O cão em forma de gente

  Por Magno Martins

O Brasil está mergulhado na maior crise política, econômica e ética da sua história. Está, igualmente, abalado com o “acidente” que tirou a vida do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato. Mas o que o brasileiro, seja de onde for, deve ficar mesmo ligado e preocupadíssimo é com o futuro do mundo nas mãos de um maluco, Donald Trump, que assumiu o comando dos Estados Unidos e partir de hoje governará. Trump, que parece satânico, pode provocar a maior mudança em décadas das relações entre Washington e a América Latina.

Trump afirma que sua primeira medida será deportar mais de três milhões de imigrantes que não estão legalizados. Muçulmanos serão banidos e não haverá tolerância com quem não está devidamente documentado.  Medo e esperança andam lado a lado com o povo americano, uma nação dividida entre o radical e o passional. A agressividade dele é alarmante e temerosa, porque está em suas mãos o maior arsenal nuclear do planeta.

Há muita expectativa em relação aos seus primeiros atos. Na campanha, Trump fez questão de salientar medidas extremas para combater a criminalidade, o terrorismo, a alta dos juros e o desemprego do povo americano. E isso deixou o mundo de ‘cabelo em pé’, porque são medidas radicais que podem gerar conflitos sérios por toda a parte. A mais temida é a de ampliar consideravelmente o porte de armas de fogo aos civis, visando à defesa pessoal.

Ele já declarou que vai manter as sanções dos EUA contra a Rússia “ao menos por um tempo”. Contudo, durante uma entrevista, sugeriu que as sanções internacionais podem ser extintas se forem firmados “bons acordos” com a Rússia, incluindo a redução de armas nucleares. As relações entre os EUA e a Rússia ficaram bem mais tensas durante o governo Obama, em especial por conta de diferenças sobre Ucrânia, Síria e acusações de ataques cibernéticos.

As políticas comerciais de Donald Trump podem significar a maior mudança na forma como os EUA vêm fazendo negócios há décadas com o resto do mundo. Ele ameaçou se livrar de uma série de acordos de livre comércio, incluindo o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) entre os EUA, Canadá e México, por atribuir a eles a perda de empregos existentes. Sugeriu ainda a retirada dos EUA da Organização Mundial de Comércio (OMC).

Desde que venceu as eleições, Trump tem focado em ameaçar empresas, especialmente montadoras de automóveis, dizendo que vai cobrar tarifa de 35% sobre bens manufaturados no México. O objetivo por trás da sua política comercial mais protecionista é a criação de empregos, fechar o déficit comercial e obter “bons acordos” para os norte-americanos. A China, especialmente, está na mira de Trump, mas não apenas por razões comerciais.

Há ainda incógnitas sobre o que Trump pretende fazer em relação à normalização das relações dos EUA com Cuba, retomada pelo presidente Barack Obama, ou como Washington vai enfrentar a política de drogas na região. Ainda é preciso esperar para ver como os governos latino-americanos vão reagir às ações e anúncios de Trump, embora vários analistas antecipem que, pelo menos inicialmente, prevalecerá desconfiança sobre a atmosfera de cooperação já estabelecida na região.

O acordo nuclear com o Irã é outra grande incógnita. Para o ex-presidente Barak Obama, o acordo que suspendeu as sanções contra o Irã em troca de garantias de não proliferação de armas nucleares era um “entendimento histórico”. Mas, para Donald Trump, que faz ecoar preocupações dos republicanos, o acordo foi “o pior negócio que já vi ser negociado”. Ele declarou que desmantelá-lo será sua “prioridade número um”.  “Quem mostra suas cartas antes de jogar?”, afirmou em uma entrevista ao jornal britânico The Times quando questionado sobre o tema.

A revisão do acordo teria um impacto enorme no Oriente Médio. O Irã é um ator chave no conflito sírio e um rival histórico da Arábia Saudita e de Israel, por exemplo. E o ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, já pediu a Trump que mantenha o acordo nuclear. Ele sugeriu que os EUA deveriam respeitar o acordo, apoiado por várias potências mundiais. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, foi mais direto. “Se quebrarem o acordo, vamos queimá-lo”.

Marqueteiro de Aécio, Pezão e Cabral negocia delação

Jornal do Brasil

Marqueteiro político das campanhas do senador Aécio Neves (PSDB), do ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB), do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o publicitário e antropólogo Renato Pereira, de 56 anos, dono da agência Prole, está negociando com o Ministério Público Federal sua delação premiada na Operação Lava Jato, de acordo com a coluna de Lauro Jardim, no Globo deste domingo (22).

Os investigadores chegaram ao nome do marqueteiro por meio da delação do diretor de Infraestrutura da Odebrecht no Rio, Leandro Andrade Azevedo, que detalhou, por meio de uma planilha e de depoimento, repasse da empreiteira ao caixa 2 da campanha de Eduardo Paes em 2012. O mesmo ocorreu na campanha de Pezão para o governo do Estado.

De acordo com o executivo, a Odebrecht desembolsou R$ 11,6 milhões e US$ 5,7 milhões não declarados. Ainda na delação, Azevedo afirmou que parte do dinheiro foi entregue em espécie no endereço da agência Prole, no Rio, e o restante em contas no exterior indicadas pela mesma agência de publicidade, que prestava serviços à campanha, como revelou a revista Veja em dezembro do ano passado. Ainda segundo o executivo, os pagamentos eram acertados diretamente com Paes, que aparece como “Nervosinho” na lista de políticos da empresa.

O diretor da Odebrecht disse, na ocasião da delação, que o deputado Pedro Paulo (PMDB), candidato à Prefeitura do Rio na eleição passada, coordenava a campanha de Paes à reeleição e orientou que os pagamentos da empreiteira deveriam ser efetuados diretamente a Renato Pereira. Para os investigadores, uma futura delação do publicitário poderá elucidar informações já fornecidas por executivos da Odebrecht.

Na ocasião, o diretor da Odebrecht afirma que teve uma surpresa durante uma reunião no Palácio da Cidade, sede da prefeitura. “Questionei a Pedro Paulo como eu combinaria os pagamentos com Renato Pereira, quando então ele me disse que Renato estava do lado de fora da sala e entraria na sequência para tratar deste assunto. Combinei com Renato que os pagamentos seriam feitos via entregas semanais/quinzenais de dinheiro na[…] na Urca”.

Já o dinheiro enviado para fora do país tinha como endereços uma conta em Bahamas e outra na Suíça.

“Criminalidade cresce 30% na gestão Paulo Câmara”

número de homicídios em Pernambuco cresceu 30% desde o início da gestão Paulo Câmara (PSB). No ano passado, foram registrados no Estado 4.458 assassinatos até o dia 30 de dezembro, o pior resultado desde 2008, quando foram notificados 4.528 casos. “Desde 2008 e 2009 não eram computados mais de 4 mil mortes no Estado, o que infelizmente voltou a acontecer em 2016 por causa da falta de comando do governo”, avalia o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

A bancada vem chamando a atenção, desde 2015, para a necessidade de rediscutir o Pacto pela Vida. “Em 2016 tivemos os piores meses desde a criação do Pacto pela Vida, com o registro de 449 mortes em outubro e 454 em dezembro, o que reforça a necessidade da questão ser tratada como prioridade de Estado. Nos últimos dois anos foram cometidos 8.349 assassinatos em Pernambuco, números que atestam a falência do Pacto”, destaca o parlamentar.

Silvio lembra, inclusive, que os parlamentares da oposição estão à disposição do governo e da presidência da Alepe, caso seja necessário votar o projeto para policiais e bombeiros militares antes da volta do recesso. “Valorizar os agentes de segurança e envolver toda a sociedade no combate à violência é uma das condições para o resgate do Pacto pela Vida”, afirma.

Além dos homicídios, os índices de criminalidade aumentam também em outras áreas. Em 2016 foram cometidos 1.916 assaltos a ônibus, segundo o Sindicato dos Rodoviários do Estado, e até o mês de novembro foram registrados 13 assaltos a bancos, cinco sequestros, 28 explosões e 13 arrombamentos de agências bancárias, além de 128 explosões de caixas eletrônicos e cinco ataques a carros-fortes. “Infelizmente, quando contabilizamos também o número de roubos de carros, violência contra a mulher, entre outros tipos de crime, a população do Estado fica cada vez mais acuada, com medo de sair às ruas por causa do clima de insegurança”, lamenta.

A oposição na Alepe vem intensificando o diálogo com a sociedade, entidades e representantes dos demais poderes do Estado, como o presidente da OAB de Pernambuco, Ronnie Duarte, e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Leopoldo Raposo. “Nas próximas semanas devemos agendar uma visita ao novo procurador-geral de Justiça do Estado, Francisco Barros, para discutir como reduzir a criminalidade no Estado, e na volta do recesso parlamentar vamos agendar uma audiência pública para fazer um amplo debate com a sociedade sobre o tema”, reforça.

Temer “fatia” cargos para garantir apoio

O Estado de S.Paulo – Ricardo Brito e Rafael Moraes Moura

A exemplo do que ocorria em governos anteriores, desde que assumiu, há oito meses, o presidente Michel Temer tem distribuído cargos na administração pública para agradar a seus aliados e garantir apoio em votações no Congresso.

Sua estratégia, no entanto, tem sido a de dividir funções de uma mesma pasta ou órgão para diferentes padrinhos, restringindo as indicações.

O modelo é o chamado “porteira aberta”, quando a indicação vale apenas para o cargo específico e não inclui subordinados, por exemplo.

Difere do chamado “porteira fechada”, modelo mais comum na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando se permitia que apadrinhados dos partidos da base ocupassem todos os cargos de livre nomeação de uma determinada pasta.

Nas gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e na de Dilma Rousseff a divisão dos cargos era semelhante ao que ocorre hoje.

O Estado mapeou os cerca de 150 principais cargos das 24 pastas e secretarias com status de ministério e encontrou diversos exemplos dessa divisão, como no Ministério da Educação.

Em Afrânio, Paulo Câmara inaugura a Escola Estadual Antônio Cavalcanti Filho

Após inaugurar obras e anunciar novos empreendimentos do Estado em Petrolina, Paulo segue com a sua comitiva para Afrânio. No município, será inaugurada a Escola Estadual Antônio Cavalcanti Filho, localizada no Centro de Afrânio. A unidade, que conta com 643 estudantes, recebeu investimentos de R$ 2,4 milhões para a reforma da estrutura. Hoje, o prédio conta amplas salas de aula, laboratório de ciências, de informática, sala de professores, refeitório, biblioteca, auditório, quadra coberta e espaços administrativos.

A Gerência Regional de Educação Sertão do Médio São Francisco, com sede em Petrolina, contempla os seguintes municípios: Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista. Nestes, estão na Rede Estadual 80 escolas (49 em Petrolina e 31 nos demais municípios), sendo 15 Escolas de Referência em Ensino Médio e (09 em Petrolina e 01 em cada município) além de outras 14 escolas indígenas. A Regional responde por mais de 44.500 estudantes.

REFORÇO NO ABASTECIMENTO – Ainda em Afrânio, o governador inaugura o Sistema de Abastecimento Curral Velho I e II. A partir de um investimento de cerca de R$ 465 mil, o equipamento beneficiará 64 famílias na localidade.

Paulo Câmara entrega obras e anuncia novos empreendimentos no Sertão, nesta segunda

O governador Paulo Câmara levará a sua equipe para entregar e vistoriar obras no Sertão do São Francisco, nesta segunda-feira (23.01). Em Petrolina, às 10h30, no Centro de Convenções do município, o gestor estadual lançará a edição 2017 do programa Chapéu de Palha Fruticultura Irrigada e assinará a ordem de serviço para a construção de oito barragens.

Às 12h, já na Escola de Referência em Ensino Médio Jesuíno Antônio D’Ávila, no Centro da cidade, o chefe do Executivo pernambucano entregará quatro novas quadras do programa Quadra Viva e anunciará também a migração de quatro escolas do sistema regular para o integral.

O governador entregará ainda um caminhão frigorífico para a Prefeitura de Petrolina, no valor de R$ 165 mil. O equipamento terá o objetivo de apoiar o escoamento e a comercialização dos produtos da agricultura familiar. Além disso, ele inaugurará quatro Sistemas Simplificados de Abastecimento, onde foram empregados aproximadamente R$ 2,6 milhões – recursos do Ministério da Integração Nacional – beneficiando cerca de três mil pessoas na zona rural do município.

REFORÇO NA REDE INTEGRAL – Ainda durante sua passagem por Petrolina, o chefe do Executivo pernambucano entregará quatro novas quadras cobertas – iniciativa do Quadra Viva do Governo do Estado – e assegura a transformação de quatro escolas do sistema regular para o integral.

Municípios acumulam passivo de R$ 99,6 bilhões em contribuições previdenciárias

Afundados em uma de suas piores crises financeiras, 4,9 mil municípios sustentam uma dívida bilionária com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O número de municípios devedores representa 89% do total de municípios do país. Conforme dados da Receita Federal, o passivo já acumula R$ 99,6 bilhões em contribuições previdenciárias devidas. A inadimplência tem agravado a crise e levado ao bloqueio de parcelas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Os dados foram apresentados em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo .

Apesar do débito apresentado pelo INSS, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) questiona o valor e diz que a dívida precisa ser recalculada. De acordo com a reportagem, a CNM afirma que os valores apresentados incluem débitos já prescrito e alegam que a dívida previdenciária não foi revista. Antes, a Lei 8.212/1991 previa que essas dívidas poderiam ser cobradas em até dez anos, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou o prazo inconstitucional em 2008. Neste caso, só valeriam débitos de até cinco anos antes, conforme reportagem.

Com “nome sujo” no Cadastro Único de Convênios (Cauc) do governo federal, os municípios penam com a falta de repasse de transferências voluntárias como emendas parlamentares. A questão se agrava com a queda na arrecadação própria, com a redução no volume de pagamento de tributos e taxas locais, como o IPTU e o Imposto Sobre Serviços (ISS), que tem deixado as cidades cada vez mais dependentes de transferências obrigatórias dos Estados e da União para setores como saúde e educação. Ou de empréstimos de bancos federais para obras de infraestrutura.

No ranking dos mais devedores da previdência, a prefeitura de Goiânia é uma das que lidera.  Ao jornal, a administração de Iris Rezende (PMDB) disse que ainda está fazendo um levantamento para que possam regularizar a situação.

Do ponto de vista fiscal, os municípios também acumulam pendências com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), realidade de 2.283 municípios. Ocorrem ainda casos de omissões em prestações de contas e medidas de transparência, como apresentação de relatórios de gestão fiscal e de execução orçamentária. Com restrições no Cauc, 1.056 municípios deixaram de cumprir a aplicação mínima de recursos na área de saúde.

Trump chama jornalistas de “desonestos”

Em seu primeiro dia de trabalho como mandatário dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump visitou a sede da CIA (Agência Central de Inteligência), no estado da Virgínia, onde fez um discurso criticando a cobertura da imprensa durante sua posse. Segundo Trump, os jornalistas estão “entre os seres humanos mais desonestos na terra”.

No discurso, ontem (sábado, 21), Trump criticou o trabalho da imprensa em duas ocasiões. Primeiramente, ao acusar os jornalistas de terem criado um mal estar entre ele e os órgãos de inteligência dos Estados Unidos. Em seguida, disse que os jornalistas subestimaram deliberadamente o número de pessoas que compareceu à sua posse.

Em referência às notícias de que a multidão era inferior ao número de pessoas que esteve presente à posse de Barack Obama, há oito anos, o presidente disse que pelo menos 1,5 milhão de pessoas compareceram à festa que marcou o início de seu governo.

Os jornais dos Estados Unidos, porém, desmentiram essa afirmação com fotos tiradas de avião que mostram que, na posse de Obama, o número de pessoas presentes era bem superior ao número de pessoas presentes na posse de Trump.

Mais tarde, na Casa Branca, Trump pediu que seu secretário de imprensa, Sean Spicer, reiterasse suas declarações. Em um briefing aos jornalistas, Spicer demonstrou irritação com a cobertura dos jornalistas e repetiu as afirmações de que os jornalistas erraram a contagem sobre a multidão presente na posse de Trump. Ele acrescentou que a imprensa deliberadamente computou um número menor.

ARQUIVO — Parceria entre empresas e Universidade

Por Maurício Assuero

No último dia 12, uma comitiva da UFPE formada pelo Reitor, por mim e um pesquisador do departamento de Química, estive reunida com o prefeito eleito de Toritama para desenvolver um projeto de cooperação conjunta que seja capaz de equacionar os principais problemas do município, com destaque o desenvolvimento da indústria têxtil. Ao longo da conversa ficou notório o tamanho da necessidade, que não é um caso particular o isolado de Toritama, mas da sociedade como um todo.

A nítida impressão que se tem é que a universidade vive produzindo para si mesmo, ou seja, basta o professor dar as aulas previstas, o aluno colar grau e pronto cada qual fez sua parte. Não é bem assim. Os professores da universidade dedicam grande parte do seu tempo a pesquisas que irão contribuir com o desenvolvimento do país. Não se pode deixar de reconhecer que as grandes empresas de tecnologia possuem seus pesquisadores internos, no entanto, seria infantil demais acreditar que isso é mais do que suficiente para determinar o crescimento tecnológico. Tem como negar a participação da universidade nas pesquisas na área de saúde? Tem como não reconhecer que os milagres que a medicina faz, diariamente, são devidos as pesquisas realizadas na universidade?

No caso específico de Toritama levamos um projeto a ser desenvolvido com uma lavanderia de jeans. O resultado desse projeto visa fornecer mecanismos de otimização dos corantes utilizados na lavagem, eliminando o excesso, ou seja, irá se chegar a tonalidade do jeans desejadas usando menos insumos, usando a quantidade de insumos na dosagem certa e, principalmente, controlando a emissão de dejetos nos rios. Isso será, sem sombra de dúvidas, apenas o “ponta pé” inicial visto que fomos percebendo, durante a visita, uma variedade de ações que podem ser realizadas na área de energia, tais como controle, redução de gastos e geração própria e outros estudos mais direcionados na área de Design, Meio Ambiente, Sistemas, Turismo, etc. Toritama será um laboratório, todavia, a UFPE estará atenta a outras necessidades surgidas em qualquer espaço do estado de Pernambuco.

O fato importante que queremos destacar aqui é que nos países desenvolvidos é estreita a relação entre universidade e empresas. Em Portugal, por exemplo, o desenvolvimento da indústria têxtil ocorreu graças a relação com as universidades. Dizendo em termos mais simples: os problemas da indústria têxtil foram levados à universidade que, com pesquisas, gerou soluções. Queremos algo semelhante para nosso estado.

Crescimento industrial impulsiona procura por engenheiros

Apesar do ambiente econômico instável, o Nordeste brasileiro tem atraído elevados investimentos com a chegada de empresas oriundas de outras regiões do Brasil. Com a atividade industrial em ascensão, abrem-se novas oportunidades de mercado, especialmente para estudantes e formados em Engenharia Civil, de Produção e Mecânica.

“Ainda falta mão de obra especializada, o que tem intensificado a procura pelo ensino superior”, afirmam os coordenadores de cursos da Faculdade Pitágoras de João Pessoa, Profº Albert George Souza e Profª dos cursos, Thayza Santos.

Com localização privilegiada e próxima aos distritos industriais de Mangabeira e de João Pessoa, a Faculdade Pitágoras foi inaugurada em maio de 2015, para somar ao desenvolvimento da Paraíba, oferecendo os cursos de Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção. “São áreas extremamente estratégicas para o crescimento da economia local e para atender a expansão da construção civil de João Pessoa, as fábricas de cimento recentemente instaladas na região e com o novo polo de desenvolvimento industrial, localizado na Zona da Mata Norte, que recebeu em Goiana, a indústria automotiva”, comenta Albert.

Os cursos da Faculdade Pitágoras de João Pessoa são voltados para as necessidades do mercado, com aulas práticas e uma infraestrutura completa que tem atraído o interesse de alunos de outras localidades, como Pedras de Fogo, Santa Rita, Conde, Caaporã e também cidades de Pernambuco. “Os alunos viajam de ônibus, oferecidos pela prefeitura desses municípios, para poderem estudar”, explica Thayza.

Para auxiliar no ingresso ao ensino superior, a instituição conta com o Parcelamento Estudantil Privado (PEP), um programa de parcelamento das mensalidades sem juros. Atualmente existem duas modalidades ofertadas: o Parcelamento Estudantil Privado, o PEP, no qual o aluno paga até 70% do valor das mensalidades depois de formado, sem juros.