68% dos micro e pequenos empresários não pretendem investir em seus negócios

Embora a taxa básica de juros da economia esteja em trajetória de queda, os empresários de menor porte ainda não se sentem estimulados o suficiente para retomar os investimentos na prática. O Indicador de Propensão a Investir da Micro e Pequena Empresa caiu levemente, passando de 27,7 pontos para 25,7 pontos na passagem de julho para agosto deste ano. Nos meses de agosto de anos anteriores, o índice também era maior: 28,1 pontos em agosto de 2016 e 29,6 em agosto de 2015. Os dados são apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior o número de empresários dispostos a investir; quanto mais distante de 100, menor essa propensão.

O resultado de agosto, ainda distante dos 100 pontos, revela que a maior parte dos empresários não está disposta a empregar recursos na melhoria ou expansão dos negócios nos próximos 90 dias. Em termos percentuais, 68% dos micro e pequenos empresários afirmaram que não pretende investir nesse período e 10% não sabem se o farão. As razões do pessimismo estão, em sua grande parte, relacionadas à crise pela qual o país ainda atravessa: 37% apontam o fato de não ver necessidade, 33% mencionam a não recuperação da economia e 14% a falta de recursos.
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Considerando a parcela minoritária dos 22% que manifestaram intenção de investir, 48% justificam essa decisão como uma tentativa de gerar aumento de vendas. Em seguida aparecem a adaptação da empresa a uma nova tecnologia (17%) e a necessidade de atender ao aumento da demanda (12%). O principal tipo de investimento é a ampliação do estoque (33%), seguida da compra de equipamentos (29%), reforma das instalações (25%), investimento em mídia e propaganda (22%) e ampliação do portfólio de produtos ou serviços oferecidos aos clientes (18%).

Para quem vai investir, o capital próprio aparece como o principal recurso. Seis em cada dez (65%) desses empresários usarão o dinheiro de poupança ou outras aplicações pessoais e 12% planejam vender algum bem para adquirir os recursos do investimento. Apenas 14% vão recorrer a empréstimo em bancos ou financeiras.

Para o presidente da CNDL Honório Pinheiro, o momento econômico faz com que os empresários se sintam receosos em comprometer recursos financeiros com dívidas. “Tendo em vista que a demanda por parte do consumidor ainda está fraca, são poucos os empresários que assumem o risco de um investimento que pode não se justificar. A queda da Selic é positiva, mas ainda demandará tempo para que os efeitos dessa medida sejam sentidos no dia a dia dos empresários e consumidores. Políticas que reduzam o custo do crédito e os entraves para sua contratação podem traduzir-se em oportunidade de expansão de muitos negócios”, garante Pinheiro.

Apenas 5% dos micro e pequenos empresários pretendem contratar crédito de terceiros; 22% criticam juros elevados

Reflexo da falta de apetite por investimentos, a demanda por tomada de crédito também se manteve baixa no último mês de agosto. Houve uma queda discreta de 11,3 pontos para 10,8 pontos na passagem de julho para agosto deste ano no Indicador que mensura a demanda por crédito, segundo dados apurados pelo SPC Brasil e pela CNDL. O índice também é inferior ao observado nos mesmos meses de anos anteriores: 13,9 pontos em agosto de 2015 e 15,5 pontos em agosto de 2016. Com o resultado, o número se distanciou ainda mais da marca de 100 pontos. Quanto mais próximo de 100, maior é a probabilidade de os empresários procurarem crédito e, quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão para tomar recursos emprestados para os seus negócios.

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Em termos percentuais, 87% dos micro e pequenos empresários consultados não tem intenção de contratar crédito nos próximos três meses, contra 5% que pretendem fazê-lo e 6% de indecisos. A principal razão para não contratar crédito é o fato de muitos desses empresários conseguirem manter-se com recursos próprios, mencionado por 39% deles. Outro entrave na avaliação dos entrevistados são as altas taxas de juros, alvo de críticas de 22% da amostra. Outros 18% mencionam a insegurança com as condições econômicas, que acabam desencorajando os empresários a assumirem compromissos de longo prazo.

Questionados sobre o grau de dificuldades que encontram para conseguir empréstimos e financiamentos para a sua empresa, a maior parte dos entrevistados diz considerar difícil (38%), principalmente por conta do excesso de burocracia (48%) e dos altos juros (33%). Para 19%, porém, a tomada de crédito é tida como fácil.

Metodologia

Os Indicadores de Demanda por Crédito e de Propensão para investimentos do Micro e Pequeno Empresário (IDCI-MPE) calculados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente.

Caruaru é finalista no Prêmio Desafio do Município Inovador em Educação

Caruaru está entre os finalistas do “Prêmio Desafio do Município Inovador em Educação”, que é promovido pela Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPPE), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e tem como objetivo buscar, identificar e catalisar novidades em políticas públicas nos municípios de Pernambuco.

Para o secretário de Educação, Rubenildo Moura, o prêmio é um estímulo aos professores e gestores das escolas municipais a desenvolverem ideias que ajudem a melhorar a qualidade do ensino. “O desafio é a prova de que as pequenas ações e atitudes podem virar grandes conceitos em favor do desempenho de políticas públicas de educação. Ser finalista, é uma grande satisfação para nós que temos buscado, diuturnamente, avanços para qualidade educacional do nosso município”, garantiu.

O resultado final será divulgado no dia 15 de outubro, deste ano, e o vencedor receberá capacitações, cursos e consultorias, equivalentes a R$ 100 mil, voltados para suporte técnico a quem implementar o projeto.

22 países entendem que a imigração está crescendo sem trazer impactos positivos

O brasileiro, assim como o resto do mundo, avalia que o número de imigrantes está crescendo nos últimos anos sem apresentar benefícios para a população local. Uma pesquisa Global da Ipsos realizada em 25 países, com cerca de 18 mil pessoas, identificou que 42% dos entrevistados disseram que o impacto da imigração em seu país foi negativo, enquanto 21% apontaram aspectos positivos.

A pesquisa revela ainda que 48% dos entrevistados apontaram que existem muitos imigrantes em seus países – no Brasil o indicador fica abaixo da média mundial, 35%. E que nos últimos cinco anos, para 75% das pessoas ouvidas a quantidade de imigrantes no seu país aumentou – entre brasileiros o dado é de 86%.

A preocupação dos brasileiros com o impacto da imigração nos serviços públicos é uma das mais baixas do mundo. Um terço demonstrou desconforto. Já a média mundial é de 49%, mas em países como Turquia e Itália o percentual supera 60%.

A pesquisa ouviu 17.903 adultos entre 24 de junho e 8 de julho nos seguintes países: Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Peru, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, Sérvia, África do Sul, Coréia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia e Estados Unidos.

Sobre a Ipsos
A Ipsos é uma empresa independente global na área de pesquisa de mercado presente em 88 países. A companhia tem mais de 5 mil clientes e ocupa a terceira posição na indústria de pesquisa. Maior empresa de pesquisa eleitoral do mundo, a Ipsos atua ainda nas áreas de publicidade, fidelização de clientes, marketing, mídia, opinião pública e coleta de dados. Os pesquisadores da Ipsos avaliam o potencial do mercado e interpretam as tendências. Desenvolvem e constroem marcas, ajudam os clientes a construírem relacionamento de longo prazo com seus parceiros, testam publicidade e analisam audiência, medem a opinião pública ao redor do mundo. Para mais informações, acesse: https://www.ipsos.com/pt-br , www.ipsos.com, https://youtu.be/QpajPPwN4oE, https://youtu.be/EWda5jAElZ0 e https://youtu.be/2KgINZxhTAU.

ARTIGO — Organizar as finanças pode evitar as brigas dos casais

Por Dora Ramos

É muito comum ouvirmos de especialistas e até mesmo dos próprios casais que o dinheiro – ou a falta dele – sempre foi um dos principais motivadores de divórcios e separações. Eu, sinceramente, não tenho como afirmar isso, mas defendo que a saúde financeira sempre está diretamente ligada a uma vida feliz, independentemente do estado civil em que a pessoa se encontra.

Na verdade, não existe uma forma pronta, que possa se encaixar em qualquer relacionamento, porém um fator é essencial: falar sobre dinheiro. Esse é um tabu presente em muitos casamentos de décadas, e precisa ser derrubado. O casal precisa se sentar para conversar e definir como gerir as contas. É preciso colocar na ponta do lápis ou em uma planilha as despesas comuns, como gastos certos de todo mês, prestações do cartão de crédito, financiamento de bens maiores (geladeira, televisão, carro, casa etc.), possibilidades de poupança e preços de coisas menos essenciais, como viagens e presentes em épocas de festas.

Depois de relacionar todas as despesas, o casal deve pôr na ponta do lápis os salários, a fim de determinar qual a contribuição de cada um para as contas, seja em valores brutos ou em percentual. No caso de profissionais liberais, isso pode variar de mês em mês, no entanto o planejamento conjunto e o diálogo também podem evitar surpresas desagradáveis e, consequentemente, brigas.

Outra discussão muito presente é a opção por uma conta e um cartão de crédito conjuntos. E a dica também é semelhante: é necessária muita conversa para definir se a melhor alternativa é uma conta para os dois, uma para cada ou contas individuais e outra para o casal. Não há uma regra, mas é necessário saber quão desconfortáveis os dois se sentem ao compartilhar as informações de seus gastos.

Contar com a ajuda e a confiança do parceiro, abrir mão de gastos desnecessários, dividir as despesas de forma justa e, acima de tudo, conversar são fatores que garantem um orçamento planejado. E, ao menos no ponto de vista financeiro, uma vida saudável ao casal.

No país, lançamentos de imóveis crescem 9,4%

De acordo com informações de empresas associadas à Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), os lançamentos realizados de janeiro a julho deste ano, no país, somaram 37.158 unidades, volume este 9,4% superior ao registrado ante o mesmo período de 2016. Tomando ainda como base a mesma comparação, as vendas de imóveis novos totalizaram 58.214 unidades. Esse número superou em 0,7% o volume comercializado no mesmo período de 2016, impulsionado em grande parte pelo Minha Casa, Minha Vida. Nos últimos 12 meses, embora os lançamentos (72,9 mil unidades) tenham crescido 7,1%, as vendas (103,5 mil unidades) permaneceram praticamente estáveis.

Ainda no âmbito nacional, destacou-se o desempenho distinto entre empreendimentos residenciais de médio e alto padrão (MAP) e empreendimentos residenciais vinculados ao programa MCMV. De um lado, os lançamentos residenciais de médio e alto padrão recuaram 6,5% nos últimos 12 meses, ao passo que as vendas do segmento acumularam queda de 17,5% no período. Na mesma base de comparação, as entregas de empreendimentos MAP recuaram (-22,9%), enquanto o volume médio ofertado no segmento declinou em 8,3%.

Seguindo uma trajetória distinta, o número de lançamentos residenciais do programa MCMV aumentou 12,2% nos últimos 12 meses no país face ao período anterior. A tendência positiva foi acompanhada pelo aumento no volume de vendas (+24,1%) e também na oferta média (+21,5%) do segmento, na mesma base de comparação. As entregas referentes aos empreendimentos do programa MCMV, contudo, declinaram em 14,8% no intervalo de referência.

Considerando todos os segmentos, foram registrados 38 mil distratos nos últimos 12 meses, o equivalente a 37,0% das vendas. No mesmo período, a relação entre distratos e vendas do segmento MAP manteve-se em torno de 48,1%, face ao percentual de 20,5% observado entre empreendimentos do MCMV. Levando-se em conta a safra de lançamentos mais antiga na série histórica (1º trimestre de 2014), a proporção de distratos entre as unidades vendidas do segmento MAP é de 32,3%, percentual que supera o registrado para a mesma safra do programa MCMV (20,2%).

Imobiliárias começam a deixar crise para trás

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Pedro Augusto

Assim como nos demais segmentos, a crise financeira que foi estabelecida no país a partir de 2015, com as trapalhadas e as roubalheiras oriundas em grande parte da política em Brasília, também acabou afetando, significativamente, as atividades do setor imobiliário de uma forma em geral, incluindo, também, o de Caruaru. Ao longo dos últimos anos, esta, até então promissora fatia do mercado econômico local, precisou ter de lidar com a queda brusca na demanda por imóveis para se alugar e comprar, o que gerou demissões em massa e ocasionou o fechamento de imobiliárias. Mas como nenhuma tempestade dura para sempre, atualmente o cenário para quem vive deste tipo de negócio se encontra mais animador com a previsão de temperatura agradável ao término de 2017.

Para o corretor e empresário Douglas Chaves, que é proprietário da Douglas Imóveis, a reação do mercado imobiliário de Caruaru, que passou a ser percebida a partir do último mês de maio, se deve, em sua maioria, ao agora ainda mais acessível programa Minha Casa, Minha Vida. “Para se ter ideia, hoje verificamos certa carência em termos de imóveis prontos no município voltados para este tipo de programa. Se contássemos com duas mil casas prontas do MCMV, venderíamos rapidamente todas, haja vista que as pessoas têm procurado sair do aluguel. Como atualmente a Caixa Econômica Federal vem financiando 100% da aquisição relacionada ao Minha Casa, Minha Vida, ou seja, o comprador não tem precisado dar entrada e as parcelas do financiamento têm se equiparado aos preços dos aluguéis, então o nosso setor vem retomando a linha de crescimento”, avaliou.

De acordo ainda com Douglas, devido à extensa demanda por unidades enquadradas no programa MCMV, hoje os imóveis mais erguidos em Caruaru têm correspondido aos com preços até R$ 140 mil. “Devido à crise, tanto as construtoras como os bancos tiveram de se adequar à nova realidade do mercado, passando a produzir e a financiar um volume maior de imóveis com preços mais baixos. E a resposta por parte dos clientes tem sido positiva. Por outro lado, em relação às unidades com preços medianos e com valores elevados, que historicamente sempre foram mais complexos para serem vendidos, foram os que mais sofreram, pelo menos em minha opinião, com a crise. Quanto maior a casa ou o apartamento, maior está sendo a dificuldade de se arrumar bons compradores, entretanto as perspectivas também são boas quanto a estes tipos de unidades”, acrescentou Douglas.

Segundo o proprietário da AD Imóveis, Alrino Dutra, não só a comercialização de habitações do Minha Casa, Minha Vida, mas também a elevada procura por unidades comerciais para locação vêm possibilitando a aceleração do ritmo das atividades do setor imobiliário de Caruaru. “Aos poucos, o nosso segmento vem retomando o ritmo do crescimento. Hoje, a grande oferta de salas comerciais para aluguel está sendo suprimida pela boa demanda de empreendedores à procura de implantar os seus negócios. Já na área de vendas estamos percebendo um acréscimo considerável na procura por imóveis para aquisição não só do Minha Casa, Minha Vida, mas também de valores mais elevados, haja vista que o Governo Federal vem desburocratizando cada vez mais a compra. Outro fator que está possibilitando uma maior demanda por unidades mais elevadas se refere à redução nas margens de lucros das construtoras, que enxergaram a nova realidade do mercado, e estão priorizando as vendas.”

De acordo com a análise do proprietário da Imobiliária ABM, Alexandre Barbosa Maciel, a tendência é de que o setor local feche 2017 com o saldo positivo. “Muitas unidades ainda estão sendo entregues e já estão sendo comercializadas, bem como temos observado uma procura muito grande por imóveis não residenciais como salas, lojas e galpões. Costumo dizer que a locação é o principal termômetro em relação ao nosso mercado e, na medida em que está havendo uma demanda extensa no tocante a essas unidades não residenciais, temos tudo para fechar este ano com o saldo positivo. Atribuímos essa reação do setor ao fato da economia nacional encontrar-se alcançando resultados melhores em comparação com os meses anteriores. Desde o último mês de maio que temos observado uma reação do segmento imobiliário de Caruaru”, disse.

Jornalista é baleado na cabeça no Alto do Moura

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Pedro Augusto

A violência não tem preferência pelo alvo a ser atingido. Seja bom ou ruim, rico ou pobre, famoso ou anônimo, ou qualquer que seja a característica atribuída à vítima, ela costuma provocar efeitos devastadores na sociedade. Na noite do último sábado (16), a população caruaruense ficou estarrecida com mais um caso, tendo como principal responsável a criminalidade. “Representada”, desta vez, por cinco bandidos fortemente armados, ela acabou ocasionando a interrupção, ainda que passageira, da carreira jornalística de Carlos Alexandre de Farias Silveira, de 39 anos, o Alexandre Farias, da TV Asa Branca.

Após mais um dia de apresentação do ABTV 2ª Edição, ele foi até a um supermercado, no Bairro Maurício de Nassau, onde realizou compras e, em seguida, se preparou para retornar para casa, onde já no trajeto acabou sendo alvejado com um tiro na testa, na Rua Mestre Vitalino, no Alto do Moura. Segundo as investigações da Polícia Civil, o culpado por tamanha crueldade foi justamente os cinco integrantes da quadrilha citada. Foragidos desde o ano passado do Presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, eles, primeiramente, tocaram o terror na Rua São Francisco de Moura, no Bairro Indianópolis, onde fizeram de refém uma família e roubaram seus pertences.

Em seguida, já de posse do automóvel dela, os criminosos seguiram para o Alto do Moura, quando foram reconhecidos por policiais militares, e durante a fuga acabaram abrindo fogo contra a viatura. Câmeras de videomonitoramento do local registraram quando o carro do jornalista Alexandre Farias teria sido ultrapassado tanto pela quadrilha quanto pela PM. Com um projétil de bala já inserido na sua cabeça, Alexandre foi socorrido para o Hospital Regional do Agreste, em Caruaru. Além de balear o jornalista, os bandidos ainda atropelaram socorristas do Samu, que se encontravam no local atendendo a uma ocorrência de acidente.

Atingidos em partes distintas do corpo, o motorista Valdeir Antônio do Nascimento e a socorrista Josimere do Nascimento, de idades não informadas, também foram levados para uma unidade hospitalar, onde passaram por procedimentos. Em situação mais complicada, Alexandre Farias acabou sendo transferido para o Hospital da Unimed, no Bairro Universitário, onde foi submetido por mais de quatro horas a uma neurocirurgia já na madrugada do domingo (17). “O Alexandre foi operado em tempo hábil, mas o seu estado é crítico. Por isso, o deixaremos sedado, em repouso, para que haja a diminuição do metabolismo cerebral”, disse, logo após o procedimento, o neurocirurgião Ronaldo Menezes.

Com o jornalista sedado e respirando por ajuda de aparelhos, a polícia acabou intensificando as diligências a fim de capturar a quadrilha, mas neste primeiro momento, em vão. Na presença do chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Amaral, integrantes da mesma corporação, da Polícia Militar e do Instituto Tavares Buril promoveram, já na manhã da última segunda-feira (18), na sede do 4º BPM, em Caruaru, uma coletiva de imprensa com o objetivo de divulgar os retratos falados de dois dos suspeitos de fazerem parte do bando. A medida acabou tendo resposta imediata, haja vista que poucas horas depois dos retratos terem sido divulgados na imprensa, a polícia conseguiu localizar os bandidos.

Criminosos foram presos na zona rural

Após receberem as coordenadas por meio de informantes, já na tarde da segunda, aproximadamente 25 policiais civis se dirigiram, com o auxílio do Grupo Tático Aéreo de Pernambuco, para uma fazenda na Estrada de Lagoa de Pedra, às margens do Sítio Maniçoba, onde foram recebidos à bala pela quadrilha que se encontrava escondida numa casa. Houve troca de tiros, mas, desta vez, somente um dos criminosos conseguiu escapar. Atingido com vários disparos, o suspeito Igor Alves do Nascimento, de 34 anos, morreu no local, enquanto os demais componentes Vagner Santos Figueiredo, de 30 anos; Vitor Luiz Bezerra da Silva, de 20, e José Raniere de Oliveira Simão, de 32, acabaram sendo rendidos.

Ainda na operação, a polícia prendeu Ierica Alves do Nascimento, de idade não informada, que é irmã de Igor, e tentou preparar uma armadilha para os policiais após as suas chegadas à fazenda. “Grávida, ela saiu da área interna da casa carregando uma criança de colo e dizendo aos policiais que adentrassem no imóvel, porque não havia ninguém. Desconfiados da ação da criminosa, eles resolveram cercar a residência, quando foi iniciada a troca de tiros. Se tivessem entrado pelo menos cinco policiais teriam morrido. Graças a Deus, a operação foi exitosa”, destacou, na coletiva já da terça-feira (19), no mesmo local, Joselito Amaral.

De acordo com o chefe da Divisão de Homicídios de Caruaru, delegado Bruno Vital, o bando alagoano era bastante perigoso. “Ele empreendeu fuga no ano passado durante a rebelião do Presídio de Alcaçuz. Encontrava-se na cidade já há certo tempo, haja vista que observamos uma rotina nos pertences dos criminosos. Seus componentes, além de serem especializados na prática de crimes contra o patrimônio, ainda eram envolvidos em homicídios e tráfico de drogas. Várias vítimas de Caruaru, inclusive, já estão entrando em contato conosco à procura de objetos roubados por eles. Não temos dúvidas de que a desarticulação desse grupo contribuirá para com a redução de criminalidade no município”, observou.

Com o bando, a polícia apreendeu não só armas como revólveres, pistolas e uma espingarda calibre 12, mas também vários objetos subtraídos de vítimas, a exemplo de relógios, joias e aparelhos celulares, além de quantias em dinheiro. Mas ainda faltava a prisão do quinto integrante, que não tardou a acontecer. Ainda na terça, mas já à tarde, o suspeito Jefferson Santos da Silva, de 22 anos, foi preso numa casa que fica localizada no Bairro José Carlos de Oliveira, também na Capital do Agreste. Também por lá, a Polícia Civil autuou em flagrante Pedro Guilherme da Silva Filho, de 57 anos, que teria dado abrigo a Jefferson. Este último foi indiciado por associação criminosa.

No mesmo intervalo, os outros suspeitos estiveram passando por audiência de custódia no Fórum Demóstenes Batista Veras, no Bairro Universitário. Nela, todos tiveram as suas prisões preventivas decretadas. De acordo com o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, somadas, as penas do envolvidos poderão chegar até aos 300 anos. “Esses bandidos responderão pelos crimes de associação criminosa, tentativa de homicídio, roubo, lesão corporal, porte ilegal de armas e tráfico de drogas. Todos eram bastante perigosos, inclusive o Igor, que morreu, fazia parte do PCC (Primeiro Comando da Capital)”, finalizou Joselito. Todos foram encaminhados para unidades prisionais do Estado.
Até o fechamento desta matéria, Alexandre Farias apresentava boa evolução clínica.

Circuito de Vôlei está ocorrendo em Caruaru

A Capital do Agreste está sediando novamente uma etapa do Circuito Nordeste de Voleibol Máster. A competição foi iniciada na última sexta-feira (22) e está reunindo atletas com idades acima dos 35 anos dos estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Neste sábado (23), os jogos serão realizados na Apcef (masculino e feminino), no Sesi (feminino) e no Sesc (masculino). Estado está sendo representado por duas equipes femininas e uma masculina de Caruaru.

Central com novo diretor

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O professor de educação física, Júnior Bill, é o mais novo diretor de esportes amadores do Central. Ele foi anunciado esta semana como integrante da diretoria alvinegra. Com larga experiência na área, Bill planeja ativar algumas modalidades no clube. Um setor do Estádio Lacerdão será cedido para que o diretor inicie já as atividades do tênis de mesa.

Vale ressaltar que a Patativa já conta com equipes no arco e flecha e no tiro esportivo. Com o reforço do mais novo integrante, as expectativas foram retomadas para que o time alvinegro volte a contar com uma equipe no futsal.

Porto sofre seu primeiro revés

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Depois de ter alcançado um bom resultado na estreia, quando bateu o Sete de Setembro por 2 a 0, o Porto acabou sofrendo a sua primeira derrota no Campeonato Pernambucano Série A2. O revés aconteceu diante do Decisão, na tarde da última quarta-feira (21), em pleno Estádio Antônio Inácio, em Caruaru. Apesar de ter saído na frente do placar com o lateral esquerdo Jorge, o Gavião não conseguiu segurar o ímpeto do Falcão do Agreste, que alcançou a virada com Tarcísio e Jaílson.

Com o resultado, o time da Rua Preta acabou caindo para a segunda posição com três pontos, enquanto a equipe de Bonito pulou para liderança do grupo B com quatro. Neste final de semana, quando ocorrerão partidas já da terceira rodada, o Porto estará de folga. O Gavião só entrará em campo pela competição no próximo dia 27, diante do Pesqueira, a partir das 20h, no Estádio Joaquim de Brito. Em paralelo, quem se encontra liderando a chave A é o surpreendente Íbis, que já acumula duas vitórias.