Missa do Vaqueiro é celebrada no Cais do Sertão neste domingo

A Missa do Vaqueiro, celebração religiosa tradicionalmente ocorrida em Serrita, no Sertão pernambucano, será realizada neste domingo (16) no Cais do Sertão, Bairro do Recife. A cerimônia acontece a partir das 16h, na área externa do museu.

Trazido à capital pernambucana, o evento faz parte do projeto Tengo Lengo Tengo, que vai homenagear os 30 anos da morte de Luiz Gonzaga e do padre João Câncio.

O projeto terá uma programação cultural extensa, que segue até o dia 27 de agosto. A ideia é mostrar como funciona a romaria no interior, retratando Pernambuco para os próprios pernambucanos.

A ação é uma iniciativa da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e o Cais do Sertão. O evento contará com a presença de cerca de 25 vaqueiros a cavalo, além de rodas de conversas, oficinas, fotografias e shows.

Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Às terças-feiras, a exposição será gratuita. A Missa do Vaqueiro também terá entrada franca.

Diario de Pernambuco

Quina de São João pode pagar R$ 140 milhões em prêmio principal

O próximo sorteio da Quina será o especial de São João, que ocorrerá em 24 de junho e poderá pagar R$ 140 milhões de prêmio principal, pela estimativa feita pela Caixa Econômica Federal.

No último concurso da Quina, realizado na sexta-feira (14), ninguém acertou os cinco números, o que resultou no acúmulo de R$ 117.997.509,47 para a Quina de São João.

Por ser uma edição especial, a Quina de São João não acumula. Se não houver acertador, o prêmio será dividido entre os acertadores da quadra. O sorteio ocorre em 24 de junho, às 20h.

Para apostar é só ir a uma lotérica do país até as 19h do dia do sorteio, ou fazer o jogo pela internet, no Portal Loterias Online. A aposta de cinco números custa R$ 1,50, a de seis, R$ 9 e a de sete, R$ 31,50.

Joaquim Levy pede demissão da presidência do BNDES

O economista Joaquim Levy renunciou à presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) neste domingo (16), após declarações do presidente Jair Bolsonaro, de que ele estava “com a cabeça a prêmio”. A saída de Levy do banco de fomento é a primeira baixa na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, e mais uma crise do governo.

“Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda”, disse Levy, em mensagem a Guedes.
O economista agradeceu a lealdade, dedicação e determinação de sua diretoria. “Agradeço ao ministro o convite para servir ao país e desejo sucesso nas reformas.”

No sábado (15), Bolsonaro disse estar “por aqui” com o economista. O estopim, segundo o presidente, foi a indicação de Marcos Barbosa Pinto para a diretoria de Mercado de Capitais do banco. Ele foi assessor do BNDES no governo do PT e voltaria ao banco para o cargo de diretor de Mercado de Capitais do BNDES.

Levado por Guedes para a presidência do BNDES durante a atual gestão, Levy foi ministro da Fazenda de Dilma Rousseff (PT). Assim como o ministro, ele fez doutorado na Universidade de Chicago –reduto do pensamento econômico liberal.

Bolsonaro disse que “governo é assim, não pode ter gente suspeita” em cargos importantes. “Essa pessoa, o Levy, já vem há algum tempo não sendo aquilo que foi combinado e aquilo que ele conhece a meu respeito. Ele está com a cabeça a prêmio já há algum tempo”, afirmou.

A resistência do presidente a Levy vem desde o governo de transição. Presidente eleito, em novembro de 2018, ele disse que, ao aceitar a indicação, precisava “acreditar em Guedes”. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que “houve reação” ao nome de Levy por ele ter “servido à Dilma e ao [ex-governador do Rio do Janeiro Sérgio] Cabral”. Ele foi secretário de Finanças.

Antes de assumir o cargo de presidente do BNDES, Levy foi diretor financeiro do Banco Mundial, em Washington. Também trabalhou como técnico do FMI (Fundo Monetário Internacional). No setor privado, o economista foi diretor do Bradesco.

Barbosa Pinto, no sábado, enviou uma carta a Levy, à qual a reportagem teve acesso, para renunciar ao cargo. Bolsonaro havia dito pouco antes que o presidente do BNDES tinha de demitir o advogado ou seria demitido até esta segunda-feira (17).

O advogado, que foi assessor e chefe de gabinete da presidência do BNDES em 2005 e 2006, afirmou ter “muito orgulho” da própria carreira. Ele, informalmente, ajudou o governo petista na elaboração de projetos de PPPs (parcerias público-privadas).

Em entrevista à revista Capital Aberto, Barbosa Pinto disse que colaborou na criação do Prouni, programa que concede bolsas a alunos carentes, com então ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), em 2008. Bolsonaro venceu Haddad no ano passado.
Barbosa Pinto atuou ainda na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

No setor privado, de 2011 a 2018, foi sócio de Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, na Gávea Investimentos. Integrou conselhos de administração de diversas empresas.

O advogado recebe elogios de economistas. A decisão de enviar a carta, mesmo sem ter conseguido conversar com Levy, foi para demonstrar que não tem engajamento partidário.

A intenção de não ser usado como pivô de disputa política na aérea econômica do governo pesou na decisão. Ele tomou posse na quarta-feira (12) e começaria a trabalhar na segunda.

Guedes indicou insatisfação com o trabalho de Levy à frente do BNDES em entrevista a Gerson Camarotti, do G1, neste sábado. “O grande problema é que Levy não resolveu o passado nem encaminhou solução para o futuro”, afirmou o ministro.

Guedes referia-se a investigações de possíveis responsáveis por empréstimos concedidos pelo banco a empreiteiras, nos governos do PT, para obras no exterior. Em troca, elas pagariam propina.

Até o momento, nenhum funcionário do banco foi apontado como participante do esquema, mas Bolsonaro e Guedes insistem no discurso de abrir a caixa-preta do BNDES.

Outro motivo de descontentamento do ministro com Levy é a resistência do economista em devolver o dinheiro injetado no BNDES no passado.Guedes já disse que espera receber R$ 126 bilhões neste ano, mas Levy não se comprometeu com a cifra. Os recursos são tratados como necessários para ajudar no ajuste fiscal do governo.

Folhapress

A ascensão do bolsonarismo no Brasil do Século XXI

No dia 7 de outubro de 2018, o candidato do Partido Social Liberal (PSL) à Presidência da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, recebeu os votos de 49.276.990 brasileiros durante o primeiro turno das Eleições: 46,03% dos votos válidos. Por uma margem pequena, o ex-capitão do Exército Brasileiro não assumiu a chefia do Executivo na primeira instância do pleito e sem contraproposta a ser avaliada no segundo turno.

De acordo com o autor e jornalista Cesar Calejon, esse é um fato ainda mais significativo do que a própria eleição de Bolsonaro no segundo turno, com 57.797.464 votos. Na obra A ascensão do bolsonarismo no Brasil do século XXI, publicada pela Lura Editorial, Cesar explica que cinco grandes forças motivaram a votação maciça que o até então deputado federal teve na eleição presidencial de 2018: o antipetismo, o elitismo histórico, o dogma religioso, o “sentimento de antissistema” e a disseminação de notícias falsas ou discurso de ódio e medo a partir do uso de ferramentas como WhatsApp e Facebook.

A fim de entender como essas forças atuaram para possibilitar essa ascendência, Cesar realizou diversas pesquisas e entrevistas com doutores em Ciência Política e Relações Internacionais, jornalistas, psicólogo, neurocientista, personalidades e profissionais que participaram ativamente dos acontecimentos mais expressivos dos últimos anos, como o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência em 2018.

Calejon utiliza na obra uma abordagem que reúne o jornalismo e o fotojornalismo na construção da narrativa. Para ilustrar os raciocínios apresentados no título, foram utilizadas imagens do fotojornalista Adriano Vizoni, que cobriu a maioria dos eventos abordados na obra, entre 2013 e 2018, para o jornal Folha de São Paulo.

Os capítulos são organizados de forma cronológica e seguem um valor de importância considerando a influência que cada elemento exerceu para a ascensão do bolsonarismo. Eles apresentam uma análise aprofundada dos temas centrais que permeiam a questão, como: aderência da população às retóricas do ex-capitão; os problemas relacionados à educação básica; a influência da mídia sobre a sociedade brasileira e os grupos internacionais que influenciaram de forma definitiva nas eleições brasileiras de 2018. O autor lembra aos leitores que esses mesmos grupos também foram decisivos para os resultados do Brexit, da eleição de Trump em 2016, entre outros.

Por fim, A ascensão do bolsonarismo no Brasil do século XXI debate quais são as expectativas e possíveis implicações, considerando a interação da administração Bolsonaro com a sociedade internacional até 2022, caso o presidente brasileiro realmente cumpra algumas das promessas que foram feitas.

Independentemente do posicionamento político-partidário, Cesar Calejon tem a intenção de que os leitores, a partir desse livro, entendam que existe uma nova estrutura sociopolítica determinada a partir de 2019, com outros agentes, novos equilíbrios de poder, filosofias distintas, diferentes alianças e narrativas sendo orquestradas para outra elaboração organizacional.

Público arrasta o pé em mais um sábado no São João de Caruaru

Pelo segundo ano consecutivo no São João de Caruaru, a Banda Forró Vumbora foi a responsável por abrir a noite de festa de mais um sábado na Capital do Forró. Os sucessos, conhecidos pelo ritmo estilizado deu o pontapé inicial para o público que já se fazia presente no Pátio de Eventos. Além de músicas autorais em seu repertório de show, a atração também cantou sucessos nacionais, encerrando sua apresentação com uma homenagem ao cantor Gabriel Diniz.

Com uma carreira de mais de 20 anos de estrada, o cantor Raí, conhecido pela sua participação na Banda Saia Rodada, soltou a voz ao som de “Eu Acho Que Não”, atual sucesso do artista, que embalou seus outros hits do momento. A pedido do público, a banda também tocou suas primeiras canções de sucesso, como “Eterno Amor”, “Não Vou Mais Chorar”, o que fez relembrar a época das drilhas na cidade, em que a banda tocava em cima do trio elétrico e levava a multidão ao delírio. Para encerrar, Raí cantou canções do tradicional forró da terra, esquentando ainda mais o ritmo dos casais dançantes.

Luan Estilizado foi o responsável por encerrar a noite deste sábado (15). Pela terceira vez em Caruaru, o cantor – apesar de trazer o ritmo estilizado ao som de sua sanfona – também agitou o público com canções que já fazem parte de seu repertório, como sucessos de Luiz Gonzaga e grandes intérpretes do forró. Luan ficou conhecido pela sua música “Pindaiba”, que também foi cantada no palco do Maior e Melhor São João do Mundo.

Como de costume, o São João de Caruaru também é transmitido em libras, com um intérprete especializado que transmite por completo um show da noite, escolhido através de votação pelo público da internet.

Arraial Junino é no Caruaru Shopping

O Caruaru Shopping também oferece programação junina para nenhum forrozeiro mirim ficar de fora. Neste domingo (16), a criançada poderá participar do Arraial Infantil, com o espetáculo Pezin de Serra, quadrilha e muita animação para a família inteira.

As atrações podem ser conferidas a partir das 13h, próximo à agência de viagens. “Com o intuito de oferecer também uma programação voltada para a criançada, estaremos realizando o Arraial Infantil. Não tenho dúvidas que será um sucesso”, afirmou Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Pernambuco teve maior crescimento de turistas estrangeiros do Brasil

Pernambuco foi o estado que apresentou o maior crescimento no número de turistas estrangeiros no Brasil, em 2018. Segundo o Anuário Estatístico do Turismo, que utiliza dados do Ministério do Turismo e da Policia Federal, o Estado apresentou um aumento de 45,7% em relação a 2017. Se comparado com 2016, esse percentual seria ainda maior: 95%.

O deputado federal Felipe Carreras (PSB) destacou um levantamento realizado pelo Anuário Estatístico do Turismo, que utiliza dados do Ministério do Turismo e da Policia Federal onde Pernambuco apresentou crescimento no número de turistas estrangeiros, em 2018. Segundo os dados, o Estado apresentou um aumento de 45,7% em relação a 2017. Se comparado com 2016, esse percentual seria ainda maior: 95%.

Segundo Carreras, esses números são um reflexo da política de conectividade aérea iniciada por ele, ainda em 2015, quando Pernambuco começou a diminuir o imposto incidido sobre o querosene de avião das companhias aéreas que realizassem voos internacionais ligando o Recife a outro país de forma direta. A iniciativa fez o Aeroporto dos Guararapes passar de quatro destinos internacionais, em 2014, para 16, em 2018.

“São números que falam mais do que qualquer palavra. São indicadores que apresentam de forma fiel o resultado do trabalho de uma equipe dedicada, iniciado em 2015, com a liderança do governador Paulo Cãmara e do prefeito Geraldo Julio. Conseguimos a captação de novos voos internacionais e promovemos ações de marketing no exterior”, afirmou Carreras.

Para o deputado, esses números poderiam ser ainda maiores, se comparado ao período anterior à política de captação de novos voos. “Tenho certeza que se a comparação fosse com 2014 ou mesmo 2015, esse percentual seria muito maior. Isso mostra a importância da indústria do turismo e o protagonismo de Pernambuco no cenário nacional. Ficamos muito felizes por termos deixado esse legado para nosso Estado. Tenho certeza que a chama está acesa e ainda vamos crescer muito mais”, afirmou Carreras.

Com a abertura do capital para que empresas aéreas possam entrar no mercado brasileiro, a tendência é que este número cresça ainda em 2019. Com a chegada da espanhola Aena para administrar o Aeroporto e o crescimento do hub da Azul, que atualmente possui mais de 50 voos diariamente no Recife, todas as companhias estão procurando Pernambuco, pois preferem uma capital do Nordeste que possui voos para todas as demais capitais.

Outros estados que também se destacaram no crescimento de turistas estrangeiros em 2018 em relação a 2017 foram: Minas Gerais (44,8%), Ceará (44,1%) e Amapá (31,2%).

Folhape

Intercept Brasil publica sexta parte da reportagem ‘As mensagens secretas da Lava Jato’

O ex-juiz Sergio Moro sugeriu a procuradores do MPF (Ministério Público Federal) uma ação para rebater a defesa do ex-presidente Lula (PT) após depoimento do petista à Lava Jato, segundo novas mensagens publicadas pelo site The Intercept Brasil na noite de ontem (14).

O site divulgou no domingo (9) as primeiras conversas entre Moro, que hoje é ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL), e membros do MPF na época em que atuava na força-tarefa da operação. Uma fonte anônima, segundo o Intercept, repassou mensagens no aplicativo Telegram de 2015 a 2018.

O conteúdo tornado público agora mostra, segundo o site, reações de Moro e de procuradores como Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no MPF, e Carlos Fernando dos Santos Lima ao depoimento concedido por Lula ao então juiz no caso do tríplex de Guarujá, em 2017.

As mensagens foram reproduzidas da forma como o site as publicou, sem correções ou revisão gramatical.

No dia em que o petista foi ouvido, Moro trocou impressões com Carlos Fernando sobre o depoimento e sugeriu, de acordo com o relato do Intercept, que o MPF divulgasse uma nota para expor o que considerou contradições da fala de Lula.

“Talvez vcs devessem amanhã editar uma nota esclarecendo as contradições do depoimento com o resto das provas ou com o depoimento anterior dele”, escreveu Moro às 22h12 do dia 10 de maio de 2017.

“Por que a Defesa já fez o showzinho dela”, completou o então juiz um minuto depois, às 22h13.

Segundo o site, Carlos Fernando respondeu: “Podemos fazer. Vou conversar com o pessoal. Não estarei aqui amanhã. Mas o mais importante foi frustrar a ideia de que ele conseguiria transformar tudo em uma perseguição sua [de Moro]”.

O site também publicou mensagens disparadas pelo procurador, na sequência dessa conversa, a um grupo do qual participavam membros da assessoria de imprensa do MPF.
Carlos Fernando perguntou: “Será que não dá para arranjar uma entrevista com alguém da Globo em Recife amanhã sobre a audiência de hoje?”. Ele estaria na capital pernambucana no dia seguinte para um congresso jurídico.

Assessores que não tiveram os nomes revelados pelo Intercept passaram então a questionar as implicações de uma entrevista. “Possível é, só não sei se vale a pena. E todos os jornalistas que estão aqui e já pediram entrevista?”, indagou um dos assessores.
Outro ponderou: “vcs nunca deram entrevista sobre audiência…vai servir pra defesa bater…mais uma vez…”.

Depois desse diálogo, Carlos Fernando encaminhou em uma mensagem privada para Deltan copiando a conversa que teve minutos antes com Moro.

Deltan passou, então, a comentar a sugestão feita pelo ex-juiz. “Então temos que avaliar os seguintes pontos: 1) trazer conforto para o juízo e assumir o protagonismo para deixá-lo mais protegido e tirar ele um pouco do foco; 2) contrabalancear o show da defesa”, afirmou o procurador.

“Esses seriam porquês para avaliarmos, pq ng tem certeza. O ‘o quê’ seria: apontar as contradições do depoimento. E o formato, concordo, teria que ser uma nota, para proteger e diminuir riscos. O JN vai explorar isso amanhã ainda. Se for para fazer, teríamos que trabalhar intensamente nisso durante o dia para soltar até lá por 16h”, acrescentou Deltan.

Logo depois, ele foi ao grupo “Análise de clipping”, dos assessores de imprensa da instituição, pedir que fosse monitorada a repercussão do depoimento de Lula, “em especial verificando se está sendo positiva ou negativa e se a mídia está explorando as contradições e evasivas”.

Um assessor, que também não foi identificado pelo site, disse ao procurador que eventual manifestação para “contrabalancear as manifestações da defesa”, como Deltan sugeriu, poderia ser “um tiro no pé”.

“Na minha visão é emitir opinião sobre o caso sem ele ter conclusão…e abrir brecha pra dizer que tão querendo influenciar juiz. Papel deles vai ser levar pro campo político. Imprensa sabe disso. E já sabe que vcs não falam de audiências geralmente. Mudar a postura vai levantar a bola pra outros questionamentos. Pq resolveram falar agora? Pq era o ex-presidente? E voltar o discurso de perseguição…é o que a defesa fez, faz…pq não tem como rebater a acusação. Acusação utilizar da mesma estratégia pode ser um tiro no pé”, escreveu o assessor de imprensa.

Em meio à discussão, Deltan escreveu a Moro. Além de cumprimentá-lo pela condução do depoimento, informou que a emissão da nota estava sendo estudada: “Caro parabéns por ter mantido controle da audiência de modo sereno e respeitoso. Estamos avaliando eventual manifestação. A GN [GloboNews] acabou de mostrar uma série de contradições e evasivas. Vamos acompanhar”.

Moro, então, afirmou: “Blz. Tb tenho minhas dúvidas dá pertinência de manifestação, mas eh de se pensar pelas sulilezas envolvidas”.

No dia seguinte, 11 de maio, a equipe do MPF acabou por publicar uma nota para expor o que julgou serem contradições de Lula, como havia indicado Moro.

O texto disparado à imprensa foi publicado em reportagem da Folha de S. Paulo e em outros veículos de comunicação.

Na nota, os procuradores afirmavam que, entre as contradições, estavam “a imputação de atos à sua falecida esposa, a confissão de sua relação com pessoas condenadas pela corrupção na Petrobras e a ausência de explicação sobre documentos encontrados em sua residência”.

Na época, a defesa de Lula reiterou que ele era inocente e deu declarações afirmando que ele conseguiu provar isso no depoimento. O petista afirmou a Moro que não era dono do tríplex. Em julho de 2017, o então juiz condenou o ex-presidente pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do imóvel.

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem, a assessoria de Moro ainda não se manifestou sobre as novas informações divulgadas pelo site. A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba disse que, por enquanto, não se pronunciaria.

O Intercept relatou que procurou a equipe do ministro nesta sexta-feira e apresentou com antecedência todos os pontos mostrados na reportagem.

O site publicou ter recebido como resposta a seguinte nota: “O ministro da Justiça e Segurança Pública não comentará supostas mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa de hackers e que podem ter sido adulteradas e editadas, especialmente sem análise prévia de autoridade independente que possa certificar a sua integridade. No caso em questão, as supostas mensagens nem sequer foram enviadas previamente”.

A força-tarefa da Lava Jato no MPF também não se pronunciou sobre os conteúdos recém-divulgados. Da mesma forma, a defesa de Lula ainda não comentou as novas revelações.

O episódio das mensagens vazadas pelo Intercept foi explorado ao longo da semana por adversários de Moro e membros da oposição ao governo Bolsonaro. O presidente disse que Moro “faz parte da história do Brasil” e defendeu seu auxiliar.

“O que ele [Moro] fez não tem preço. Ele realmente botou para fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante à corrupção”, afirmou o presidente nesta quinta-feira (13).

Nesta sexta, ele disse não ter visto maldade na troca de colaborações entre o ex-magistrado e membros da equipe de investigadores da Lava Jato. “Não vejo nenhuma maldade em advogado conversar com promotor, Polícia Federal falar com promotor. Tem que se falar para achar denúncia robusta.”

Maia diz que Guedes é injusto e afirma que governo é ‘usina de crises’

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebateu as críticas feitas pelo ministro Paulo Guedes (Economia) às modificações na reforma da Previdência. Guedes afirmou que o Congresso cedeu ao lobby de servidores e que as modificações podem abortar a nova Previdência.

Segundo Maia, Câmara blindou o congresso de crises diárias provocadas pelo governo. “Dessa vez infelizmente foi meu amigo Guedes”, afirmou Maia em coletiva de imprensa em São Paulo.

“Quero saber por que o ministro Guedes assinou uma regra de transição mais flexível no projeto de reforma para os militares”, disse Maia em referência a críticas sobre mudanças na transição de servidores.

O presidente da Câmara também se disse triste pelas afirmações de Guedes em relação ao relatório apresentado na véspera e acrescentou que o país pode entrar em uma nova fase em que o Parlamento pode ter mais liderança na aprovação de pautas. “Essa não é a reforma de Bolsonaro, é a reforma do Brasil”, afirmou, garantindo que o projeto será aprovado “apesar das confusões do governo”.

Maia já afirmou diversas vezes que a reforma da Previdência seria aprovada mesmo sem articulação do governo Bolsonaro. Desde março, executivo e legislativo disputam sobre a responsabilidade de articular votos para a aprovação de novas regras para a aposentadoria.

Folhapress

Brasil faz o dever de casa e estreia batendo a Bolívia

A Seleção Brasileira estreou com o pé direito na Copa América. Embora não tenha feito uma apresentação de encher os olhos, a equipe verde-amarela bateu a Bolívia sem maiores dificuldades, na noite desta sexta-feira (14), no Morumbi (São Paulo), por 3×0. Todos os gols saíram no segundo tempo. Os dois primeiros saíram graças a Philippe Coutinho. Já na reta final da partida, Everton, que havia entrado há pouco tempo, fez boa jogada para fechar o placar. O Brasil volta a campo na próxima terça-feira, dia 18, contra a Venezuela, na Fonta Nova (Bahia).

O primeiro tempo foi escasso em lances de emoção. Nitidamente superior, a equipe do técnico Tite tinha mais posse de bola e volume de jogo. Por outro lado, não criava lances verdadeiramente perigosos. Além disso, o time abusou dos chuveirinhos na área, o que se revelou um problema, visto que o setor ofensivo da Canarinho não tem jogadores altos. Na etapa inicial, uma das melhores chances surgiu num escanteio, que Thiago Silva cabeceou para fora. Nas outras tentativas, o Brasil até pressionava, mas esbarrava na recuada defesa boliviana.

No início da segunda etapa, a impressão que se tinha era de que a Seleção Brasileira teria as mesmas dificuldades do primeiro tempo, pois os bolivianos marcavam com muitos homens atrás da linha da bola. Entretanto, aos três minutos, o lance que mudaria o jogo. Richarlison tentou um cruzamento. Justiniano abriu o braço e desviou na bola. Após consulta ao VAR, o árbitro Néstor Pitana confirmou o pênalti. Na cobrança, Philippe Coutinho bateu rasteiro, com força, no canto direito de Lampe. O goleiro acertou o canto, mas não alcançou o chute.

Era o bastante para o Brasil diminuir a ansiedade. Tanto que o placar foi ampliado logo depois. Aos sete minutos, Richarlison abriu para Roberto Firmino na ponta direita. O atacante entrou na área e levantou no segundo pau. Coutinho apareceu livre e marcou, de cabeça, o segundo gol. Com uma vantagem tranquila, a Seleção puxou o freio de mão. Contudo, nos minutos finais, saiu o terceiro. Everton, que havia acabado de entrar, fez boa jogada individual pela direita, cortou para o meio e mandou, de fora da área, marcando um golaço e fechando o placar.

FICHA TÉCNICA:

3 Brasil
Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Filipe Luís. Casemiro, Fernandinho e Coutinho; David Neres (Everton), Richarlison (Willian) e Roberto Firmino (Gabriel Jesus). Técnico: Tite

0 Bolívia
Lampe; Diego Bejarano, Haquín, Jusino e Marvín Bejarano; Justiniano, Saucedo (Wayar), Raúl Castro (Ramiro Vaca), Chumacero e Saavedra (Leonardo Vaca); Marcelo Moreno. Técnico: Eduardo Villegas

Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Assistentes: Hernán Maidana (ARG) e Juan P. Belatti (ARG)
Gols: Philippe Coutinho, aos quatro e aos sete minutos; Everton, aos 39 minutos do 2ºT
Cartões amarelos: Philippe Coutinho (BRA); Saucedo (BOL)
Público: 47.260 Renda: R$ 22.476,630