Dos 48 deputados réus, 40 apoiaram o impeachment

Parlamentares réus em ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) votaram em peso a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Entre os 48 deputados que respondem a a ações penais, 40 votaram a favor do processo que pode resultar na saída da petista da Presidência da República (veja a lista abaixo). Só oito registraram voto contrário.

As acusações vão de crime de responsabilidade – como o atribuído a Dilma – a corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e desvio de verba pública. Um dos votos foi dado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é o único congressista réu na Lava Jato. Cunha é acusado pela Procuradoria-Geral da República de corrupção e lavagem de dinheiro. O deputado é suspeito, por exemplo, de ter mantido contas não declaradas no exterior para receber propinas que chegariam a R$ 52 milhões, segundo os investigadores. Ele nega as denúncias.

Além de Cunha, 20 deputados também investigados por receber recursos desviados da Petrobras participaram da sessão de ontem. Nenhum deles, porém, ainda é réu. Da “bancada da Lava Jato”, só Aníbal Gomes (PMDB-CE), com problemas de saúde, não compareceu à sessão desse domingo. Entre eles, 15 votaram pela abertura de processo contra a presidente, quatro foram contra e um se absteve – Mário Negromonte Junior (PP-BA).

O total de parlamentares sob suspeita é muito maior, como mostra o último levantamento geral do Congresso em Foco, que inclui congressistas que respondem a inquérito (investigação preliminar) ou ação penal (processo). Até o fim de novembro, quase 200 deputados e senadores, entre apoiadores e adversários de Dilma, eram investigados no Supremo.
O voto dos investigados na Operação Lava Jato:

Afonso Hamm (PP-RS) Impeachment – sim
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) Impeachment – sim
Arthur Lira (PP-AL) Impeachment – sim
Dilson Sperafico (PP-PR) Impeachment – sim
Eduardo da Fonte (PP-PE) Impeachment – sim
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Impeachment – sim
Jerônimo Goergen (PP-RS) Impeachment – sim
José Mentor (PT-SP) Impeachment – não
José Otávio Germano (PP-RS) Impeachment – sim
Lázaro Botelho (PP-TO) Impeachment – sim
Luiz Carlos Heinze (PP-RS) Impeachment – sim
Luiz Fernando Faria (PP-MG) Impeachment – sim
Mário Negromonte Junior (PP-BA) abstenção
Missionário José Olimpio (DEM-SP) Impeachment – sim
Nelson Meurer (PP-PR) Impeachment – sim
Renato Molling (PP-RS) Impeachment – sim
Roberto Balestra (PP-GO) Impeachment – sim
Roberto Britto (PP-BA) Impeachment – não
Simão Sessim (PP-RJ) Impeachment – sim
Vander Loubet (PT-MS) Impeachment – não
Waldir Maranhão (PP-MA) Impeachment – não

STF homologa delação de ex-chefe de gabinete de Delcídio Amaral

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki homologou na última quinta-feira (14) a delação premiada do ex-chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (MS) Diogo Ferreira. A informação é do site da revista Época. No acordo, Diogo reforça as declarações do senador de que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula tentaram atrapalhar o andamento da Operação Lava Jato.

Diogo foi preso no mesmo dia que Delcídio e, assim como o ex-chefe, passou três meses na prisão. Eles são acusados de tentar obstruir as investigações com a oferta de dinheiro e plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, em troca de que ele não fizesse acordo de delação.

De acordo com a decisão do ministro, Diogo confirmou que foi informado sobre o teor da conversa entre Dilma e Delcídio, na qual, segundo o ex-líder do governo, a petista revelou a intenção de indicar o advogado Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) com o objetivo de proteger executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. A informação consta da delação de Delcídio, homologada em março. Ambos também citam o ministro José Eduardo Cardozo, à época ministro da Justiça e hoje da Advocacia-Geral da União

Renan Calheiros desacelera rito do impeachment no Senado

Ao contrário do que se viu na Câmara dos Deputados, o ritmo de tramitação do processo de impeachment no Senado será mais lento. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ressaltou que será isento e impôs algumas limitações ao rito. Inicialmente, Renan já desfez o acordo entre seu partido, o PMDB, e a oposição, para indicação da presidência e relatoria da comissão especial a ser instalada no Senado.

Na segunda-feira (18), Renan se reuniu com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para discutir como será o andamento do processo caso o Senado aprove a admissibilidade do pedido aprovado na Câmara. Os técnicos do Senado e do STF vão se reunir para estabelecer qual será o roteiro do impeachment. A tramitação discutida pelos presidentes, porém, valerá a partir de um eventual afastamento temporário de Dilma por 180 dias, caso ela perca a primeira votação no plenário do Senado

O procedimento será o mesmo adotado em 1992, no caso do impeachment do presidente Fernando Collor, quando o Supremo também realizou sessão administrativa. “Temos quatro parâmetros fundamentais : o regimento interno do Senado, a Lei 1079/1950 [Lei do Impeachment], a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental [ADPF] 378 [julgamento do roteiro do impeachment na Câmara]], e o precedente de 1992 [Collor]. Portanto, vamos nos guiar por esses quatro parâmetros, que definem prazos e procedimentos. Esses prazos já estão nos documentos aos quais me referi. Vamos só objetivar ou especificar o que está nesses quatro parâmetros”, disse Lewandowski.

O processo será lido no Senado na tarde desta terça-feira. Renan informou que vai aguardar 48 horas após a leitura para instalar a comissão, o que coincidiria com o feriado de Tiradentes, na quinta-feira (21). Com isso, o presidente afastou a possibilidade de instalar a comissão nesta semana, já que não há sessão ordinária no Senado às sextas-feiras.

A decisão de Renan frustra as expectativas do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e também da oposição. Eduardo Cunha, porém, preferiu a cautela para comentar a decisão do correligionário do Senado. “A demora é muito prejudicial para o país, porque você está com um governo que ficou meio governo”, disse. “Ou ele vira de novo governo, ou deixará de ser governo. Essa decisão o Senado vai proferir. Agora, a demora não é boa para o país, nem para o próprio governo”, afirmou o deputado.

Já Renan disse que os senadores vão agir com “neutralidade e imparcialidade” e que o processo correrá no tempo necessário para garantir o direito ao contraditório e à defesa. “Nós temos pessoas pedindo para agilizar o processo, mas não podemos agilizar o processo, de forma que pareça atropelo, nem delongar, de forma que pareça procrastinação.” De acordo com o senador, desse modo, com “isenção e neutralidade”, serão garantidos o processo legal, o prazo de defesa e o contraditório.

Simpósio Pernambuco de Direito Eleitoral realiza inscrições presencialmente

As inscrições para o Simpósio Pernambuco de Direito Eleitoral – Eleições 2016, podem ser feitas presencialmente, a partir de hoje (19) até o dia 22 de abril, presencialmente na Faculdade Asces e no Fórum Demóstenes Veras, em Caruaru. O Simpósio será realizado no Centro de Convenções do Senac Caruaru, no dia 12 de maio, das 8h às 18h30.

Na Asces as inscrições podem ser realizadas na Copiadora Sis Print, das 8h às 12h e das 18h às 22h. Os estudantes que realizarem as inscrições na Instituição poderão ter desconto. Já no Fórum as inscrições ocorrerão das 13h às 18h.

O Simpósio discutirá as novas regras para campanhas eleitorais e terá palestras com a especialista em direito eleitoral e Secretária Judiciária do TRE/PE, Cibele Figueiredo, que abordará o “Registro de candidatura e os impactos da minirreforma eleitoral” e o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Joelson Dias. Também participam do evento o juiz de direito do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Brasílio Guerra; o professor de direito processual civil e promotor de justiça de Pernambuco, Frederico Oliveira; senador Douglas Cintra (PTB/PE); o procurador geral do Ministério Público de Contas de Pernambuco e professor de cursos preparatórios para concursos, Cristiano Pimentel; o advogado eleitoral e procurador jurídico municipal, Golbery Lopes; e o assessor da Presidência do TRE/PE e professor da Escola Judiciária Eleitoral do TRE/PE, Henrique Melo.

O investimento é de R$ 160 (profissional) e R$ 80 (estudante). Informações através dos telefones (81) 3136.0060 e (81) 99569.6323 ou pelo e-mail icadedireitoeleitoral@gmail.com. O evento é organizado pelo Instituto Caruaru de Direito Eleitoral (ICADE).

Secretaria de Saúde da Prefeitura de Toritama divulga calendário de vacinação contra a gripe‏

Em Toritama, a Secretaria de Saúde da Prefeitura começou a vacinar os profissionais de saúde contra a gripe influenza e H1N1. A imunização para este primeiro grupo, começou nesta segunda-feira (18) e ocorre durante esta semana.

Logo após a imunização dos profissionais, os grupos de risco serão vacinados numa pré- campanha a partir da próxima segunda-feira (25). São eles: Crianças de 6 meses a menores de 5 anos; Gestantes; Indivíduos com 60 anos ou mais de idade; Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis.

Além de pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais (doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e portadores de trissomias).

A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).

De acordo com a Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Prefeitura de Toritama, Maria Aparecida, a vacinação para os grupos de riscos vai até o dia 20 de maio. Ela afirmou também que a meta é imunizar mais de 7 mil pessoas, que corresponde a 80% de cada faixa etária.

Ainda segundo a Coordenadora, até o momento não há nenhum registro de caso de pessoa infectada pela gripe H1N1 em Toritama. A Secretaria de Saúde do município está mobilizada para imunizar a população.

A vacinação será realizada nos Postos de Saúde dos bairros: Centro; Fazenda Velha; Independente; COHAB; Coqueiral; Antão; Sítio São João e na unidade do PNI – Por trás do Hospital Municipal Nossa Senhora de Fátima.

Contraindicações – A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores, bem como a qualquer componente da vacina ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.

Precauções – Em doenças agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinação, até a resolução do quadro, com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.

Como prevenir – Para evitar algumas doenças é imprescindível a higiene das mãos e dos ambientes. É importante lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar. Se isso ocorrer, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável, além de não compartilhar alimentos ou copos e toalhas de uso pessoal.

Pessoas com qualquer tipo de gripe devem evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas, como também não devem usar medicamentos sem orientação médica e procurar o médico ou unidade de saúde mais próxima.

Cronograma da campanha de vacinação contra a gripe – Toritama:

De 18 a 22 de abril de 2016- Trabalhadores das Unidades de Saúde: Postos de Saúde; Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Hospital Municipal.

De 25 de abril a 20 de maio de 2016- Grupos de risco.

30 de Abril de 2016- Dia de mobilização nacional da Campanha de Vacinação – Haverá imunização para os grupos de risco nos Postos de Saúde de Toritama das 8h às 17h.

Ampliação da licença paternidade é realidade 

Na busca pela implementação e efetivação de políticas públicas para a primeira infância, foi publicada a Lei 13.257/2016 que, dentre as alterações proporcionadas nas relações de trabalho da iniciativa privada, possibilita a ampliação da licença-paternidade por mais 15 dias, além dos 05 já estabelecidos pela legislação. 

A medida é importante para atender ao melhor interesse da criança e, ainda que de forma sutil, ampliar a participação dos pais na convivência e nos cuidados diários com os filhos, modificando assim um processo histórico de afastamento paterno. O problema é que a Lei contempla apenas os trabalhadores da iniciativa privada, deixando de lado os servidores públicos estatutários das esferas municipal, estadual e federal. A ampliação de 05 para 20 dias depende ainda de uma adesão das empresas privadas, que receberão benefícios fiscais em troca. No caso dos servidores, cabe ação contra o Estado a fim de reivindicar a igualdade de direito.

A licença-paternidade está prevista para os servidores no artigo 208 da Lei 8.112/90, constituindo-se como direito social por força do artigo 7º da Constituição, a consubstanciar uma das formas de assegurar proteção integral à criança. Dessa forma, mesmo que a Lei 13.257/2016 não conste previsão expressa de extensão aos servidores, entende-se que trata-se de uma medida que impõem um direito social, que deve ser protegido e efetivado pelo poder público em relação aos servidores. Não há justificativas plausíveis para beneficiar uma categoria e ignorar a outra. É preciso combater a emissão e não criar distinções.

A situação possui precedente. A Lei 11.770/2008, que ampliou a licença-maternidade de 120 para 180 dias, inicialmente também contemplava apenas as trabalhadoras da iniciativa privada. Tal fato não se sustentou porque, por tratar-se de direito social, não pode o Estado condicioná-lo à conveniência e oportunidade do administrador, devendo zelar pela sua efetivação plena. Questionou-se ainda na época, a impossibilidade de o Estado proporcionar a prorrogação da licença-maternidade às empregadas da esfera privada mediante incentivo, com renúncia fiscal (dedução de imposto de renda sobre o lucro real às empresas aderentes), negando, por outro lado, essa prorrogação aos servidores com quem se relaciona diretamente, mediante estatuto legislado.

No caso da licença-paternidade, como trata-se de uma ampliação de apenas mais 15 dias, o direito não oneraria os cofres públicos visto que servidores só devem ser substituídos em seus postos de trabalho ao se ausentarem por um período igual ou superior a 30 dias. Portanto, negar esse benefício sob justificativa de inviabilidade financeira é um argumento fraco e insubstancial. Logo, recusar a extensão desse direito para os servidores públicos viola a proteção constitucional, pois, sem justificativa razoável, o Estado estaria incentivando apenas os trabalhadores da iniciativa privada, como se o mesmo estímulo não fosse desejado pelo legislador no ambiente público de trabalho, o que afrontaria os mais elevados valores constitucionais, tais como o da dignidade da pessoa, da solidariedade, da promoção do bem de todos e, notadamente, da proteção integral à criança.

Cabe ressaltar ainda que, para que essa medida seja estendida aos servidores, os chefes do Executivo devem enviar projetos de Lei ao Congresso, a fim de garantir esse direito a seus servidores municipais, estaduais e federais. A proposta é simples e requer apenas um pouco de boa vontade das autoridades. Enquanto isso não acontece, pais que desejarem se valer desse benefício podem ajuizar ações, assim que confirmada a gestação. Dessa forma, poderão requerer uma liminar a fim de que possam usufruir o direito de acompanharem integralmente o desenvolvimento de seus filhos recém-nascidos.

SDS emite nota sobre a morte de Marcolino Júnior. Dois suspeitos estão presos 

Nota à imprensa
A SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL, através da POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE PERNAMBUCO, informa que Policiais Civis lotados na 88ª DP de Caruaru, 20ª Delegacia de Homicídios e 3ª Divisão de Homicídios, todos coordenados pelos Delegados Bruno Vital e Marcio Cruz, após a localização do corpo do colunista social Marcolino Júnior, 46 anos, identificaram e prenderam as pessoas de Rafael Leite da Silva 32 anos e Davi Fernando Ferreira Graciano 22 anos, por envolvimento no crime. Os suspeitos estão sendo interrogados e autuados em flagrante, pelo Delegado Márcio Cruz em Caruaru.

Rafael Leite da Silva, foi preso enquanto tentava vender o carro da vítima na capital do Agreste. As diligências continuam no sentido de esclarecer plenamente o crime registrado durante o fim de semana, também no agreste do Estado. Marcolino Júnior desapareceu no sábado (16) após almoçar com a mãe e o corpo do mesmo foi encontrado na tarde desta segunda (18), na zona rural de cidade de Sairé.

MAIS DETALHES SOBRE O CASO NESTA TERÇA-FEIRA, AS 10H, NA DELEGACIA SECCIONAL DE CARUARU. COM OS DELEGADOS RESPONSÁVEIS PELAS INVESTIGAÇÕES BRUNO VITAL E MARCIO CRUZ.

Prefeitura de Caruaru lamenta falecimento do colunista Marcolino Júnior

A Prefeitura de Caruaru lamenta o falecimento do jornalista Marcolino Júnior, importante nome do colunismo social em Caruaru e em todo Estado. “Foi com muita tristeza que recebemos esta notícia. Marcolino marcou a sociedade caruaruense com o seu carisma e trabalho”, disse Queiroz.

Corpo que seria de Marcolino Júnior é encontrado

Do G1

Um corpo que seria do jornalista Marcolino Junior foi encontrado na tarde desta segunda-feira (18), na zona rural de Sairé, no Agreste de Pernambuco – segundo informou o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Galindo. O colunista social de Caruaru estava desaparecido desde a tarde do sábado (16), segundo a família.
O corpo supostamente do jornalista foi encontrado no Distrito de Insurreição, segundo o Instituto de Criminalística (IC). Uma equipe de perícia chegou ao local por volta das 16h.

Ainda de acordo com a Polícia Militar, um homem foi flagrado tentando vender o veículo de Marcolino Junior em uma área comercial de Caruaru, nesta segunda-feira. O automóvel do jornalista foi levado para a sede da 1ª Delegacia de Caruaru. Segundo a polícia, o homem suspeito de envolvimento no caso foi levado para prestar esclarecimentos na Delegacia Regional do município.

Câmeras de segurança – Imagens gravadas pelos circuitos de vigilância de um mercado e de uma pousada de Caruaru registraram momentos nos quais o jornalista e colunista social Marcolino Junior, de 46 anos, foi visto antes de desaparecer, às 14h do sábado (16). As imagens foram divulgadas no ABTV 1ª edição desta segunda-feira (18).

No mercado é possível ver o jornalista fazendo compras com a mãe. Amigos informaram que, em seguida, ele foi para casa, almoçou e saiu. O colunista social também foi visto entrando em uma pousada para visitar um amigo.
A delegada Sara Gouveia está à frente das investigações do caso. Ao G1, ela informou que “está ouvindo algumas pessoas e fazendo diligências” e, por isso, não poderia passar mais detalhes.

Entenda o caso – Residente em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, Marcolino Junior foi visto pela última vez no sábado (16) antes de desaparecer. Ele almoçou com a mãe e depois saiu de casa, não sendo mais encontrado após tentativas de ligação e mensagens no celular desde então.

Segundo a família, Marcolino havia marcado encontro com alguns colegas para fazer a cobertura de um casamento no município, mas não apareceu no local.

“Ele é bastante responsável e nunca sai sem informar a mãe dele. Ela tem 72 anos e está debilitada. Eu e outros amigos a medicamos e estamos dando assistência a ela”, informou Péricles ao G1. O amigo de Marcolino ainda destacou que foi registrado pela mãe do jornalista, neste domingo (17), um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Caruaru.

Artigo: 18 de abril – Dia Nacional do Livro Infantil

Por Gabriela Kopinits, a Cigana Contadora de Estórias*

Há não muito tempo atrás a criança ainda era vista simplesmente como “um adulto em miniatura”, conceito medievalista ainda prevalente. Não se pensava a criança como um ser tenro, que necessitasse de cuidados especiais, de educação cuidadosamente elaborada para ela. O fato de uma criança nascer significava apenas um par de braços a mais para ajudar na lida e uma boca a mais para sustentar nas classes mais baixas ou um peão valioso no jogo dos casamentos e dotes arranjados por interesse político ou financeiro.

Até o que hoje conhecemos como estórias para crianças, muitas não foram absolutamente pensadas ou mesmo compostas para elas, entre estas clássicos como Chapeuzinho Vermelho e A bela adormecida (que no original se chamava A bela adormecida no bosque). Eram contos, em sua maioria com conselhos de bom comportamento embutidos, elaborados para as senhoras damas. Vejam o que aconteceu com a mocinha que não seguiu o conselho da mamãe! – dizia a história. Foi devorada por um lobo! – Arrematava o contador de estória, secundado por gritinhos de pavor das encantadoras mademoiselles.

Charles Perrault (1628-1703), contemporâneo e servidor de Luís XIV, foi quem primeiro teve a ideia de reunir esses relatos ouvidos nos salões da corte francesa no que seria o primeiro livro infantil. Publicado em janeiro de 1697 – Perrault já com 69 anos – o livro recebeu o nome de Histórias ou contos do tempo passado com moralidades com o subtítulo Contos da Mamãe Gansa (Histoires ou Contes du temps passé – Contes de ma mère l’Oye) e trazia os conhecidos A bela adormecida ao bosque (La Belle au bois dormant), Chapeuzinho VermelhoO Barba AzulO Gato de BotasAs fadasCinderela e Riquete de Crista.

A ideia do “adulto em miniatura” começou a mudar depois daí, graças também ao Renascimento, importante movimento cultural que marcou a transição entre o medievalismo e a nova cultura burguesa e afastou um bocado a Igreja da influência social. Os ares renovadores do Renascimento – depois a Revolução Francesa – abriram brechas no pensar ocidental que iriam trazer gratas consequências na vida cotidiana, entre elas a da educação menos rígida e opressora, especialmente nas classes mais ricas. No entanto, a criança só começou mesmo a ser vista como um ser especial, diferenciado, em meados do século XVIII, depois da Revolução Francesa e com o advento do Romantismo.

A educação infantil, propriamente dita, surgiu com o pedagogo alemão Friedrich Froebel que, de forma pioneira, em junho de 1840, fundou os Kindergarden (jardins de infância), associando a importância dos cuidados com a educação da criança, desde os seus mais tenros anos, para o seu correto e sadio desenvolvimento à imagem da plantinha sendo cuidada desde cedo por um atento jardineiro.

No Brasil, os livros ainda eram publicados pela Imprensa Régia, estrutura burocrática e de controle editorial trazida por D. João VI em 1808. Traduções de Perrault e dos folcloristas alemães Jacob e Wilhelm Grimm era o que havia. Foi só em 1894 que o jornalista carioca Alberto Figueiredo Pimentel (1869-1914) publicou o primeiro livro infantil do país: Contos da Carochinha, coletânea com 61 contos populares, “morais e proveitosos, de vários países, traduzidos e recolhidos diretamente da tradição oral”, como está dito na contracapa.

Mas o primeiro livro escrito de fato para as crianças aqui no Brasil, retratando a nossa cultura, as nossas tradições e valores, foi mesmo A menina do narizinho arrebitado, publicado por José (Renato) Bento Monteiro Lobato em 1920, dando origem a uma série de livros de amplo sucesso com os personagens do Sítio do Picapau Amarelo.

Narizinho, Pedrinho, Emília a boneca falante, o Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Tia Nastácia e seus deliciosos bolinhos de chuva, o Saci e a Cuca, dentre outros queridos personagens saídos da genial imaginação de Monteiro Lobato, vêm acompanhando gerações de crianças desde então, rendendo ao escritor o justo reconhecimento de Patrono da Literatura Infantil Brasileira. Mas o reconhecimento maior mesmo veio através da Lei nº 10.402, assinada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso Lei, em 8 de janeiro de 2002, instituindo o Dia Nacional do Livro Infantil, a ser comemorado anualmente no dia 18 de abril, data do nascimento do grande Monteiro Lobato.

“Um país se faz com homens e livros”, disse o mestre. Viva, pois, o Dia Nacional do Livro Infantil!

*Jornalista, escritora e contadora de estórias