Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipertensão arterial é uma doença de grande incidência, que atinge 30% da população adulta no Brasil. Em todo o mundo, ocorrem 70 milhões de mortes causadas ou agravadas pela doença. A pressão alta é também o principal fator de risco para problemas cardiovasculares, como o AVC – Acidente Vascular Cerebral (80% dos casos) e o infarto (47% dos casos) no país. Nos casos de AVC, por exemplo, a hipertensão aumenta o risco de morte em pacientes de qualquer idade, mesmo os mais jovens.
Em crianças, a doença também é perigosa e sua incidência está aumentando nesta faixa etária. É importante observar os casos de hipertensão arterial na família para ver os riscos da criança em desenvolver a doença. A prevenção é mesma em todas as idades: Deve-se reduzir a ingestão de sal, evitar as gorduras animais e praticar atividade física.
De acordo com os mais recentes estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde), as doenças cardiovasculares são as principais causas mundiais de morte. No Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente, ou seja, um óbito a cada dois minutos é causado por esse tipo de enfermidade.
Embora fatores não modificáveis, como predisposição genética, contribuam para a ocorrência de tais doenças, para especialistas em cardiologia essas estatísticas podem ser explicadas principalmente pelos maus hábitos de vida da população. “Alimentação não balanceada, rica em gordura saturada, ao sobrepeso, à hipertensão, ao diabetes e ao tabagismo, por exemplo, aumenta consideravelmente o risco de o indivíduo ter um problema cardíaco no futuro.
O ganho de peso age nocivamente na saúde do coração e contribui para o surgimento de doenças cardiovasculares. Este problema já afeta 17,1 milhões de mulheres no país, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
O Brasil ocupa a quinta posição em uma análise mundial sobre excesso de peso e esse número cresce cada vez mais. Por conta das rotinas cada vez mais corridas, é comum ouvir histórias de pessoas que engordaram rapidamente devido ao ritmo de vida descompassado, sem uma alimentação adequada e sem a prática de atividade física. Com o avançar da idade, os excessos são ainda mais prejudiciais à saúde do coração.
Mesmo quem não é hipertenso, mas tem algum caso na família, deve ficar atento. Isso porque o aumento de peso torna-se um agente para o surgimento da doença. Conforme dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão, 7 milhões de pessoas morrem a cada ano no mundo por causa do problema e 1,5 bilhão adoecem em função da pressão alta. Como consequência ainda pode surgir derrame, diabetes e problemas renais.
Várias enfermidades estão ligadas diretamente às cardiovasculares. Enumeramos as quatro que mais levam a óbito no Brasil.
Infarto agudo do miocárdio – É provocado pela falta de sangue e oxigênio no músculo cardíaco, devido à obstrução da artéria coronária, levando ao quadro de dor no peito, sudorese, falta de ar e mal estar. Ao sinal dos primeiros sintomas, a busca por ajuda é crucial, pois a cada minuto que passa o risco de óbito aumenta em 10%.
Doença vascular periférica – Decorre do depósito de gordura com obstrução das artérias periféricas do corpo. Nos membros inferiores, por exemplo, ocorre redução do fluxo de sangue para as pernas, com queixas de dor e de dificuldade para caminhar associadas à queda da temperatura local com dormência.
Acidente vascular cerebral – As placas de gordura depositadas nos vasos sanguíneos cerebrais podem obstruir um vaso cerebral intracraniano, levando ao quadro de dor de cabeça, tontura e paralisia de um braço, perna e face. Dependo da extensão da lesão, pode comprometer a fala e os processos neurológicos. O socorro imediato pode diminuir as sequelas e a chance de óbito.
Morte Súbita – Compreende o quadro de óbito de forma súbita, ou seja, quando não há chance de socorro, sendo causado, principalmente, pelo infarto agudo do miocárdio.
Confira aqueles que são considerados alimentos amigos do coração:
Aveia – Quem nunca tomou mingau de aveia? Talvez este seja o alimento mais conhecido como o amigo do peito. Ele é conhecido por reduzir o colesterol e o LDL.
Azeite – Muito adotado na dieta mediterrânea, o azeite é fonte de vitamina E e gordura monoinsaturada, que auxiliam na diminuição do colesterol ruim.
Chá verde – Com propriedades antioxidantes, este chá é diurético, muito consumido por orientais e pessoas que desejam perder peso.
Linhaça – Auxilia na diminuição do nível de colesterol e da pressão arterial, evitando o risco de derrame e infarto. Tudo isso graças à presença de fibras e de ômega.
Salmão, sardinha e atum – Vitalidade que vem do mar. Esses três peixes reduzem as taxas de triglicérides, a pressão arterial e ainda melhoram a circulação por conter ômega 3.
Tomate – Possui licopeno, antioxidante que ajuda na prevenção de infartos e derrames. Uma unidade por dia é o suficiente.
Castanhas, amêndoas e nozes – Esses alimentos possuem selênio, manganês, vitamina E, além de gorduras monoinsaturas benéficas que ajudam na redução dos níveis de colesterol.