MRV Engenharia abre processo seletivo para trainee 2017

Maior construtora habitacional da América Latina, presente em mais de 140 cidades brasileiras, a MRV Engenharia lançou nesta semana o Programa Trainee da companhia para 2017 e inicia a seleção de jovens para assumir cargos na empresa. São 13 vagas para atuação nas áreas de Desenvolvimento Imobiliário, Comercial, Controladoria, Planejamento Financeiro e Tecnologia da Informação.

Em sua 7ª edição na companhia, o Programa Trainee MRV tem como objetivo preparar jovens para assumir cargos-chave e construir uma carreira na empresa. “Buscamos novos talentos comprometidos e dispostos a investirem sua criatividade, pensamento analítico e conhecimento na construção de projetos inovadores. Os jovens terão a oportunidade de conhecer as diversas áreas da companhia adquirindo uma visão mais ampla do negócio”, comentou o diretor de Desenvolvimento Humano, Marcos Horta.

As vagas são para profissionais graduados ou pós-graduados entre dezembro de 2011 e dezembro de 2016, nos cursos Administração, Arquitetura, Ciências da Computação, Ciências Contábeis, Direito, Economia, Engenharia Civil, Engenharia de Produção e Estatística que tenham foco em alto desempenho, sejam engajados, comprometidos, gostem de desafios e tenham mobilidade para residir em outros estados. O programa terá duração de 12 meses, envolvendo imersão na cultura MRV, job rotation, desafios nas áreas e projeto final.

O processo seletivo será composto por inscrições online e escolha da área de interesse, testes online e entrevista virtual, entrevista com consultoria, etapa presencial: painel de negócios e entrevista com a liderança, exames médicos e admissão. As inscrições poderão ser feitas até o dia 30 de setembro. Saiba mais em http://www.mrv.com.br/trainee/

Sobre a MRV Engenharia: Comprometida com a redução do déficit habitacional no Brasil e há 37 anos no mercado imobiliário, a companhia integra, desde 2007, o Novo Mercado da Ibovespa. Está presente em mais de 140 cidades brasileiras e 20 estados, além do Distrito Federal. Criada em 1979 em Minas Gerais, já realizou o sonho da casa própria de mais de 275 mil famílias brasileiras. Seus projetos atendem a criteriosos programas de qualidade como a certificação ISO 9001, que regula o gerenciamento adequado do negócio com foco na satisfação dos clientes, além da ISO 14001 e OSHAS 18001, que preveem as mais modernas normas de respeito ao meio ambiente e de segurança e saúde no ambiente de trabalho. A construtora também foi uma das primeiras empresas a atingir nível A do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade na Habitação – PBQP-H.

Nova célula do Aterro Sanitário está pronta para utilização

Para ampliar o tratamento dos resíduos sólidos produzidos pelos caruaruenses, a Secretaria de Gestão e Serviços Públicos, por meio o Departamento de Limpeza entregou nesta semana, a quarta célula que compreende uma área de 5 mil m². Segundo o engenheiro ambiental Emerson Willian, a extensão atenderá o município por mais um ano. “A área que está sendo entregue tem capacidade para receber os resíduos da população caruaruense por mais um ano. Só pra se ter uma idéia o aterro receber todos os dias cerca de 350 toneladas de lixo”, ressaltou.

Para a realização da nova célula, inicialmente foi efetuada a regularização do solo; terraplanagem da área; impermeabilização com geomembranas em Polietileno de Alta Densidade (PEAD), para evitar a contaminação do solo; além de uma camada de 60 cm de proteção mecânica; e instalação do drenos de chorume e gases. “As equipes trabalharam bastante nos últimos dois meses para realizar toda a preparação e entrega da nova célula, nesta semana conseguimos finalizar todo o processo. A partir de agora o espaço já pode receber os resíduos”, explicou o diretor de limpeza urbana, Maurício Silva.

A estrutura do aterro sanitário municipal inaugurado em 2001 tem sido exemplo para o estado e para os protocolos de preservação ambiental. Os avanços técnicos realizados no espaço comprovam que Caruaru atende todos os requisitos legais, ambientais e tecnológicos estabelecidos pela Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH).

Suspeito de matar filho de radialista é preso

Policiais civis prenderam na última segunda-feira (05), em São João, no Agreste do Estado, um dos suspeitos de ter assassinado o vendedor Alceu José da Silva, de 19 anos. Trata-se de Alex André Ramos Criado, o “Borracha”, de 23 anos. Ele já está recolhido em uma unidade prisional do Estado enquanto o seu suposto comparsa Jeferson Barbosa Silva Souza, de 28 anos, encontra-se em liberdade. Este último chegou a cumprir prisão temporária na época, porém como a polícia não encontrou elementos suficientes que o incriminasse, ele acabou sendo solto.

“Solicitamos a prisão preventiva do Alex, porque já contamos com vários elementos que apontam para a sua participação no crime. Quanto ao Jeferson, ele foi posto em liberdade, porque não identificamos pelo menos até agora o seu envolvimento. Vale ressaltar que também estamos trabalhando para prender o segundo participante”, disse o chefe da Divisão de Homicídios de Caruaru, delegado Bruno Vital.

Alceu, que era filho do radialista Adeildo Silva, foi assassinado no mês de dezembro de 2013, por volta do meio dia, na Praça do Rosário, no centro de Caruaru. De acordo com as investigações da Polícia Civil, Alex e o seu comparsa teriam se aproximado em uma moto vermelha e um deles efetuou os disparos em direção à vítima. O jovem foi atingido com três tiros sendo no tórax e na cabeça. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Regional do Agreste, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no início da noite.

De acordo ainda com a Civil, o crime teria sido motivado por questões passionais. “Apuramos que a vítima havia tido um caso com a companheira de um dos suspeitos, inclusive chegou a efetuar alguns disparos contra o mesmo. Dias depois, o criminoso buscou o auxílio do comparsa para cometer o assassinato”, informou na época do crime, o gerente operacional da Dinter 1, delegado Erick Lessa.

“Temer representa o patrão, não o trabalhador”, afirma economista

Empossado não mais como interino, mas como o mais novo presidente da República, Michel Temer (PMDB), já se mostrou propenso a aplicar várias mudanças no sistema econômico do país com a intenção, segundo os seus aliados, de reorganizá-lo. No intuito de deixar os seus leitores por dentro de tudo, o Jornal VANGUARDA traz nesta edição uma entrevista com o seu colunista e especialista em Economia, o também professor Maurício Assuero. Com uma linguagem simples e objetiva, ele analisou especialmente para o semanário os impactos que a reforma da Previdência deverão ocasionar bem como sobre as interferências do novo governo em programas populares como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida.

Pedro Augusto

Jornal Vanguarda —- Os aliados do governo Temer vêm afirmando de forma categórica que as medidas que já estão em curso e que ainda estão por vir possuem como principal objetivo reorganizar a economia do país. No âmbito geral, de que forma o senhor vem avaliando esse pacote de ações?
Maurício Assuero – É uma forma de justificar as medidas impopulares que o governo precisa implementar. Não vai ser fácil arrumar a economia sem arrumar as contas públicas e não tem como cobrir um déficit orçamentário de R$ 140 bilhões sem cortar despesas, cortar investimentos, aumentar impostos e privatizar. Tudo isso mexe de forma negativa com a sociedade. O governo Dilma tentou algumas coisas e, por exemplo, a mexida no seguro desemprego chegou numa hora terrível para o trabalhador. Hoje fica a impressão de que isso só passou porque o pessoal queria que a culpa ficasse com ela. Veja que as propostas de Temer, pelo menos as conhecidas, tratam de aprovar uma meta para os gastos, mas isso é apenas um paliativo porque os gastos aumentariam de acordo com a inflação e se houvesse realmente preocupação com o rigor orçamentário deveria ser ao contrário, isto é, o gasto de 2017 deveria ser menor do que o de 2016, e assim sucessivamente. Alguns poderiam pensar que isso iria afetar mais a economia, mas não seria bem assim porque temos muita gordura em cargos públicos, em gratificações inócuas, etc. No entanto, acho que devemos pôr em prática a experiência e ajustar se não produzir resultados.

JV — Embora a necessidade da reforma da previdência seja quase que um consenso entre os especialistas em contas públicas, alguns pontos em relação a ela, a exemplo da revisão da idade mínima exigida para a aposentadoria, prometem causar grandes resistências por parte de vários setores da população brasileira. Em sua opinião, que impactos essa reforma provocará na economia nacional?

MA — Ao longo do tempo o déficit previdenciário tem crescido absurdamente. Somente em junho passado, ele chegou a R$ 12,168 bilhões. Se consideramos o acumulado até junho de 2016, chegamos a impressionante casa dos R$ 72,925 bilhões. A população economicamente ativa é na ordem de 106 milhões de trabalhadores, mas tem caído com o aumento do desemprego e isso significa menos contribuição, e mais benefícios na forma, por exemplo, do seguro desemprego. Outro detalhe é que a preocupação com mudanças no sistema incentiva a busca pela aposentadoria para evitar perdas. O sistema falha por não conseguir capitalizar as contribuições dos trabalhadores, falha por não conseguir uma taxa de aumento na PEA superior a taxa de novas aposentadorias. No meio dessa questão, vem a fixação de uma idade mínima. Analise a situação de um jovem que teve sua carteira assinada aos 18 anos e que trabalhou durante 35 anos. Esse indivíduo se privou da presença da família (se estudou e trabalhou, pior ainda) e aos 53 anos gostaria de recuperar o tempo perdido, desfrutar mais da companhia dos filhos, enfim… FHC já entendia que uma pessoa que pleiteava aposentadoria aos 50 anos era um vagabundo e por isso criou o fator previdenciário para retardar a aposentadoria. O congresso sob a batuta de Eduardo Cunha aprovou novas regras que ao longo prazo só afundaria mais o sistema. Agora, Temer propõe uma idade mínima… Entende-se a necessidade, agora, o trabalhador é o menos culpado de tudo isso. Em termos econômicos isso pode retardar a entrada de pessoas no mercado de trabalho, então, o desemprego entre jovens pode ser maior.

JV— Tão logo foi empossado como presidente do país – não mais interino – Temer tratou de anunciar o valor do salário mínimo que será aplicado em 2017. O salário, que passará de R$ 880 para R$ 946, representará se for aprovado, uma correção de 7,5% cobrindo apenas a inflação do período. Os assalariados terão o que comemorar em relação a esse reajuste?

MA — Não há o que comemorar porque, simplesmente, não haverá ganho real. A estimativa de inflação é 7,34% e se mantido o aperto atual (desemprego em alta, juros altos, etc..) ela poderá ser até menor. A classe trabalhadora deve ficar mais atenta para as ações do governo porque vai ser afetada sim com as mudanças propostas. Por exemplo, o governo fala sobre rever as relações de trabalho, mas a proposta apresentada (trabalho por demanda) já existe e não tem uma aplicabilidade que justifique. Em linhas gerais, manter o emprego tem sido o melhor prêmio e dificilmente o trabalhador vai conseguir algo mais enquanto não se reverter este cenário.

JV — Outro aspecto que já vem se desenhando no que diz respeito à postura econômica do novo Governo tem se referido à possível prática das já tão aplicadas privatizações. Como especialista na área, o senhor acredita que esse é um dos caminhos mais corretos para que o país retome o seu caminho para o crescimento?

MA — O governo só tem como aumentar suas receitas se for através de impostos ou de privatizações. Eu creio que esta opção não deve ser descartada, mas não deve seguir o que foi traçado no governo de FHC. As empresas foram privatizadas com empréstimos concedidos pelo BNDES. Se quiser comprar, traga o dinheiro, mesmo que parcelado, agora, usar dinheiro público para comprar empresa pública, não é a melhor proposta. Acho que o governo tem empresas que poderiam ser mais bem administradas pela iniciativa privada. Acredito, inclusive, que a abertura para o capital externo também seria bem vinda. Veja o que houve no sistema financeiro. Essa permissividade favoreceu bancos como o Santander, a Caixa Geral de Depósitos (Portugal) adquirirem bancos brasileiros. Precisa apenas de regras claras.

JV —- O novo presidente também já vem se mostrando inclinado para fazer interferências em programas populares como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida que até então atuavam como carros-chefes do governo anterior. Em sua opinião, essas posturas se fazem mesmo necessárias?

MA — Os programas sociais precisam sim de revisão. Não se trata de acabar, mas de transformá-los em instrumentos de inclusão social e não de instrumento eleitoreiro. Veja o caso do Bolsa Família. Exige-se uma frequência escolar de 75%, mas no fundo não há controle sobre isso. A mãe do aluno recebe, mas ela não está em nenhum programa de aprendizado, não presta qualquer serviço para a sociedade e nem mesmo para seu próprio crescimento. Além de tudo isso tem os desvios. O Minha Casa Minha Vida teve uma conotação forte de permitir a casa própria. Deve ser fortalecido porque envolve um setor crucial para a economia que é a construção civil. Há outros programas importantes que precisam ser intensificados (Saúde na Família, Farmácia Popular) e outros que precisam ser revistos na totalidade como o Mais Médicos. Não precisamos de mais médicos, precisamos de menos doentes.

JV—- Neste primeiro momento, Michel Temer tem enfrentado certa resistência por parte de alguns países que até então possuíam grandes relações financeiras com o Brasil. Em sua opinião, a continuidade do novo presidente pode ocasionar em um maior tempo grandes prejuízos para a economia externa do país?

MA — É natural a resistência externa. No mundo inteiro se passou a imagem de que havia um golpe em curso. Foi dito que estava se depondo uma presidente eleita pelo povo e o vice-presidente era instrumento desse movimento. A grande mancha desse processo chama-se Eduardo Cunha e sempre houve a impressão de acordo entre Temer e ele para que isso fosse efetivado. Agora, esse sentimento é maior em países com pensamentos favoráveis a política do PT, principalmente na América Latina. Na Europa, a diplomacia deve prevalecer e Temer precisa trabalhar para mudar essa imagem.

JV —- E no âmbito nacional, ou seja, dentro de casa… Temos observado nos últimos dias várias manifestações contra a posse do novo presidente e o mercado vem sentindo isso na pele. Em sua opinião, quando é que a economia brasileira deverá retomar a sua linha de crescimento?

MA — Internamente, por mais que tenha se cumprido o rito jurídico do processo, ele não é um governo legítimo, escolhido pelo povo. Ele nega com muita rapidez as coisas que afirma, aparenta uma insegurança que não condiz com o cargo. As mudanças que pretende implementar ajudarão bastante as manifestações contra o governo. O movimento no campo, ao ver sua verba de apoio cortada ou diminuída, vai reagir e, em minha opinião, qualquer conversa entre Temer e os movimentos sociais será fantasiosa. Temer representa o patrão, não o trabalhador. Não se tem conhecimento de algo que ele tenha feito para a classe operária, mas se conhece as relações dele com as empresas. Não vai ser fácil.

JV —- Em relação à equipe econômica do novo governo. Qual a sua análise a respeito dos nomes escolhidos?

MA — A equipe econômica tem cacife, tem respaldo, tem credibilidade junto ao mercado. Isso é muito bom por conta da tranquilidade, ou seja, o mercado sabe que qualquer ação da equipe econômica leva em conta a reação. A equipe econômica sabe quais os caminhos a trilhar. Ressalvo apenas que o Levy do governo Dilma, também era muito preparado, mas não suportou a pressão. A gente precisa pensar na sociedade, no trabalhador desempregado e esperar que as ideias dessa equipe sejam suficientes para reverter esse quadro trágico da economia brasileira.

Nutrição em Pauta no Hospital Santa Efigênia

O Santa Efigênia realiza na próxima terça-feira, dia 13, das 19 às 22h, o primeiro Simpósio de Nutrição do Hospital. O evento, direcionado a profissionais e estudantes já é um sucesso antes de começar. Todas as 130 vagas, disponibilizadas gratuitamente, foram preenchidas.

Quatro palestrantes trarão informações sobre temas importantes e atuais. Dr. Leandro Medeiros falará sobre o uso de chás terapêuticos no âmbito Hospitalar; na palestra da nutricionista Maricélia Bonifácio, a profissional trará informações sobre como driblar as dificuldades nas Unidades de Alimentação e Nutrição; a participação da especialista Kelly Falcão terá como tema a Terapia Nutricional no Paciente Renal Crônico; a nutricionista Ivani Hidalgo abordará a terapia Nutricional no paciente crítico.

O Simpósio ainda faz parte das comemorações do Dia do Nutricionista e é uma demonstração da constante preocupação do Hospital com a reciclagem de conhecimentos não só dos seus colaboradores, mas também dos profissionais da Cidade e da região.

Seca modifica ranking de reclamações no Procon

Pedro Augusto

A intensificação da seca em Pernambuco segue refletindo em diversos setores da economia. Em paralelo à dificuldade imposta à produção de vários itens alimentícios básicos como as frutas, as verduras e os grãos, o que tem elevado bastante os preços dos mesmos, a ausência significativa de chuvas em todo o Estado também vem levando milhares de consumidores a procurar a unidade do Procon Caruaru em busca de soluções por parte da Compesa no que diz respeito às supostas falhas de abastecimento de água. A demanda referente ao problema tem sido tão grande nos últimos meses que a categoria “serviços essenciais”, que abrange, por exemplo, o fornecimento de água e energia, passou a coliderar desde o ano passado o ranking de reclamações contabilizadas nesta entidade local.

Foi o que confirmou o coordenador do Procon Caruaru, Adenildo Batista. “Até 2014, os serviços essenciais ocupavam a terceira colocação no que diz respeito ao quantitativo de reclamações feitas em nossa unidade. Devido justamente ao aumento da seca, com a falta cada vez maior da água nas torneiras, esta categoria assumiu, no ano passado e desde então vem permanecendo na coliderança, o posto da de produtos, que compreende a resolução das demandas direcionadas a sinistros (defeitos), por exemplo, de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Para se ter ideia do alto índice de queixas correspondente a suposta falta de fornecimento, por um determinado período, de 100 atendimentos que estavam sendo feitos na unidade, 40 compreendiam as reclamações direcionadas à Compesa”.

Atualmente, de acordo com o próprio coordenador, o número de queixas relacionadas ao problema encontra-se menor por causa da parceria intensificada com a companhia. “Na medida em que a situação estava saindo do controle fizemos uma reunião com a diretoria regional da Compesa e passamos a disponibilizar, em paralelo, o serviço do Proconfone, que vem tratando em grande parte dessas demandas ligadas a falta de fornecimento de água em Caruaru. Com ele, o volume de casos referentes à mesma diminuiu, mas ainda se encontra presente na nossa unidade. Também gostaríamos de ressaltar que a companhia ainda se destacou de forma positiva no mutirão que foi realizado no último mês de junho, quando centenas de acordos com os consumidores inadimplentes acabaram sendo feitos”, acrescentou Adenildo.

Dentre os casos que ainda não tiveram uma resolução está a do gari Moisés Xavier. Ele reside no loteamento Luiz Mariano, nas proximidades de Serranópolis, na zona urbana de Caruaru, e alega estar pagando mensalmente a conta de água mesmo sem o seu fornecimento devido. “Na comunidade não existe água encanada, por isso, estamos sendo abastecidos por caminhões-pipa. O problema é que eles só têm aparecido por lá, quando nos direcionamos para a Compesa e, em seguida, para o Procon. Tenho me prejudicado no trabalho por tentar resolver esta situação, que parece não ter fim. O detalhe é que não tenho deixado de pagar as contas e a água que tem chegado, através dos caminhões, tem sido de péssima qualidade. Entendemos a questão da seca, mas poderíamos ter uma atenção maior”, criticou.

Por telefone, a coordenadora regional da Compesa, Niádja Menezes, reiterou que a companhia tem feito o que está ao seu alcance para minimizar os efeitos que a crise hídrica vem provocando. “Estamos no sexto ano consecutivo sem chuvas e para se ter ideia, atualmente temos trabalhado com 40% a menos da vazão de água que contávamos em 2015. Sendo assim, não temos tido condições de atender a população da mesma forma satisfatória conforme a atendíamos no ano passado. Atrelado a isso, também tivemos alguns transtornos nas contratações de alguns caminhões-pipas, mas que já estão sendo solucionados. Os cenários das barragens estão difíceis, ou seja, praticamente vazios, mas estamos redobrando as nossas ações para atendermos os consumidores da melhor maneira possível”.

Em relação à crítica de Moisés, a coordenadora recomendou que ele procure mais uma vez uma das unidades da companhia. “Se este consumidor, por acaso, não for abastecido no prazo máximo de 30 dias pelo caminhão-pipa, ele deverá ir a uma das nossas unidades mais próximas e solicitar a suspensão da fatura”. Niádja Menezes ainda explicou à reportagem VANGUARDA que a comunidade do gari não é abastecida pelo sistema de rede da Compesa, porque ela ainda não é regularizada.

Caruaru chega a mais 150 homicídios registrados

Pedro Augusto

Se o Governo do Estado não tomar as rédeas em Caruaru, certamente ao término deste ano, o município deverá bater mais uma vez um recorde em sua história em termos de homicídios contabilizados. Até o fechamento desta matéria, 151 assassinatos já haviam sido registrados na Capital do Agreste. Os quatro últimos ocorreram em pontos distintos da cidade. Primeira vítima desta série de mortes, o carregador de caminhão, Eliab José, de 31 anos, morreu na madrugada do sábado passado (03), no Hospital Regional do Agreste, após ter sido atingido a facadas e pedradas respectivamente no peito e na cabeça.

Eliab foi encontrando caído na noite da sexta-feira (02), numa estrada que fica próxima ao depósito da Coca-Cola, às margens da BR-104. De acordo com o irmão dele, José Junior, o carregador teria sido morto pelos próprios amigos, que teriam estado em sua companhia momento antes numa bebedeira, em local não informado. Eliab já havia sido preso e costumava entrar confusão, quando ingeria bebida alcoólica. Seu corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal de Caruaru enquanto os criminosos ainda não foram localizados.

No domingo (04), três homicídios acabaram sendo computados no município. O ex-presidiário Merison dos Santos Silva, o “Orelha”, de 25 anos, foi morto a tiros na Rua da Lata II, no Bairro São João da Escócia. De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar, a vítima estava em frente de casa por volta das 5h, quando foi alvejada com dois disparos sendo um na nuca e outro na mão direita. Segundo o delegado Bruno Bezerra, que estava de plantão na data, o ex-presidiário teria sido morto após ter utilizado drogas.

Ainda no domingo, mas já à noite, o autônomo José Mario de Lima, de 51 anos, foi morto a tiros na Rua Santa Cecília, no Bairro Santa Rosa. De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima estava trafegando no local, quando foi atingida com dois disparos sendo um no tórax e outro nas nádegas. José Mario, segundo as investigações iniciais da polícia, teria sido morto por engano haja vista que os criminosos teriam interesse de matar apenas o casal Alanderson, Antônio da Silva, de 16 anos, e Débora Carolaine dos Santos, de 17, que também se encontrava na cena do crime e foi baleado. Os menores não correm risco de morte.

Poucos minutos depois, o ex-presidiário Jailson Sebastião da Silva, de 25 anos, foi assassinado a tiros na Rua Americano Freire, no Bairro do Salgado. De acordo com informações de familiares, a vítima estava em casa, quando teria recebido uma ligação telefônica e ao se dirigir até ao local combinado acabou sendo baleado com sete tiros. Segundo o perito criminal, Cleomacio Miguel, o ex-presidiário foi morto com disparos de revólver calibre 38. A suspeita é de que Jailson teria envolvimento com o tráfico de drogas.

Já na manhã da última quarta-feira (7), o ex-presidiário Wallas João da Silva, de 21 anos, foi executado a tiros num matagal do Monte do Bom Jesus, entre os bairros Centenário e São Francisco. De acordo também com informações repassadas pelo perito criminal, Cleomacio Miguel, ele foi assassinado com oito disparos. “Dois atingiram as costas enquanto os demais a cabeça, a coluna, a boca, o joelho esquerdo, a mão e a coxa direita da vítima”, detalhou o perito. Em 2015 – considerado o ano mais violento da história de Caruaru – foram contabilizados 202 homicídios.