Apenas 7% das pequenas empresas estão prontas para o eSocial

A partir de janeiro próximo, empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões devem aderir obrigatoriamente ao eSocial, plataforma eletrônica que reunirá informações trabalhistas, previdenciárias, fiscais e tributárias de trabalhadores. A adoção ao novo sistema será em fases, atendendo a uma demanda dos empresários, uma vez que ainda há dificuldades com as adequações às novas exigências. Uma enquete realizada pelo Sindicato das Empresas de Contabilidade e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon/SP) com 800 empresários de contabilidade mostra que mais de 70% das organizações de médio e pequeno porte ainda não estão prontas para o eSocial. Apenas 7% concluíram as adaptações necessárias. Para estas empresas, o calendário começa em julho de 2018.

Para Márcio Massao Shimomoto, presidente do Sescon/SP, o resultado da enquete revela principalmente uma resistência cultural em investir e alterar rotinas. A maioria das empresas consultadas no levantamento (38%) ignora a necessidade de adequação e ainda não assimilou as consequências. “Apesar dos custos e dificuldades iniciais para a adoção completa ao eSocial, as vantagens do sistema são inúmeras, entre elas, o fim do risco de cálculo indevido do INSS, por exemplo, o que resultaria em auto de infração no futuro.”

De acordo com a Receita Federal, diversas obrigações acessórias exigidas atualmente por diferentes órgãos, algumas em duplicidade, serão eliminadas após a implantação completa do novo sistema. A promessa do governo é de maior garantia no cumprimento de direitos previdenciários e trabalhistas, além de racionalização e simplificação do cumprimento das obrigações.

Cronograma

Ainda segundo a enquete, mesmo com o anúncio da implantação em fases, muitas empresas de médio e pequeno porte consideram o prazo apertado (31%) com a justificativa de que ainda há dúvidas. De acordo com 16% dos entrevistados, entre as incertezas estão as alterações provocadas pela reforma trabalhista. Entretanto, a Receita Federal garante que o sistema já contempla as mudanças na legislação, incluindo na ferramenta campos específicos para o fracionamento das férias em até três períodos, para as novas modalidades de contratação como trabalho intermitente ou home office, e para a inclusão de diversos tipos de jornada. Uma parcela dos empresários consultados na enquete (8%) ainda não está preparada devido aos custos das adequações.

Na primeira fase, em janeiro de 2018, as empresas deverão inserir no novo sistema as tabelas e parâmetros utilizados na folha de pagamento: salários, descontos, local onde o trabalhador exerce a atividade e horários de trabalho. Na segunda fase, prevista para março, deverão ser inseridas as ocorrências não periódicas: admissões, demissões, férias e afastamentos. Na terceira fase, que deve ocorrer em maio, serão inseridos eventos periódicos como INSS e FGTS. E na fase seguinte, ainda sem data definida, estão previstos: itens relacionados à segurança do trabalho, mudanças de cargo e informações relacionadas a riscos ambientais.

A expectativa da Receita Federal é que a primeira fase atinja cerca de 14 mil contribuintes. O presidente do Sescon/SP lembra que empresas com faturamento inferior a R$ 78 milhões também precisam estar preparadas. “A adoção ao sistema implica em custos. Não dá para deixar para a última hora”, adverte.

Vendas do varejo de material de construção crescem 3% em novembro

As vendas do varejo de material de construção cresceram 3% em novembro, na comparação com outubro de 2017. Na comparação com novembro do ano passado, o índice ficou 2% acima. Os dados são da Pesquisa Tracking mensal da Anamaco, que entrevistou 530 lojistas entre os dias 24 a 30 de novembro.

“Com esses resultados, o volume de vendas no acumulado do ano apresenta alta de 5%, se comparado ao mesmo período do ano passado. O índice é o mesmo apresentado pelo setor nos últimos 12 meses”, explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

Segundo o estudo, as regiões Sul, Norte e Sudeste apresentaram as maiores variações positivas no mês: 9%, 5% e 4%, respectivamente. No Nordeste o patamar ficou próximo de outubro, e no Centro-Oeste houve retração de 11%. “As lojas com mais de 50 funcionários puxaram a alta do mês, pois apresentaram variação de 10% em relação a outubro. Isso mostra que o consumidor voltou a construir e reformar, pois é para essas lojas que a maioria dos consumidores se dirige quando quer comprar em grandes quantidades”, diz Conz, afirmando que as lojas menores são mais procuradas para compras de reposição, quando a obra já está em andamento.

O presidente da Anamaco, que participou na quarta-feira de uma reunião com o presidente Michel Temer e outros empresários do setor de comércio e serviços, se mostrou confiante de que o varejo de material de construção fechará o ano com dados positivos. “A nossa expectativa é encerrarmos 2017 com 5% de crescimento sobre 2016. O segundo semestre geralmente corresponde a 65% das vendas do ano, e tivemos uma melhora nas vendas também por conta da queda da inflação, que influencia positivamente a confiança do consumidor”, completa.

Cerca de 29% dos entrevistados afirmaram que contrataram funcionários em novembro e 11% pretendem aumentar seu quadro no mês de dezembro. A pesquisa da Anamaco também indicou que 38% dos lojistas pretendem realizar investimentos nos próximos 12 meses.

A Pesquisa Tracking Anamaco tem o apoio da Anfacer, Abrafati e Instituto Crisotila Brasil.

Domingo com estórias da Cigana no Polo Caruaru

A Cigana Contadora de Estórias com a Ciganinha - Foto de Allison Lima

Você conhece a lenda da flor do Natal? E a origem do pinheirinho e suas luzes? Pois no próximo domingo (10), Gabriela Kopinits – a Cigana Contadora de Estórias – vai contar essas e outras estórias na Festa do Comércio do Polo Caruaru.

Carioca radicada em Caruaru, Gabriela, que também é autora infantil, vai trazer, entre suas narrativas, um pouco do começo dessa festa, revivida pelo Polo. “Quando eu vim para cá, a Festa do Comércio já não era mais realizada, mas ficou na memória afetiva do povo – e na própria história do município – como um momento lindo, de congraçamento entre as famílias no centro da cidade, com uma programação cultural e social riquíssima. Poder fazer parte disso, nessa nova roupagem, é uma honra”, comentou a contadora de estórias, que se apresenta às 14h.

A Festa do Comércio do Polo vai até o dia 31 de dezembro. Além de contação de estórias, a programação tem shows de artistas e de calouros, parque de diversões, retretas no coreto, pastoril e até a Monga, a Mulher Gorila, atração que durante anos assustou e divertiu os foliões. A entrada é franca. O centro de compras fica na Rodovia BR 104, km 62.

Obras no acesso à Vila Andorinha seguem em ritmo acelerado

A obra do acesso à Vila Andorinha, com início desde agosto, teve sua primeira etapa concluída. Agora, na sua segunda fase, foi iniciado o assentamento do intertravado e sarjeta. Essa etapa consiste na aplicação do piso, seguindo o cronograma programado.

A obra compreende quase dois quilômetros de extensão, beneficiando mais de 7500 famílias das comunidades de Vila Andorinha até Xique-xique, passando pela via onde será implantada a UPE (Universidade de Pernambuco).

Além da pavimentação, o projeto consiste, ainda, na iluminação de todo o acesso. A obra está em fase de término, com previsão de entrega para o fim de dezembro.

No local, ainda está sendo efetuado o rebaixamento da rede de abastecimento próximo ao Clube dos Bancários, para que, depois de finalizado, os serviços de terraplanagem sejam iniciados.

Novembro registra o melhor mês da história em exportações

As 73,1 mil unidades exportadas em novembro colocam este mês como o melhor da história em exportações, de acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, na quarta-feira, 6, em São Paulo. O número ficou acima em 28,8% sobre as 56,7 mil unidades de novembro de 2016 e em 18,7% ante as 61,6 mil de outubro deste ano.

Com o desempenho no mês, o acumulado do ano atingiu 700,1 mil unidades, alta de 53,3% em relação as 457,4 mil do ano passado. O resultado tem contribuído para o bom desempenho da produção também: os 249,1 mil autoveículos produzidos em novembro superaram em 15,2% as 216,3 mil unidades do mesmo mês de 2016 e representam estabilidade contra outubro deste ano.

Na soma dos onze meses já transcorridos este ano a produção registra 2,50 milhões de unidades, alta de 27,1% frente as 1,96 milhão do ano passado.

O licenciamento no acumulado também segue em alta, de 9,8%, ao se comparar as 2,03 milhões de unidades em 2017 contra as 1,85 milhão de 2016. Só no mês de novembro foram 204,2 mil unidades comercializadas, acréscimo de 14,6% sobre as 178,2 mil de novembro do ano anterior e de 0,7% em relação as 202,9 mil unidades de outubro.

Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, o mercado segue apresentando diversos sinais positivos:

“O desempenho de novembro confirma a retomada do crescimento ao registrar a melhor média diária de vendas do ano, acima das 10 mil unidades, e por já superar a casa dos 2 milhões de veículos comercializados no acumulado. No segmento de veículos pesados, as vendas de caminhões também continuam em ascensão, o que é um sinal do reaquecimento da atividade econômica do País. Devemos fechar 2017 com resultados melhores do que projetamos e podemos ficar confiantes na retomada da indústria automobilística para 2018”.

Caminhões e ônibus
As vendas de caminhões novos subiram 44%, fechando novembro com 5,5 mil unidades vendidas contra 3,8 mil unidades de igual período de 2016. Já em comparação com as 5 mil de outubro, o aumento foi de 8,8%. No acumulado do ano o registro ainda é de baixa de 0,5%: 45,9 mil unidades foram negociadas nesse ano e 46,1 mil em 2016.

Os fabricantes exportaram em novembro 2,3 mil unidades, número 4,4% superior em comparação com as 2,2 mil de novembro de 2016 e menor em 2% ante as 2,4 mil de outubro. De janeiro até o momento, os dados apontam crescimento de 36,8%: 26,1 mil neste ano contra 19,1 mil no ano passado.

A produção do segmento em novembro ficou em 8,2 mil caminhões, acréscimo de 52,6% em relação as 5,4 mil de novembro do ano anterior e estável com outubro. No acumulado as 75,5 mil unidades deste ano representam alta de 33,9% sobre as 56,4 mil de 2016.

No segmento de ônibus, as vendas em novembro somaram 1,1 mil unidades, alta de 78% ante as 610 unidades do mesmo mês de 2016 e de 22,6% em relação as 886 unidades de outubro deste ano. Passados onze meses de 2017, as 10,5 mil unidades indicam leve alta de 0,4% sobre o acumulado do ano passado.

Na produção, 1,7 mil chassis de ônibus saíram das linhas de montagem em novembro, aumento de 9% no comparativo com as 1,5 mil de outubro e de 4,3% ante as 1,6 mil de novembro de 2016. Já foram fabricadas neste ano 19,4 mil unidades, crescimento de 9,1% com relação as 17,7 mil unidades do ano passado.

As exportações de ônibus no acumulado estão em 8,3 mil unidades, 5,1% menor do que as 8,8 mil unidades registradas em 2016.

Máquinas agrícolas e rodoviárias
As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias no acumulado registraram expansão de 2,6% quando comparadas as 40,5 mil unidades deste ano com as 39,5 mil do ano passado. Na análise mensal, as 3,1 mil unidades de novembro de 2017 foram 21,4% menores do que as 3,9 mil unidades de outubro e 14,9% abaixo das 3,6 mil unidades vendidas em novembro do ano passado.

A produção do segmento no décimo primeiro mês, de 4 mil unidades, apresentou baixa de 11,2% com relação as 4,5 mil de outubro e de 28,4% frente a novembro do ano passado, quando saíram das linhas de montagem 5,5 mil máquinas. O total de unidades produzidas até o momento, de 52,3 mil unidades, ficou 8,1% acima das 48,3 mil do ano passado.

As exportações expandiram 49% no acumulado do ano, com 12,9 mil unidades em 2017 contra 8,7 mil no ano passado.

5 dicas para alavancar as vendas neste Natal

Por Erik Penna

O final de ano chegou, momento tão esperado para a maioria das empresas, e são várias as boas notícias. O mercado aposta no aquecimento das vendas e o comércio prevê que será o melhor Natal em quatro anos.

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) projeta um crescimento de 4,3% nas vendas para o Natal de 2017 e aposta na geração de 73,1 mil vagas temporárias.

Vários motivos sustentam esse otimismo: a inflação em queda, os juros caíram, o crédito vem ficando mais fácil e barato com o passar dos meses e o PIB já dá sinais de crescimento. A retomada já começou!

O décimo terceiro, segundo o Dieese, deve injetar R$ 200,5 bilhões na economia brasileira nesse final de ano e 83,3 milhões de brasileiros receberão o benefício. E 49% das pessoas vão gastar o 13o salário para comprar presentes.

O mês de dezembro ainda contará com mais uma injeção de R$ 15,9 bilhões na economia, relativo aos saques das contas do PIS/PASEP, medida do governo que favorece cerca de 8 milhões de pessoas.

Portanto, não é mais hora de ficar falando em crise, mas, sim, em se preparar para identificar e aproveitar as oportunidades. Aqui vai 5 dicas para você surfar nas ondas do otimismo e vender mais nesse final de ano:

1- Qualificação: Não adianta apenas querer vender, a preparação deve ser prioridade, afinal, quem tem uma equipe bem treinada e motivada já sai na frente e estabelece uma vantagem competitiva.

2- Adicional: Quer vender mais e conquistar novos? Comece a se interessar verdadeiramente pela causa do seu cliente, ou seja, ao invés de querer ficar empurrando produtos, lembre-se, é preciso entender para depois atender. Fale menos, escute mais, assim, vendará de forma mais assertiva.

3- Atendimento: Atendimento é tratamento. Lembre-se que, antes de vender, é preciso atender com excelência. Então não se esqueça do tripé básico ao perceber a presença do cliente: olho no olho, sorriso no rosto, saudação animada.

4- Visual: Segundo Rodger Bailey, 53% das pessoas são visuais. Desta forma, se você quer vender mais neste fim de ano, capriche na vitrine e na exposição dos produtos. Uma imagem pode valer mais do que mil palavras.

5- Surpreenda: Surpreender é fazer mais do que o cliente espera. Quando superamos as expectativas, propiciamos uma experiência diferenciada e o cliente costuma responder com o famoso “UAU!”.

Aproveite o Natal para tornar seus clientes verdadeiros vendedores da sua empresa. Como fazer isso? Aposte no fator “UAU!”.

3 em cada 10 brasileiros não sabem como vão pagar as contas de início de ano

A Lendico, uma das maiores empresas de empréstimo pessoal online do Brasil, realizou uma pesquisa para entender como os consumidores pagarão as suas contas de início de ano. Cerca de 1.500 pessoas de todo país participaram do estudo.

32% dos entrevistados ainda não sabem como vão quitar as suas contas de casa, carro e educação. Os demais, cerca de 68%, afirmaram que já se planejaram com antecedência para esses gastos.
Sobre quais contas vão pagar, 78% pretendem pagar faturas de cartão de crédito, 69% IPVA, 41% IPTU, 34% seguro de moto ou carro e 33% matrículas e materiais escolares.

Para arcar com todos estes gastos, 59% disseram que irão utilizar o salário; 23% utilizarão o 13º salário e 5% vão recorrer a reservas financeiras como a poupança.

Como para a maioria a reserva financeira não será suficiente, perguntados se fariam um empréstimo para não começar o ano com dívidas, 27% responderam que fariam um empréstimo de valor entre 5 e 8 mil reais; 23% optaria por empréstimos entre 10 e 15 mil reais; 15% solicitaria mais de 15 mil reais e 14% entre 1 e 3 mil reais.

Sobre a Lendico
Lançada em julho de 2015 no Brasil e presente em cinco países, a Lendico chegou para mudar o cenário e a visão sobre crédito pessoal no País. Por meio de um site que proporciona segurança e facilidade de acesso, a empresa oferece empréstimo pessoal com taxas personalizadas, comprovando que um empréstimo pode ser uma alternativa vantajosa para a quitação de dívidas com tranquilidade ou até mesmo para a realização de um sonho.

Justiça condena envolvidos em chacina

Pedro Augusto

Os meus pais e a minha irmã não voltam mais, mas ao menos a justiça da terra foi feita. Estas foram as palavras de Geraldo José da Silva Júnior, o Geraldinho, de 23 anos, logo após a divulgação da sentença dos envolvidos nas mortes de seu pai Geraldo José da Silva, de 61 anos; da sua mãe Joselma Pereira da Silva, de 52 anos, e da sua irmã Maria Madalena Pereira da Silva, de 24. Os três familiares do jovem foram impiedosamente assassinados, no dia 21 de março deste ano, no Sítio Lagoa do Paulista, na zona rural de Caruaru.

Os responsáveis por tamanha crueldade foram João Anderson Gomes da Silva Pereira, de 23 anos; Rafael Sebastião da Silva, de 19 anos, e um adolescente de 17 anos. Com exceção deste último, que já se encontra cumprindo medida socioeducativa na Funase de Caruaru, a titular da 3ª Vara Criminal de Caruaru, juíza Ana Paula Viana Silva de Freitas, acabou condenando os demais envolvidos a penas altas.

João Anderson Gomes, que foi o responsável por efetuar os disparos contra a família, terá de cumprir 97 anos, 11 meses e 20 dias de prisão, além de 1.050 dias-multa, pelos três latrocínios consumados, um latrocínio tentado, associação criminosa, corrupção de menor e porte ilegal de arma.

Já o comparsa dele, Rafael, que auxilou o atirador no roubo das motocicletas das vítimas e ainda deu cobertura nas execuções, foi condenado a 93 anos, oito meses e 25 dias de prisão, além de 860 dias-multa, pelos três latrocínios consumados, um latrocínio tentado, associação criminosa e corrupção de menor.

Ambos, cumprirão as penas atribuídas na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru. A sentença dos condenados foi publicada no último dia 22 de novembro e divulgada somente na manhã da última quinta-feira (7). “As penas foram as que toda a família, inclusive o Geraldinho, aguardava. Eles vão ter que cumprir pelo menos 30 anos de cadeia em regime fechado, porque foram crimes hediondos. Todos nós ficamos satisfeitos. A justiça foi realmente feita”, ressaltou o advogado das vítimas, Vladimir Almeida.

Relembre o caso

No dia da chacina, Geraldinho encontrava-se em casa na companhia do pai, da mãe e da irmã, quando foi surpreendido com a chegada dos três criminosos. De início, estes últimos tinham a intenção de roubar as motocicletas, porém acabaram sendo reconhecidos e decidiram dizimar a família a tiros. No dia 23 de março, ou seja, dois dias após a série de mortes, os veículos acabaram sendo encontrados totalmente carbonizados em Serra dos Cavalos, também na zona rural de Caruaru.

Atingido também na investida pelos criminosos, Geraldinho, atualmente, mora na casa dos tios depois de ter passado vários meses internado no Hospital da Restauração, no Recife.

Semana com cinco homicídios em Caruaru

Mulher Morta 1

Pedro Augusto

No ano mais violento da história de Caruaru, a polícia segue contabilizando vítimas fatais. De acordo com o levantamento do VANGUARDA, até a manhã da última quinta-feira (7), 256 pessoas já haviam sido assassinadas, em 2017, na Capital do Agreste. Somente no domingo passado (3), uma mulher e dois homens foram executados em pontos distintos da cidade. Na data, os crimes de morte ocorreram nos bairros Jardim Liberdade e Santa Rosa, bem como no Sítio Cipó, na zona rural.

O corpo de Sandra Regina Soares da Silva, a “Coca”, de 37 anos, foi encontrado na tarde do domingo, na Rua Arquimedes de Oliveira, no Bairro Jardim Liberdade. De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, o cadáver encontrava-se debaixo de uma cama na residência da própria vítima. Sandra, que teria sido vista pela última vez na manhã do sábado (2), foi parcialmente degolada, bem como ainda foi atingida com três facadas na barriga.

Já por volta das 21h, Jeneffeson Ferreira do Monte, de 25 anos, foi morto a tiros na Rua José Geraldo Morais, no Sítio Cipó. Populares que residem no local informaram à Polícia Militar que escutaram os disparos, porém não chegaram a identificar os criminosos. A vítima estaria trafegando a pé, quando teria sido surpreendida pelos executores. Ele não tinha passagem pela polícia e era bem quisto na comunidade.

Poucas horas depois, mais precisamente por volta das 23h30, o ex-presidiário José Braz Moura da Silva, de 29 anos, foi assassinado a tiros, na Travessa Santo Amaro, no Bairro Santa Rosa. De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, ele estava trafegando na via, quando acabou sendo alvejado com vários disparos. José Braz já havia sido preso duas vezes por tráfico, bem como era usuário de drogas.

Na tarde da última segunda-feira (4), Admilson Antônio da Silva, de 29 anos, foi morto na Rua Geraldo Leonel da Silva, no Bairro José Carlos de Oliveira. De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar, ele estava na casa da mãe, quando acabou sendo surpreendido com a invasão de quatro homens encapuzados. Na tentativa de fuga, Admilson foi baleado com vários disparos de revólver calibre 38. Ele já havia sido preso pelas práticas de homicídio, tráfico de drogas e assalto.

Na sequência dos assassinatos desta semana, Elivelton Erivonaldo da Silva, de 20 anos, foi executado a tiros por volta das 10h da última terça-feira (5), na Rua Boa Ventura, no distrito de Lajes, na zona rural. De acordo com informações repassadas por populares, ele estava cortando o cabelo numa barbearia, quando acabou sendo baleado com vários disparos. Elivelton era usuário de maconha.

Seu corpo, assim como das demais vítimas, foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal de Caruaru. Até o fechamento desta matéria, apenas um suspeito tinha sido preso. Ele teria matado Sandra Regina, com o objetivo de roubá-la.

PM coloca em prática a Banco Seguro

A Polícia Militar de Pernambuco, através do 1º Biesp (Batalhão Integrado Especializado de Policiamento), deu início à Operação Banco Seguro, na noite da última quarta-feira (6), em Caruaru e demais municípios do Agreste. A ação, que conta com a atuação de policiais militares, em parceria com a Civil, visa combater os crimes contra o sistema financeiro, como os arrombamentos e assaltos a bancos, além dos ataques a carros-fortes, que cresceram bastante ao longo dos últimos anos, em toda a região.

Para isso, várias viaturas estão sendo empregadas, bem como os PMs estão utilizando armamentos modernos. “Além de Caruaru, a Operação Banco Seguro também vem sendo desencadeada nos demais municípios que fazem parte da Área Integrada de Segurança 14. Com ela, pretendemos inibir a prática desses crimes que têm aterrorizado e prejudicado bastante toda a região”, justificou o subcomandante do 1º Biesp, Major Bantim.