Registros de mortes aumentam durante período

De acordo com o levantamento da Polícia Rodoviária Federal, no Carnaval 2018, houve aumento no número de mortes contabilizadas nas rodovias que cortam o Estado em comparação com o ano anterior. Segundo os dados do órgão, cinco pessoas acabaram morrendo em acidentes contra três no evento de 2017 – um crescimento no quantitativo de ocorrências de 27,8%. O balanço foi divulgado na manhã da última quinta-feira (15).

Durante todo o intervalo da festa, a Polícia Rodoviária registrou 92 acidentes, com 46 feridos. Em 51 dos acidentes, não houve registro de vítimas. Em 2017, a PRF contabilizou 72 ocorrências, com 53 feridos e três mortes. A Operação Carnaval começou na sexta-feira (9) e seguiu até a Quarta-feira de Cinzas (14).

Os casos com mortes ocorreram todos no Interior neste ano. O mais grave, segundo a PRF, ocorreu na terça-feira (13), no quilômetro 75 da BR-408, em Paudalho, na Zona da Mata Norte, quando um homem de 46 anos, dirigindo uma ‘cinquentinha’, entrou na contramão da rodovia e bateu de frente em um carro, morrendo na hora.

Nacional

Em âmbito nacional, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 249 acidentes graves e 87 óbitos nas rodovias federais desde a última sexta-feira (9). O números foram menores que os do ano passado, quando foram registrados 309 acidentes graves e 131 óbitos até a Terça-feira de Carnaval.

Durante todo o período momesco, as equipes da PRF fiscalizaram 144 mil veículos, com o objetivo de verificar as principais condutas irregulares, como ultrapassagens proibidas, excessos de velocidade, misturas de álcool e direção, além das faltas de equipamentos de segurança. Foram autuados 1.497 motoristas por embriaguez ao volante, número 22% menor do que no mesmo período do ano passado, quando foram flagrados 1.914 motoristas embriagados até a Terça-feira de Carnaval.

Fim do horário de verão: pessoas com rotina regrada são mais afetadas

Após quase três meses, os relógios devem ser atrasados novamente em uma hora na madrugada deste sábado para o domingo. A mudança, que marca o fim do horário de verão, também provoca alterações no organismo, as quais chegam a causar desconfortos. Segundo a clínica geral e geriatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Rossana Maria Russo Funari, quem possui uma rotina regrada tende a ser mais afetado.

Ter horários certos para se alimentar e dormir torna os processos de adaptação mais difíceis. Segundo a médica, essa quebra na rotina prejudica até mesmo o rendimento do indivíduo.

“Se a pessoa costuma acordar muito cedo para trabalhar, a mudança é mais perceptível. No fim do horário de verão, a tendência é dormir mais tarde, enquanto o relógio biológico está ‘programado’ para acordar mais cedo. Isso prejudica o rendimento”, explica.

Sintomas como sonolência, enxaqueca, dor de estômago e até alteração do apetite podem ocorrer durante o processo de adequação do corpo, que, em média, dura sete dias. Para evitar esses problemas, a especialista indica preparar-se para dormir no horário de costume e evitar o consumo de bebidas que tirem o sono, como café, refrigerante e alguns tipos de chá que contêm cafeína.

De acordo com a médica, não há correlação do fim do horário de verão com os efeitos de um “jetlag”, famosa fadiga de viagem ocasionada por mudanças no fuso. Rossana Maria Russo Funari explica que os efeitos são mais suaves e não causam tantas consequências para a maioria das pessoas.

“No caso do ‘jetlag’, temos uma condição menos fisiológica, que é uma consequência de alterações no ritmo circadiano (período de aproximadamente 24 horas), mais intenso em viagens longas em que há grandes mudanças de fuso horário.”

Inscrições abertas para mais de 4 mil vagas nas Escolas Técnicas Estaduais

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Educação (SEE), divulga o edital para o processo seletivo das Escolas Técnicas Estaduais (ETE) na modalidade subsequente. Ao todo, estão sendo ofertadas 4.410 vagas em 21 cursos técnicos em 35 unidades de ensino. Podem participar da seleção candidatos que já concluíram o Ensino Médio. As inscrições começaram no dia 15 de fevereiro e se encerram no dia 02 de março pelo site www.educacao.pe.gov.br.

As vagas ofertadas são para cursos como Enfermagem, Segurança do Trabalho, Administração, Logística, Redes de Computadores, Mecatrônica, Eventos, entre outros, distribuídos em ETEs da Região Metropolitana do Recife (RMR), Agreste, Zona da Mata e Sertão. O processo seletivo será realizado em etapa única, por meio de uma prova objetiva de caráter eliminatório e classificatório, que será realizada de 05 a 07 de março conforme agendamento no ato da inscrição. O resultado definitivo sai no dia 14 de março, e as aulas começam no dia 19 do mesmo mês.

ETE – Desde 2007, o Governo de Pernambuco vem realizando a expansão da rede de escolas técnicas no Estado, visando garantir não só uma melhor infraestrutura, mas uma melhor educação para os estudantes pernambucanos, com a oferta da formação profissional. Naquele ano, Pernambuco tinha apenas seis escolas técnicas e hoje conta com 41 unidades. Tudo isso para que a unidade federativa continue evoluindo na qualidade da educação pública.

SERVIÇO:
Secretaria Estadual de Pernambuco divulga edital para inscrições nas Escolas Técnicas Estaduais
Inscrições de 15 de fevereiro a 02 de março pelo site www.educacao.pe.gov.br
Mais informações: (81) 3183.9300

O aprendizado permanente nas políticas de Saúde

Por Marcus Pestana/Congresso em Foco

Em boa hora, a Câmara dos Deputados firmou Acordo de Cooperação Técnica com os governos espanhol e português para troca de experiências sobre a gestão de seus sistemas de saúde. Resultado disso foi o envio de uma delegação a Madri e Lisboa, para estudar os impactos da recente crise europeia na Saúde pública.

Digo em boa hora porque a política brasileira tem andado mais perto dos constantes casos de corrupção, e mais distante daquilo que interessa a todos: a melhoria da qualidade de vida a partir de políticas públicas consistentes.

Vamos às semelhanças entre Brasil e Espanha. Os dois países ergueram sistemas de saúde gratuitos baseados no Estado de Bem Estar Social, lançando os dois pilares da organização da atenção à saúde: a universalidade (o acesso é para todos, sem restrições) e a integralidade (a carteira de serviços deveria cobrir integralmente as necessidades da população). A configuração dos dois foi expressão da transição para a democracia após ditaduras. A Espanha em 1978, já o Brasil com a Constituição de 1988.

Mas há diferenças importantes. Primeiro, os padrões de financiamento. Enquanto cada região autônoma espanhola tem para investir na saúde pública, em média, 1.300 euros por habitante/ano, no Brasil temos apenas 300 euros per capita. Em segundo lugar, na Espanha há uma carteira de serviços definida em um Decreto Real e por normas ministeriais. Um exemplo: aparelhos para correção de problemas de audição só são ofertados até os 16 anos. Resultado: não há judicialização como no Brasil. Outra diferença, somente 8% da população tem algum tipo de assistência privada.

Visitamos o Hospital Universitário Puerta de Hierro Majadahonda, referência para 380 mil pessoas, mas que também atende a outras regiões em segmentos de complexidade como transplante, oncologia e cirurgia cardíaca. Confesso que a estrutura arquitetônica me surpreendeu. Mais parece um shopping, tão espaçoso que é e tal a qualidade do acabamento. O modelo de construção e gestão é uma parceria com o setor privado. O setor público cuida de saúde, o setor privado de construir, “alugar” e prover serviços de apoio.

Fomos também ao Centro de Salud Fuentelarreina conhecer o fantástico trabalho de atenção primária. Lá, dez médicos e dez enfermeiros cuidam de 22 mil vidas. Interessante observar que os médicos espanhóis ganham, por sete horas de trabalho e dedicação exclusiva, de três mil a quatro mil euros, ou seja, R$ 12 mil a R$ 16 mil mensais.

Nem tudo são flores. A profunda crise espanhola de 2008 impactou a Saúde. Salários foram rebaixados, fornecedores enfrentaram enormes atrasos, carreiras profissionais ficaram congeladas. A principal medida foi o copagamento dos medicamentos. O cidadão banca até 60% do custo dos remédios, conforme a situação financeira individual. O restante continua gratuito.

O SUS, apesar de enormes avanços, no formato atual é insustentável e precisa de mudanças. E nada como conhecer experiências avançadas para não reinventar a roda a cada minuto.

ARTIGO — Quem dita as regras

Por Maurício Assuero

O Sistema Financeiro Nacional tem como mandante da política monetária o COPOM – Conselho de Política Monetária. No entanto, embora subordinado a tal política, o mercado dita regras e se move na direção do que é melhor para ele. A presença de Temer, por exemplo, na condução política do país é, simplesmente, ignorada. O que interessa, de fato, é a condução da política econômica e, neste sentido, se não agradar não há presidente que resista. Quando Sarney, então presidente, viajava Fernando Henrique Cardoso dizia “a crise viajou”. Posteriormente, disseram algo semelhante sobre ele.

Em 1989 Lula estava na disputa pela presidência com Fernando Collor. Em outro daquele ano, Mario Amato, então presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, declarou que uma possível vitória dele faria 800 mil empresários fugir do Brasil. Poderia ter sido uma ameaça vazia, ficou claro o que pensava o mercado.
Na perspectiva de uma vitória de Lula em 2002, o dólar se aproximou de R$ 4,00, em 2015, passou de nível. Em 2002, o mercado não sabia o comportamento de Lula presidente. Ele fez uma carta explicando aos investidores que não mudaria as regras do contrato, que moratória e auditória de dívida é figura de retórica e o mercado aceitou. No processo de impeachment de Dilma, cada vez que havia um movimento no sentido da permanência dela à frente do governo, o dólar aumentava. Agora, veio a condenação de Lula em segundo instância e o dólar caiu para R$ 3,12.

Estas oscilações são sinais contundentes que o mercado emite. Qualquer ameaça se reflete num processo de defesa natural. E foi isso que o mercado demonstrou após a condenação de Lula. Esgotadas e desgastadas as relações entre Lula, de modo mais amplo o petismo, e o mercado, a condenação em segunda instância o faria, definitivamente, da possibilidade de governar o país. Se não fosse condenado ou tivesse chance de reformar a sentença a taxa do dólar teria aumentado.

Alguns se perguntam o motivo dos impactos das ações políticas sobre o preço do dólar. A questão é relativamente simples:a principal defesa dos investidores é por ativos reais e líquidos. Então quando os investidores se sentem ameaçados, eles cobram dólares. Poderiam comprar outros ativos como imóveis, por exemplo, mas esse tipo de ativo não tem a liquidez desejada. Agora, a oscilação cambial traz transtornos para a economia porque mexe com o crescimento do produto interno.

Assim, qualquer que seja o candidato a presidente ou presidente em exercício, se não tiver as bênçãos do mercado, as chances de sucesso ficam reduzidas.

Ibovespa tem maior alta global neste ano

Agência Estado

A Bolsa brasileira foi a que mais subiu neste ano entre os principais mercados internacionais, apesar do recente aumento da volatilidade, que fez os índices de ações caírem ao redor do mundo desde o começo de fevereiro. O Brasil e outros emergentes também vêm sofrendo com o aumento do nervosismo dos investidores nas últimas semanas, mas menos que os países desenvolvidos.

O Ibovespa acumulava ganho de 5,9% até o dia 13, superando o desempenho de mercados como China, Índia, Turquia, África do Sul e todos da América Latina, de acordo com dados do The Wall Street Journal, que considera o desempenho das bolsas em moeda local.

Os números com a variação em dólar também mostram o Brasil com valorização acima de outros mercados, segundo levantamento da Economática, que leva em consideração o desempenho dos índices até terça-feira(13). O Ibovespa acumula alta de 6,72% na moeda americana, bem maior que a da Colômbia (+3,21%), do México ( 2,51%) e da Bolsa argentina (-6,58%).

O ganho da Bolsa brasileira na comparação mundial deve se ampliar ainda mais com o desempenho registrado nesta quarta-feira(14). O principal índice da Bolsa paulista avançou 3,27% e acumulava alta de 9,35% no ano. O resultado do Ibovespa em 2018 é influenciado, sobretudo, pelos números de janeiro, quando a Bolsa bateu sucessivos recordes puxados pelo apetite de investidores estrangeiros. Em fevereiro, o Ibovespa acumula queda, mas menor que seus pares internacionais.

Boa parte das bolsas mundiais acumula queda no ano e em fevereiro, sobretudo os índices americanos, segundo os números do The Wall Street Journal, por causa da mudança de expectativa dos agentes de mercado sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A avaliação é de que o BC dos EUA pode ter de subir o juro mais rapidamente do que o anteriormente previsto por causa da aceleração da inflação.

Emergentes. Especialistas avaliam que a perspectiva para as economias do Brasil e dos emergentes em 2018 segue favorável. A consultoria Capital Economics destaca que a melhora de indicadores da conta corrente de diversos mercados, sobretudo o Brasil, indica que os emergentes ficaram menos vulneráveis aos choques externos.

“Com a exceção da Argentina, as economias da América Latina estão mais bem preparadas agora do que há alguns anos para uma deterioração global do apetite por risco e/ou para aumento dos custos dos empréstimos”, ressalta o economista da consultoria para a região, Edward Glossop.

O déficit da conta corrente do Brasil, que chegou a superar 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, batendo recorde histórico, fechou o ano passado em 0,48%.

O Credit Suisse destaca em relatório esta semana que as bolsas e moedas de países emergentes têm demonstrado força, mesmo com as quedas registradas pelo índice S&P 500 da Bolsa de Nova York durante a última semana. Melhora das contas externas, inflação comportada e expectativa de crescimento do PIB ajudam a manter um cenário positivo para os emergentes, segundo o banco.

Ministério da Saúde alerta para a necessidade de ampliar a cobertura vacinal de febre amarela

O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação da população dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo durante a campanha contra febre amarela. Dados preliminares dos dois estados apontam que, até a quinta-feira (15), 3,95 milhões de pessoas foram vacinadas, sendo 3,6 milhões com doses fracionadas e 356,8 mil com doses padrão. O número corresponde a 19,3% do público-alvo previsto no Sudeste. A recomendação é que os estados continuem vacinando até atingir alta cobertura.

“A vacina é a medida mais eficaz para combater a doença e evitar casos e mortes. Por isso é necessário que toda a população que vive nos municípios onde a campanha está ocorrendo procure se vacinar. O vírus da febre amarela tem acometido pessoas que vivem em regiões próximas a matas e que nunca se vacinaram contra a febre amarela, ou seja, suscetíveis para a doença”, alertou o ministro da Saúde Ricardo Barros.

A previsão é que sejam vacinadas 20,5 milhões de pessoas no Sudeste, sendo 10,3 milhões em 54 municípios de São Paulo e 10 milhões em 15 municípios do Rio de Janeiro. Devido à baixa procura da população para a vacinação contra a febre amarela, o estado do Rio prorrogou a campanha. No estado, 1,22 milhão de pessoas foram vacinadas (12%), sendo 963,5 mil com a fracionada e 257 mil com a padrão. Em São Paulo, a previsão para o término da campanha é neste sábado (17), quando acontece o Dia D de Mobilização. O estado vai avaliar a necessidade de prorrogação da campanha após essa data. No total, 2,7 milhões de paulistas foram vacinados, o que representa 26% do público-alvo, sendo 2,6 milhões de pessoas com a fracionada e 99,8 mil com a padrão.

Na Bahia, a campanha de fracionamento da vacina de febre amarela terá início na próxima segunda-feira (19). O estado pretende vacinar 3,3 milhões de pessoas em 8 municípios. Para auxiliar os estados e municípios na realização da campanha, o Ministério da Saúde repassou aos estados R$ 54 milhões. Desse total, R$ 15,8 milhões para São Paulo; R$ 30 milhões para Rio de Janeiro e R$ 8,2 milhões para a Bahia. Para atender exclusivamente à demanda da campanha de fracionamento, o Ministério da Saúde distribuiu 14,9 milhões de doses da vacina de febre amarela aos estados do Rio de Janeiro (4,7 milhões), Bahia (300 mil) e São Paulo (9,9milhões). Também foram enviadas 15 milhões de seringas aos estados, sendo 5,2 milhões para o Rio de Janeiro, 500 mil para a Bahia e 9,3 milhões para São Paulo.

Para a coordenadora substituta do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Ana Goretti, as pessoas que mais precisam da vacina são as que acabam não procurando as unidades de saúde. “O que percebemos em relação à resistência na vacinação é o que acontece com outras vacinas que é a dificuldade do homem, adulto jovem, que mora perto de matas, em buscar uma unidade de saúde para se vacinar. É fundamental que essas pessoas, que são mais vulneráveis, se vacinem para aumentar as coberturas vacinais e garantir uma população devidamente protegida contra o vírus da febre amarela”, concluiu Ana Goretti.

A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando há aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. A dose fracionada tem apresentado a mesma proteção que a dose padrão. Estudos em andamento já demonstraram proteção por pelo menos oito anos e novas pesquisas continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período.

O Ministério da Saúde, no ano de 2017 até o momento, encaminhou às Unidades da Federação o quantitativo de aproximadamente 64,5 milhões de doses da vacina. Para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia foram enviados cerca de 54,3 milhões de doses, com objetivo de intensificar as estratégias de vacinação, sendo 22,7 milhões (SP), 12 milhões (MG), 12 milhões (RJ), 3,7 milhões (ES) e 3,9 milhões (BA).

PESQUISA – O Instituto Evandro Chagas (IEC), vinculado ao Ministério da Saúde, conseguiu detectar o vírus da febre amarela em mosquitos Aedes albopictus (popularmente conhecido como Tigre Asiático). Os mosquitos, que vivem em áreas rurais e urbanas, foram capturados em 2017, em áreas rurais próximas dos municípios de Itueta e Alvarenga, em Minas Gerais. Novos estudos são necessários para confirmar agora a capacidade vetorial (transmissão) do Aedes albopictus, pois o encontro do vírus no mosquito não significa necessariamente que ele adquiriu o papel de transmissor da doença.

O Ministério da Saúde está apoiando o IEC e o Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), que também participou da pesquisa, na nova fase do estudo que culminará em novas capturas de mosquitos e avaliação do potencial de transmissão da doença.

“O encontro do vírus no mosquito Aedes albopictus não significa necessariamente que ele adquiriu o papel de transmissor da febre amarela. Por isso é preciso voltar a essas áreas para uma nova coleta de mosquitos e avaliar a capacidade de transmissão deles”, explicou o diretor do IEC, Pedro Vasconcelos, que concluiu descrevendo o cenário do Brasil com a febre amarela. “O que está ocorrendo no Brasil é que os casos de febre amarela estão ocorrendo em áreas onde não era recomendada a vacinação, portanto as pessoas estão suscetíveis porque não eram vacinadas. Por isso a importância de se vacinarem nessa campanha e evitarem casos e mortes pela doença”, concluiu.

O Ministério da Saúde reitera que não há registro confirmado de febre amarela urbana no país e também não há registro de mosquitos Aedes aegypti infectados com o vírus da febre amarela. Todos os casos de febre amarela registrados no Brasil desde 1942 são silvestres, inclusive os atuais, ou seja, a doença foi transmitida por vetores que existem em ambientes de mata (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). Além disso, o que caracteriza a transmissão silvestre, além da espécie do mosquito envolvida, é que os mosquitos transmitem o vírus e também se infectam a partir de um hospedeiro silvestre, no caso o macaco.

A probabilidade da transmissão urbana no Brasil é baixíssima por uma série de fatores: todas as investigações dos casos conduzidas até o momento indicam exposição a áreas de matas; em todos os locais onde ocorreram casos humanos, também ocorreram casos em macacos; todas as ações de vigilância entomológica, com capturas de vetores urbanos e silvestres, não encontraram presença do vírus em mosquitos do gênero Aedes; já há um programa nacionalmente estabelecido de controle do Aedes aegypti em função de outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya), que consegue manter níveis de infestação abaixo daquilo que os estudos consideram necessário para sustentar uma transmissão urbana de febre amarela. Além disso, há boas coberturas vacinais nas áreas de recomendação de vacina e uma vigilância muito sensível para detectar precocemente a circulação do vírus em novas áreas para adotar a vacinação oportunamente.

CASOS – De 1º de julho de 2017 a 15 de fevereiro deste ano foram confirmados 407 casos de febre amarela no país, sendo 183 em São Paulo, 157 em Minas Gerais, 68 no Rio de Janeiro e 1 caso no Distrito Federal. Também foram registrados 118 óbitos em todo o país, 44 em Minas Gerais, 46 em São Paulo, 27 no Rio de Janeiro e uma morte no Distrito Federal. No mesmo período do ano passado, 532 casos e 166 óbitos foram confirmados. Os dados são preliminares e um novo boletim será divulgado nesta sexta-feira (16).

Estudo mostra que o casamento pode salvar a sua vida: será?

Tudo bem, isso até pode ser um exagero! Mas o fato é que há inúmeras pesquisas que sugerem que as pessoas casadas são mais saudáveis que as solteiras.

Um dos mais recentes estudos foi feito na Inglaterra, com 25 mil pessoas e mostrou que pessoas casadas que sofreram um infarto tinham 14% a mais de chance de sobreviver, além de saírem do hospital dois dias mais cedo quando comparadas com as solteiras na mesma condição.

Outros estudos já mostraram que os casados têm menor chance de desenvolver depressão, infarto, acidente vascular cerebral e de sobreviverem após um câncer ou uma cirurgia de grande porte.

Entretanto, para a psicóloga Marina Simas de Lima, terapeuta de casal e cofundadora do Instituto do Casal, o casamento nem sempre é sinônimo de uma vida mais saudável.

“Sabemos que há casamentos estressantes e infelizes e há pessoas solteiras saudáveis e de bem com a vida. Então, é preciso muito cuidado ao analisar esses estudos, pois cada casal tem sua dinâmica, seu modo próprio de funcionar”.

Qual a conexão entre o casamento e a saúde?

Com o crescente número de estudos que relacionam o casamento a uma saúde melhor, é importante entender porque os casados parecem ser mais saudáveis que os solteiros. Veja abaixo três razões levantadas pela ciência:

Casamento: o melhor amigo do sistema imunológico: Os estudos mostram que os relacionamentos felizes melhoram o sistema imune, que se torna mais forte em que se é casado. Além disso, o cortisol nas pessoas casadas é liberado em menor quantidade quando comparado aos

Solteiros. Este hormônio em altas quantidades está ligado ao estresse e enfraquece a imunidade.
Hábitos mais saudáveis a dois: O casamento traz consigo um melhor comportamento. Pessoas casadas assumem menos riscos, tem uma vida mais regrada do que uma pessoa solteira. Outras evidências mostram que os casados tendem a passar por consultas médicas regulares e seguir as recomendações médicas com mais frequência do que os solteiros.

Saúde mental blindada: Ela também é mais saudável em pessoas casadas. A explicação é simples: há menos espaço para a solidão, isolamento social e falta de suporte, claro desde que seja um relacionamento satisfatório. Nestes, portanto, o casal fica blindado contra a depressão, ansiedade e estresse, já que um pode contar com o outro, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.
Para a psicóloga Denise Miranda de Figueiredo, terapeuta de casal, família e cofundadora do Instituto do Casal, é importante lembrar que a felicidade e a satisfação podem estar por trás de tudo.

“Se o casamento traz felicidade, isso isoladamente já ajuda na saúde física e mental. A satisfação com o relacionamento, a parceria, o suporte e a amizade são essenciais para a qualidade de vida e, claro, para que a vida a dois valha à pena e traga como benefício uma melhor saúde”, concluem as especialistas.

Febre Amarela: Sanitarista esclarece como a doença atua

A Febre Amarela vem ocupando cada vez mais espaço na mídia devido às recentes mortes e casos suspeitos da doença, inclusive no Nordeste e em Pernambuco. Segundo balanço divulgado pelo Ministério de Saúde, até a primeira semana de fevereiro foram registrados 213 casos da doença em todo o Brasil, sendo 81 mortes, desde julho do ano passado. O Governo Federal recebeu pouco mais de mil notificações de casos suspeitos, com 435 ainda em investigação.

Apesar de ampla divulgação sobre a doença, parte da população ainda tem dúvidas sobre como essa enfermidade ocorre e de onde ela surge. O Biomédico, Sanitarista e professor da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Efraim Naftali, explica que a febre amarela (FA) é uma doença infecciosa febril aguda, mas que pode ser prevenida por vacinação. “A FA possui dois ciclos de desenvolvimento da transmissão distintos: um silvestre e outro urbano, que se diferenciam pela espécie do mosquito transmissor e no ambiente onde ocorre. Mas a doença é a mesma, em seus aspectos gerais”, explica.

Efraim, que também é Mestre em Ciência Animal Tropical e Coordenador de Vigilância em Saúde, ainda explica a diferença dos ciclos- urbano e silvestre: “No urbano, a transmissão é do tipo homem-mosquito-homem, no qual o Aedes aegypti é o principal vetor. Esse tipo de transmissão não ocorre no país desde 1942, mas, devido ao elevado potencial de disseminação em áreas urbanas com a presença do mosquito transmissor, seu controle torna-se uma ação prioritária diante de qualquer ocorrência de casos suspeitos em humanos e animais nas localidades do Estado. Os mosquitos transmissores têm hábitos diurnos e geralmente vivem na copa das árvores, o que justifica a infecção de animais que vivem no alto das arvores, como os macacos, e acidentalmente infectando o homem”.

Ainda segundo o biomédico, a reemergência da FA fora da região amazônica a partir de 2007 reacendeu a preocupação das autoridades de saúde com a expansão das áreas de circulação viral no Brasil, documentada durante a última década. “O trânsito legal ou ilegal de animais doentes entre as áreas com e sem transmissão de FA aumenta o risco de introdução da doença em áreas indenes. Reforça-se a necessidade do combate ao tráfico ilegal de animais silvestres”, ressalta.

Debate sobre reforma da Previdência na Câmara começa na terça-feira, diz Marun

Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou hoje (15) que o início da discussão sobre a reforma da Previdência está mantido para a próxima terça-feira (20) no plenário da Câmara. Depois de se reunir com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na residência oficial, Marun disse que sentiu confiança de que a matéria poderá ser pautada semana que vem, mesmo sem ter alcançado o mínimo de 308 votos para aprovação.

“Quem pauta não é o governo, é o presidente Rodrigo. Eu tenho convicção de que ele tem consciência de que ainda temos um trabalho a realizar durante a semana que vem. Tenho convicção que, independentemente dos votos que tivermos na segunda-feira, a discussão se inicia na terça”, declarou Marun. Por se tratar de uma emenda à Constituição, a proposta precisa do apoio de 308 entre os 513 deputados, em dois turnos de votação na Câmara, para ser aprovada. O quórum qualificado também é exigido no Senado, onde deve receber o voto favorável de pelo menos 49 senadores antes de ser promulgada.

Segundo o ministro, uma reunião entre os líderes dos partidos da base governista foi convocada para a próxima segunda-feira (19) para definir estratégias em torno da tramitação da proposta. Marun sinalizou que as articulações devem se estender ao longo da semana e novas mudanças no texto poderão ser feitas para atrair mais apoio para a reforma. Entre elas estão a reivindicação dos agentes penitenciários por igualdade de tratamento em relação aos policiais e o estabelecimento de uma regra de transição até a adoção da idade mínima para servidores que ingressaram no serviço público antes de 2003.

“Temos consciência de que precisamos ainda da semana que vem para buscarmos os votos que ainda faltam para aprovação, eu continuo trabalhando naquele número de 40 votos, o que significa conquistar um indeciso a cada dois”, explicou Marun.

Ministério da Segurança Pública

O ministro negou que a intenção do governo de criar um ministério específico para a segurança pública esteja relacionada às negociações pela aprovação da reforma da Previdência. Marun explicou que essa questão está sendo tratada diretamente pelo presidente Michel Temer com outros ministros e afirmou que é prematuro falar em indicação de nomes para comandar o possível novo ministério.

“Uma eventual criação do Ministério da Segurança Pública nada tem a ver com Previdência. São coisas absolutamente separadas, não vai ser usado no sentido político de votos. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, explicou Marun.

Recentemente em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente Temer confirmou a possibilidade de criação de um ministério especializado no tema ou uma “Força Nacional de Segurança que esteja sempre à disposição dos estados”. Na ocasião, ele lembrou das situações em que as Forças Armadas reforçaram as ações na área em diferentes estados, como o Rio de Janeiro.

O ministro comentou que a Previdência “é o foco principal do governo” neste momento e que as discussões em torno da criação da pasta de segurança ainda não estão concluídas. Para Marun, a ideia de separar o tema do Ministério da Justiça “é um ato de coragem” de Temer, pois atrairá para o governo federal responsabilidade permanente sobre a segurança pública.