2º Simpósio de Gestão discute cenários para público expressivo

Uma plateia ansiosa por conhecimento. Essa foi a definição usada pelo diretor regional da Fiepe, Andrerson Porto, para apresentar o público do II Simpósio de Gestão do Agreste aos palestrantes convidados. O primeiro a subir ao palco do teatro do Shopping Difusora foi o professor, consultor empresarial, palestrante internacional e empresário, Luiz Roberto Carnier.

Com o tema “Do Planejamento ao Pensamento Estratégico- o Agir e Pensar em Cenários Complexos”, Carnier questionou aos presentes o motivo das organizações não desenvolverem com êxito o planejamento estratégico que elaboram. Para trazer esclarecimentos à perguntada levantada, ele falou de estratégia e execução, governança, cenários de alta complexidade, inovação, pensamento complexo, análise de problemas e tomada de decisão, estrutura organizacional, redesenho de processos, realinhamento de Cultura, liderança e equipes de alta performance.

“É um prazer estar aqui. Sinto-me honrado em ter sido convidado pela Fiepe para tratar de temas importantes, que tem tudo a ver com a gente. A pergunta que nos guia nesta noite é: quais motivos levam empresas a não executarem os planejamentos estratégicos? É necessário entender que não basta planejar, é fundamental pensar de forma estratégica, que nada mais é do que enxergar algo que ninguém vê”, declarou. O consultor também apresentou vídeos ao público com bons exemplos de organizações que são referências quando o assunto é pensar de forma original e eficaz, dentro do ambiente corporativo.

Logo após, foi a vez do palestrante, consultor econômico e ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, com a palestra “Cenários para Atividade Econômica no Brasil. Tendo em vista a recessão pela qual o País atravessa, os temas perspectivas da economia brasileira, conjuntura econômica e cenários para 2015, principais indicadores macroeconômicos, fatores de que depende o futuro do Brasil, o papel das instituições no desenvolvimento e os avanços do país nas últimas décadas tornaram-se ainda mais relevantes para o auditório.

O ex-ministro fez uma análise menos pessimista com relação à fase atual, mas foi enfático ao apontar as barreiras que precisam ser superadas. “O Brasil tem futuro, mas para isso precisa vencer grandes desafios. É preciso adoção plena do Sistema Capitalista, sustentabilidade social e ambiental, serviço público profissional, revolução nas empresas estatais, maior integração à economia mundial, reformas para aumentar a competitividade, aumento da produtividade, Educação de qualidade e mudanças culturais que reduzam o antiliberalismo da sociedade”, disse.

Encerrando o Simpósio, a referência em Administração e Recursos Humanos Idalberto Chiavenato ministrou a palestra “A Liderança nas Organizações”. Através da fala do especialista, assuntos como impulso ou motivação para perseguir objetivos, motivação para liderar, integridade, que também inclui confiança e vontade de transformar palavras em ações; autoconfiança para fazer os liderados se sentirem confiantes e inteligência emocional foram tratados. A relação entre líder e liderados também foi discutida. A ideia de liderança inerente foi descartada pelo consultor, que se referiu ao termo ressaltando-o como traço adquirido, através da prática e do exercício.

“Todas as organizações precisam de liderança. As empresas estão indicando as características que as pessoas devem ter para serem líderes em seus cenários de operação. Não se pode padronizá-la. Os componentes básicos são as características da própria pessoa, que tem a ver com estilo de gestão, as peculiaridades dos liderados, ligadas à competência, os aspectos do ambiente do trabalho e das atividades laborais e objetivos. Tudo isso constrói um líder”, finalizou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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