Presidente confirma indicação de Janot para novo mandato na PGR

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Atual procurador-geral da República ficará mais dois anos à frente do Ministério Público Federal (Foto: ABr)

Da Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff confirmou neste sábado (8) a indicação do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para um novo mandato de dois anos à frente do Ministério Público Federal (MPF).

Após participar de reunião com Dilma e o próprio Janot no Palácio da Alvorada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, avaliou que a escolha da presidente reflete respeito pela autonomia do MPF, que já havia aprovado a recondução do procurador-geral ao cargo.

Sobre as críticas de alguns investigados à atuação de Janot na condução da Operação Lava Jato, Cardozo voltou a defender a autonomia do MPF e ressaltou que a Constituição garante liberdade investigatória aos que atuam nessa área.

“É evidente que nós não podemos jamais condenar pessoas sem que lhes seja assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa, também estabelecidos na Constituição. Mas as instituições do Brasil, na medida em que a Constituição estabelece essas prerrogativas, devem funcionar e funcionar com eficiência. E a autonomia é o que está assegurado na Constituição Federal.”

‘Prefeitura tem de assumir transferência da feira’, diz João Lyra Neto

Por WAGNER GIL
Do Jornal VANGUARDA

O ex-governador João Lyra Neto (PSB) deu entrevista, na última sexta-feira (7), à Rádio Cultura e, como não poderia deixar de ser, dois temas predominaram a conversa, que teve o comando dos jornalistas César Lucena e Risoni Santos: a mudança da Feira da Sulanca e a sucessão municipal. Também foram debatidos outros assuntos, entre eles as crises política e econômica que assolam o país. O político admitiu que a atual situação do Brasil é uma das piores da história e disse que ficou surpreso, negativamente, com os resultados da Operação Lava Jato. “Quando imaginávamos ver tanta gente importante envolvida em corrupção presa, a exemplo do maior empresário do país, Marcelo Odebrecht?”, indagou.

Com duas horas e dez minutos de duração, boa parte do programa foi dedicada à mudança da Feira da Sulanca. Foram 40 minutos só no primeiro bloco tratando sobre este assunto. Depois, ele ainda falou a respeito do tema, respondendo perguntas de ouvintes e internautas. Na opinião de João Lyra, o projeto é “equivocado porque a prefeitura não participa do processo”. “A prefeitura tem de assumir sua responsabilidade. De quem é esse projeto? Quem faz parte do condomínio que ainda vai ser criado? Quantas pessoas vão fazer parte do condomínio? Quanto vai custar? São muitas indagações e responsabilidades que precisam ser respondidas”, argumentou.

Segundo Lyra, todo processo tem de ser tocado pela PMC. “Você pode até discutir o modelo, se é PPP (parceria público-privada) ou não. Mas uma coisa é certa: a prefeitura não pode repassar sua responsabilidade”, completou o ex-governador. Ele disse ainda que todos os setores da feira e da economia precisam ser contemplados e ouvidos. Como exemplo, citou a transferência da Feira de Caruaru do Centro para o Parque 18 de Maio quando foi prefeito pela primeira vez.

“Naquela época, a transferência começou com o prefeito José Queiroz, que pavimentou o Parque 18 de Maio. Depois, eu construí a ponte que liga o parque. Também ergui o açougue e o Mercado de Farinha, com dezenas de lojas ao lado. Criamos várias lanchonetes, mas, para isso, foram realizadas mais de 60 reuniões e eu participei de todas elas.”

SUCESSÃO MUNICIPAL

Outro tema que dominou a entrevista foi a sucessão municipal. Com alguns nomes sendo cogitados, entre eles o da deputada estadual Raquel Lyra (PSB), o do senador Douglas Cintra (PTB) e o do deputado e ex-prefeito Tony Gel (PMDB), além do casal Laura e Jorge Gomes (PSB), Lyra descartou a possibilidade de tentar um novo mandato. “Tenho saudades da Prefeitura de Caruaru, mas acho que já dei minha contribuição. Não tenho interesse em disputar novamente a PMC. Vou trabalhar pela unidade da Frente Popular.”

Ele ressaltou que irá trabalhar para que o nome da deputada Raquel Lyra represente essa frente. “Ela tem de ser candidata, não por ser filha de João, mas por ser deputada estadual com dois mandatos e ex-secretária do governo de Eduardo Campos. Raquel tem de ser candidata pela sua capacidade. Mas repito que é preciso pensar primeiro num projeto e num novo modelo de gestão.”

Atualmente, João Lyra vem aparecendo nas pesquisas e enquetes de rádio com os maiores percentuais em relação aos demais possíveis adversários. Indagado sobre se esse favoritismo poderia lhe fazer mudar de ideia, ele foi direto: “Se eu tiver, por exemplo, 36% das intenções de voto, vou trabalhar para que esse eleitorado vote em Raquel.”

Durante sua entrevista, o ex-governador enfatizou as mudanças que deverão ocorrer no próximo pleito, como um novo modelo de gestão e mais participação popular. “Neste momento, é preciso ouvir mais o povo”, disse Lyra Neto.

Ele aproveitou o final da conversa para parabenizar o vereador José Aílton (PDT), que assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Rural. “Acredito que ele fará um bom trabalho na zona rural”. No lugar do pedetista na Casa Jornalista José Carlos Florêncio ficou Bruno Lambreta (PSD).

Rodada completa dez anos e com boas perspectivas de negócios

Nos últimos dez anos, cerca de dois mil lojistas efetuaram mais de 55 mil pedidos e transações equivalentes a R$ 230 milhões. Estes são alguns dos números positivos que a Rodada de Negócios da Moda Pernambucana festeja em sua 20ª edição, que será realizada entre os dias 12 e 14 de agosto, no Polo Caruaru.

Responsável por movimentar semestralmente a economia das indústrias de roupas e acessórios do Agreste pernambucano, a Rodada espera nesta edição de agosto superar sua meta de 10% de crescimento, em meio a um ano tímido na economia nacional. “Entendemos que o mercado está instável, mas sentimos que nossos fabricantes e lojistas têm necessidade de aquecimento, por isso a feira cai como uma oportunidade para movimentação de toda a cadeia têxtil, em especial aqueles que têm negócios com o Estado de Pernambuco”, declara Osíris Lins Caldas, presidente da Acic (Associação Comercial e Empresarial de Caruaru), realizadora do evento.

Nesta nova edição, a Rodada ampliou e fortaleceu a participação de novos segmentos (acessórios e calçados), passando a oferecer produtos da linha bebê/infantil, feminino e masculino, posicionando-se como fornecedora de vestuário com confecção e calçados. “O lojista que vier até o evento poderá abastecer sua vitrine de primavera-verão 2016 com lançamentos de qualidade e ótimas oportunidades de negociação”, conta Osíris.

Na última edição, realizada em fevereiro deste ano com artigos de outono-inverno, a Rodada movimentou R$ 15 milhões, por meio de quatro mil pedidos, o que significa mais de 1,1 milhão de peças. “Nossa edição de verão, que acontece em agosto, é a mais aguardada e, por este motivo, temos a previsão de comercializar pelo menos 15% a mais que a feira passada”, afirma o presidente da Acic.

O evento, que apresentará mais de 4,5 mil lançamentos, entre roupas, calçados e acessórios, receberá novos compradores de todas as partes do Brasil, com destaque para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, que, cada vez mais, procuram o polo em busca de seus produtos têxteis e calçados.

A Rodada de Negócios da Moda Pernambucana tem como objetivo fortalecer o Estado como polo produtor de moda e vestuário e é uma opção de fornecimento para redes varejistas em todo o país. Ao todo, os 120 expositores de Pernambuco colocarão à disposição produtos de oito segmentos: moda masculina, feminina, infantil, jeanswear, bebê, íntima, surf, streetwear e praia & fitness.

“Pernambuco é um grande centro produtor de moda, possui mais de 15 mil indústrias ligadas ao setor do vestuário e precisamos apresentar este potencial a todo o Brasil. Esperamos incentivar o desenvolvimento econômico de toda a região do Polo da Moda do Agreste de Pernambuco e de todo o Estado por meio da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana”, finaliza o presidente da Acic.

O evento é realizado pelo Sebrae e pela Acic, com o patrocínio do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco e da AD Diper (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco). A coordenação é da J&B Consultores e tem apoio da Prefeitura de Caruaru, Sindivest Pernambuco, Acit, Aciasur e Ascap.

Paulo Câmara se dispõe a ajudar Dilma a sair da crise

Do Diario de Pernambuco

Diante do cenário de incertezas e sem que o governo federal consiga controlar sua base parlamentar para evitar a aprovação de pautas-bomba, o governador Paulo Câmara (PSB) voltou a se colocar ontem à disposição da presidente Dilma Rousseff (PT) para ajudar a petista a sair da crise, apesar de seu partido estar na oposição. O socialista lembrou que, na semana passada, os demais governadores já se colocaram à disposição do governo federal e que o momento é de buscar união. A entrevista foi concedida ontem, no Palácio do Campo das Princesas, durante evento com alunos da rede estadual de ensino que se destacaram no Enem.

No cargo de vice-presidente nacional do PSB, Câmara disse que tem conversado com lideranças políticas locais e nacionais e que está aberto para dialogar e ajudar. “Estamos abertos ao diálogo. Me coloco à disposição para ajudar no que for preciso como tenho feito como vice-presidente nacional do PSB. Tenho conversado com muita gente e me colocado à disposição, oferecendo minhas ideias”, disse.

Na avaliação do governador, o país precisa retomar a confiança e superar as questões políticas para voltar a ter perspectiva de futuro. “Temos que ter capacidade de diálogo, abrir portas para chegar a um caminho para que as coisas voltem a funcionar. Se não houver capacidade de diálogo, de liderança, vamos viver momentos difíceis. O momento é de buscar união para superar as questões”, destacou. O governador informou que seu governo está trabalhando e buscando parcerias com as prefeituras para evitar que os municípios sofram cada vez mais com a crise.

‘Auto das Sete Luas de Barro’ entra em cartaz neste domingo

Entra em cartaz neste domingo (9) o espetáculo “Auto das Sete Luas de Barro”, no Sesc. Um clássico do teatro de Caruaru está de volta, através de emenda parlamentar da deputada Raquel Lyra (PSB). As encenações são voltadas para estudantes de escolas públicas e comunidades da cidade e da zona rural.

Na reestreia do espetáculo, haverá homenagem aos 100 anos da arte do barro no Alto do Moura, com as presenças de artesãos e familiares do Mestre Vitalino e do saudoso premiado diretor caruaruense Vital Santos, autor da peça, baseada na história de Vitalino. O Grupo Feira de Teatro Popular fará dez encenações, nos dias 9, 11, 13, 14, 17, 18, 20, 21, 24 e 25 de agosto, sempre às 19h.

Ação aponta fraude trabalhista entre empresas de ônibus

Por ROBSON MERIÉVERTON
Especial para o blog

O Ministério Público do Trabalho em Pernambuco homologou ação civil pública contra as empresas Ônibus Coletivos e Transportes Ltda. e João Tude Transporte e Turismo Ltda. (Jotude). O motivo se deu a partir de fraude e tentativa de burlar as normas de proteção ao trabalho.

A ação foi representada pelo procurador José Adílson Pereira da Costa, que ajuizou o pedido no último dia 29 de julho. No mesmo dia, a Justiça, por meio da Vara do Trabalho de Garanhuns, concedeu tutela antecipada.

De acordo com o procurador José Adilson, de junho de 2013 a 30 de dezembro de 2014, ônibus rodaram com motoristas contratados pela Jotude, mas submissos a Coletivos. “A fim de fraudar a relação de emprego, as normas trabalhistas, a permissão que o órgão gestor do transporte intermunicipal deu para a Jotude, assim como os demais processos da contratação, quem administrava tudo era a Coletivos, inclusive o recrutamento, o teste prático, o custeio do exame médico admissional, o contrato de saúde e a segurança”, explica.

O procurador ainda afirma que a Coletivos também chegou, por várias vezes, a arrecadar na bilheteria a receita das passagens. “Com isso, a Coletivos e a Jotude fraudaram não só a relação de trabalho que tratava como empregado de uma, quando, na verdade, era empregado de outra. Além do mais, o fato de não constar na folha de trabalho de uma empresa certos empregados faz com que ela arrecade menos para a Previdência. A CLT diz que o empregador é quem admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços, e, no direito do trabalho, a realidade se sobrepõe às formalidades.”

Na ação civil pública, o Ministério Público do Trabalho pede que as transportadoras se abstenham de tais práticas e paguem verbas rescisórias e salariais ou indenizatórias ainda não quitadas para os trabalhadores. Em caso de descumprimento, deverá haver multa de R$ 2 mil por trabalhador prejudicado. A ação pede, ainda, o pagamento de R$ 200 mil da Jotude e R$ 300 mil da Coletivos por danos morais. Os valores são reversíveis ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Dispensados formalmente em janeiro de 2015, os empregados não receberam rescisões, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou seguro-desemprego. Alguns ajuizaram ações individualmente, garantindo o direito ao recebimento das obrigações trabalhistas. Entretanto, a Jotude não tem patrimônio para honrar a execução, enquanto a outra empresa não responderia pelos direitos dos motoristas.

No momento, as empresas estão obrigadas a se abster de firmar contrato de locação ou outra modalidade legal, com o objetivo de ocultar relação de emprego e, sem autorização do órgão regulador, obter cessão de direito de permissão de serviço de transporte.

Em contato com o empresário Adolfo José, diretor da empresa Coletivos, ele preferiu aguardar a notificação formal do Ministério Público do Trabalho para se pronunciar a respeito do caso, o que não havia ocorrido até a quinta-feira (6). Mas, de antemão, ele declarou: “Quero deixar claro que nunca cometemos nenhum ato que desabonasse as leis para com os princípios dos trabalhadores. Nossos serviços com a outra empresa em questão se resumiram à locação de ônibus.”

SENTENÇA

Em Caruaru, o Ministério Público do Trabalho conseguiu vitória na Justiça contra a empresa Capital do Agreste, sob acusação de não conceder DSR (Descanso Semanal Remunerado) dentro de sete dias. De acordo com o procurador do Trabalho à frente do caso, José Adilson Pereira da Costa, os empregados trabalhavam mais de seis dias seguidos sem ter folga, nem o intervalo mínimo de 11 horas entre as jornadas, nem o mínimo de uma hora de descanso dentro da jornada diária.

A empresa foi obrigada a regularizar conduta conforme a legislação, sendo condenada ao pagamento de R$ 100 mil por dano moral coletivo. Sendo assim, ela passou a ser obrigada a conceder, de acordo com o que diz a lei, os intervalos interjornada (mínimo de 11 horas) e intrajornada (mínimo de uma hora e máximo de duas para jornadas maiores que seis horas), pagando como hora extra o tempo que não for concedido para o referido descanso, sem prejuízo da multa pela não concessão.

A decisão cabe recurso de ambas as partes.

Feirantes comentam sobre aprovação do projeto da nova Sulanca

Por PEDRO AUGUSTO
Do Jornal VANGUARDA

A grande repercussão da aceitação na Câmara do projeto de lei nº 6.940, que trata da transferência da Feira da Sulanca do Centro para as margens da BR-104, não se limitou apenas à semana passada. Na primeira feira – manhã do último dia 3 – após a matéria ter sido aprovada em segunda votação, o assunto foi amplamente debatido entre os comerciantes que atuam no Parque 18 de Maio. Com o objetivo de coletar as suas opiniões, a equipe de reportagem do Jornal VANGUARDA esteve circulando por alguns setores do local no intervalo das 8h às 10h. Pelo menos no levantamento feito pelo semanário, a grande maioria dos entrevistados se mostrou contra a proposta.

“Primeiro, gostaria de deixar bem claro que não sou contra a transferência da feira. Agora, não posso ficar calado diante da falta de transparência conforme ocorreu o processo de aprovação do projeto. Mesmo com parecer negativo do jurídico da Câmara, grande parte dos vereadores votou a favor, o que me deixou bastante preocupado, até porque ainda estão faltando diversos pontos a serem esclarecidos. Até hoje não sei, por exemplo, quem terá prioridade para se instalar no novo local, os valores exatos dos bancos e como eles poderão ser adquiridos pelos pequenos feirantes. Na verdade, o que foi apresentado através desse projeto não vai atender de jeito nenhum a maioria”, criticou o feirante José Edílson. Ele possui bancos no antigo terreno da Fundac.

Ainda por lá, a reportagem do VANGUARDA ouviu o comerciante Reginaldo Silva, que não poupou críticas em relação à matéria. “Gostaria de saber da prefeitura se quem vai trabalhar na nova feira é Nino do Rap e os demais vereadores que votaram a favor. Isso porque, em nenhum momento, os feirantes foram ouvidos na elaboração do projeto. Esse grupinho que vem andando com ela e se diz representante da nossa categoria só está preocupado mesmo com os seus interesses. Estive presente na Câmara, na quinta-feira (30), quando ocorreu a segunda votação, e saí de lá enojado.”

Em contrapartida, o sulanqueiro José Carlos Santos, que opera no setor da Brasilit, fez questão de elogiar a aprovação do projeto. “Não vi nada demais na votação da semana passada. Todo mundo tem o direito de mudar de opinião e foi o que aconteceu com Nino da Rap. Na primeira, ele votou contra e na segunda, a favor. Esses feirantes que estão criticando têm o pensamento pequeno, porque ainda não enxergaram que, do jeito que está a Sulanca, irá acabar. Já escutei e vi várias entrevistas dos representantes da prefeitura sobre o assunto e, para mim, não restam dúvidas de que esse projeto irá beneficiar toda a categoria. Quem estiver insatisfeito que se mude para o Moda Center ou para o Parque das Feiras.”

O feirante Eronilson Pereira também se mostrou favorável à aceitação da matéria. “Acredito que já perdemos bastante tempo com essas polêmicas, porque o que importa mesmo é a sobrevivência da Feira da Sulanca. Trabalho nela há mais de 30 anos e já passou da hora de vê-la organizada. Se for para gastar dinheiro e ter um ponto fixo, não vejo problema. O que não pode acontecer mais é a Sulanca perder espaço para feiras menores. Agora, muita gente está criticando, mas depois que ela estiver funcionando num local mais adequado, elogio é o que não vai faltar”, disse. O Poder Executivo tem 30 dias para regulamentar a lei.

Dia dos Pais: Comércio de Caruaru deverá superar projeção nacional

Por PEDRO AUGUSTO
Do Jornal VANGUARDA

No Dia dos Pais 2015, o comércio da Capital do Agreste deverá ter um desempenho melhor no comparativo com a média do país. Se em todo o Brasil a expectativa é que haja um incremento nas vendas de 2%, conforme apontou o SPC Brasil, no varejo local a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Caruaru) está projetando um crescimento na comercialização entre 3% e 5% ante o mesmo período do ano passado. De acordo com o seu diretor, Adjar Soares, a estimativa um pouco mais animadora em relação ao comércio nacional se deve ao fato do setor local estar obtendo resultados superiores ao longo da já tão falada crise financeira.

“Costumeiramente o comércio de Caruaru sempre alcançou índices melhores em relação à projeção nacional e não deverá ser diferente neste Dia dos Pais. Por conta dessa crise, a tendência é que em 2015 os consumidores presenteiem os seus pais com produtos mais baratos. Em suma, apesar de nossa projeção apontar para crescimento nas vendas, em contrapartida, a estimativa é que haja uma queda nos valores das mesmas”, analisou Adjar Soares.

Quem pode se beneficiar com essa postura mais comedida por parte dos clientes são as lojas de vestuários e calçados. Dotadas de uma extensa linha de produtos com preços variantes, dos populares ao mais caros, elas devem ser mais demandadas neste ano. “Como o brasileiro costuma deixar tudo para a última hora, é claro que o movimento nas lojas só deverá aumentar mesmo no fim de semana. Entretanto, já vínhamos sentindo nos últimos dias certo acréscimo na procura por roupas, sapatos e livros. São aquelas lembrancinhas que geralmente possuem preços mais acessíveis e são encontradas facilmente nestes tipos de estabelecimentos. Por outro lado, devido também a essa crise, a expectativa é que haja uma retração na demanda por produtos mais caros, a exemplo dos de informática”, acrescentou Soares.

Tida como uma das principais redes de calçados de Caruaru, a Sapataria Muniz já vem sentindo no bolso a aproximação da data comemorativa. “O Dia dos Pais será festejado neste domingo (9), porém já temos vendido bastante desde o último sábado (1º). Como investimos em novidades para a data nas linhas de sapatos, tênis e acessórios masculinos, nossa expectativa é superar as vendas do ano passado em 10%”, destacou o gerente de uma das unidades da rua 15 de Novembro, no Centro, Demilton Holanda.

Além da Muniz, outra empresa que também está otimista com a chegada do Dia dos Pais é a Beijamim Confecções. De acordo com a sua gerente comercial, Gisele Alves, a projeção é de pelo menos atingir o cálculo divulgado pela CDL de Caruaru. “Nada melhor do que um Dia dos Pais para alavancar as nossas vendas num período de crise. Como contamos com linhas de produtos populares e mais caras, a tendência é de fluxo redobrado principalmente neste sábado (8). Se vendermos entre 3% e 5% a mais em relação ao ano passado, já estará de bom tamanho. Dentre os artigos que deverão ser mais procurados, destaque para camisas, calças e bermudas”, avaliou.

OPINIÃO: Até onde os pais fazem a diferença?

Por MENELAU JÚNIOR

Os números do Censo Escolar 2011 revelaram, entre outras coisas, que escolas particulares que custam menos de R$ 500 são menos equipadas que escolas públicas. Ou seja, têm menos laboratórios, salas de informática e aparelhos multimídia. Do ponto de vista estrutural, as particulares só ganham das públicas nas quadras cobertas. Por que, então, os resultados do Enem dessas escolas públicas normalmente são inferiores aos das particulares? A resposta está nos pais e nos professores. Menos nestes, mais naqueles.

A base familiar faz toda a diferença quando queremos analisar os resultados dos bons alunos. Eles normalmente têm pais que leem, que investem em atividades educacionais, que frequentam cinemas, teatros e livrarias. Em outras palavras, é o ambiente em que o aluno vive o elemento mais importante quando se compararam resultados. Há exceções, claro, mas estamos aqui falando de estudos sérios e números gerais: estudantes cujos pais são letrados têm resultados mais expressivos. O próprio Enem já observou a diferença e agora divulga o resultado das escolas considerando o nível socioeconômico dos alunos. A constatação, quando se cruzaram os resultados, foi esperada: alunos de classes sociais mais elevadas têm resultados muito melhores que os alunos pobres. Ou seja, a escola, ainda que muito boa, dificilmente vencerá esse obstáculo: a vida do aluno – e a de seus pais – fazem muita diferença nos resultados escolares.

Mas existe outro fator importante: a presença dos professores. Nas escolas particulares, o número de faltosos é bem menor – e cada professor costuma lecionar a disciplina em que se formou. Nas públicas, para “fechar” carga horária, o professor de História ensina Geografia; o de Matemática, Física ou Química. Não bastasse isso, o acompanhamento dos professores é maior, uma vez que as escolas particulares vivem de resultados. Sem contar as intermináveis greves! Todos sabemos como são feitas as “compensações” de aulas…

Segundo cálculos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o Brasil teria de investir três vezes mais o valor anual gasto com cada aluno para ter um padrão mínimo – atenção, MÍNIMO!!! – de qualidade. Em vez disso, a reforma econômica do governo já cortou alguns bilhões da verba dedicada à Educação. Em vez disso, criam-se mecanismos para forjar números e aprovar alunos. Na “pátria educadora” de Dilma, ela “não coloca meta, deixa a meta aberta. Mas, quando atingir a meta, vai dobrar a meta”.

A desonestidade intelectual do petismo é um caso que nem mesmo educação de qualidade resolve.

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Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todos os sábados. E-mail: menelaujr@uol.com.br