gigante e tantas outras iguarias imensas. A fogueira, que também é uma tradição dos festejos juninos, não poderia ficar de fora deste hábito de grandiosidade.

E a data escolhida para acender a fogueira, que mede 15 metros de altura, é sempre a véspera de São Pedro, dia 28 de junho. A montagem é minuciosa e leva quase 24h para ficar prontinha, só esperando o seu grande momento, quando é acesa, aquece, ilumina e dá um charme único às festividades de Caruaru.

Além da fogueira queimando, caruaruenses, visitantes e turistas poderão desfrutar de parte de cultura local. A partir das 20h deste domingo (28), logo após a missa no Convento, grupos de bacamarteiros, quadrilhas juninas, bandas de pífano e a cantora Marlene do Forró contemplarão a fogueira e farão apresentações bonitas como forma de agradecimento à estrela da noite, a fogueira gigante.

A lenha utilizada para a realização da festa vem do material recolhido pelas equipes de poda da URB durante todo o ano. O material fica guardado em um depósito da prefeitura. Além da URB, a festa conta com a parceria da Polícia Militar, Destra e Corpo de Bombeiros.

Ficou com vontade de conferir tudo o que acontecerá na queima da fogueira gigante? Então passa lá no largo do Convento, que fica no bairro Divinópolis, a partir das 20h deste domingo. A festa é gratuita.

Graduada chega a Caruaru com cachaça diferenciada

cachaça

Nesta reta final do mês de junho, muitas turmas se reúnem para reencontros e aproveitar os festejos que estão presentes durante os 30 dias do mês. Seja num show, num polo de animação ou até mesmo em casa reunido com amigos a festa não para. Onde tem amigos reunidos, familiares e festejos tem sempre uma bebida para aquecer o tempo que frio que toma conta de Caruaru nesta época do ano. Entre as mais pedidas, está a cachaça.

Aproveitando o momento, a Cachaça Graduada chega a Capital do Agreste para apresentar o seu sabor leve, quase sem acidez, com cheiro e sabor de cana pura. A Graduada foi relançada no mercado para fazer parte desses momentos de descontração. Sua fabricação foi iniciada no ano de 1967, de modo artesanal, pelos primos João Sobrinho e Olegário Leal. Apesar do caráter artesanal era destilada em alambiques de características superiores, com todo o rigor e requinte de uma cachaça. A cachaça Graduada assim produzida permaneceu no mercado por 10 anos e no final do ano de 1977, teve as suas atividades industriais e comerciais encerradas.  38 anos depois, os filhos de João Sobrinho e Olegário Leal, resolvem reviver suas memórias afetivas e resgatar toda àquela experiência vivida por seus pais, relançando a cachaça Graduada numa versão de uma cachaça de qualidade superior.

A novidade está sendo apresentada com ações promocionais durante o mês de junho em Caruaru e Bezerros. A iguaria mineira está oferecendo ações de degustação gratuita da cachaça.

Campanha – Para apresentar a Graduada pelos olhos do seu embaixador Petrucio Amorim – que além de garoto propaganda da marca é um apreciador do produto – a Agência Comunicação criou um spot que mostra de um jeito descontraído o poeta cantador encantado com a cachaça. Na peça, após a degustação, o Poeta cria e recita um poema inspirado no produto. O dedilhado do violão despreocupado passa um certo improviso e espontaneidade e o áudio sugere que a confraternização onde a bebida está sendo servida é uma fazenda, por conta do som de pássaros. No final, o slogan “Graduada, a cachaça com gosto de Brasil”, que conta com a chancela da aprovação de Petrucio Amorim, resume a bebida: ainda que tenha um alto teor alcoólico, é leve e evidencia o cheiro e o gosto da cana-de-açúcar e não do álcool, o diferencial dessa cachaça artesanal.

 

 

 

Mercadante: Dilma deve se pronunciar sobre denúncias de doação ilegal

Do Blog de Jamildo
Com informações de agências

A presidente Dilma Rousseff escalou, neste sábado (27), os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Edinho Silva (Comunicação Social) para rebater as acusações sobre dinheiro ilegal para a sua campanha presidencial em 2014. A acusação foi feita em delação premiada pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, no âmbito da Operação Lava Jato, e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (25). A última edição da revista “Veja” traz uma reportagem na qual o empreiteiro teria delatado 18 políticos ou campanhas que supostamente teriam sido beneficiados com o dinheiro do esquema oriundo da corrupção da Petrobras. Mercadante e Edinho, que foi coordenador da campanha presidencial de Dilma, são citados.

Os dois ministros deram entrevista coletiva nesta tarde, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, que embarcou logo depois para os Estados Unidos. O ministro da Comunicação Social criticou o que chamou de “vazamento seletivo” de conteúdo de delação premiada. Já Mercadante disse que a presidente deve falar em breve com a imprensa sobre dinheiro de origem duvidosa que sua campanha eleitoral de 2014 teria recebido, de acordo com a mesma reportagem.

Na reportagem, Ricardo Pessoa afirmou que doou oficialmente R$ 7,5 milhões à campanha de reeleição da presidente no ano passado por temer prejuízos em seus negócios com a Petrobras, caso não ajudasse o PT. A doação foi feita legalmente e ele disse que tratou da contribuição diretamente com o tesoureiro da campanha de Dilma, o atual ministro da Secom, Edinho Silva.

VIAGEM

Após a reunião, a presidente embarcou para os EUA em viagem para atrair investidores para o Plano de Investimento em Logística, lançado este mês. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, iria acompanhar a presidente na viagem, mas cancelou sua participação na comitiva.

Em entrevista coletiva concedida na tarde deste sábado, o ministro admitiu que desistiu de acompanhar a presidente Dilma para defender o governo das acusações. “Eu queria estar aqui, eu queria explicar todas as vezes que fosse necessário. Tenho como homem público obrigação de prestar esclarecimentos. Quem não deve não teme. Por isso também eu fiquei”, disse.

PRESSÃO DO PT

O relato da delação de Pessoa diz que ele fez repasses ilegais à campanha de Mercadante, ao governo de São Paulo em 2010. De acordo com a prestação de contas apresentada pelo PT à Justiça Eleitoral em 2010, a UTC doou R$ 250 mil para a campanha do petista. O ministro da Casa Civil afirmou que todas as contribuições para sua campanha em 2010 foram feitas de acordo com a legislação eleitoral e estão registradas na prestação de contas entregue ao TSE.

“De fato as empresas contribuíram com R$ 500 mil. R$ 250 mil foram doados no dia 29/7/2010 pela Constran e a outra metade pela UTC no dia 27/8/2010. É só entrar [na Justiça Eleitoral] e estão lá as duas doações, o que mostra que as duas contribuições foram legais, estão oficializadas, portanto não procede essa suspeição”, disse Mercadante.

“INDIGNADO”

Também em entrevista coletiva, o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) reagiu à delação de Ricardo Pessoa e disse que causa “indignação” a tentativa de criminalizar doações legais. Ele disse que não se calará diante de ataques sobre sua conduta como tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014.

“Faço questão de ser ouvido nos autos. Caso se confirme as mentiras divulgadas pela imprensa eu tomarei as medidas judiciais em defesa da minha honra.” Questionado se o governo teme que as denúncias reacendam o debate de um impeachment, Silva respondeu: “Não há fundamento legal para isso. O que estamos enfrentando neste momento é o vazamento seletivo de uma delação premiada. Algo que precisa ser provado”. Ele disse que seu cargo está à disposição. “Quem contrata e quem exonera é a presidente Dilma.” Silva voltou a dizer que as contas da campanha de Dilma foram auditadas e aprovadas pelo TSE.

IMPEACHMENT

Partidos de oposição pediram, neste sábado (27), o afastamento da presidente Dilma Rousseff devido ao vazamento do conteúdo da delação premiada do empreiteiro. O Planalto e o PT negam ter recebido dinheiro de forma irregular. “Se ela (Dilma) não pedir o afastamento e as apurações, estará, com seu silêncio e inércia, dando veracidade ao conteúdo da delação”, disse Rubens Bueno (PPS-PR).

Já o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que as afirmações de Pessoa, dono da UTC, devem levar à abertura de um processo de impeachment contra Dilma. “Esse depoimento de Ricardo Pessoa é a prova que as campanhas de Dilma foram irrigadas com dinheiro roubado da Petrobras. Isso é motivo mais que suficiente para Dilma perder o mandato e para convocarmos novas eleições”, afirmou.

Se Dilma sofrer um impeachment, quem assume é o vice, Michel Temer (PMDB-SP). Novas eleições só ocorrem se ambos, Dilma e Temer, forem impedidos. Se isso acontecer nos dois primeiros anos de mandato, há um novo pleito direto. Nos dois últimos, uma eleição indireta no Congresso. Em ambos os casos, o país é comandado interinamente pelo presidente da Câmara.

PETROBRAS

Ricardo Pessoa disse em sua delação, de acordo com reportagem da revista “Veja”, que negociou o pagamento de R$ 5 milhões ao então senador Gim Argello (PTB-DF) para enterrar a CPI mista da Petrobras no ano passado.

Argello foi vice-presidente da CPI e, segundo a revista, foi o porta-voz da negociação porque exercia influência sobre o presidente da CPI, então senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e o relator, deputado Marco Maia (PT-RS).

Ainda de acordo com a “Veja”, os recursos foram distribuídos entre eles por meio de doações oficiais. A CPI terminou sem ter convocado empreiteiros nem pedido o indiciamento deles. Gim Argello não retornou aos contatos da reportagem na manhã deste sábado (27). Na sexta (26), ele havia afirmado que as doações recebidas da UTC foram legais.

Outro senador denunciado por Pessoa em sua delação foi o ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL). Segundo a “Veja”, Collor usou sua influência na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, para pedir propina ao dono da UTC.

Pessoa relatou ter pagado R$ 20 milhões ao senador, por intermédio do seu ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos. Eles já são investigados em inquérito no Supremo Tribunal Federal no caso Lava Jato. A assessoria de Collor não atendeu aos contatos da reportagem.

Após seis meses no cargo de governador, Paulo Câmara tenta manter rotina familiar e pessoal intacta

Por FRANCO BENITES
do Jornal do Commercio

A vida do cidadão Paulo Câmara começou a mudar quando ele foi anunciado por Eduardo Campos como pré-candidato ao governo estadual no início de 2014. A partir daí, ele foi se tornando cada vez mais conhecido e viu sua rotina ser totalmente modificada.

Entre os interlocutores do hoje governador, há quem garante que o socialista se esforça para manter parte da rotina que tinha quando ainda nem sonhava em comandar o Estado e estar nos holofotes. O compromisso diário de levar as duas filhas à escola, que Paulo mantinha quando era secretário estadual do governo Eduardo, já não é cumprido.

O socialista, no entanto, trata de compensar essa falta de outras maneiras e bloqueia toda a agenda nos dias em que a sua presença é importante para as meninas. Nas festas escolares em que a participação paterna é requisitada, ele bate ponto e faz questão de se livrar do terno e da gravata para deixar por alguns instantes o papel de governador e encarnar a figura de pai.

É a hora de se sentir tão pai quanto outros profissionais que encontram um espaço na agenda para curtir a vida em família. Quando há uma folga nos compromissos, Paulo também pede que as filhas almocem no Palácio do Campo das Princesas com ele.

O contato com os amigos de escola e faculdade também ficou menor devido à vida social e política mais agitada. No entanto, Paulo tem se programado para organizar jantares em casa para reunir as pessoas que começaram a fazer parte da vida dele antes que se tornasse o sucessor de Eduardo Campos e ingressasse no universo político-eleitoral.

“O governador não tem amigos, tem aliados. Quem tem amigo é o cidadão Paulo Câmara. E nesses encontros não se discute política e assuntos de trabalho. São momentos de relaxamento, de conversar besteira e ficar realmente à vontade. Quando não pode se reunir com os amigos, ele sempre liga para saber como estão”, conta um interlocutor do governador.

CMN aumenta para 6,5% ao ano juros de financiamentos do BNDES

As empresas que contraírem empréstimos e financiamentos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão pagar juros maiores. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aumentou a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para 6,5% ao ano. Com a elevação, taxa subiu para o maior nível desde meados de 2006, quando a TJLP estava em 6,85% ao ano.

A cada três meses, o CMN fixa a taxa para o trimestre seguinte. O conselho é formado pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

O reajuste da TJLP diminui as pressões sobre o Tesouro Nacional, que gastará menos para cobrir a diferença entre a taxa subsidiada e os juros de mercado. Em julho de 2012, a taxa estava em 5,5% ao ano, caindo para 5% em janeiro de 2013, como medida de estímulo à economia. A taxa voltou a 5,5% ao ano em janeiro deste ano e foi reajustada para 6% em abril.

Criada em 1994, a taxa é definida como o custo básico dos financiamentos concedidos ao setor produtivo pelo BNDES. De acordo com o Ministério da Fazenda, o valor da TJLP leva em conta dois fatores: centro da meta de inflação, atualmente em 4,5%, mais o Risco Brasil, indicador que mede a diferença entre os juros dos títulos brasileiros no exterior e os papéis do Tesouro norte-americano, considerados o investimento mais seguro do mundo.

 

Eduardo Cunha quer votar PEC do Pacto Federativo o mais rápido possível

Da Agência Brasil

A Comissão Especial do Pacto Federativo concluirá os trabalhos na semana que vem, e a primeira proposta de emenda à Constituição deve ser votada no próximo semestre, informou nesta sexta-feira (26) o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em coletiva de imprensa para jornalistas internacionais em um hotel na zona sul do Rio de Janeiro.

Segundo Cunha, “a emenda proíbe transmitir encargos para estados e municípios, sem os respectivos recursos. Esse é o primeiro sinal para acabar com o processo que existe hoje, de transferência de obrigações sem dar capacidade aos entes federados de sobreviverem”.

Ao afirmar que estados e municípios estão no caminho da falência, o deputado garantiu que se esforçará para que o pacto represente um reequilíbrio de forças entre os entes federados. “Ninguém pode gastar aquilo que não tem condições de fazê-lo, nem obrigação que não tenha como financiar. Claro que no tempo, a União, obviamente, terá que pagar alguma coisa. Hoje, no momento de crise, não dá para achar que vai resolver o problema de todos tirando da União. Mas, programadamente essas coisas podem ser corrigidas”, salientou.

A reforma tributária será o passo seguinte, de acordo com ele, para o país alcançar um orçamento realista. “Precisamos efetivamente saber que tributos teremos para financiar despesas. Há uma inversão de valores no Brasil. Aqui o orçamento é votado no último dia do ano, de forma que ninguém conhece, e não tem a mínima seriedade, porque ninguém o aplica. Essa forma de fazer política é errada”, na sua avaliação.