Programa que promove qualidade de vida para as mulheres inicia na Zona Rural

 

O Programa ‘Qualidade de Vida para as Mulheres do Campo’ iniciou na tarde desta segunda-feira (19), na Zona Rural de Caruaru. A iniciativa da Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), foi recebida com muita alegria pelas mais de 30 moradoras que compareceram à aula inaugural. O encontro aconteceu na Associação do Desenvolvimento Comunitário de Gonçalves Ferreira, que irá receber o programa toda segunda e quarta, das 15h às 16h. O objetivo é proporcionar a prática esportiva como qualidade de vida para as mulheres das comunidades rurais e conta com o apoio dos alunos de Educação Física da Faculdade UNINASSAU.

Nesta terça-feira (20), será a vez da comunidade de Taquara receber o programa. As mulheres poderão se inscrever antes do início da ação, que vai das 9h às 10h, e aproveitar a aula de dança, alongamento e exercícios aeróbicos. As atividades serão realizadas na Casa de Parto Mãe Zezé, que fica no Sítio Barra de Taquara de Cima, número 40, todas as terças e quintas. “Nossas mulheres precisam saber que têm o direito de cuidar de si, do próprio corpo e da saúde, e não só dos filhos e do marido. Além da prática esportiva, o programa vem trazer uma visão de inclusão social, de enfrentamento às violações diárias dos direitos humanos que elas passam diariamente. É algo que precisa ser estimulado através de ações como esta”, ressaltou a Gerente de Políticas de Cidadania e Qualidade de Vida, da SPM, Juliana Gouveia.

A agricultora Evodia Vieira, de 56 anos, aprovou a iniciativa e afirmou que irá comparecer em todas as aulas. “Eu amei a aula de hoje. A gente tem que se amar e se valorizar. Ter essa oportunidade de cuidar do corpo é importante para a nossa saúde, por isso devemos aproveitar que agora tem uma equipe para atender a nossa comunidade”, comemorou.

Rodrigo Novaes (PSD) pede criação de varas especializadas no combate ao crime organizado

O deputado Rodrigo Novaes (PSD) realizou, nesta segunda-feira (19), indicação para criação de varas especializadas no combate ao crime organizado. O anúncio foi feito durante a sessão plenária na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A iniciativa trará mais isenção e efetividade na tramitação das condenações e nas investigações dos crimes. A indicação seguirá para o poder judiciário, a quem cabe a criação destas varas, e ao governo do Estado.

“O tráfico de drogas e armas, assaltos a bancos e grupos de extermínios são graves ameaças à segurança nacional e devem ser combatidos com a máxima energia por parte do Estado”, destacou Novaes. O parlamentar explicou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio de uma norma em 2006, já havia recomendado aos sistemas judiciários federais e estaduais a criação de tais varas especializadas. “Os estados do Maranhão, Ceará, Mato Grosso, Alagoas, Pará, Bahia, Roraima e Santa Catarina já criaram suas, e cabe a Pernambuco ser também protagonista nas ações de combate ao crime organizado”, relatou.

“Não se pode pensar em segurança pública somente imaginando o batedor de carteira e pequenos roubos, o Rio de Janeiro está aí servindo de exemplo negativo para todo o país. É preciso expertises e polícia preparada para todo tipo de crime”, disse. Com a implantação das varas especializadas espera-se uma maior integração com outros órgãos, a exemplo da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Ministério Público Estadual (MPPE). O vice-líder do governo ressaltou ainda que, na próxima terça (20), irá reiterar este pedido ao governador Paulo Câmara.

 

Câmara aprova decreto de intervenção no Rio; senadores votam medida nesta terça

Câmara dos Deputados aprovou, por 340 votos a 72, o decreto legislativo que autoriza a intervenção federal na área de segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Após mais de seis horas de discussões e táticas de obstrução pelos contrários à medida, os deputados acataram o parecer da deputada Laura Carneiro (MDB-RJ) favorável à medida, anunciada pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira (16).

Nesta terça-feira (20), o Senado deve realizar, às 18h, uma sessão extraordinária destinada a votar o decreto. Caso o texto que estipula a intervenção seja aprovado pela maioria simples dos senadores presentes, o Congresso Nacional poderá publicar o decreto legislativo referendando a decisão de Temer de intervir no Rio de Janeiro.

A sessão durou mais do que o comum para uma segunda-feira e adentrou a madrugada desta terça-feira, em um dia em que os parlamentares ainda estão, normalmente, retornando de seus estados. Ao longo das discussões, quatro requerimentos foram apreciados pelos deputados por meio de votação nominal, o que significa que eles tiveram que votar no painel eletrônico, e não de modo simbólico. Após orientações dos líderes, os três pedidos de adiamento da votação foram rejeitados pela maioria dos parlamentares. Já o requerimento para encerramento das discussões foi aprovado por 328 votos a 7, mesmo com a obstrução dos oposicionistas, que não deram quórum neste momento.

Ao abrir a sessão, por volta das 20h, o presidente da Câmara (DEM), Rodrigo Maia, que é deputado pelo Rio de Janeiro, fez um apelo aos colegas para que aprovassem a medida.

ARTIGO — Eleições e Economia

Por Oscar Alejandro

Dos anos 1950 aos anos 1970, o planejamento econômico de caráter estratégico (no sentido militar do termo) e desenvolvimentista (no sentido cepalino da expressão) foi assumido pelos sucessivos governos, no Brasil, desde o terceiro Vargas (“democrático”) até o auge do regime militar. O mote era crescer sob impulso estatal e garantir a soberania nacional, mesmo que sob o guarda-chuva americano, ostensivamente anti-planificação, em confronto com o modelo soviético. Deu em, primeiro, crescer, para depois distribuir (quando possível), o crescimento, de fato, interrompido pelas crises do petróleo (1973 e 1979) e pela crise da dívida externa (anos 1980), sem tempo para qualquer iniciativa pela desconcentração da riqueza e da renda.

O fraco desempenho econômico pós-milagre, sob regime autoritário, levou à queda dos militares golpistas, retornando o país à democracia, mas amargando uma crise econômica prolongada, caracterizada por desemprego e inflação. Os anos 1980 e 1990 foram décadas perdidas, sobrando um naco bom dos 90: o fim da hiperinflação, por meio de uma política econômica que levou à explosão da dívida pública interna.

Nos anos 2000, graças ao bom desempenho da economia mundial (beneficiando setores produtivos favoráveis à estrutura produtiva brasileira) e a uma atuação governamental que combinou estabilização fiscal com políticas sociais (distribuir para crescer, ao contrário da experiência do “milagre econômico”), a década foi de bons resultados, até um pouco depois do estouro da bolha especulativa do mercado financeiro internacional, em 2008. A era das “políticas públicas” (anos 2000), assim como a era do “planejamento econômico” (1960-1970), terminou nos no início dos anos 2010.

Assim funciona a economia brasileira: aos surtos, seguindo a oscilação das ondas da economia mundial, hoje dita global. Destrava ou trava conforme o nível de liquidez do sistema, controlado pelas forças especulativas globais. Sempre paga, na onda depressiva seguinte, um preço alto pelas ousadias do boom anterior. A política econômica (curto prazo) e a política de desenvolvimento (longo prazo) são sempre reféns de movimentos pendulares, entre mais Estado e menos Estado na economia.

2018 é um ano de disputa eleitoral que será marcado fortemente por esse movimento pendular, de cunho ideológico. Um governo ilegítimo optou por um recuo amplo e acelerado da atuação econômica estatal, tanto no âmbito social como no produtivo; disse um peremptório não ao “planejamento econômico” e às “políticas públicas”. O fôlego dessa opção será testado, juntamente com a capacidade de decidir e de agir de seus protagonistas, finalmente frente a frente com os eleitores. Espera-se.

Valdemir Pires e Cláudio Paivasão professores da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara.

Petrobras inscreve para mais de 100 vagas

Folhape

A Petrobras abriu processo seletivo público para preenchimento de 111 vagas, além de cadastro de reserva, para profissionais de níveis médio e superior. As inscrições podem ser feitas até o dia 5 de março via internet, pelo site da Fundação Cesgranrio.

As vagas são para os seguintes cargos: Enfermeiro do Trabalho Júnior, Engenheiro de Equipamentos Júnior – Mecânica, Engenheiro de Equipamentos Júnior – Eletrônica, Engenheiro de Equipamentos Júnior – Elétrica, Engenheiro de Equipamentos Júnior – Inspeção, Engenheiro de Meio Ambiente Júnior, Engenheiro de Petróleo Júnior, Engenheiro de Processamento Júnior, Engenheiro de Segurança Júnior, Engenheiro Naval Júnior, Geofísico Júnior – Geologia, Geofísico Júnior – Física, Geólogo Júnior, Medico do Trabalho Júnior, Químico de Petróleo Júnior, Técnico de Administração e Controle Júnior, Técnico de Comercialização e Logística Júnior, Técnico de Exploração de Petróleo Júnior – Geologia, Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior, Técnico de Logística de Transporte Júnior – Controle, Técnico de Logística de Transporte Júnior – Operação, Técnico de Manutenção Júnior – Instrumentação, Técnico de Segurança Júnior, Técnico de Suprimento de Bens e Serviços Júnior – Mecânica, Técnico de Suprimento de Bens e Serviços Júnior – Administração e Técnico Químico de Petróleo Júnior. O cadastro esperado é de 555 candidatos.

Interessados em participar do processo seletivo vão desembolsar R$ 47 para os cargos de nível médio e de R$ 67 para cargos de nível superior. As provas objetivas estão marcadas para o dia 8 de abril de 2018.

O resultado final será publicado no Diário Oficial da União (DOU) e divulgado nos endereços eletrônicos da Cesgranrio e Petrobras. Os resultados serão homologados no dia 28 de junho de 2018.

O concurso tem validade de 12 meses, a partir da data de publicação do edital de homologação dos resultados finais e pode ser prorrogado, uma única vez, por igual período, a critério da Petrobras. Os postos de trabalhos estão detalhados no edital.

Secretaria de Agricultura recupera estradas rurais

riacho

A Prefeitura de Riacho das Almas, por meio da Secretaria de Agricultura, está realizando a recuperação nas estradas rurais de várias comunidades do município. Neste mês, já receberam os serviços as estradas do Sítios Atalaia, Pororoca, Pau Ferro e Bandeira.

No mês passado, a Gestão Municipal realizou os serviços nas estradas vicinais que ligam Riacho das Almas à Vila de Couro D’Antas e a Vila do Rangel à Vila de Trapiá. Ao todo, foram mais de 50 quilômetros de estradas recuperadas.

São José da Coroa Grande define políticas públicas contra a violência

Diario de Pernambuco

O prefeito de São José da Coroa Grande, Jaziel Gonçalves Lages (PEN), vai se reunir com o secretariado na terça-feira para discutir alternativas de políticas públicas contra a violência no município. Na última quinta-feira, houve um triplo homicídio e no sábado mais cinco pessoas foram assassinadas na comunidade de Maruim.

Ontem, a Polícia Civil identificou quatro das cinco vítimas da chacina. Os corpos de Erollainny Victoria Lima dos Santos, de 12 anos, Diego Gomes de Santana, de 25 anos, Leonardo Paulo Gomes Domingos, de 16 anos, e Heber Gleisom dos Santos, de 35 anos, foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) em Santo Amaro, no Recife.

No sábado, a cúpula das polícias Civil e Militar se reuniu com o prefeito. A polícia acredita que o aumento da violência esteja ligado ao tráfico de drogas e disputa de gangues Em 2017, foram 41 homicídios.

Conab inicia nova etapa de fiscalização de estoques do governo

Equipes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) visitam, a partir de segunda-feira (19) até a primeira semana de março, os estados da Bahia, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal para conferir os estoques do governo federal que estão distribuídos em armazéns próprios e da iniciativa privada nessas regiões. São produtos diversos que integram as cestas básicas de programas como o de Aquisição de Alimentos (PAA), além de outros de estocagem a granel, como milho, arroz e trigo.

Nesse mesmo período, os fiscais farão também inspeções aleatórias em propriedades de pequenos criadores de animais dos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo e do Distrito Federal que estão filiados ao Programa de Vendas em Balcão. O programa tem oferecido milho a preços de mercado atacadista nos estados com dificuldade de abastecimento em períodos de entressafra.

No caso dos estoques públicos, esta é a primeira etapa de uma programação de 9 inspeções nos estados onde há produto público armazenado. Mais de 70 mil toneladas de milho e arroz estocados em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás passarão pelo foco dos fiscais para analisar as condições de armazenagem, conservação e quantidade armazenada.

Já na fiscalização dos criadores que adquirem milho do Vendas em Balcão será averiguada a veracidade das informações prestadas pelo beneficiário no momento do cadastro. Isso inclui o tamanho do plantel de animais próprios, a necessidade real do produto destinado à ração, entre outros.

No caso de constatação de irregularidade, o beneficiário do programa ou o armazenador dos estoques do governo serão advertidos e terão que responder pela infração, de acordo como as normas da Conab.

Saiba como será a votação do primeiro decreto de intervenção federal depois do fim da ditadura

Congresso em Foco

A partir de hoje (segunda, 19), a Câmara dará início em plenário à inédita votação, sob vigência de um regime democrático, do decreto de intervenção federal que, assinado na última sexta-feira (16) pelo presidente Michel Temer, transferiu do governo do Rio de Janeiro para as Forças Armadas o comando da segurança pública estadual. Polêmica, a medida virou o tabuleiro político de cabeça para baixo no período pós-carnaval, quando o Congresso de fato volta a trabalhar. Em compasso de espera no Rio, as tropas militares, boa parte já instalada no estado, só podem dar inícios às ações de campo depois de aprovado o decreto (veja o rito de votação abaixo).

Para a maioria dos governistas, trata-se de “medida extrema negociada”, como ontem (sábado, 17) definiu o próprio Temer, que se fez inevitável diante do caos fluminense; para a oposição, foi a maneira que o governo encontrou para camuflar a insuficiência de votos para a reforma da Previdência, bem como um jeito de “sair das cordas” na reta final de um mandato marcado por denúncias de corrupção e uma impopularidade que tem superado, renitentemente, 90% em todas as mais recentes pesquisas. Além, acrescentam os oposicionistas, do viés “eleitoreiro” e “midiático” da decisão, que pode agradar àquele eleitorado simpático ao recrudescimento do combate à criminalidade.

O fato é que, devidamente mobilizada, a base aliada tem os votos para conseguir aprovar o decreto – não os 308 exigidos para propostas de emenda à Constituição, caso da reforma da Previdência, mas a maioria simples que se fizer presente em plenário. Atingido o número mínimo para iniciar tal deliberação, que é 257 deputados, o decreto pode ser aprovado com 129 votos (a metade dos presentes mais um). Durante a tramitação da matéria no Congresso, deputados e senadores não podem sugerir alterações de qualquer ordem, uma vez que a competência desse tipo de instrumento legal é da Presidência da República. Cabe ao Parlamento apenas autorizar ou rejeitar a validade do decreto.

Assim, com quórum mínimo de votação, o governo não deve ter problemas em aprovar o decreto presidencial tanto na Câmara quando o Senado. Mas o PT já avisou que vai obstruir toda a pauta de plenário, nas duas Casa, enquanto o texto da Previdência não for sepultado – como acha que já está a relatora do decreto, Laura Carneiro (PMDB-RJ), que é contra a reforma, mas favorável à intervenção. Além da obstrução, os petistas e demais oposicionistas já se puseram contra a medida extrema de Temer e votarão em bloco contra a providência.

<< Oposição diz que intervenção é “cortina de fumaça”, não é séria e desrespeita situação do Rio << Bolsonaro critica intervenção militar no Rio: “Bando de vagabundos” Veja como será o rito de discussão e votação: – como determinam a Constituição e o regimento comum do Congresso, a votação do decreto tem início na Câmara, para só depois ser apreciado pelos senadores. Em caso de rejeição já pelos deputados, a tramitação nem precisa seguir adiante, suspendendo-se – e, quando possível, revertendo-se – os efeitos da medida; – o início da discussão está previsto para as 19h desta segunda-feira (19), com a leitura do relatório da deputada Laura Carneiro; – concluída a leitura do relatório, inicia-se o período de discussão de conteúdo, em que três deputados discursam a favor e três contra a intervenção. Cada parlamentar tem direito a três minutos na tribuna; – superada a etapa de debates, o presidente da sessão plenária anuncia o início da votação, que deve ser feita de maneira aberta, com registro nominal de votos; – na hipótese de aprovação do decreto, o texto segue imediatamente para votação no Senado, que pode inclusive convocar sessão na sequência da deliberação dos deputados, com as mesmas regras da Câmara. Caso estes rejeitem a matéria, o processo legislativo é interrompido sem precisar ser submetido aos senadores. E, ato contínuo, faz-se o devido comunicado de recusa à Presidência da República.

Com retomada de vagas em 2017, otimismo aumenta entre os candidatos a estágio

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Se nos dois últimos anos os jovens foram os mais afetados pela crise do emprego, a virada no calendário pode significar, ainda que discretamente, um novo estímulo para aqueles que buscam uma oportunidade de aprendizado. Isso porque, de acordo com a Companhia de Estágios – assessoria e consultoria especializada em vagas de estágio e trainee – os índices de 2017 apresentaram um crescimento animador no número de postos abertos em comparação a 2016. E tais números já refletem na percepção do público alvo dessas vagas: curiosamente o levantamento anual feito pela empresa identificou um otimismo maior em relação ao mercado de trabalho entre esses candidatos. De acordo com a pesquisa “O Perfil do candidato a vagas de estágio em 2018” o número de jovens encarando o mercado de forma positiva cresceu 2%, ao mesmo passo que houve uma diminuição de 3% no pessimismo desses estudantes.

Pesquisa especializada aponta maior otimismo

Embora o país atravesse um período árduo para os trabalhadores menos experientes, uma pesquisa realizada pela Companhia de Estágios apontou, pelo segundo ano consecutivo, que a maioria dos candidatos segue otimista em relação ao mercado de trabalho. Contudo, em 2018, o número de jovens confiantes na melhora do cenário aumentou 2% em comparação com o último levantamento. Atualmente, 78% dos 5410 candidatos a estágios ouvidos pela recrutadora se declaram esperançosos em relação às oportunidades futuras, 12% se sentem indiferentes e apenas 10% estão pessimistas – um número 3% menor em comparação com o levantamento de 2017.

Entusiasmo de ano novo?

Contudo, esse pensamento não estaria ligado apenas ao típico entusiasmo provocado pela virada do calendário, quando a busca pelo emprego costuma entrar no rol de “resoluções de ano novo”. Segundo Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, o mercado de estágios está reagindo num passo mais animador do que as vagas formais “O número de vagas de estágios anunciadas em 2017 foi 19% maior em comparação com o último ano. Esse número supera os postos perdidos em 2016 – o ano mais difícil para o mercado de estágios, desde o começo da crise. Se considerarmos que o mercado celetista demonstrou, nesse mesmo período, um saldo negativo entre as admissões e contratações, (segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o último ano fechou com um saldo negativo de 20.832 vagas) fica evidente que o estágio é, no momento, a melhor alternativa para o jovem, sobretudo pelo fato dele não ter que concorrer com profissionais muito mais experientes”.

Outro ponto destacado por Mavichian é que os jovens estão, naturalmente, migrando para o estágio em virtude do encolhimento dos postos formais “Nossa pesquisa identificou que, nos dois últimos anos, esses jovens priorizaram a busca pelo estágio. Mais de 55% afirmou ter participado de pelo uma entrevista de estágio nesse período, enquanto para postos celetistas, a participação foi apenas 39%”.

Embora tendência, concorrência é alta.

Números da recrutadora também demonstram que a procura pelo estágio tem crescido progressivamente desde 2014 – ano no qual o país entrou na crise econômica e, por consequência, na derrocada do emprego formal. Dados indicam que no último triênio, o crescimento no número de candidatos ultrapassou os 20%, e que, somente em 2017, foram mais de 200 mil inscritos para os processos seletivos realizados pela recrutadora em todo o Brasil.

Contudo, engana-se quem pensa que essa “migração” é fruto de uma maior “facilidade” dos processos seletivos para esses postos. Embora as vagas sejam, de fato, voltadas exclusivamente para estudantes, a Companhia de Estágios identificou que a maioria dos candidatos ouvidos em seu levantamento não vê diferença no nível de competitividade/dificuldade dos processos para vagas de estágio ou celetistas. Segundo Rafael Pinheiro, gerente de recursos humanos da empresa, “Nesse momento, o que mais atrai o jovem para as vagas de estágio é a chance de aprendizado. Com o encolhimento do mercado celetista, os empregadores priorizam trabalhadores experientes e o jovem se sente cada vez mais pressionado a adquirir bagagem profissional. Inclusive, de acordo com a pesquisa, boa parte deles não se sente preparado para o mercado formal e deseja estagiar antes de enfrentar essa modalidade”.

Expectativa de crescimento

Segundo Mavichian, o mercado de estágio não só atravessa uma recuperação, como deve crescer ao longo do ano “Na nossa última projeção, esperávamos um aumento em torno de 17%, que foi ultrapassado ao longo de 2017. Para esse ano, estamos com a mesma expectativa, que as empresas retomem a confiança e abram mais vagas de estágio. Contudo, fica o recado para o jovem: com o crescimento da concorrência, é preciso investir na qualificação, pois, da mesma forma, a tendência é de aumento da procura por esse tipo de vaga”. – conclui.

Fonte: Companhia de Estágios | PPM Human Resources